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Exame clínico - orelhas

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Synthya Bomtempo 
Exame clínico – Orelhas 
 
INTRODUÇÃO 
A orelha interna é um conjunto complexo de estruturas no interior do osso temporal 
dividido em dois sistemas: o labirinto anterior ou cóclea, que contém os órgãos da audição, 
e o labirinto posterior ou sistema vestibular, que contém os órgãos responsáveis pelo 
equilíbrio. 
O sistema vestibular interage com o sistema visual e o proprioceptivo para 
organização de estímulos sensoriais e motores, contribuindo para as funções de orientação 
e equilíbrio. 
O órgão sensorial auditivo é responsável por converter a energia mecânica do som 
em impulsos elétricos no nervo auditivo. É constituído por três componentes: orelha externa, 
unidade que capta o som; orelha média, responsável pela condução da energia mecânica; 
orelha interna, onde ocorrem a amplificação e a codificação da energia mecânica na cóclea. 
O equilíbrio e a orientação estão relacionados com o labirinto, os canais 
semicirculares, o sáculo e o utrículo, os quais constituem o sistema vestibular periférico. 
 
 
 
 
Synthya Bomtempo 
 
 
 
ANAMNESE 
 
ATENÇÕES DE ACORDO COM A FREQUÊNCIA 
• Identificação: avaliar o perfil do paciente em relação a sua saúde. 
• Idade: 
o Recém nascidos: infecções perinatais, uso de medicamentos ototóxicos e 
mutações genéticas. 
o Crianças pré-escolares e escolares: otite média. 
o Idosos: presbiacusia 
• Sexo: 
o Homens: presbiacusia. 
o Mulheres: otosclerose, doenças imunomediadas e paraganglioma. 
• Cor: otosclerose mais frequente em pessoas de cor branca. 
• Trabalho: ambientes ruidosos e agentes tóxicos inaláveis. 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
 CRIANÇAS 
• Pré-natais: 
o Uso de substâncias ototóxicas 
o Infecções (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, HIV/AIDS) 
Perinatal: Que é relativo ou que acontece durante o período compreendido entre a 28.ª semana de gestação e o 
7.° dia de vida do recém-nascido. 
Medicamentos ototóxicos: são aqueles que podem causar dano ao sistema coclear e vestibular. 
Otite média: resulta de uma infecção provocada por vírus ou bactérias, geralmente decorrente de uma 
complicação do resfriado comum ou de alergias. 
Presbiacusia: diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento. 
Otosclerose: doença genética que causa a formação de osso (anormal) na janela oval, causando surdez. 
Paraganglioma: tumor no corpo carotídeo. 
Synthya Bomtempo 
• Perinatais 
o Prematuridade 
o Anoxia 
o Hipoxia 
• Pós-natais 
o Internação em terapia intensiva 
o Uso de: aminoglicídios (antimicrobianos) e diuréticos de alça 
o Hiperbilirrubinemia (icterícia) 
o Meningite neonatal 
 
