Buscar

Noções e doutrina criminalística

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
 
 
 
▪ Ciência autônoma e independente (mas que trabalha com 
interdisciplinaridade, onde se utilizam ferramentas da 
balística, medicina legal etc). 
 
▪ Objetivos/finalidades do estudo da criminalística: 
o Materializar a cena do crime 
o Documentar todos os fenômenos técnico-científicos 
detectáveis no objeto/cena/corpo de um crime 
o Sugerir os meios e circunstâncias em que o fato 
ocorreu (arma do crime) 
o Sugerir a autoria, sempre que possível (fragmentos 
de materiais papilares, material genético, 
elemento/objeto deixado na cena do crime pelo 
autor) 
o Propor a dinâmica do crime (como ocorreu?) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Nas ciências, qualquer afirmação ou premissa que é 
aceita sem questionamento, sem a necessidade de ser 
provada. É um consenso para a construção de uma nova 
teoria: 
o O conteúdo do laudo pericial não deve variar com 
o perito que o produziu. Impessoal. 
o As conclusões da perícia são independentes dos 
meios utilizados para alcança-las. 
o As conclusões da perícia independem do tempo 
(verdade material). 
▪ 1. Princípio da observação: 
o O local e/ou objetos do crime devem ser 
examinados de forma cuidadosa pelo perito a fim 
de buscar marcas ou vestígios deixados pelo(s) 
autor(es) e/ou pela vítima. 
 
 
 
o Exame a olho nu ou com equipamentos. 
 
 
 
 
▪ 2. Princípio da análise: 
o A perícia é pautada no método científico: 
❖ Observação, análise, formulação de 
hipóteses e teorias; 
❖ Testes e experimentos. 
 
▪ 3. Princípio da interpretação (individualidade): 
o Dois objetos relacionados a crimes podem ser 
semelhantes, mas nunca iguais. 
o A identificação de um objeto ou vestígio deve ser 
feita em três graus: 
❖ Identificação genérica 
❖ Identificação específica 
❖ Identificação individual 
o Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criminalística 
Ciências com aplicação forense – Ciências Forenses 
Engenharias 
Medicina legal 
Papiloscopia 
Balística forense 
Matemática 
Geologia 
Informática 
Biologia 
Química 
Física 
Documentoscopia 
Contabilidade 
Grafoscopia 
“Todo contato deixa uma marca” Edmond Locard 
Princípio de Locard (questão de prova) 
Identificação genérica Taurus cromado Taurus cromado 
Identificação específica cal. 38, mod 838, 6 pol. cal. 38, mod 838, 4 pol. 
Identificação individual nº AA463210 nº AA463218 
 Raiamento x Raiamento y 
Nº de série 
Características de raiamento 
Permitem o confronto microbalístico, que 
permite identificar de forma inequívoca 
de qual arma foi disparado o projétil. 
Identificação genérica: É sangue? 
Identificação específica: É humano? Qual o tipo (A, B...)? 
Identificação individual: Qual o perfil genético (DNA)? 
 
Observação 
Quando o indivíduo é gêmeo univitelino o DNA é 
idêntico. 
 
2 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
▪ 4. Princípio da descrição: 
o A descrição detalhada de objetos e de locais 
relacionados a crimes deve ser feita de acordo com 
os princípios e leis científicas vigentes. 
o Exposição clara. 
o Reprodutibilidade, questionabilidade e 
refutabilidade. 
o Exemplos: desenhos esquemáticos. 
 
▪ 5. Princípio da documentação (cadeia de custódia): 
o Cadeia de custódia: sequência de atos. 
o Todo objeto, amostra ou vestígio deve ser 
rigorosamente documentada e armazenada. 
o Todas as etapas protocoladas e registradas por 
escrito. 
o No levantamento, na embalagem, no protocolo 
(papel ou digital). 
o Desde o início das investigações até o final do 
processo. 
o A cadeia de custódia envolve duas etapas: 
❖ Externa: o que foi coletado na cena do 
crime. 
❖ Interna: quando ela passa por outras 
sessões para análise (balística, 
papiloscopia). 
o A cadeia de custódia pode ser ainda: 
❖ Analógica: preenchida manualmente. 
❖ Eletrônica: digitada. 
o Protege a idoneidade da prova material, evita 
provas forjadas, dá credibilidade ao vestígio. 
 
