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Direito constitucional

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Direito constitucional
Unidade 1
Constitucionalismo
1 onde se originou e se desenvolveu o constitucionalismo?
R- O Constitucionalismo remonta a antiguidade clássica (ao povo hebreu). Esse movimento apresenta um caráter político e filosófico inspirado por ideias libertárias. Por tanto, o constitucionalismo não pregava a elaboração de constituições escritas. A eficácia desse movimento, contudo, dependia da absorção de suas ideias pelas constituições, que passavam a ter um caráter jurídico e não meramente político.
- É importante esclarecer que o surgimento das constituições escritas não se identifica com o surgimento do constitucionalismo, já que este remonta ao século V e as constituições escritas remontam ao século XVIII.
DESENVOLVIMENTO:
*Constitucionalismo antigo (até o século V).
*Constitucionalismo medieval (magna carata de 1215).
*Constitucionalismo moderno (1453 – 1789).
*Constitucionalismo contemporâneo (1787- até hoje).
-Petit off rights, 1628.
-Habeas corpus act, 1679.
-Bill of rights, 1689.
A doutrina realiza uma distinção entre o constitucionalismo antigo e o constitucionalismo moderno.
	Constitucionalismo antigo
	Constitucionalismo moderno
	Constituições não escritas.
	Constituições escritas (Constituição Americana 1787 e const. Francesa de 1791).
	Cartas políticas (existia a previsão de certos direitos fundamentais cuja observância se cingia no respeito voluntário dos governantes e do parlamento.)
	Havia uma organização estatal e a previsão de direitos e garantias fundamentais, que obrigavam o seu cumprimento pelos governantes.
	Supremacia do parlamento sem possibilidade de controle de constitucionalidade.
	A constituição possui caráter jurídico.
	Os governantes nos estavam vinculados a disposições constitucionais
	A constituição passou a prever um sistema de responsabilização jurídico político e o controle de constitucionalidade, por fim surge a ideia de constituição moderna
2 O que é constitucionalismo, e qual o conceito?
R- Constitucionalismo é uma técnica especifica de libertação do poder com fins garantisticos. É na verdade, um movimento político e filosófico que visa instituir um governo limitado, com responsabilidades políticas e jurídicas, centrado na garantia dos direitos fundamentais e submetidos a uma constituição escrita.
Com o constitucionalismo moderno, a constituição deixa de ser percebida como uma simples aspiração política para ser compreendida como um texto escrito e fundamental
Contudo, a primeira guerra mundial, embora não marque o fim do constitucionalismo moderno, provoca uma mudança em seu caráter.
O constitucionalismo moderno criado no final do século XVIII a partir das ideias iluministas de limitação do poder, permaneceu inquestionável entre nós até meados do século XX, ocasião em que se originou na Europa, um novo pensamento constitucional voltado a reconhecer a supremacia material e axiológica da constituição, cujo conteúdo dotado de força normativa e expansiva, passou a condicionar a validade e a compreensão de todo o Direito e a estabelecer deveres de atuação para os órgãos de direção política.
Nasce, pois, o neoconstitucionalismo, com um novo paradigma jurídico:
Estado constitucional de Direito.
Estado legislativo de Direito.
3 Neococnstitucionalismo
O neoconstitucionalismo consolida a passagem da lei e do princípio da legalidade para a periferia do sistema jurídico e o transito da constituição e do princípio da constitucionalidade para o centro do ordenamento jurídico.
Em decorrência dessa passagem (constituição do ordenamento jurídico) as condições de validade das leis e dos demais atos normativos dependem não só da forma de sua produção como também da compatibilidade de seus conteúdos com os princípios e regras constitucionais.
Por fim, o neoconstitucionalismo provocou uma mudança de postura dos textos constitucionais contemporâneas, com a incorporação explicita em seu texto de:
Valores (Geralmente associado a dignidade da pessoa humana).
Opções políticas gerais (art. 3°)
Obrigações politicas especificas (prover saúde, educação, segurança pública).
Contribuição do neococnstitucionalismo para o direito constitucional contemporâneo:
C.A) Marco Histórico: É a consolidação o estado de direito que se deu ao longo dos finais das décadas do século XX. É a afirmação do Estado constitucional de direito.
