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(conteudo) Aula 10 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CAMPO

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Aula 10 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE CAMPO
Disciplina: PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO VII
(p.2)
 Vídeo: Fábio Cardoso Maimone
http://www.youtube.com/watch?v=OV5gMGsYziM
Objetivo desta Aula
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Identificar os procedimentos envolvidos no trabalho de campo; 
2. reconhecer as etapas de organização e preparação do trabalho de campo; 
3. iniciar os procedimentos de preparação do campo.
(p.3)
Preparação e Organização do Trabalho de Campo
No início desse período vimos que, embora as monografias possam ter caráter apenas teórico, no curso de Pedagogia da UNESA, defendemos que os alunos desenvolvam monografias teórico-empíricas. Isso se deve as nossas considerações acerca das contribuições que essa modalidade de trabalho oferece para a formação dos professores.
(p.4)
É um fato que a revisão da bibliografia seja etapa importante de iniciação científica porque aproxima os/as alunos/as das produções no campo de estudos em que nos situamos, permitindo o conhecimento e o confronto de diferentes abordagens e teorias, ampliando sua visão sobre os fenômenos educacionais e orientando suas opções teórico-metodológicas.
No entanto, estudos no campo da formação de professores demonstram que a experiência da pesquisa teórico-metodológica exige uma articulação entre a teoria e os dados empíricos, que muito frequentemente provoca uma rica e significativa reflexão sobre as questões relativas a prática pedagógica desenvolvendo no(a) aluno(a) uma atitude mais critica em relação ao seu campo de trabalho.
(p.5)
Mas, o que significa fazer pesquisa empírica?
A pesquisa empírica diferencia-se da pesquisa teórica porque, como vimos, seu objeto de investigação refere-se a experiências, situações, eventos que se realizam na vida concreta de sujeitos, grupos, instituições, comunidades. Ela exige que além da análise de teorias e conceitos, o pesquisador tome  contato com a realidade concreta, ou seja, que faça uma pesquisa de campo.
(p.6)
Mas, o que significa fazer pesquisa de campo?
Como vimos, a pesquisa de campo é aquela que se realiza toda vez que a coleta de dados se dá a partir da observação de fatos/fenômenos no mesmo momento em que eles ocorrem no real ou a partir do relato de sujeitos em condições naturais, ou seja, em seus próprios contextos de existência. Todo projeto de pesquisa precisa especificar como se realizará a pesquisa de campo, indicando os critérios para escolha dos participantes e/ou da instituição a serem investigados, quais as etapas de trabalho e quais os instrumentos de coleta de dados.
(p.7)
Não estaremos tomando aqui a pesquisa empírica com todo o rigor das diferentes modalidades que ela implica. Queremos provocá-los/lãs a fazer apenas um estudo exploratório. Ou seja, queremos que os estudantes possam aproximar-se ao seu campo de estudo/trabalho de forma a problematizar as discussões teóricas a que teve contato com a revisão da bibliografia.
(p.8)
No campo educacional, os estudos exploratórios desenvolvidos por pesquisadores iniciantes frequentemente assumem um caráter qualitativo, dada a natureza da experiência pedagógica.
Assim, neles, não há exigências de caráter quantitativo e, frequentemente, estaremos lidando com um universo limitado de sujeitos e os critérios de validade estão fundados na coerência e consistência das opções teórico-metodológicas.
Desse modo, não é preciso visitar muitas escolas, observar muitas turmas ou entrevistar muitas pessoas. O importante é a qualidade dos dados obtidos, ou seja, o quão profunda e ampla pode ser sua observação e entrevista, de modo a permitir que o pesquisador recolha dados significativos e construa uma explicação plausível sobre o problema.
(p.9)
Para que o trabalho de campo possa se desenvolver de modo adequado, antes de qualquer coisa é preciso explorar o campo, preparar e organizar a coleta de dados. 
A exploração do campo de pesquisa e a preparação/organização da coleta de dados se dá a partir de algumas etapas.