▪ Atua no sentido de ajudar tecnicamente a polícia, a 
justiça e o Ministério Público; 
o Polícia (investigação) – arquivamento de inquérito 
policial ou indiciação; 
o Ministério Público (acusação) – denúncia; 
o Defesa (inocentar ou atenuar a pena); 
o Justiça (condenar ou inocentar; agravar ou 
atenuar a pena); 
 
▪ Como a criminalística (perícia) ajuda esses órgãos? 
o Acontece um crime: 
❖ O que aconteceu? Matou, suicidou-se... 
❖ Como aconteceu? Arma de fogo, faca... 
❖ Onde? Em casa, no trabalho, na rua... 
❖ Por que? Vingança, por amor, por 
imprudência... 
❖ Quem? Ladrão, desconhecido, vizinho, 
marido... 
❖ Houve auxílio? Quem? 
❖ Quando? De dia, de noite, hora, ocasião... 
 
▪ Sequência de atos: 
o Acontece um crime – consumação do fato; 
o A polícia judiciária é comunicada: cidadão, PM, 
imprensa – notícia crime; 
o A polícia se certifica do crime; 
o O local é isolado/objeto apreendido; 
o A perícia é acionada (pela autoridade policial); 
o A perícia comparece e examina técnico-
cientificamente o local ou objeto; 
o O resultado desse exame, técnico-científico é 
exposto em um relatório (laudo); 
o Esse documento volta para a polícia (delegado); 
vai para o MP (promotor), Justiça (juiz), advogado; 
Com base no laudo... 
o 1) O delegado (Polícia Civil) indicia (foi fulano...) ou 
diz que não houve crime (pede arquivamento); 
o 2) O MP (promotor) acusa/denuncia; 
o 3) A Justiça (juiz) julga, condena ou inocenta 
(absolve); 
o 4) O advogado embasa a defesa do cliente 
(absolvição ou diminuição da pena); 
 
▪ Conceito (Nucci): 
o Prova: probatio (latim) – verificação, argumento, 
razão, aprovação etc; 
o Provar: probare – verificar, argumentar, persuadir, 
demonstrar; 
 
 
 
 
▪ Prova – Sentido amplo 
o Elementos de convicção obtidos no Inquérito 
Policial (IP) e na Ação Penal (AP); 
 
▪ Prova – Sentido estrito (técnico) 
o Elementos de convicção obtidos na Ação Penal 
(AP); 
 
▪ Inquérito policial 
o Conjunto de elementos de convicção; justa causa 
para começar Ação Penal. 
 
 
 
7
 p
er
g
u
n
ta
s 
d
e 
Q
u
in
ti
li
a
n
o 
Observação 
Prova (no Direito Processual Penal): busca da verdade material, 
real ou substancial. O que de fato ocorreu, com relevância penal. 
Prova (no Direito Processual Civil): verdade formal ou instrumental. 
Processo judicial 
Com direito ao contraditório e a 
ampla defesa 
 
3 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
 
–
▪ Art. 5º e 93, IX, da CF 
o Princípios contraditório, ampla defesa, provas 
lícitas; 
 
▪ Art. 6º; 155 a 157; 158 a 250, do CPP 
o Logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, a autoridade policial deverá: 
❖ I – dirigir-se ao local, providenciando 
para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada 
dos peritos criminais; 
❖ II – apreender os objetos que tiverem 
relação com o fato, após liberados pelos 
peritos criminais; 
❖ III – colher todas as provas que 
servirem para o esclarecimento do fato e 
suas circunstâncias (...); 
❖ VII – determinar, se for o caso, que se 
proceda a exame de corpo de delito e a 
quaisquer outras perícias; 
 
