Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ NEURO ANATOMIA DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) O sistema nervoso pode ser dividido de diversas formas, segundo alguns critérios, tais como o anatômico, o filogenético, o funcional, bem como de acordo com a segmentação ou metameria. A divisão anatômica separa o sistema nervoso em duas partes: central e periférica. O sistema nervoso central (SNC) é composto por estruturas que estão dentro do esqueleto axial, como a cavidade cranial e o canal vertebral. Nesses espaços, tem-se as estruturas do encéfalo e da medula espinal, que juntos formam o neuro-eixo. O encéfalo é a estrutura mais cranial e é subdividido em: cérebro (telencéfalo e diencéfalo), cerebelo, tronco encefálico. O cérebro é composto pelo telencéfalo e pelo diencéfalo. A primeira porção, o telencéfalo, consiste em dois hemisférios corticais e uma lâmina terminal. Cada hemisfério possui três polos (frontal, temporal e occipital), três margens (superior, medial e inferior), cinco lobos (frontal, parietal, temporal, occipital e insular, sendo o último escondido pelo parênquima cortical e responsável pelas memórias olfativas e gustativas) e três faces (dorsolateral, medial e inferior). Nessas faces, encontram- se os sulcos e giros. Já o diencéfalo é uma estrutura ímpar que ocupa a porção cerebral mais inferior, sendo composto pelo tálamo (centro de retransmissão de fibras entre entre o córtex e estruturas subcorticais, informações sensitivas passam pelo tálamo antes que pelas regiões corticais), hipotálamo (parte endócrina, controlador de funções orgânicas, grande regulador da homesostase), subtálamo (circuito motor, age de forma subsidiária, responsável pelo planejamento motor, quando há lesão, deixa de modular as ações motoras - Síndrome de Parkinson) e epitálamo (regulador do ritmo circadiano, área pequena que possui a glândula pineal, a qual é responsável pela transformação de serotonina em melatonina – indução ao sono, porém é o locus ceruleus o responsável por manter o sono). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ O cerebelo, por sua vez, está localizado no compartimento infratentorial, possui uma organização anatômica semelhante ao cérebro, visto que é composto por dois hemisférios (unidos pelo vérmis) e seu córtex cerebelar é percorrido por sulcos, delimitando as folhas (e não giros, como no cérebro). Além disso, ele é divido em nódulo flóculo-nodular, lobo anterior e lobo posterior. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ O tronco encefálico localiza-se porção mais caudal e primitiva dentre as já analisadas e está intimamente relacionado com a homeostase do corpo. O tronco- encefálico possui uma divisão anatômica (sentido crânio-caudal) que segue mesencéfalo, ponte e bulbo. O bulbo possui um centro respiratório e, caso haja lesão, induz a uma parada respiratória (síndrome de lesão de base de crânio). A fonte possui função motora. Já o mesencéfalo possui a função de movimentação ocular, tanto extrínseca quanto na constrição da pupila. Como último componente mais caudal e primitivo do SNC, tem-se a medula espinal, a qual consiste em uma massa cilindroide de tecido nervoso, situada dentro do canal vertebral da coluna, limitada superiormente pelo bulbo, ao nível do forame magno e, inferiormente, até a vértebra L2. O cerebelo é responsável por funções vinculadas ao equilíbrio e as síndromes cerebelares são facialmente identificáveis, como o “sinal do bêbado” (alargamento de bases, oscilações de coordenação). SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) O sistema nervoso periférico (SNP) é formado pelos nervos, gânglios e as terminações nervosas e sensitivas. Os nervos são cordões que atuam na união do SNC aos órgãos periféricos e são classificados em: nervos cranianos (caso estejam ligados ao encéfalo) e nervos espinais (caso estejam ligados à medula espinal). Outrossim, em relação à sua funcionalidade, podem ainda ser divididos em: nervos motores, sensitivos ou mistos. Os gânglios são aglomerados de corpos neurais localizados fora do SNC e são classificados em sensitivos e motores (sistema nervoso autônomo). Por fim, as terminações nervosas, localizadas nas extremidades das fibras constituintes dos nervos, seguem a mesma divisão: motora (formada pela placa motora) e sensitiva, composta pelos exteroceptores (estímulo externo) e visceroceptores (estímulo de órgãos internos) e proprioceptores (informam o SNC sobre a posição do corpo ou sobre a força necessária para a coordenação). A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso constituinte do sistema nervoso central (SNC), sendo uma continuação do tronco cerebral que se estende do forame magno até a região das vértebras lombares L1 e L2. A medula espinal está localizada dentro do canal vertebral e, por ter o seu crescimento até os quatro anos de idade, o seu tamanho é desproporcional ao da coluna vertebral (a qual se desenvolve até os 14-18 anos de idade), sendo menor que esta. Assim, o tamanho da medula espinal varia de 42cm para as mulheres e 45cm para os homens. