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Métodologia de Pesquisa: CONHECIMENTO CIENTÍFICO: -Procura conhecer não só os fenômenos ou os objetos, mas também as suas causas, leis e conseqüências, revisando e reavaliando idéias, pensamentos, hipóteses e resultados de um determinado fato ou acontecimento. -A ciência necessita de pesquisa elaborada com um método sistemático para a validação das informações descobertas. Pesquisa: -A pesquisa é um procedimentos reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo de conhecimento.” -Descobrir respostas para questões (problemas), mediante a aplicação de métodos científicos; 1. Objetivo (o quê?) Objetivos gerais e específicos 2. Método (como?) Técnicas, procedimentos, fontes 3. Justificativa (por quê?) Contextualização, motivação, interesse, utilidade 4. Finalidade (para quê?) Produção de conhecimento em si mesma / Aplicação 5. Resultados Método Científico: -Processo que possibilita questionar e manipular a realidade. -São traçadas as etapas fundamentais da pesquisa, o caminho e os procedimentos que se deve percorrer para chegar aos resultados de forma precisa e segura. -Pode se dividir em: Método Quantitativo (pesquisa quantitativa) e Método Qualitativo (pesquisa qualitativa). Pesquisa/Método Quantitativo: -Quantifica no momento da coleta dos dados e no momento da análise dos dados (utiliza a estatística e medidas numéricas). -Garante precisão dos resultados, evita distorções de análise e interpretação, dá margem de segurança. -Pesquisa quantitativa originalmente associada à tradição positivista nas Ciências Sociais: objetividade, neutralidade, imparcialidade busca de critérios de validação semelhantes aos das Ciências Naturais fato social visto como “coisa” observável e quantificável busca de leis (Durkhéim) Pesquisa/Método Qualitativo: -Não procura quantificar ou enumerar, ela não “mede”. - Analisa situações complexas ou estritamente particulares, sem quantificar dados. -Tenta interpretar fenômenos sociais (interações, comportamentos, etc.) e investigar sua natureza. -Estuda pessoas em seus ambientes naturais e não em artificiais ou experimentais -Instrumentos: questionários, entrevistas, observações. Os dados são classificados e são criadas categorias de análise. -Busca descrever e analisar a cultura e o comportamento de indivíduos e grupos do ponto de vista dos pesquisados. Preocupação essencial é captar o significado que as pessoas dão aos fenômenos estudados. -É flexível e interativa (não se limita a um conjunto de questões predefinidas, constrói- se parcialmente no processo e na relação com os pesquisados); - Aproxima “sujeito” e “objeto”, enfatizando o diálogo entre diferentes tipos de conhecimento; - A subjetividade e o envolvimento pessoal do observador, desde que controlados, podem ser instrumentos úteis para a pesquisa (intuição, empatia, imaginação, sensibilidade, experiência pessoal); - Pode combinar diferentes técnicas e também estar associada a pesquisas quantitativas; -Tipos: -Etnografia: -Tinha como principal característica a DESCRIÇÃO de algum grupo de indivíduos, ex: 1892 – estudo sobre as condições de vida dos camponeses poloneses na Europa e na América; -Surge na primeira metade do século XX, impulsionada por estudos socioculturais; -Fortalecimento da Antropologia como uma disciplina distinta da história, procurando estabelecer meios de estudar como vivem os grupos humanos, partilhando de suas vidas, no local onde vivem e como dão sentido às suas práticas e coesão aos grupos; -Estudo de caso; -Abordagem metodológica; -Usa vários métodos; -Se insere dentro de UM contexto; -Analisa uma unidade ou parte deste todo; VANTAGENS: - Conhecer com profundidade um tema; - Detecção de dados que pesquisas superficiais não conseguiriam atingir; - Uso de várias técnicas de coleta que podem permitir diferentes percepções; DESVANTAGENS: - Fornecimento de pouca base para generalizações; - Influência do investigador; - Grande extensão e demanda longo tempo para ser concluído; -História de vida/história oral; -A utilização da História de Vida como abordagem metodológica foi introduzida no meio acadêmico em 1920, pela Escola de Chicago e desenvolvida por Znaniescki, na Polônia. -A partir da década de 60, esse método de pesquisa procurou estabelecer as estratégias de análise do vivido, constituindo um método de coleta de dados do homem no contexto das relações sociais (Chizotti, 1991). -Buscando compreender de maneira aprofundada o modo de vida das pessoas, este tipo de pesquisa foi criado; -“Histórias de Vida” se tornaram um instrumento para poder ajudar as pessoas a tomar consciência daquilo a que se poderia chamar, em termos sociológicos, determinações que pesam sobre a sua maneira de estar no mundo; -A utilização de tal método é uma das maneiras pelas quais o pesquisador adquire respostas diretamente na fonte. -Recomenda-se a utilização desse método para comprovar historicamente dados reais. Ou seja, conhecer/compreender o momento histórico vivido pelo sujeito. -Os dados coletados retratam práticas sociais de uma determinada