▪ Art. 155 
o O juiz formará sua convicção pela livre apreciação 
da prova produzida em contraditório judicial, não 
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
não repetíveis e antecipadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Art. 156 
o A prova da alegação incumbirá a quem a fizer – 
ônus da prova, sendo, porém, facultado ao juiz de 
ofício – iniciativa probatória; 
 
o I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, 
a produção antecipada de provas consideradas 
urgentes e relevantes, observando a necessidade,adequação e proporcionalidade da medida; 
 
 
▪ Art. 157 
o São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as 
obtidas em violação a normas constitucionais ou 
legais. 
 
 
 
 
 
 
 
o § 1º - São também inadmissíveis as provas 
derivadas das ilícitas (...); 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Prova 
o É o elemento de convicção produzido sob o crivo do 
contraditório e ampla defesa; 
o Finalidade: influenciar no convencimento do juiz; 
o O juiz tem o dever de motivar e de fundamentar as 
decisões com base no que foi apresentado – 
provas – nos autos pelas partes. Art. 93, IX, CF; 
o O juiz pode complementar as provas, na busca pela 
verdade real. 
 
▪ Inquérito policial 
o Não dá contraditório/ampla defesa; 
❖ Ou seja, não traz provas, apenas 
elementos de informação; 
o Inquérito policial – elementos de convencimento 
para a justa causa da ação penal; 
o O que se produz no IP deve ser repetido na AP – 
inquérito judicial; 
o Exceções: 
❖ Provas cautelares 
❖ Provas irrepetíveis 
❖ Provas antecipadas 
 
▪ Fontes de prova 
o Coisas: perícias e documentos. 
o Pessoas: confissão e prova testemunhal. 
 
▪ Meios de prova 
o Provas nominadas: confissão, testemunhal, 
acareação, perícia etc. 
❖ Nominadas típicas: o Cód. Penal traz 
como ela deve ser obtida; 
“Princípio do livre convencimento motivado.” 
Livre convencimento 
Exemplo 
Prova cautelar: Coleta cautelar antecipada de depoimento de uma 
testemunha que está prestes a morrer. 
Provas não repetíveis: Perícia/exame de corpo de delito. “O tempo que 
passa, é a verdade que foge”. O que não foi coletado/documentado na 
primeira perícia, provavelmente não será recuperado depois. 
Prova antecipada: Escuta telefônica. 
Quem faz a alegação, terá que 
provar “ônus da prova” 
Provas ilícitas 
Violação de direito 
material. 
Ex: tortura, escutas 
não autorizadas 
etc. 
Provas ilegítimas 
Violação processual. 
Ex: prazos; tribunal 
do júri, provas até 
3 dias antes. 
Exemplo 
Uma busca e apreensão que se originou de uma confissão ilegal 
(por meio de tortura), ambas, a apreensão e a confissão serão 
desentranhadas do processo. 
Revisando os conceitos 
Iniciativa probatória ≠ ônus da prova 
 
4 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
 
❖ Nominadas atípicas: o Cód. de Processo 
Penal não traz o passo a passo 
(procedimento) de como ela será obtida; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Exceções 
o Estado de pessoas – prova descrita na lei civil 
(certidões), ou seja, só será admita a prova sobre a 
identidade, idade, filiação de alguém etc, por meio 
dos documentos descritos em lei; 
o Exame de corpo de delito – vestígios, testemunha; 
Só serão admitidas as provas obtidas através do 
exame de corpo de delito; Quando os vestígios se 
desfizerem, pode ser admitida a prova 
testemunhal; 
o Provas ilícitas – não admitidas; Quer dizer, as 
partes gozam do princípio da liberdade probatória, 
desde que as provas utilizadas sejam lícitas; 
 
