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Os mecanismos compensatórios vão ser divididos em: I. MECANISMOS INTRÍNSECOS: são aqueles em que o próprio coração consegue se envolver para melhorar a sua função. II. MECANISMOS EXTRÍNSECOS: são mecanismos de outros órgãos que ajudam na circulação e no funcionamento do coração. @diariovett Mecanismos intrínsecos É baseado na Lei de Frank-Starling, onde diz que: Quanto mais o coração é estendido, quanto mais sangue entra no coração e empurra a parede dos ventrículos, mais força essa parede vai fazer contra essa pressão. Algumas doenças causam aumento da pré-carga. O coração vai usar essa Lei de Frank-Starling para aumentar o débito. Em caso de muito volume, o coração vai contrair com mais força e vai sair mais sangue pelo vaso sanguíneo onde está a insuficiência. Esse mecanismo tem um limite: se o coração é estendido além do seu limite, as fibras miocárdicas são lesionadas, formando pequenas fibroses entre elas. Conforme a pré-carga e o volume vai aumentando, o estiramento acaba sendo prejudicial para o miocárdio. Estiramento das fibras miocárdicas Um miocárdio com mais tecido fibrótico, é um miocárdio que não consegue se contrair. @diariovett Mecanismos intrínsecos É baseado na Lei de Laplace, onde diz que: Quanto mais força o volume de sangue faz contra a parede do miocárdio, mais esse miocárdio reage com hipertrofia (aumentando o seu número de células). Essa hipertrofia pode ser concêntrica, onde as células crescem para dentro do miocárdio, ou excêntrica, onde as células se dilatam. Em algum momento dessa hipertrofia, a pressão do sangue fica maior dentro dos ventrículos. Isso pode acontecer tanto pelo aumento do volume de sangue represado dentro dos ventrículos quanto pelo aumento da pressão que esse ventrículo tem que exercer. Estresse sistólico @diariovett Mecanismos extrínsecos Para ocorrer, depende de reações neuroendócrinas. Possui 3 estímulos básicos: Com um dos 3 estímulos, tem a produção de renina no rim pelas células justaglomerulares. A renina consegue transformar o angiotensinogênio, que está presente no fígado, em angiotensina I. A angiotensina I é convertida em angiotensina II pela ECA (enzima conversora da angiotensina), presente no pulmão. A angiotensina II tem 4 ações principais: 1- Vasoconstrição direta do endotélio: consegue agir nas células de musculatura lisa dos vasos do endotélio vascular, fazendo com que os vasos se contraiam e mantenham um pouco da pressão. 2- Aumento da reabsorção renal: aumenta a reabsorção de sódio que, como consequência, vai aumentar a reabsorção de água. Dessa forma, há vasoconstrição e aumento de volemia para manter débito cardíaco e perfusão adequada. Sistema Renina Angiotensina Aldosterona 1. Redução da perfusão renal; 2. Redução da concentração de sódio 3. Produção de norepinefrina. @diariovett 3- Produção de aldosterona: é um hormônio produzido pelas adrenais, possuindo a função de reabsorção de sódio. A aldosterona também é uma substância que causa inflamação a longo prazo e vai cada vez mais deteriorando a função renal. 4- Produção de ADH (hormônio antidiurético): a produção é feita na hipófise posterior no cérebro. Ela vai impedir que a produção de urina seja exacerbada e vai aumentar a reabsorção de água. @diariovett Importante! O sistema RAA a longo prazo acaba prejudicando a função renal. Ele funciona num curto período de tempo. No início, quando é ativado, ele consegue manter a perfusão renal e cerebral com a vasoconstrição e aumento da volemia. Conforme o tempo vai passando e o sistema RAA vai sendo cada vez mais ativado, todos os efeitos prejudiciais à saúde acabam aparecendo. Como todo mecanismo compensatório do coração, a longo prazo é mais prejudicial do que benéfico. Vasoconstrição Produção de renina Conversão de angiotensinogênio em angiotensina I Angiotensina I Conversão de angiotensina I em angiotensina II ECA Angiotensina II Reabsorção de sódio e água Produção de aldosterona Adrenais Produção de ADH @diariovett@diariovett
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