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ MEDULA ESPINAL MEDULA ESPINAL - ESTRUTURA ANATOMIA EXTERNA E COLUNA VERTEBRAL O forame magno faz uma separação superiormente, em que acima dele tem-se o bulbo e abaixo a medula espinal propriamente dita. Já no limite inferior está a região da cisterna lombar à nível de L1. A coluna vertebral é divida em quatro regiões (cervical (7 vértebras), torácica (12 vértebras), lombar (5 vértebras) e sacrococcígea (1 vértebra) e tem a função de proteger e estruturar a medula espinal. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Além disso, a medula possui duas dilatações, a intumescência cervical e a intumescência lombar. Tais alargamentos medulares dão origem aos grandes plexos nervosos, o plexo braquial e o plexo sacral (lombo-sacral), sendo que o primeiro localiza-se na região cervical baixa (cérvico- torácica) e o segundo no alargamento lombar, servindo para fazer a inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. Após a medula, há uma região repleta de líquidos com raízes espinais, conhecida como cauda equina, sendo a porção da cisterna lombar de importância clínica na técnica de punção lombar para avaliação liquórica. A superfície da medula possui sulcos longitudinais que percorrem toda a sua extensão, tais como: sulco mediano posterior, fissura mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. A medula espinhal termina afinalando-se, formando o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior os filamentos radiculares se unem para formar, respectivamente, a raiz ventral e dorsal dos nervos espinhais. Existem 31 pares de nervoso espinhais, correspondendo a 31 segmentos de medulares, divididos em: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e, geralmente, 1 coccígeo. No adulto, a medula termina próxima à segunda vértebra lombar (L2), de modo que abaixo desse nível resta apenas as meninges e e as raízes nervosas dos últimos nervosos espinhais, formando a cauda equina. Até o quarto mês de vida, a medula e a coluna crescem no mesmo ritmo. É importante lembrar que são oito pares de nervos cervicais, mas somente sete vértebras cervicais. Isso porque o primeiro par cervical (C1)emerge acima da primeira vértebra cervical. Já o oitavo par (C8) emerge abaixo da sétima vértebra, o mesmo acontecendo com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ MENINGES As meninges, dura-máter, aracnoide e pia-máter, são estruturas que têm a função de proteger e auxiliar o funcionamento medular. O espaço epidural é o espaço entre a dura-máter e as paredes do canal vertebral(possui coxim gorduroso e plexos venosos).Abaixo da aracnoide, há o espaço subaracnóideo, repleto de líquido e, por fim, diretamente em contato com a medula espinal está a pia-máter. DURA-MÁTER: Meninge mais externa, formada por fibras colágenas que a torna espessa e resistente. Envolve toda a medula, formando um"saco dural". ARACNOIDE: localiza-se entre a dura- máter e a pia-máter, possui trabéculas aracnoideas que a conectam com a pia- máter PIA-MÁTER: meninge mais delicada e mais interna. Forma o filamento terminal quando a medula finda, o filamento da dura-máter espinhal e, por fim, o ligamento coccígeo. A pia-máter forma, de cada lado da medula, uma prega longitudinal, chamada de ligamento denticulado. Como consequência do afastamento dos segmentos medulares em relação às vértebras correspondentes, no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. Isso é de suma importância para a clínica no diagnóstico, prognóstico e tratamento de lesões vertebromedulares. Como por exemplo, uma lesão na vértebra T12 pode afetar a medula lombar. Já uma lesão na vértebra L3 afetará apenas raízes da cauda equina. Por exemplo, o processo espinhoso da vértebra C6 está sobre o segmento medular C8. (C6+2=C8). Da mesma forma, o processo espinhoso T10 está sobre o segmento medular T12. Aos processos espinhosos das vértebras T11 e T12 correspondem aos 5 segmentos lombares. Enquanto o processo espinhoso L1 corresponde aos 5 segmentos sacrais. Regra prática: entre os níveis das vértebras de C2-T10 adiciona-se 2 ao número de processo espinhoso da vértebra e tem-se o segmento medular subjacente. SM= V+2 (SM- segmento medular, V= vértebra) CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ As meningites são infecções que afetam a região de meninges causando inflamação intensa nessas áreas e com repercussões clínicas específicas. Os principais agentes etiológicos são vírus, fungos e bactérias e as características sintomatológicas variam bastante de acordo com cada subtipo. Infecções virais, em geral, são mais brandas e podem ter resolução espontânea ou com utilização de sintomáticos e antivirais, cursam com febre, mal estar, fraqueza, cefaleia, náuseas e vômitos e