 
▪ Características: 
o Peça técnica; 
o Formal; 
o Resultado de uma perícia; 
o Detalhado; 
o A mais completa das peças técnicas; 
o Inclui os resultados e discussões técnicas sobre o 
exame; 
o Redigido por especialistas; 
o Pode ser de natureza criminal ou cível; 
 
▪ Partes do laudo: 
o Preâmbulo: 
❖ Data e endereço da ocorrência e da 
solicitação; 
❖ Nome do perito; 
❖ Autoridade requerente; 
❖ Dados da requisição da perícia; 
❖ Nome do diretor da repartição pericial; 
❖ Tipo de exame a ser realizado; 
o Histórico: 
❖ Descrição sumária da ocorrência; 
❖ Informações trazidas por testemunhas 
ou outros policiais; 
❖ Sujeitas a confirmação; 
o Do objetivo pericial: 
❖ Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Do isolamento e da preservação do local: 
❖ Se estava isolado e preservado, quem 
eram os responsáveis e diante de 
eventuais alterações do local, o perito 
deve tecer considerações acerca de 
eventuais prejuízos que essas alterações 
podem causar à investigação; 
o Dos exames: 
❖ Do local; 
❖ Dos cadáveres (fotos, posição, sinais 
particulares, identificação, vestes e 
adereços, perinecroscopia; 
❖ Vestígios materiais; 
o Discussão: 
❖ Análise e interpretação da 
perinecroscopia e dos vestígios do local; 
o Conclusão: 
 
 
 
 
 
 
 
o A depender do tipo de laudo, pode conter outros 
tópicos: 
❖ Vestígios biológicos; 
❖ Vestígios papiloscópicos; 
❖ Outros vestígios; 
❖ Respostas a quesitos; 
❖ Anexos: relatório fotográfico, desenhos 
ou croquis, imagens de satélites e 
outros; 
 
 
 
▪ Características: 
o Via de regra, o parecer ocorre após a emissão do 
laudo; 
o Menor e mais simples do que um laudo pericial; 
Exemplo 
Reprodução simulada. 
Consta no Art. 7º: para verificar a possibilidade de haver a infração 
sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá 
proceder à reprodução simulada. 
Exemplo 
Objetivo pericial 
O presente laudo objetiva estabelecer a materialidade de eventual 
delito promovido contra a pessoa, bem como analisar vestígios na 
tentativa de elucidar o modo de atuação do(s) autor(es) e, se possível, 
coletar elementos que possam levar à autoria. 
Exemplo 
Conclusão 
Diante do exposto, o perito conclui tratar-se de violentas as 03 (três) 
mortes apresentadas, as quais foram perpetradas por instrumentos de 
ação pérfuro contundente, do tipo projéteis de arma de fogo. 
Laudo pericial 
Parecer técnico criminalístico 
Princípio da Liberdade Probatória 
Princípio na produção das provas 
 
5 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
o Resposta a consulta feita por interessado aos 
peritos ou assistentes técnicos, acerca de uma 
questão a ser esclarecida; 
 
▪ Partes do parecer: 
o Preâmbulo; 
o Exposição: transcrição dos quesitos e do objeto da 
consulta; 
o Conclusão: opinião técnica (“impressão”) acerca 
dos fatos consultados; 
 
o Credibilidade: competência técnica de quem o 
redige; 
o Opinião técnica sobre a análise de uma prova, fato 
ou documento; 
o Redigido por profissional competente: químico, 
engenheiro, contabilista, médico e outros; 
 
 
 
 
▪ Definição: 
o Na prática, não se diferencia muito do laudo 
pericial; 
o Definição segundo a literatura – relatório com o 
resultado de um exame complementar; 
o Pode ser um exame um exame: balístico, químico, 
biológico, papiloscópico, grafoscópico etc; 
 
 
 
 
▪ Definição: 
o Quando o assistente técnico emite documento 
(relatório) concordando com o resultado do exame 
realizado pelo perito do juízo ou perito judicial; 
o Quando o assistente técnico discorda, emite 
parecer técnico; 
 