1. Aproximação ao campo
2. Definição dos sujeitos da pesquisa
3. Elaboração e testagem dos instrumentos de coleta de dados
4. Plano de trabalho e preparação do campo
(p.10)
Aproximação ao campo
O pesquisador deve fazer uma visita à instituição ou comunidade onde ele pretende realizar a pesquisa para verificar se de fato aquela realidade se presta a sua investigação (como nos estudos de caso). Mesmo quando a pesquisa tem origem na realidade a ser investigada é necessário verificar as condições em que se dará a pesquisa (como na pesquisa ação/participante). Esse primeiro contato vai permitir também identificar os sujeitos e os procedimentos necessários para a realização da pesquisa.
Como qualquer contato inicial com uma instituição, esse momento não deve acontecer de última hora, mas ser agendado com antecedência.
Desse modo assumimos uma atitude cordial e garantimos a atenção adequada para a apresentação de nossos propósitos. É sempre recomendável procurar contatar as chefias, evitando ruídos de comunicação que comprometam o desenvolvimento da pesquisa no futuro, afinal, se a diretora da escola é a última a saber da realização de uma pesquisa na instituição, como autoridade máxima, ela pode impedir a continuidade da investigação se a julgar inconveniente, e não vamos querer que isso aconteça, não é mesmo?
(p.11)
Agendado o encontro, o aluno deve comparecer para a conversa com a direção ou funcionário designado devidamente trajado, preparado e documentado (recomenda-se levar comprovante de matrícula na Estácio).
Na ocasião o estudante/pesquisador deve apresentar sua proposta de monografia e estar disponível para ouvir críticas e sugestões, e lidar com os limites apresentados pela instituição.
Essa visita também é oportunidade para o estudante/pesquisador buscar conhecer um pouco a realidade a ser investigada. Essas observações preliminares é que serão o subsídio para a definição mais precisa dos sujeitos e na organização do trabalho de campo propriamente dito.
(p.12)
Definição dos sujeitos da pesquisa
Embora a escolha dos sujeitos que estarão envolvidos na pesquisa atenda especialmente a critérios metodológicos, somente a partir dessa aproximação ao campo, é que o pesquisador vai conhecer a realidade da pesquisa e poder definir com precisão os sujeitos envolvidos no estudo.
Dependendo do problema de investigação, daquilo que estamos estudando, a definição de quem será entrevistado ou qual realidade será observada, obedecerá a critérios diferentes. Se nosso estudo exige uma abordagem mais qualitativa, a escolha dos sujeitos se dará pela pertinência que suas atividades ou características têm com nosso objeto de estudo. Se adotamos uma abordagem mais quantitativa vamos recorrer a critérios de amostragem.
(p.13)
Amostragem é uma técnica usada quando nosso estudo envolve um universo numericamente grande.
Ela serve para selecionarmos uma parcela representativa do universo pesquisado, a partir de critérios estatísticos.  É muito pouco comum em monografias desenvolvidas por estudantes de graduação a necessidade de uso de amostragem. De um modo ou de outro, vamos envolver várias pessoas em nosso estudo e precisamos ter clareza dos critérios que levaram a sua seleção, de modo a que os resultados encontrados possam ser considerados válidos.
(p.14)
Definição dos sujeitos da pesquisa
A etapa subsequente é a da elaboração e testagem dos instrumentos de coleta de dados. Os instrumentos devem estar em consonância com o tipo de abordagem que se pretende dar ao objeto e precisam ser testados (aplicados a uma amostra da realidade a ser investigada) para avaliarmos sua validade e eficácia. Dependendo da abordagem (qualitativa/quantitativa) irá implicar em diferentes instrumentos de coleta de dados.
São mais usuais nas pesquisas quantitativas os questionários/formulários e nas pesquisas qualitativas a observação, a entrevista e a análise de documentos. No entanto, como já vimos em PPE V, a combinação entre as duas abordagens não é só possível, como muitas vezes, recomendável.
(p.15)
Você se recorda dosinstrumentos de coleta de dados.
São eles:
A OBSERVAÇÃO
A ENTREVISTA
A ANÁLISE DE DOCUMENTOS
OS QUESTIONÁRIOS E FORMULÁRIOS
Vamos recordar um pouco as características desses instrumentos, para tanto clique no ícone Pdf.