dificuldade em fletir a cabeça. O diagnóstico é realizado com história clínica e punção lombar com análise do líquor cefalorraquidiano. A meningite bacterina aguda é uma condição clínica mais grave que necessita de abordagem imediata do profissional com antibioticoterapia direcionada aos germes mais prevalentes. Os sintomas são os menos supracitados com maior intensidade, porexemplo, vômitos em jato, prostração, rigidez intensa em região de pescoço, manchas e necrose em extremidades e outros. aplicação clínica meningites Lâminas I-VI sensoriais Lâmina VII: espinocerebelar Lâmina VII e IX: motoras Lâmina X: circunda o canal central Do ponto de vista da anatomia interna e histológica, a medula espinal é composta de duas porções: a substância cinzenta (central) e a substância branca (externa). A substância cinzenta é conhecida como H medular (resquício da luz do tubo neural, região que agrupa corpos de neurônicos e células gliais). Nessa região há alguns marcos anatômicos importantes, como os cornos (corno dorsal/posterior, corno lateral e corno ventral/anterior). Porém, a coluna lateral só aparece na medula torácica e parte da medula lombar Além disso, há também a fissura mediana anterior/ventral e o sulco mediano posterior (divide a medula em duas metades. O H medular é composto por lâminas irregulares, denominadas lâminas de Rexed, são elas: 1. 2. 3. 4. Os neurônios são ainda subdivididos em neurônios de axônios longos e curtos. Os primeiros são do tipo I de Golgi, radiculares (viscerais e somáticos) e cordonais (projeção e associação). Os neurônios de projeção e associação são essenciais para coordenação das informações da medula com a própria medula e da medula com os outros órgãos do SNC. Enquanto isso, os neurônios curtos são tipo II de Golgi. VIAS ASCENDENTES Fascículo Grácil e Fascículo Cuneiforme - localizados no funículo posterior e são responsáveis por levar informações sobre a sensibilidade do tato fino (epicrítico), vibração e propriocepção. O fascículo grácil emite informações dos membros inferiores e e grande parte do tronco, enquanto o fascículo cuneiforme é responsável por levar informações dos membros superiores, região torácica alta e região cervical. Há também a a divisão em núcleos dos cornos medulares. Os núcleos do corno anterior são mediais e inervam toda a medula e musculatura axial. Os núcleos laterais estão nas regiões que formam os plexos e inervam a musculatura apendicular, regiões de intumescência cervical e lombar e originam o plexo cervical e lombossacral. Os núcleos do corno posterior são a substância gelatinosa, região conhecida como “portão da dor” e, por fim, o núcleo dorsal de Clarke que se situa entre C8 e L3, responsável pela propriocepção inconsciente dos membros inferiores. A substância branca possui: - funículo anterior (entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior), - funículolateral (entre os sulcos lateral e lateral posterior), -funículo posterior (entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior). Na parte cervical da medula o fascículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. De modo geral, o que ascende na medula são informações periféricas, habitualmente sensitivas e direcionadas ao SNC (tronco, cerebelo, cérebro), para que a informação seja codificada e gere uma resposta, que pode ser sensitiva, motora ou cognitiva. 1. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ 2. Trato Espinocerebelar - responsável por levar informações sobre propriocepção inconsciente (cerebelo - equilíbrio e coordenação inconsciente). 3. Trato Espinotalâmico Lateral e Anterior - leva informações sobre dor, temperatura, tato grosseiro e pressão. VIAS DESCENDENTES Trato corticoespinal lateral - motricidade voluntária, principalmente para a porção apendicular. 1. 2. Trato rubroespinal -motricidade voluntária, na modulação do movimento. 3. Trato reticuloespinal - movimentos automáticos e orientados. 4. Trato vestibulo espinal - reflexo de adaptação postural e movimentos automáticos. 5. Trato corticoespinal anterior - motricidade voluntária, principalmente para a porção axial. 6. Trato tetoespinal - reflexo de ameaça visual. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ 6. Trato tetoespinal - reflexo de ameaça visual. TIPOS DE NEURÔNIOS Neurônios aferentes ou sensitivos Neurônios eferentes ou motores Neurônios de associação Esse tipo de neurônio tem como função levar a informação captada por receptores ao SNC. Nos vertebrados, os neurônios sensitivos estão, em sua maioria, situados em gânglios nervosos próximos ao SNC, sem penetrar nele. Esse tipo de neurônio tem como função conduzir o impulso nervoso ao órgão efetuador, músculo ou glândula, determinando, assim, uma contração ou secreção. Os neurônios eferentes que inervam a musculatura lisa, musculatura cardíaca ou glândulas possuem os seus corpos fora do SNC, nos chamados gânglios viscerais (autônomos, pós-ganglionares). Já os neurônios eferentes que inervam a musculatura esquelética têm o seu corpo sempre dentro do SNC e são, por exemplo, os neurônios motores situados na parte anterior da medula espinhal. Constituem a grande maioria dos neurônios existentes do sistema nervoso central dos vertebrados. Alguns possuem axônios longos e fazem conexões com outros neurônios em áreas distantes. Enquanto outros possuem axônios curtos e fazem conexões próximas. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ TECIDO NERVOSO Neurônio: unidade básica, com a função de receber, processar e enviar informações. Os neurônios são células altamente excitáveis. Sua constituição é basicamente: um corpo celular, dendritos e axônios. O corpo celular é o centro metabólicodo neurônio e contém o núcleo, citoplasma (pericário) e organelas citoplasmáticas. No pericário, destacam-se organelas responsáveis pela síntese de proteínas, tais como REL, REG, Complexo de Golgi, mitocôndrias e ribossomas, sendo estas últimas responsáveis pela basofilia, formando os Corpúsculos de Nissl. Além da síntese de proteínas, é intensa a atividade de degradação, justificado pela grande presença de lisossomas, também chamados grânulos de lipofucsina (aumentam em número com a idade avançada). Os dendritos são ramificações especializadas em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da membrana (entrada ou saída de determinado íons - despolarização ou hiperpolarização). A despolarização é excitatória e significa redução da carga negativa do lado citoplasmático da membrana. A hiperpolarização é inibitória e significa no aumento da carga negativa no interior da célula. Por exemplo, canais de Cl- sensíveis a determinado neurotransmissor, quando em contato com tal neurotransmissor se abrem e permitem a entrada de íons Cl- para o interior da célula, modificando sua voltagem de -60mV para -90mV, caracterizando uma hiperpolarização. O inverso ocorre, por exemplo, com canais de Na+ que permitem a entrada de íons Na+, diminuindo a concentração de carga negativa no citoplasma (-60mV para -45mV), acarretando em uma despolarização. Classificação dos neurônios: Já os axônios são prolongamentos longos e finos que possuem diversas organelas citoplasmáticas, porém não possuem ribossomos (incapazes de produzirem proteínas). Por isso, o fluxo axoplasmático é imprescindível para a nutrição e renovação do axônio (anterógrado, em direção à terminação axônica; e retrógrado, em direção ao pericário). Além disso, possuem especializações, como a endocitose. Os axônios podem ser especializados em transmitir o impulso para células efetoras musculares ou especializados em secreção (neurossecretores). - Multipolares: vários dentritos e um axônio. - Unipolares/pseudounipolares: encontrados nos gânglios sensitivos. Um prolongamento deixa o corpo celular e se ramifica em um ramo periférico (terminação nervosa sensitiva) e outro central (SNC). -Bipolares: dois prolongamentos deixam o corpo celular. Tipo de neurônio encontrado na retina e no gânglio espiral do ouvido interno. Células gliais ou neuróglia: funções de sustentação, revestimento/isolamento, modulação da atividade neuronal e defesa. No SNC é composta por: astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos e células ependimárias. Já as células da neuroglia no SNP são: células de Schwann e células satélites, essas células passam por mitose e não transmitem potencial de ação. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ PLEXO BRAQUIAL (C5-T1) Nervo músculo cutâneo inerva os flexores dos braço Nervo axilar - inerva o deltóide e o redondo menor Nervo radial - inerva todos os extensores dos membros superiores. Nervo mediano - inerva os flexores e pronadores de punho, dedos e palma da mão Nervo ulnar - inervação dos músculos da mão. Nervo frênico. No nervo espinal (ramo terminal em C5, formado também por C3 e C4) temos a formação do nervo frênico, o qual inerva o diafragma. Nervo dorsal da escápula formado no nervo espinal C5. Inerva o músculo romboide e o levantador da escápula. Nervo torácico longo - inerva o músculo serrátil anterior, formado nas raízes do plexo braquial. O encontro das raízes C5-C6 forma o tronco superior do plexo braquial. O encontro das raízes C8-T1 forma o tronco inferior e a raiz de C7 segue direto para formar o tronco médio. O encontro das divisões formam os fascículos. (RAÍZ-TRONCO- FASC''ICULOOs ramos terminais se originam a partir dos fascículos. Na parte sensitiva os receptores sensitivos detectam estímulos internos e/ou externos que passarão para os neurônios sensitivos ou aferentes, os quais levarão a informação para a medula espinal e para o encéfalo por meio dos nervos. Na parte integrativa o SNC processa a informação sensitiva, analisando, armazenando e executando algumas ações. No encéfalo ocorre a percepção consciente dos estímulos sensoriais. A maioria dos neurônios participantes nesse sistema são interneurônios. Por fim, a parte motora será a resposta do sistema nervoso ao estímulo sensível recebido. A informação é transportada, portanto, do encéfalo para a medula espinal por meio dos neurônios motores ou eferentes para os efetores (músculos e glândulas) através dos nervos espinais ou cranianos. O sistema nervoso pode ser dividido funcionalmente em três partes: sensitiva (influxo), integrativa (controle) e motora (efluxo). 