 
 
 
▪ Definição: 
o São todos os documentos que acompanham aquele 
inquérito; 
o Exemplos - Oitiva do acusado, termo de exibição e 
apreensão de veículo, laudo de exame pericial de 
local de morte violenta etc; 
o Documentos que integram o processo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Relatório médico legal: 
o Definição – descrição e discussão minuciosa de 
qualquer exame médico legal. 
o Nós temos dois tipos: 
❖ Laudo – redigido pelo perito legista; 
❖ Auto – redigido pelo escrivão e assinado 
pelo médico legista; 
 
▪ Conceito 
o Recursos diretos ou indiretos para alcançar a 
verdade; 
o Exemplos: exame pericial, prova documental, 
testemunhal, confissão etc; 
 
▪ Provas lícitas x provas ilícitas 
o Regra geral, todo tipo de prova é admitida desde 
que lícita; 
o Provas ilegítimas/ilícitas deverão ser 
desentranhadas do processo; 
 
▪ Provas derivadas das ilícitas: 
o Exemplo: busca e apreensão derivada de confissão 
proveniente de tortura; 
 
▪ Provas emprestada: 
o Admitidas em DPP, desde que preservadas as 
garantias quando da produção, na origem; 
o Desde que tenha sido garantido o contraditório e 
ampla defesa; 
o A prova pode ser trazida de um processo para 
outro (Ex.: prova produzida em processo penal podeser aproveitada em processo civil, processo 
administrativo); 
 
Finalidade e Objeto de Prova 
 
▪ Finalidade: 
o Convencer o juiz a respeito de um fato litigioso; 
o Exemplo: provar que ocorreu um crime de dano; 
 
▪ Objeto da prova: 
o Demonstração técnica do que ocorreu no caso 
concreto; 
o Os fatos que a parte pretende demonstrar; 
o Exemplo: no crime de dano – porta e janela 
danificados, laudo; 
 
 
 
Relatório técnico criminalístico 
Relatório técnico cível 
Autos 
Documentos médico legais 
 
6 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
 
Tipos de prova 
 
▪ Prova confessional (art. 197 a 200, CPP): 
o Confissão – admitir algo contra si, tendo pleno 
discernimento, de forma voluntária, perante a 
autoridade; 
 
▪ Isano (ou doente mental): 
o Não pode confessar ou admitir sua culpa 
validamente; 
 
▪ Volutariedade: 
o Significa – livre de pressão, coação ou 
constrangimentos (tortura); 
 
Da confissão 
 
▪ Art. 197 
o O valor da confissão se aferirá pelos critérios 
adotados para os outros elementos de prova, e 
para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la 
com as demais provas do processo, verificando se 
entre elas e estas existe compatibilidade ou 
concordância; 
 
▪ Art. 198 
o O silêncio do acusado não importará confissão, mas 
poderá constituir elemento para a formação do 
convencimento do juiz; 
 
▪ Art. 200 
o A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo 
do livre convencimento do juiz, fundado no exame 
das provas em conjunto; 
❖ Retratável – o autor pode confessar, mas a 
qualquer momento ele pode retirar a 
confissão; 
❖ Divisível – pode confessar de forma parcial 
em crimes complexos (ex.: o acusado 
confessa em um crime de latrocínio, ele 
tinha intenção de roubar, mas quem decidiu 
e cometeu o homicídio foi o partícipe); 
 
Prova Testemunhal 
 
▪ Testemunha (art. 202 a 225, CPP) 
o Pessoa que declara ter conhecimento de algo, 
podendo confirmar a veracidade ou não do 
ocorrido; pessoa física capaz e imputável; 
o Compromissos: 
❖ Tem o dever de narrar os fatos de forma 
imparcial, com base nos fatos reais; 
❖ Crime de falso testemunho – Art. 342 
 