ADULTOS E IDOSOS 
• Tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, alimentação e sedentarismo 
• Antecedentes cirúrgicos, especialmente otorrinolaringológicos 
• Doenças sistêmicas 
• Uso de medicamentos (aminoglicosídeos, diuréticos de alça, salicilatos e cisplatina) 
• Exposição a ambientes ruidosos 
• História de traumatismo cranioencefálico. 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
 Questionar a existência de outros familiares com perda auditiva, como disacusias 
congênitas, otosclerose e presbiacusia. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 Disacusias: hipoacusia e anacusia. Otalgia, otorreia, otorragia, edema pavilhão, 
vertigem, zumbido (tinnitus) e paralisia facial. 
HIPOACUSIA OU ANACUSIA 
Significa perda parcial ou total de audição que diminua a inteligibilidade da mensagem 
falada. 
Deve ser sempre avaliada quanto a: 
• Lateralidade (uni ou bilateral) 
• Início (insidioso, rapidamente progressivo ou abrupto) 
• Intensidade, se parcial (hipoacusia) ou total (anacusia) 
• Tempo de duração (dias, semanas, meses ou anos) 
• Constância, intermitência ou flutuação ao longo do dia. 
• Início, antes ou após aquisição da linguagem oral (pré ou póslingual) 
• Sintomas associados, zumbido, tontura, plenitude aural e acometimento de outros 
pares cranianos, como o nervo facial. 
TONTURA E VERTIGEM 
Synthya Bomtempo 
Pontos importantes a investigar: 
• Tempo de evolução, aguda (menos de 1 semana) ou crônica 
• Recorrente ou autolimitada 
• Periodicidade 
• Características da tontura (sensação rotatória caracteriza a vertigem). Relato de 
flutuação; cabeça vazia; sensação de escurecimento visual, présíncope; instabilidade 
ou desequilíbrio não deve ser confundido com vertigem 
• Sintomas associados (hipoacusia, zumbido, cefaleia, náuseas, vômito) 
• Fatores desencadeantes (movimentos ou posição da cabeça; esforço físico; 
alimentação; estresse). 
ZUMBIDO 
 Sensação de som na ausência de estímulo sonoro externo. Pode ser a primeira 
manifestação clínica de um paciente com perda auditiva. 
Dados a serem analisados: 
• Localização (unilateral, bilateral ou na cabeça) 
• Características (apito, chiado, grave, agudo, pulsação) 
• Tempo de evolução 
• Modo de início (insidioso, abrupto, após episódio de surdez súbita ou episódio de 
tontura) 
• Fatores de melhora ou piora (movimentação da cabeça; ingestão de alimentos como 
chocolate, alimentos condimentados, uso de cafeína) 
• Grau de incômodo (leve, moderado, intenso) 
• Sintomas associados: tontura, plenitude aural, perda auditiva, cefaleia, cervicalgia e 
distúrbio da articulação temporomandibular 
• Doenças sistêmicas (hipertensão arterial, diabetes, hiper ou hipotireoidismo) 
• Tabagismo, etilismo, consumo excessivo de doces 
• Medicamentos (todos os grupos medicamentosos podem causar zumbido, entretanto, 
alguns são mais comuns, como: ácido acetilsalicílico, antiinflamatórios, 
aminoglicosídeos e antidepressivos) 
• Tratamentos realizados. 
OTALGIA 
 Dor no ouvido, porem nem sempre está relacionada com o ouvido. 
 Derivada, geralmente, de processos inflamatórios, possui início súbito. Muitas vezes 
se inicia após ir em praias e piscinas, uso de EPI e de cotonetes 
Diagnósticos que podem confundir com otalgia: ATM, musculatura da coluna cervical, 
tumores de base de língua e faringe e nevralgia. 
OTORRÉIA 
Dados a serem analisados: início, frequência, contato com a água e características. 
Synthya Bomtempo 
EDEMA NO PAVILHÃO 
Dados a serem analisados: trauma, recorrente e imunossupressão. 
 
EXAME FÍSICO 
 Para o exame físico, utilizam-se inspeção, palpação, ausculta (testes de Weber e 
Rinne) e testes de função vestibular 
INSPEÇÃO 
Observar: forma, tamanho e cor do pavilhão auricular, com o objetivo de detectar 
malformações, como agenesia de pavilhão auricular; microtia do pavilhão auricular; aplasia 
ou hipoplasia do meato acústico externo; orelhas proeminentes; fístulas ou cistos pré-
auriculares. 
No meato acústico externo, pesquisar: edema, 
secreções, descamações, sangue ou cerume, corpo estranho, 
escoriações ou alterações na estrutura (estreitamento, 
abaulamento, deformidades). 
À otoscopia ou à otomicroscopia, a membrana timpânica, 
quando normal, tem formato arredondado, coloração perlácea 
com uma região anterior que reflete a luz do otoscópio, chamada 
triângulo luminoso de Politzer (Figura 20.1). O cabo do martelo, 
disposto em sentido vertical, e sua porção inferior fica 
ligeiramente inclinada para trás, terminando no umbus ou umbigo, parte mais côncava da 
membrana timpânica. 
ALTERAÇÕES MAIS COMUNS NA MEMBRANA TIMPÂNICA 
• Otite média aguda. Observa-se membrana timpânica íntegra e abaulada 
• Membrana timpânica com perfuração central (Figura 20.2) 
• Membrana timpânica íntegra com áreas de esclerose (Figura 20.3). 
Synthya Bomtempo 
 