C.B) Marco filosófico: É o pós-positivismo, centrado nos direitos fundamentais e na reaproximação entre o Direito e a Ética.
C.B) Marco teórico: Conjunto de mudanças e transições, transformações que incluem a força normativa da constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática constitucional.
Patriotismo constitucional
Patriotismo constitucional abandona a ideia de nacionalismo, que tradicionalmente esteve vinculada a ideia de questões éticas e culturais, para se adotar um patriotismo constitucional, associado aos fundamentos do republicanismo, que se reveste de um potencial inclusivo.
Os aspectos éticos e culturais continuam importantes para identificar uma comunidade, mas não podem ser levados em consideração para identificar uma forma de união e conciliação entre os cidadãos, notadamente nas sociedades plurais.
Exigência do constitucionalismo intelectual.
Transconstitucionalismo
Globalização dos direitos constitucionais
Universalidade dos princípios constitucionais: Problemas constitucionais universais (QUESTÕES TRANSCONSTITUCIONAIS)
TRANSCONSTITUCIONALISMO x CONSTITUCIONALISMO INTERNACIONAL
PROBLEMAS JURIDICO-CONSTITUCIONAIS
UNIDADE 2
Direito constitucional
	
Origem, conceito e natureza jurídica
Inicialmente, não se deve confundir Direito constitucional com o conceito de constituição. A noção de constituição remonta a antiguidade, ou seja, a noção de constituição em sentido material/amplo. Portanto, o Direito constitucional (e não conceito de constituição) é fruto das reduções liberais do século XVIII, e nesse período o Direito Constitucional é visto como o direito das constituições modernas
	Não há dúvidas que o direito constitucional é fruto do século XVIII, mas a criação dessa disciplina foi lenta e demorou a se consolidar, sendo o Direito Francês o primeiro a instituir a criação dessa disciplina nos cursos de Direito, e isso ocorreu em 26 de setembro de 1791, no Brasil, somente foi criado por meio de decreto de 27 de setembro de 1940.
	O conceito de Direito Constitucional não pode ser resumido como um ramo do Direito que estuda as normas contidas na Constituição, é mais que isso.
	O Direito Constitucional é o ramo fundamental do Direito que investiga, estuda e sistematiza as normas e instituições, que dispõe sobre as bases e elementos fundamentais do Estado, determinando sua estrutura, organização e seus fins, a composição e o funcionamento de seus órgãos superiores, disciplinando o modo de aquisição e ascensão ao poder e os limites de sua atuação, assim como os direitos e as garantias fundamentais dos indivíduos e da coletividade.
	O objeto do Direito Constitucional é o conhecimento cientifico e sistematizado da organização fundamental do Estado, através da investigação e estudos dos princípios e regras constitucionais atinentes a forma de Estado e ao sistema de governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, a composição e funcionamento dos seus órgãos, aos limites de atuação, e aos direitos e garantias fundamentais.
Classificação do Direito Constitucional
A Doutrina fala em divisão do Direito Constitucional. OBS: A Doutrina apresenta diversas classificações do Direito Constitucional; por conta disso serão apresentadas as principais classificações ou divisão:
Direito constitucional Especial Positivo ou particular, ou seja, ele vai estudar a constituição e sintetizar unicamente a constituição daquele Estado, que tem por objeto o estudo da constituição do próprio Estado em vigor, portanto estuda apenas a constituição de um determinado Estado.
Direito Constitucional Comparado, é o estudo teórico das normas constitucionaispositivas, mas não obrigatoriamente vigentes, de vários Estados. OBS: Esse estudo teórico das várias constituições positivas e se utiliza basicamente de 2 critérios
No Tempo 
No Espaço
 Na verdade, funciona como um método que estuda as ordens constitucionais distintas, confrontando e cortejando suas normas e instituições.
Direito Constitucional Geral: corresponde a uma teoria geral do Direito Constitucional. Por essa razão, procura identificar e sistematizar os princípios, conceitos e instituições comuns a diversos ordenamentos constitucionais, que se acham presentes em várias constituições, procurando extrair de cada constituição categorias típicas e comuns como forma de contribuir par o ordenamento, com relação ou alteração do Direito Constitucional de determinado Estado.