▪ Classificação das testemunhas 
o Direta – presenciou o fato (“testemunha ocular”); 
o Indireta – soube do fato por terceiros; 
o Referidas – aquela que é indicada por outras 
testemunhas; 
o Judicial – o juiz tem a iniciativa probatória, ele 
pode indicar testemunhas que não tenham sido 
indicadas ainda pelas partes; 
o Fedatária (fé)/instrumental – exemplificando, numa 
audiência de custódia, onde o juiz irá ouvir o 
acusado, estes estarão na presença de 
testemunhas. O policial que estava na audiência 
terá seu nome no termo da audiência como 
testemunha fedatária ou instrumental; 
 
 
 
 
 
 
 
Das testemunhas 
 
▪ Art. 202 
o Toda pessoa poderá ser testemunha (em sentido 
amplo, a exemplo do informante). 
 
▪ Art. 203 
o A testemunha fará, sob palavra de honra, a 
promessa de dizer a verdade do que souber e lhe 
for perguntado. (...); 
o Sob pena de responder pelo crime de falso 
testemunho (Art. 342, CPP); 
 
▪ Art. 206 
o A testemunha não pode eximir-se da obrigação de 
depor. Poderão, entretanto, recursar-se (...) 
“familiares e parentes”. 
 
▪ Art. 207 
o São proibidas de depor as pessoas que, em razão 
da função, ministério, ofício ou profissão, devam 
guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte 
interessada, quiserem dar seu testemunho. 
o Exemplo: padre, psicólogo etc; 
 
 
 
Testemunha x Informante 
O informante não presta o compromisso com a verdade (testemunha 
não compromissada); 
Informante pode se eximir de depor, salvo se for único meio de 
prova. 
Exemplos: 
• Doentes mentais; 
• Menores de 14 anos; 
• Cônjuge, ascendentes, descendentes, irmãos; 
• Pai, mãe e filho adotivo; 
 
7 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
▪ Art. 209 
o O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir 
outras testemunhas, além das indicadas pelas 
partes. 
o Testemunhas judiciais; 
 
▪ Art. 211 
o Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer 
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou 
ou negou a verdade, remeterá cópia do 
depoimento à autoridade policial para a 
instauração de inquérito. 
 
▪ Art. 218 
o Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de 
comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá 
requisitar à autoridade policial a sua apresentação 
ou determinar que seja conduzida por oficial de 
justiça, que poderá solicitar o auxílio da força 
pública. 
 
 
Prova Documental 
 
▪ Conceito 
o Objeto ou material capaz de conter informação que 
possa provar ou demonstrar fato de relevância 
jurídica; 
o Exemplos: escritos, impressos, imagens de foto ou 
de vídeo, áudios etc. 
o Juntada – a juntada dessas provas ao processo, 
via de regra pode ocorrer em qualquer fase, desde 
que as partes tomem ciência (seja defesa ou 
acusação); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Documento no processo: deve ser apresentado na 
íntegra; Se houver dúvida se o documento passou 
por alteração deverá ser periciado; 
o Rasuras ou alterações: documento não deve conter 
rasuras ou alterações, se estiverem presentes deve 
passar por perícia; 
o Língua estrangeira: o documento será aceito, mas 
a autoridade solicitará a tradução; Deve ser feita 
por tradutores juramentados; 
 
Os documentos 
 
▪ Art. 231 
o Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão 
apresentar documentos em qualquer fase do 
processo; 
o Desde que com o conhecimento das partes; 
 
▪ Art. 232 
o Consideram-se documentos quaisquer escritos, 
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares; 
o Parágrafo único – À fotografia do documento, 
devidamente autenticada, se dará o mesmo valor 
do original; 
 
▪ Art. 233 
o As cartas particulares, interceptadas ou obtidas 
por meios criminosos, não serão admitidas em juízo; 
o Parágrafo único – As cartas poderão ser exibidas 
em juízo pelo respectivo destinatário, para a 
defesa de seu direito, ainda que não haja 
consentimento do signatário (remetente, quem 
escreveu a carta); 
 
▪ Art. 234 
o Se o juiz tiver notícia da existência de documento 
relativo a ponto relevante da acusação ou da 
defesa, providenciará, independentemente de 
requerimento de qualquer das partes, para sua 
juntada aos autos, se possível – “Princípio da 
iniciativa probatória do juiz”. 
 