1. 2. 3. DIVISÃO FUNCIONAL O bulbo (medula oblonga) está situado entre a medula espinhal e a ponte. A separação entre medula espinhal e o bulbo (limite inferior) foi convencionada como sendo um corte horizontal imediatamente acima do filamento radicular do primeiro nervo cervical e a borda óssea do forame magno, além da decussação das pirâmides (cruzamento de fibras). Já a separação entre o bulbo e a ponte (limite superior) é feita através do sulco bulbo-pontino (horizontal) CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ O sistema nervoso periférico é composto por 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. - N.CI: Olfatório - N.CII: Óptico - N.CIII: Oculomotor - N.CIV: Coclear - N.CV: Trigêmeo (V1: oftálmico; V2: maxilar e V3: mandibular) - N.CVI: Abducente - N.CVII: Facial - N.CVIII: Vestíbulo coclear (relacionado com audição e equilíbrio) - N.CIX: Glossofaríngeo - N.CX: Vago - N.CXI: Acessório - N.CXII: Hipoglosso TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico está situado entre a medula espinhal e o cérebro. Dele, saem dez dos doze pares de nervos cranianos. Da porção caudal para cranial tem-se o bulbo, ponte e mesencéfalo. O tronco encefálico conecta-se dorsalmente ao cerebelo através dos pedúnculos cerebelares. O mesencéfalo conecta-se ao cerebelo por meio do pedúnculo cerebelar superior, a ponte através do pedúnculo cerebelar médio e o bulbo por intermédio do pedúnculo cerebelar inferior. Além disso, o tronco encefálico possui o quatro ventrículo (cavidade rombencefálica). Pelo tronco encefálico passam tratos aferentes e eferentes, que fazem a conexão entre medula espinhal e cérebro, bem como tratos que terminam em núcleos de partes do próprio tronco encefálico. BULBO - ANATOMIA MACROSCÓPICA O bulbo possui sulcos que são contínuos com os da medula que delimitam as áreas anteriores (ventral), laterais e posteriores (dorsais). Na área ventral há a fissura mediana anterior que faz a separação de duas proeminências bulbares, as pirâmides bulbares, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes (ligam áreas motoras do córtex cerebral aos neurônios motores da medula - trato corticoespinhal). A intersecção entre as fissuras medianas anteriores (que não possui a linha definida) é o local onde ocorrem o cruzamento oblíquo de fibras no plano mediano, esse fenômeno é chamado de decussação das pirâmides. Nesse local, as fibras do trato corticoespinhal cruzam inversamente para lados opostos da inervação, isso explica porque um lado do encéfalo controla a inervação do lado inverso da musculatura corporal. Por exemplo, o hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo e vice-versa. Há também a presença dos sulcos laterais anteriores (sulco pré-olivar) e posteriores (pós-olivar). Esses sulcos delimitam uma área chamada oliva bulbar, formada por uma massa de substância cinzenta formando o núcleo olivar inferior (fibras de regiões encefálicas que fazem conexões com o cerebelo -olivocerebelares-, aprendizado motor). A partir dos sulcos do bulbo saem pares de nervos cranianos: - Sulco lateral anterior (pré-olivar): emergem os filamentos radiculares do nervo hipoglosso (XII). - Sulco lateral posterior (pós-olivar): emergem os filamentos radiculares dos nervos glossofaríngeo (IX), vago (X) e acessório (XI), no sentido cranio-caudal. O nervo acessório possui uma raiz bulbare uma raiz medular, de modo que esses filamentos se unem para formar o nervo acessório (XI). Na parte fechada do bulbo há a presença do sulco mediano posterior que termina no óbex, o qual faz uma delimitação/abertura inferior do quarto ventrículo. A área posterior do bulbo (entre a fissura mediana posterior e o sulco lateral posterior) é divida, assim como na medula espinhal) em fascículo grácil (medial) e cuneiforme (lateral), divididos pelo sulco intermédio posterior. Esses dois fascículos possuem fibras nervosas ascendentes que se originam da medula e sobem em direção ao bulbo, findando em duas massas cinzentas protuberantes, os tubérculos do grácil e do cuneiforme. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ A vista posterior do tronco encefálico possui uma parte caudal (fechada), e uma parte rostral (aberta). O canal central da medula se abre, formando o quarto ventrículo, no assoalho do quarto ventrículo (cavidade que contém o LCE), situado entre a ponte e a parte superior do bulbo. Assim, ventralmente ao quarto ventrículo, têm-se a ponte e o bulbo; dorsalmente, há o cerebelo; caudalmente, há o canal central da medula; e cranialmente, há o aqueduto cerebral. Além disso, o quarto ventrículo faz comunicação com o espaço subaracnóideo através dos forames de Luschka (lateralmente) e dos forames de Magendie. Portanto, o assoalho do quarto ventrículo é delimitado inferiormente pelos fascículos grácil e cuneiforme; lateralmente pelos pedúnculos cerebelares inferiores e superiormente pelos pedúnculos cerebe- lares superiores. Entre o sulco mediano, que percorre todo o assoalho do quarto ventrículo, e o sulco limitante há a presença da iminência medial, responsável pela união de fibras eferentes somáticas (olho) e viscerais (trapézio), nessa iminência há uma protuberância, o colículo facial. No colículo facial há fibras do nervo facial que contornam o núcleo do nervo abducente. Na parte mais caudal há duas iminências, o trígono do nervo hipoglosso e o trígono do nervo vago. A área vestibular é uma região da ponte que está relacionada com os núcleos vestibulares do nervo vestibulococlear. As estrias medulares do quarto ventrículo servem para separar a parte dorsal do bulbo (inferior) da ponte (superior). Por fim, superiormente, há o locus ceruleus, área de coloração mais escura, sendo a parte do encéfalo com maior número de neurônios ricos em noradrenalina. Em uma vista postero-lateral, como na imagem anterior, é possível visualizar no teto do quatro ventrículo uma lâmina de substância branca, que se chama véu medular superior (localizado entre os dois pedúnculos cerebelares superiores). Já na parte mais caudal há o véu medular inferior, que forma uma tela coroide, possuindo o plexo coroide do quarto ventrículo, o qual produz o LCE, encaminhado para o espaço subaracnóideo pelos forames já citados. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ NERVO GLOSSOFARÍNGEO - IX O nervo glossofaríngeo tem uma origem aparente no encéfalo no sulco lateral posterior do bulbo, passando pelo forame jugular. Possui fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua. Também é responsável pela sensibilidade da faringe, da úvula, da tonsila palatina, da tuba auditiva, do seio carotídeo e do corpo carotídeo, como representado na imagem abaixo (em azul). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Posteriormente à oliva, no sentido crâniocaudal, têm-se o nervo glosso- faríngeo, nervo vago e o nervo acessório (possui uma raiz para o bulbo e uma raiz para a medula espinhal). Esses três nervos saem do crânio pelo forame jugular. No sulco lateral anterior (entre a pirâmide e a oliva) estará o nervo hipoglosso, passando pelo canal do hipoglosso. Os nervos glossofaríngeo e o vago são nervos mistos, possuindo fibras eferentes e aferentes. Enquanto os nervos hipoglosso e acessório são exclusivamente motores. Os nervos glossofaríngeo e o vago fazem a inervação das estruturas da faringe, de modo geral, sendo que o nervo vago possui funções mais complexas na inervação de órgãos viscerais. O nervo acessório é responsável pela inervação dos músculos esternocleidomastóideo e do trapézio (parte superior). Já o nervo hipoglosso é responsável pelos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. NERVOS CRANIANOS IX, X, XI, XII NERVO VAGO - X O nervo glossofaríngeo possui fibras eferentes viscerais gerais e parassimpáticas (nervo óptico, com o nervo aurículotemporal, o qual inerva a glândula carótida). Além disso, possui uma fibra eferente que faz a inervação do músculo estilofaríngeo, que faz o movimento de elevação da faringe (deglutição). Nervo misto que passa pelo forame jugular, tendo, essencialmente, uma função visceral. Assim, possui fibras aferentes viscerais gerais e fibras eferentes viscerais gerais, respon- sáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais, bem como fibras eferentes viscerais NERVO HIPOGLOSSO - XII O nervo hipoglosso é essencialmente motor (apenas fibras eferentes), emerge do sulco lateral anterior do bulbo, com filamentos que se unirão para formar um tronco nervoso. O nervo emerge do crânio através do canal do hipoglosso e se distribui aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ NERVO ACESSÓRIO - XI: especiais que inervam alguns músculos da laringe e da faringe. Lesões no nervo vago causam disfagia alta (orofaríngea) com refluxos e disfonia. A semiologia dos nervos glossofaríngeo e vago pode ser feita de forma simultânea pela proximidade de inervação muscular. No exame físico, ao pedir o paciente para pronunciar algo com o abaixador de língua é esperado que a úvula mantenha-se centralizada. Caso haja uma lateralização da úvula, o desvio será para o lado oposto ao da lesão (sinal da cortina). Nervo craniano essencialmente motor, originado de duas raízes: sulco lateral posterior do bulbo (craniana) e 5/6 segmentos cervicais da medula espinhal. Esses filamentos da medula se unem e formam um tronco que penetra no crânio pelo forame magno, e essas duas raízes formam um tronco que emerge do crânio pelo forame jugular. Após isso, o acessório se divide