 
PALPAÇÃO 
 A palpação do pavilhão auricular e da região retroauricular é útil para avaliação de 
dor, tumorações, edemas, identificação de linfonodos, cistos, abscessos ou hematomas. 
Indispensável para identificar áreas de flutuação quando houver suspeita de abscesso. 
Observar também a presença de orifícios (fístulas), malformações dos arcos branquiais, 
como o coloboma auricular. 
AUSCULTA 
 Importante ser feita nas regiões retroauricular, periauricular e cervical em pacientes 
com zumbido pulsátil para investigar apossibilidade de aneurisma, fístula ou malformações 
arteriovenosas. 
DIAPASÃO 
 Instrumento de aço ou alumínio que emite um tom puro ao ser 
percutido. Para realizar o teste segura-se o diapasão pela haste 
rígida e batem-se as hastes livres na palma da mão ou dorso da 
mão, para fazê-lo vibrar. 
TESTE DE WEBER 
O diapasão é colocado na linha média do crânio do 
paciente, na testa, glabela ou incisivos centrais superiores 
ou inferiores. 
O paciente indica em qual ouvido o tom é mais alto. 
Na perda auditiva condutiva unilateral, o tom é mais alto na 
Agenesia de pavilhão auricular: pavilhão não foi desenvolvido. 
Esclerose: otosclerose é um termo derivado de oto, ou seja, “do ouvido”, e esclerose, significando “endurecimento 
anormal de tecidos do corpo.” A condição é causada por remodelação óssea anormal no ouvido médio. 
Synthya Bomtempo 
orelha com perda auditiva. Na perda auditiva neurossensorial unilateral, o tom é mais alto 
na orelha normal, porque o diapasão estimula ambas as orelhas internas igualmente e o 
paciente percebe o estímulo com a orelha sadia. 
TESTE DE RINNE 
Permite comparar a audição por vias óssea e 
aérea. Condução óssea ultrapassa a orelha externa e 
média e testa a integridade da orelha interna, 8º par 
craniano e vias auditivas centrais. A haste de um 
diapasão é mantida contra a mastoide (por condução 
óssea); logo que o som não é mais percebido, a haste 
é removida da mastoide e o diapasão, ainda vibrando, 
é mantido perto do pavilhão auricular (por condução 
aérea). 
Normalmente, o som do diapasão ainda pode 
ser ouvido, indicando que a via respiratória é melhor do 
que a condução óssea. Com a perda auditiva condutiva 
acima de 25 dB, a relação é invertida; condução 
óssea é mais alta do que por via respiratória. Com a 
perda auditiva neurossensorial, ambos os tempos 
são reduzidos, mas a audição por via respiratória 
permanece melhor. 
Avaliações do teste de rinne: 
O rinne positivo indica que não há presença 
de componente condutivo (normais ou perda auditiva 
neurossensorial. 
A. Rinne positivo, ou seja, condução aérea 
melhor que a condução óssea. 
B. Rinne positivo na perda neurossensorial, a 
condução óssea e a condução aérea são igualmente 
diminuídas. 
C. Rinne negativo na perda condutiva, 
condução óssea melhor que a aérea. 
Em indivíduos com audição normal a via respiratória é mais sensível à percepção 
sonora do que a via óssea. (Rinne positivo). 
AVALIAÇÃO DA PERDA AUDITIVA PELO TESTE DE RINNE 
• Perdas neurossensoriais: teste de Rinne positivo significa que há rebaixamento tanto 
na via respiratória quanto na via óssea. 
Synthya Bomtempo 
• Perda condutiva: teste de Rinne negativo, ou seja, a percepção na via óssea é melhor 
que na via respiratória. Paciente escuta melhor o som do diapasão quando estiver 
apoiado na mastoide. 
TESTES DE FUNÇÃO VESTIBULAR 
 