▪ Art. 235 
o A letra (trechos manuscritos) e a firma (assinatura) 
dos documentos particulares serão submetidas a 
exame pericial, quando contestada sua 
autenticidade. 
 
▪ Art. 236 
o Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo 
de sua juntada imediata, serão, se necessário, 
traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por 
pessoa idônea nomeada pela autoridade. 
 
 
 
 
 
Condução coercitiva 
Via de regra, para 
serem aceitos: 
Documentos 
escritos/impressos 
Deve ter autoria 
conhecida 
Fotos e vídeos 
Podem ser anônimas, desde 
que essas imagens não 
tenham sido produzidas 
violando outros direitos. 
Provas ilícitas 
Equipara-se a perito ou intérprete 
 
8 Ariana Tavares Polícia Civil da Paraíba – Perito Criminal 
Prova Pericial 
 
▪ Conceito 
o É o exame realizado por técnico especializado ou 
expert – Art. 158 a 184; 
o Exame realizado no corpo de delito; 
o A perícia se materializa no laudo pericial (relatório 
do exame); 
 
▪ Corpo de delito 
o Qualquer objeto, ser vivo, local real ou virtual e 
outros elementos que estejam relacionados à 
prática de um crime; 
❖ Arma; 
❖ Cadáver; 
❖ Residência; 
❖ CD, HD; 
❖ Estado psicológico ou psiquiátrico de 
vítima ou do acusado – para se avaliar, 
por exemplo, a capacidade civil ou a 
imputabilidade; 
o O ECD é a verificação da materialidade feita por 
peritos; 
 
▪ Art. 158 
o Quando a infração penal deixar vestígios, é 
indispensável o exame do corpo de delito, direto ouindireto, não podendo a confissão do acusado 
suprir a falta daquele. 
 
▪ Art. 167 
o Não sendo possível o exame de corpo de delito, por 
haverem desaparecido os vestígios, a prova 
testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
 
 
 
▪ Corpo de delito 
o Qualquer objeto, ser vivo, local real ou virtual e 
outros elementos que estejam relacionados à 
prática de um crime; 
 
▪ Formas de prova 
o Prova direta – fato principal; reporta-se de forma 
direta; 
❖ Ex.: Testemunha presencial (“ocular”) do 
assassinato ou acidente; Laudo pericial de 
exame direto de local de morte; 
o Prova indireta – reporta-se ao fato de forma 
indireta; 
❖ Ex.: No dia do homicídio a testemunha viu 
o suspeito, nas proximidades, jogar fora 
uma arma; Indícios; Laudo de exame 
pericial indireto (NFs, foto ou vídeo, BOAT); 
 
▪ Art. 239 
o Considera-se indício a circunstância conhecida e 
provada que, tendo relação com o fato, autorize, 
por indução, concluir-se a existência de outra ou 
outras circunstâncias. 
 
▪ Autópsia (Art. 162) 
▪ Lesões corporais (Art. 168) 
▪ Exumação (Art. 163) 
▪ Local de morte (Art. 164 a 166) 
▪ Perícias de laboratório (Art. 170) 
▪ Perícias em locais de roubo ou furto – subtração de 
coisas (Art. 171) 
▪ Avaliação econômica indireta (Art. 172) 
▪ Locais de incêndio (Art. 173) 
▪ Documentos e escritos (Art. 174) 
▪ Perícias em objetos: armas, veículos, animais etc (Art. 
175) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação 
“A única fórmula legal válida para suprir a falta do ECD é o 
depoimento de testemunhas.” – Nucci 
Ex.: ausência de confissão ou testemunha, existindo foto ou vídeo.

Outros materiais