em dois ramos: interno e externo. O ramo interno é eferente visceral especial acessório do nervo vago (músculos da laringe e vísceras torácicas). Já o ramo externo segue obliquamente para inervar os músculos esternocleidomastóideo e porção superior do trapézio. A imagem abaixo representa um esquema do trajeto de uma fibra na decussação das pirâmides, a partir de fibras motoras. Isso explica o porquê de uma determinada parte do hemisfério cerebral controlar membros motores do lado inverso. BULBO - ANATOMIA MICROSCÓPICA SUBSTÂNCIA CINZENTA DO BULBO A substância substância cinzenta é divida em núcleos de nervos cranianos (núcleos motores e sensitivos) e a substância cinzenta própria do bulbo (núcleos grácil, cuneiforme, cuneiforme acessório e olivares) . CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Outrossim, a imagem abaixo representa um esquema do trajeto de uma fibra na decussação dos lemniscos, portanto uma decussação sensitiva. Assim, fibras do fascículo grácil fazem sinapse na parte superior do bulbo, no núcleo grácil. Saem desse núcleo as fibras arqueadas internas, as quais cruzam o plano mediano (fazem uma decussação) e formam o lemnisco medial, que faz conexão no tálamo (núcleo ventro-póstero lateral do tálamo). Esses impulsos senstivos estão relacionados com a propriocepção consciente (posição do corpo no espaço), tato epicrítico (forma, tamanho e textura) e sensibilidade vibratória. OBS: Diferentemente dos tratos (feixes de fibras nervosas cilíndricos), os lemniscos possuem um formato laminar. OBS.2: A perda da sensibilidade proprio- ceptiva chama-se ataxia sensorial. - Teste de Romberg: exame neurológico utilizado para verificar a integridade das colunas dorsais da medula espinhal e de partes do bulbo. O paciente deve ficar de pé, com os pés juntos e com as mãos ao lado docorpo, fechando os olhos por aproximadamente 1 (um) minuto. O teste é positivo quando o paciente começa a oscilar em sua posição e/ou cair, indicando uma ataxia de natureza sensorial, perda da propriocepção. Caso o teste dê negativo, indica uma ataxia de natureza cerebelar. No bulbo existem sete núcleos de nervos cranianos, massas de substância cinzenta. Quatro núcleos dão origem às fibras eferentes (núcleo ambíguo, do hipoglosso, dorsal do vago e salivatório inferior) e três que dão origem às fibras aferentes (núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo, núcleos vestibulares e núcleo do trato solitário). HISTÓRIA PARA MEMORIZAR: A pessoa vai tomar um sorvete, ela está de pé, os núcleos envolvidos nessa ação (ficar de pé) são os vestibulares. A pessoa coloca a língua para fora, com o intuito de lamber o sorvete, o núcleo envolvido nessa ação é o do hipogosso , Após isso, a pessoa vai conferir se o sorvete está mesmo frio, o núcleo envolvido nesse processo é o núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo. A pessoa vai verificar então o sabor do sorvete, por meio do núcleo do trato solitário. Ao tomar o sorvete, com a boca cheia de "água" (saliva - núcleos salivatórios), ela engole o sorvete (núcleo ambíguo). Por fim, o sorvete chega ao estômago e sofre ação do suco gástrico (núcleo dorsal do vago - funções viscerais) CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Núcleo do Hipoglosso Núcleo dorsal do vago Núcleo ambíguo Núcleo salivatório inferior Núcleo do trato solitário Núcleo do trato espinhal do nervo trigêmeo. Núcleos vestibulares O núcleo do hipoglosso é um núcleo motor, de onde se originam fibras eferentes somáticas para a musculatura da língua. Esse núcleo está localizado no trígono do hipoglosso. Núcleo motor (pertence ao sistema parassimpático), localizado no trígono do vago, neurônios pré-ganglionares que saem pelo nervo vago. Núcleo motor para a musculatura estriada, localizado mais profundamente no bulbo. Dele saem fibras eferentes viscerais especiais dos nervos glossofaríngeo, do vago e do acessório, se destinando à musculatura da laringe e da faringe. Assim, nota-se que de um único núcleo, saem fibras para três nervos cranianos. Possui fibras pré-ganglionares que emergem do nervo glossofaríngeo para a inervação da parótida. Núcleo sensitivo que recebe fibras aferentes viscerais gerais e especiais que entram pelos pares de nervos facial, glossofaríngeo e vago, estando relacionadas com a gustação. Fibras aferentes somáticas gerais, trazendo a sensibilidade de praticamente toda a cabeça através dos nervos trigêmeo, facial, glossofaríngeo e do vago (sensiblidade geral apenas do pavilhão e do conduto auditivo externo). Núcleos sensitivos que penetram pela porção do nervo vestibulococlear. Núcleos grácil e cuneiforme A substância cinzenta própria do bulbo, é composta por: Os tubérculos do grácil e do cuneiforme são protuberâncias na parte cranial fechada do bulbo. Assim, nessas protuberâncias há o núcleo grácil (medial, tubérculo do grácil), núcleo cuneiforme (lateral, tubérculo do cuneiforme). Esses dois núcleos