 
ESTÁTICOS (ROMBERG) 
 O teste de Romberg é utilizado para avaliar o reflexo vestibulospinal, as conexões do 
tronco encefálico e o cerebelo. 
Método de execução: coloca-se o paciente em pé com os calcanhares juntos e as 
pontas dos pés separadas a 30º, braços ao longo do corpo ou estendidos anteriormente na 
altura dos ombros e olhos fechados durante cerca de 1 min. 
Interpretação do teste: 
■ Teste normal: indivíduo permanece na posição inicial, sem oscilações que 
ocasionem queda ou deslocamento do pé 
■ Queda para a frente ou para trás durante o teste relaciona-se com o 
comprometimento do sistema nervoso central 
■ Oscilações ou queda para as laterais sugerem alterações no sistema vestibular. 
DINÂMICOS 
 São eles: a marcha, o teste de Fukuda, a pesquisa de nistagmo espontâneo e 
nistagmo de posição. 
• MARCHA: Nas lesões unilaterais do sistema vestibular periférico, a marcha é 
insegura, e o paciente apresenta desvio ou queda para o lado comprometido. De 
Apófise da mastóide: Eminência óssea da parte inferior e posterior do osso temporal, por baixo e por trás 
do canal auditivo externo. 
Synthya Bomtempo 
modo característico, observa-se piora da qualidade da marcha com os olhos 
fechados, ocorrendo melhora, quando o paciente abre os olhos e tem o auxílio da 
fixação visual. 
• TESTE DE FUKUDA: Solicita-se que o paciente execute 60 passos, elevando os 
joelhos como se estivesse marchando sem sair do lugar, com os olhos fechados e os 
braços estendidos anteriormente na altura dos ombros. 
• NISTAGMO ESPONTÂNEO: Movimento ocular observado no paciente sentado, com 
os olhos na posição primária do olhar (olhar frontal), sem fixação ocular. 
Nas labirintopatias periféricas o nistagmo espontâneo está presente apenas na fase 
aguda e coincide com o relato de vertigem. Na fase aguda, o nistagmo tem o 
componente rápido no sentido oposto ao da lesão e diminui progressivamente até 
desaparecer. 
• NISTAGMO DE POSIÇÃO: A manobra de DixHallpike é a mais utilizada para 
investigação do nistagmo de posição. Testa-se o canal semicircular posterior, o mais 
acometido nos casos de desprendimento de otólitos. Os pacientes com vertigem 
posicional benigna desencadeiam o nistagmo durante a realização da prova e, na sua 
maioria, tendo lesão vestibular unilateral, apresentam um nistagmo ao girar a cabeça 
para o lado lesado. 
■ Paciente inicialmente sentado com as 
pernas estendidas sobre a maca ■ Com 
o paciente sentado, vira-se sua cabeça 
passivamente em um ângulo de 45° com 
o plano sagital para o lado testado ■ Faz-
se movimento rápido e contínuo, 
deitando o paciente e finalizando a 
manobra com a cabeça do paciente 
ultrapassando a borda da maca e 
pendurada para trás em torno de 15°. ■ Paciente deve permanecer com a cabeça 
pendente por cerca de 30 s com os olhos abertos ■ Canal posterior testado em cada 
lado é aquele que está em posição mais inferior ao fim da manobra. 
O nistagmo que aparece alguns segundos é: 
• Geotrópico (componente rápido em direção ao solo) 
• Torcional 
• Desaparece com a repetição da manobra (fatigável). 
Synthya Bomtempo

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