Constitucionalização do Direito
Com o Neoconstitucionalismo, Constitucionalização do Direito Civil, a Constituição passou a ocupar o topo do Ordenamento Jurídico, exigindo uma leitura Constitucional de todas os ramos da Ciência Jurídica (de todos os ramos do Direito e não só do Direito civil).
A constitucionalização do Direito ou da Ciência Jurídica, se iniciou na Europa no período da 2° guerra mundial com a constituição Alemã de 1949, e no Brasil só teve início em 1988.
A constitucionalização da Ciência Jurídica pode ser entendida como um processo de transformação do Ordenamento jurídico ao fim do qual a ordem jurídica em questão resulta totalmente impregnada pelas normas constitucionais, que passam a condicionar tanto a legislação como a jurisprudência, a doutrina, as ações dos atores políticos, e as relações sociais.
A constituição da ciência jurídica, pressupõe a existência de:
Uma constituição Rígida e Suprema
Interpretação das Leis conforme a Constituição
Sobre a interpretação constitucional, a constituição exige uma hermenêutica especificamente constitucional.
Garantia judicial da constituição
Aplicação direta das normas constitucionais.
Influência da constituição sobre as relações políticas (CONSTITUIÇÃO NORMATIVA)
Força normativa da constituição.
UNIDADE 3
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO
INTRODUÇÃO
O que é constituição?
R- A expressão constituição. Possui caráter polissêmico e pode ser entendida em sentido amplo e em sentido restrito:
Em sentido amplo ou vulgar: significa o modo de ser de algo, e tem o sentido revelar a constituição de algo. Nesse sentido, a constituição é entendida como material (conteúdo, em sentido sociológico real)
Constituição em sentido restrito/étnico, significa a constituição de um Estado. Sentido jurídico.
A expressão constituição em sentido amplo, ou seja, em sentido real sempre existiu, de modo que desde a antiguidade já se encontravam leis que cuidavam da própria organização do Estado. Ferdinand Lassale, já cuidava/trabalhava com o conceito de constituição REAL e EFETIVA, portanto, o conceito sociológico de constituição existe e não precisa estar positivado.
	A partir do século XVIII, a constituição passou a ser entendida em seu caráter formal, estrito, e passou a significar um conjunto de normas que cuidam da organização do Estado, da separação dos poderes e dos direitos e garantias fundamentais.
Em razão desse movimento (Constitucionalismo Americano e constitucionalismo Francês) a constituição deixou de ser sociológica (REAL e EFETIVA-FERDINAND LASSALE) e passou a ser jurídica.
O que aconteceu com a constituição material?
R- Com o surgimento da constituição formal, no século XVIII, a constituição material foi alocada na constituição escrita. Constituição formal não significa ou não se resume ao conceito de constituição escrita; constituição formal significa supremacia constitucional. A constituição passou a ocupar o topo do ordenamento jurídico e serve de fundamento e de validade para as demais normas do sistema jurídico.
ACEPÇÕES DA EXPRESSÃO CONSTITUIÇÃO (CLASSICA)
O conceito de constituição não pode ficar desvinculado do sentido ou concepção que ela pode apresentar.
A Doutrina apresenta 4 acepções da expressão constituição. São chamadas de acepções clássicas, são elas:
Acepção sociológica: é a defendida por Ferdinand Lassale (1862) a essência da constituição.
A constituição é a soma dos fatores reais de poder que regem uma nação.
Para Ferdinand Lassale é obra do ser humano?
R- Para ele, a constituição não é obra da razão, não é obra criada ou inventada. Não e resultado do dever ser, e sim do ser, por isso é sociológica. (A REALIDADE)
A constituição deve ser estudada em relação com a sociedade. Esse autor diferencia constituição Real e Efetiva de constituição Jurídica; de modo que havendo conflito entre elas deve prevalecer a constituição real e efetiva.
Acepção política: (Carl Schmidt- 1928-teoria da constituição) esse autor é um voluntário, por entender que já existe uma vontade política antes da constituição. Logo, não é a constituição que gera a nação, é a nação que gera a constituição. Portanto a decisão conjunta de um povo sobre a forma de estado, organização/existência é que confere a um conjunto de normas o caráter de constituição.