época, inserida no mundo do qual o entrevistado atua, faz ou fez parte. -Pesquisa documental; -Levantamento e análise de material escrito (mídia, documentos institucionais, diários, obras literárias, cartas etc.) ou visual (fotografias, filmes, obras pictóricas etc.) -Também utilizada como técnica auxiliar; VANTAGENS - Permite estudar pessoas e contextos às quais não se tem acesso físico; - Durabilidade das informações e possibilidade de reanálises; - Permite comparações no tempo; DESVANTAGENS -Documentos têm viés de quem os produziu (não-pesquisador) -Representações diretas só das camadas sociais letradas -Dificuldade de captar comportamentos não-verbais -Pesquisa-ação/pesquisa participante: -A principal motivação para realização de uma pesquisa-ação deve ser o desvelamento dos mecanismos de exploração, da consciência libertadora e da luta pela transformação, ou seja, um real desejo de MUDANÇA. -“A Pesquisa-ação é uma metodologia coletiva, que favorece as discussões e a produção cooperativa de conhecimentos específicos sobre a realidade vivida, a partir da perspectiva do esmorecimento das estruturas hierárquicas e das divisões em especialidades, que fragmentam o cotidiano.” Tabelas comparativas: Tipos de pesquisa: -Estado da Arte: As pesquisas do “estado da arte” servem para traçar um panorama geral de determinado assunto (tema); -São uma derivação da pesquisa documental; -Podem ser realizadas a partir de alguma “base” especifica ou considerando apenas o tema; -São rápidas de serem executadas e fornecem subsídio para o desenvolvimento de outras pesquisas; -Pesquisa direta: busca de dados diretamente da fonte de origem _ investigação de fenômenos por meio de métodos e instrumentos cientificamente comprovados para coleta de dados. -Pesquisa indireta: utilização de informações, conhecimentos e dados que já foram coletados por outras pessoas (pesquisas anteriores): documentos, leis, projetos, livros, artigos, revistas, jornais, desenhos, etc. Classificação Quanto ao Método: -Método Descritivo (pesquisa descritiva): observa, registra, analisa, descreve e correlaciona fatos ou fenômenos sem manipulá-los, procurando descobrir com precisão a freqüência em que um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores _ Delineia o que é. Pode ser “QUALI” ou “QUANTI”. -Estudo exploratório: sua finalidade é familiarizar-se com o fenômeno e obter uma nova percepçãoa seu respeito, descobrindo assim novas idéias em relação ao objeto de estudo. -Estudo descritivo: descrevem as características, propriedades ou relações existentes no grupo ou da realidade em que foi realizada a pesquisa. -Estudo de caso: estudar determinado indivíduo, família, grupo para investigar aspectos variados ou um evento específico da amostra. Um único caso é estudado em profundidade para alcançar uma maior compreensão sobre outros casos similares. -Método Experimental (pesquisa experimental): manipula diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo_ proporciona relação causa e efeito, mostrando de que modo o fenômeno é produzido. Possui grupo controle e experimental _ Descreve o que será. Pode ser “QUALI” ou “QUANTI”. Coleta de Dados: -Tipos de entrevistas: -“Técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação. A entrevista é, portanto, uma forma de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação” (GIL, 2009). -Entrevistas relacionadas à história de vida: Sua principal função é retratar as experiências vivenciadas por pessoas, grupos ou organizações. Sua profundidade varia de acordo com o pesquisador. -Entrevistas com grupos focais: técnica de coleta de dados cujo objetivo principal é estimular os participantes a discutir sobre um assunto de interesse comum, ela se apresenta como um debate aberto sobre um tema. -Discussão entre participantes de um grupo convidado/convocado segundo determinados critérios e com roteiro pré-estabelecido; -Também utilizado como técnica auxiliar para pesquisas quantitativas; -Vantagens: -Rapidez de geração das informações; -Pode ser repetido para monitorar mudanças no tempo; -Desvantagens: -Contexto de interação artificial; -Exige treino específico dos moderadores/observadores; -Entrevistas estruturadas: são elaboradas mediante questionário totalmente estruturado, ou seja, é aquela onde as perguntas são previamente formuladas e tem- se o cuidado de não fugir a elas. As diferenças devem ser referentes às diferenças entre os respondentes e não diferença nas perguntas. -Entrevistas abertas: A entrevista aberta é utilizada quando o pesquisador deseja obter o maior número possível de informações sobre determinado tema, segundo a visão do entrevistado, e também para obter um maior detalhamento do assunto em questão. -Essencial para histórias de vida e sempre que se queira conhecer em profundidade valores, normas e representações de um grupo. -Preocupação maior com o que o(a) entrevistado(a) pensa do que com o que ele ou ela sabe. -VANTAGENS: -Maior liberdade ao pesquisado - maior profundidade das respostas -Alta flexibilidade: roteiro aberto permite introduzir novas questões