Ler em: aula_10_caracteristicas_dos_instrumentos_de_pesquisa_quantitativa
(p.16)
O pré-teste
A definição dos instrumentos foi feita por ocasião da elaboração do projeto. No entanto, é preciso fazer reconhecimento e analisar as condições de trabalho no campo, antes de aplicar os instrumentos de coleta de dados. É preciso testar os instrumentos (pré-teste), ou seja, aplicar roteiro de entrevista/observações em realidades/junto a sujeitos com características semelhantes às do estudo para verificar a sua eficácia.
(p.17)
Vamos analisar mais detalhadamente a elaboração dos instrumentos, pré-teste e o trabalho de campo propriamente dito no próximo semestre. Nesse momento consideramos importante que você procure organizar um plano de trabalho e inicie a preparação de seu trabalho de campo. Para isso é preciso definir onde será realizada a sua pesquisa e com que sujeitos. Procure analisar que instituição e sujeitos são mais pertinentes ao seu estudo. Você conhece alguma instituição como essa? Como poderia chegar até ela? Conhece alguém que poderia facilitar o seu primeiro contato com alguém dessa instituição?
(p.18)
Contate a direção ou coordenação pedagógica e agende uma visita. Separe uma agenda ou caderno onde você possa reunir as informações sobre essa instituição e os contatos e observações preliminares que fizer nela.  Anote nomes, telefones, e-mails, suas primeiras impressões.
Procure responder a perguntas como: A quem devo solicitar autorização para realizar minhas observações? É necessário pedir liberação dos sujeitos do trabalho/estudo para as entrevistas? Em que horário poderão ser feitas as entrevistas? Onde as entrevistas poderão ser realizadas? Tenho todos os equipamentos de que necessito?
As respostas a essas perguntas vão permitir que o estudante/pesquisador organize um plano de trabalho de campo mais ajustado às condições reais de realização da coleta de dados. O plano irá discriminar as etapas de trabalho, indicando o cronograma de atividades e os recursos necessários.
(p.19)
Bom, agora estamos chegando ao fim de todo um percurso de reflexões e estudos. 
Procure nesse intervalo entre os semestres se organizar para a realização do trabalho de campo. IMPORTANTE: não se precipite!!! Os/as alunos/as não estão autorizados a realizar o trabalho de campo sem a devida orientação do seu professor de TCC. É a partir das orientações dele, no próximo semestre, que você vai elaborar os instrumentos, ir a campo, analisar os dados e finalizar a redação da sua monografia.
Até lá!!!
(p.20)
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA
Você concluiu esta disciplina. 
SÍNTESE DA AULA
Nessa aula você:
Conheceu os procedimentos envolvidos no trabalho de campo, identificou as etapas de organização e preparação do trabalho de campo e foi estimulado/a a iniciar os procedimentos de preparação do campo para o seu trabalho monográfico. 
REGISTRO DE PARTICIPAÇÃO
1.No curso de Pedagogia da UNESA, adota-se a realização de monografias teórico-empíricas. Isso se deve por acreditar-se que essa modalidade de trabalho oferece contribuições significativas para a formação dos professores, porque:
I.	Ela exige que além da análise de teorias e conceitos, o estudante/pesquisador tome contato com a realidade concreta, articulando a teoria à prática.
II.	Ela se pauta apenas numa extensa e profunda revisão da bibliografia. 
III.	Ela obriga o estudante/pesquisador a profissionalizar-se no campo da pesquisa.
Assinale a alternativa correta:
Parte superior do formulário
1) Apenas a alternativa I é verdadeira. 
2) Apenas a alternativa II é verdadeira. 
3) Apenas a alternativa III é verdadeira. 
4) As alternativas I e II são verdaderias. 
5) As alternativas II e III são verdadeiras. 
Parte inferior do formulário
2.Dependendo do problema de investigação, daquilo que estamos estudando, a definição de quem será entrevistado ou qual realidade será observada, obedecerá a diferentes critérios. Podemos dizer que, em geral, nos estudos exploratórios de caráter qualitativo, a escolha dos sujeitos deverá se dar:
Parte superior do formulário
1) por amostragem de conglomerados. 
2) pela facilidade de acesso, contatos pessoais. 
3) por articulações institucionais. 
4) pela pertinência que suas atividades ou características ao objeto de estudo. 
5) pelas redes sociais. 
Parte inferior do formulário
Resposta: 1-1, 2-4.

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