A constituição normativa é apenas a expressão dessa vontade ou decisão política. Por isso que para ele a constituição é uma decisão política do povo.
Segundo esse autor, a constituição apresenta 4 conceitos:
Conceito Absoluto: em sentido absoluto é a forma do estado.
Conceito Relativo: é a constituição rígida.
Conceito Positivo: é a decisão política fundamental do povo.
Conceito Ideal: é o postulado reinante naquele momento histórico.
Questão de prova!!
De acordo com Carlos Schmidt a constituição possui 4 sentidos, quais?
	Qual o conceito ideal de constituição a partir do século XVIII?
	Constituição formal: a partir do século XVIII, somente seria ideal a constituição que fosse escrita, rígida, que assegurasse a separação dos poderes, que instituísse a separação dos poderes e que assegurasse os direitos e garantias fundamentais.
Concepção Jurídica: é a defendida por Hans Kelsen, que diz, constituição é norma jurídica fundamental de organização do estado e de seus elementos essenciais, dissociada de qualquer fundamento sociológico, político e filosófico, constituição é norma pura, ou seja, puro dever ser, com esse pensamento rompe a concepção da ciência jurídica tradicional. O direito deve ser estudado de forma isolada, sem conexão com as demais ciências do conhecimento humano. Os problemas sociológicos, políticos, morais, éticos, filosóficos não são objeto de estudo do Direito, já que são problemas metajuridicos.
Para esse autor, a constituição possui 2 sentidos?
Sentido lógico-jurídico: não é norma posta, mas pressuposta.
Sentido jurídico-positivo: é a norma positivada, é a norma posta. Em concepção normativa, não leva em consideração se ela é estabelecida por alguma vontade política ou se reflete os fatores reais do poder.
 D) concepção culturalista: Meireles Teixeira, para esse autor o conceito de constituição de ser total, deve reunir aspectos econômicos, políticos sociológicos, jurídicos e filosóficos. O Direito não é nem puro DEVER SER (concepção jurídica) nem puro SER (concepção sociológica), deve haver uma interação entre realidade social e jurídica.
	As concepções anteriores pecam pela unilateralidade, por entender a constituição de forma isolada, sem qualquer conexão com a sociologia, politica, filosofia, ética e moral, a constituição é produto humano, é fato cultural.
	A constituição pode ser definida a partir da junção de todas as concepções como sendo a ordem jurídica global e fundamental, constitutiva do Estado e da sociedade.
Acepções modernas da constituição
A constituição dirigente: Gomes Canotilho, esta remete ao estado social do século XX, chamado de constitucionalismo dirigente, impositivo.
Canotilho compreende a constituição vigente como um projeto de governo aberto no tempo, voltado para o futuro, carecendo sempre de regulamentação complementar. É no constitucionalismo Dirigente que encontramos campos férteis para as normas programáticas, que irão dispor sobre direitossociais e econômicos, que não eram prestados pelo estado liberal. Chega-se à conclusão de que o Estado liberal era insuficiente para realizar uma função dirigente (serviços sociais e econômicos).
	Por conta dessa discussão, Canotilho estruturou e organizou um constitucionalismo dirigente, muito impositivo e programático.
	Ocorre, porém, que esse constitucionalismo dirigente (IMPOSITIVO) acabou por ser revisto pelo professor Lusitano, que no início defendeu a morte do constitucionalismo dirigente.
	Posteriormente, Canotilho passou a entender e a defender um constitucionalismo moralmente reflexivo (menos impositivo), cujas premissas se assentam numa noção de eficácia reflexiva ou de direção indireta.
O dirigismo constitucional das décadas de 70 e 80 do século XX não mais existe, porem a constituição dirigente não morreu, pois ainda sobrevivem importantes dimensões do pragmaticidade e dirigismo constitucional, anda que em uma perspectiva mais reflexiva (leve) e menos impositiva.