durante o processo -DESVANTAGENS: -Entrevistas diferentes respondem a diferentes questões – dificuldades de sistematizar e analisar o material; -CUIDAR: -Seleção dos entrevistados; -Anotar ou Gravar; -Entrevistas semiestruturadas: Combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. -Levantamento Documental: -Levantamento e análise de material escrito (mídia, documentos institucionais, diários, obras literárias, cartas etc.) ou visual (fotografias, filmes, obras pictóricas etc.); -Também utilizada como técnica auxiliar; -Vantagens: -Permite estudar pessoas e contextos às quais não se tem acesso físico; -Durabilidade das informações e possibilidade de reanálises; -Permite comparações no tempo longo; -Desvantagens: -Documentos têm viés de quem os produziu (não-pesquisador) -Representações diretas só das camadas sociais letradas Dificuldade de captar comportamentos não-verbais -Observação estruturada: -Observador não-participante; -Forma de registro predeterminada; -Contexto natural ou artificial; -Vantagens: -Pode gerar também dados quantitativos; -Pode ser repetida para monitorar mudanças no tempo; -Desvantagens: -Foco da observação deve ser bem definido â pontos importantes podem ficar de fora; -Observação Participante: -“Mergulho” do(a) pesquisador(a) no grupo estudado e na sua cultura, essencial para conhecer inter-relações entre discursos, comportamentos, interações não-verbais e contextos. -Vantagens: -Profundidade, abrangência temática, flexibilidade. -Desvantagens: -Tempo e custo da pesquisa; -Aceitação pelo grupo; -Perfil específico de pesquisador(a); técnica de difícil ensino; -Dificuldade de replicação e de comparação; -Busca em bases de dados: -Palavras-Chaves -PUBMED/ MedLine -SCIELO -CAPS -Google Scholar -LILACS -SCOPUS Fases/ Formulação/ Estrutura de pesquisa: • Primeira Fase: formulação e planejamento da pesquisa (antecede a realização da pesquisa); • Segunda Fase: desenvolvimento e execução da pesquisa (realização propriamente dita, com a coleta de dados e busca de informações sobre o tema escolhido); • Terceira Fase: redação do texto final de estudo (fechamento pesquisa, redação final); • Quarta Fase: exposição do trabalho final (pesquisador divulga os resultados atingidos para a comunidade científica e os profissionais da área) -Primeira Fase-FORMULAÇÃO E PLANEJAMENTO: 1) Escolha do assunto ou tema de pesquisa 2) Delimitação do tema de pesquisa: enfoque específico do estudo 3) Formulação do problema de pesquisa 4) Estipulação do Objetivo 5) Levantamento, compilação e fichamento do material bibliográfico 6) Definição dos Procedimentos e Instrumentos a empregar na pesquisa 7) Programação da Pesquisa (cronograma e orçamento) -Segunda fase-DESENVOLVIMENTO E EXECUÇÃO: 1) Revisão de Literatura 2) Coleta de dados 3) Análise e interpretação de dados 4) Tratamento dos dados (estatística) 5) Codificação dos resultados (gráficos, tabelas, etc.) -Terceira fase-REDAÇÃO FINAL: 1) Elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, resumo, sumário) 2) Introdução: delimitação do assunto, problema, objetivos, hipóteses (pesquisa quantitativa), justificativa. 3) Revisão de Literatura. 4) Metodologia: caracterização da pesquisa, população e amostra, instrumentos de coleta de dados, procedimentos de análise dos dados, tratamento estatístico (pesquisa quantitativa). 5) Análise e discussão dos resultados. 6) Considerações finais (conclusões) 7) Referências 8) Apêndices e Anexos -Quarta fase-EXPOSIÇÃO FINAL DO TRABALHO: 1) Pôster; 2) Artigo científico; 3) Apresentação Oral. ->ESTRUTURA DE UM PROJETO DE PESQUISA – MÉTODO CINTÍFICO: • Objeto (o que): tema de pesquisa e delimitação • Problema (questionamento a ser respondido) e hipóteses (resposta ao questionamento) • Objetivo ( para que? para quem?): visa atingir o problema • Justificativa ( por que da investigação?) • Referencial Teórico (teoria de apoio ao estudo) • Metodologia (como? com que? onde?) – determinação dos instrumentos de pesquisa. •Cronograma (quando?) • Orçamento (com quanto?). • Referências Checklist de qualidade: -As perguntas da pesquisa foram claramente formuladas? -O método de pesquisa escolhido é consistente com o objetivo e as perguntas? -Os pressupostos foram bem explicitados? -A posição teórica e as expectativas do pesquisador foram explicitadas? -Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos metodológicos? -Os procedimentos metodológicos são bem documentados?-Adotaram-se regras explícitas nos procedimentos analíticos? -Os procedimentos analíticos são bem documentados? -O detalhamento da análise leva em conta resultados não-esperados e contrários ao esperado? -A discussão dos resultados leva em conta possíveis alternativas de interpretação? -Os resultados são congruentes com as expectativas teóricas? -Explicitou-se a teoria que pode ser derivada dos dados e utilizada em outros contextos? -Os resultados são acessíveis, tanto para a comunidade acadêmica quanto para os usuários no campo? -Os resultados estimulam ações – básicas e aplicadas – futuras?
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