A Sociedade aberta de interpretes da constituição: Peter Harberte
Segundo esse autor uma hermenêutica constitucional adequada, exige a participação de todos os cidadãos. Ele não desconhece a importância da jurisdição constitucional. (A interpretação da constituição feita pelos agentes formais do estado), apenas reconhece como igualmente legitimado a interpretar a constituição grupos sociais que não integram necessariamente o poder judiciário. No Brasil, essa teoria vem sendo adotada pelo STF através, sobre tudo da figura do “AMICOS CURIAE” (AMIGOS DA CORTE). Ele entende a constituição como um processo público (aberto) de interpretação, e exige a constante interação entre o texto e a realidade social no qual se encontra inserido.
Quem seriam os agentes sociais encarregados de interpretar a constituição?
R- Igreja, sociedade civil, associações, políticos, sindicatos, doutrinas, etc.
Teoria da força normativa constitucional – Konrad Hesse
Esse autor contrapõe-se a concepção de Ferdinand Lassale. Ele diz que a força normativa da constituição, depende da chamada vontade de constituição. E para que haja tal vontade de cumprir a constituição 3 elementos devem ser observados.
Compreensão da necessidade e do valor de uma ordem normativa inquebrantável, que proteja o estado contra o arbítrio desmedido e uniforme. (Interpretações inconstitucionais, golpes.) Inquebrantável capaz de afastar ilegalidade e abalos.
Na compreensão que essa ordem constituída (constituição) é mais que uma ordem legitimada pelos fatos; ou seja, a ordem constitucional não lida é viva se adequa a realidade, os fatos sócios servem apenas para atualizar a constituição. A legitimidade da constituição e a necessidade de constante atualização.
Consciência de que, ao contrário do que se dá com uma lei do pensamento, essa ordem não logra ser eficaz sem o concurso da vontade humana. Exige que a sociedade cumpra a constituição, vontade de cumprir a constituição.
Teoria da constitucionalização simbólica – Murilo Neves
Essa teoria, tem lugar na discussão entre realidade e texto normativo. Segundo esse autor o constitucionalismo simbólico apresenta 2 aspectos:
Aspecto negativo: é chamado déficit jurídico normativo (déficit de concretização), o que leva a perda da capacidade da constituição de generalizar aspectos de comportamento.
Aspecto positivo: representa um papel ideológico-político e apresenta a constituição como a instancia reflexiva do sistema jurídico, aproximando as expectativas sociais e canalizando argumentos em prol da formação de um consenso discursivo.
Supremacia e unidade da constituição
Toda norma constitucional goza de normatividade e imperatividade, independentemente do seu conteúdo. A norma constitucional possui supremacia em relação as demais normas do ordenamento jurídico. Consequência disso, é que a constituição só pode ser alterada através de um processo mais dificultoso e solene do que o exigido para alteração da legislação infraconstitucional.
	A constituição representa a fonte máxima de produção de todo o direito.
Toda norma constitucional possui idêntica hierarquia-normativa, independentemente de sua categoria; o que as diferencia é o maior ou menor grau de eficácia imediata.
Estrutura da constituição 
A constituição Brasileira possui a seguinte estrutura:
Preâmbulo: é a parte precedente da constituição com forte carga valorativa. Revela os valores e os objetivos a serem almejados.
O Preâmbulo possui valor jurídico?
R- Não, contudo consiste um importante vetor interpretativo.
Parte dogmática: é a parte da constituição que reúne os direitos civis, políticos, sociais e econômicos, vai do art. 1° ao 250.
As disposições transitórias: são as disposições que regulam a integração entre a nova ordem e a constituição que foi substituída, bem como regula determinados assuntos enquanto não forem disciplinados definitivamente por lei.
Elementos da constituição
Elementos orgânicos (títulos III e IV CF88); contidos nas normas que regulam o estado e o valor.
Elemento limitativo: (Direitos fundamentais art.5° CF88); corresponde as normas que formam o catalogo de direitos e garantias fundamentais, limitando o poder estatal.
Elementos socioideologicos: (art. 6° e 7° e titulado 7 da CF88); revelam o compromisso das constituições modernas entre o estado liberal do século XVIII e o estado social dos séculos XIX e XX.
Elementos de estabilização constitucional: são as normas que cuidam da solução de conflitos constitucionais e institucionais.
Elementos formais de aplicabilidade: são preambulo, o primeiro parágrafo do art.5° e as disposições constitucionais transitórias.

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