estão relacionados com as informações sensitivas de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. O núcleo grácil origina na parte caudal da medula e sobe através das fibras nervosas com informações sensitivas sobre os membros inferiores (MMII) e a metade inferior do tronco. Enquanto o núcleo cuneiforme (originado na parte torácica alta) leva informações SUSBTÂNCIA BRANCA DO BULBO Arqueadas internas: axônios dos núcleos grácil e/ou cuneiforme até o lemnisco medial. Também, podem ser constituídas por fibras olivocerebelares que cruzam o plano mediano até o pedúnculo cerebelar inferior. Arqueadas externas: originam-se do núcleo cuneiforme acessório, com trajeto próximo à superfície do bulbo, penetrando no pedúnculo cerebelar inferior, levando informações de propriocepção inconsciente para o cerebelo. A substância branca do bulbo é divida em fibras longitudinais (subdivididas em ascendentes e descendentes) e transversais (fibras arqueadas internas e externas). - Fibras transversais: 1. 2. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Núcleo olivar inferior sensitivas dos membros superiores (MMSS) e da metade da parte superior do tronco. Após a passagem pelos núcleos, originam as fibras arqueadas internas, que cruzam o plano mediano para formar o lemnisco medial (se encaminha para o tálamo). Grande massa de substância cinzenta pregueada que corresponde à estrutura macroscópica da oliva. Ele recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do núcleo rubro do mesencéfalo. Além disso, conecta- se ao cerebelo pelas fibras olivo- cerebelares (aprendizagem motora) através do pedúnculo cerebelar inferior. O núcleo olivar inferior, juntamente com o núcleo acessório dorsal e medial, formam o complexo olivar inferior. Vias Ascendentes: tratos e fascículos originados na medula. Lemnisco medial, fascículo grácil e cuneiforme, trato espinotalâmico lateral, anterior, espino cerebelar anterior e posterior. Além do pedúnculo cerebelar inferior. Vias Descendentes: trato cortico- espinhal (fibras do córtex cerebral, passam pelas pirâmides bulbares e vão para a medula, sendo voluntário) e o trato rubroespinhal (origina-se do núcleo rubro do mesencéfalo, motor voluntário), dentre outros tratos. Vias de associação: fibras constituem o fascículo longitudinal medial. Esse fascículo está presente em toda a extensão do tronco encefálico e em níveis mais altos da medula, ocupando uma posição dorso-medial. Basicamente, faz a ligação de todos os núcleos motores dos nervos cranianos, principalmente nervos responsáveis pelo controle motor do globo ocular, sendo importante para os movimento de reflexo da cabeça. - Fibras Longitudinais: 1. 2. 3. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Formação reticular do bulbo A formação reticular é um agregado difuso de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por um feixe de fibras. Assim, não é uma estrutura homogênea, tendo neurônios com diversas funções. - Núcleos da rafe: são um conjunto de nove núcleos ricos em serotonina. - Locus ceruleus: neurônios ricos em noradrenalina - Área tegmental ventral: tegmento do mesencéfalo, com neurônios ricos em dopamina. A formação reticular possui conexões com o córtex cerebral, cerebelo, medula espinhal, núcleos dos nervos cranianos. A formação reticular do bulbo está relacionada com o centro respiratório, centro vasomator e do vômito. PONTE - ANATOMIA MICROSCÓPICA A ponte é uma estrutura localizada entre o bulbo e o mesencéfalo, situada ventral- mente ao cerebelo. Na ponte, encontramos o nervo trigêmeo (calibroso), entre a ponte e pedúnculo cerebelar médio, possuindo duas raízes, uma raiz mais calibrosa (sensitiva) e uma mais fina (motora). Há também o sulco basilar, uma depressão que percorre longitudinalmente a parte ventral da ponte que basicamente abriga a artéria basilar (anastomose de duas artérias vertebrais). O sulco bulbo-pontino faz o limite inferior da ponte. Nesse sulco, saem alguns nervos, tais como (de medial para lateral): nervo abducente (VI), nervo facial (VII) e vestíbulo coclear (VII), nervo intermédio (entre o VII e VIII). O nervo intermédio nada mais é do que a raiz sensitiva do nervo facial, como mostrado na imagem abaixo: Já em uma vista posterior, observa-se o assoalho do IV ventrículo, onde se destacam algumas estruturas, como o recesso lateral, o qual possui aberturas com função de drenagem do LCE, os forames de Luschka. O assoalho do IV ventrículo é percorrido pelo sulco mediano, que juntamente com o sulco limitante, delimitam a eminência medial. O sulco limitante faz duas depressões, chamadas de fóveas (superior e inferior). A eminência medial faz uma dilatação, o colículo facial, formado por fibras do nervo faial que contornam o nervo abducente internamente. Ainda no assoalho do quarto ventrículo (lateralmente ao sulco limitante) existe uma área triangular, a área vestibular (corresponde aos núcleosdo nervo vestíbulo-coclear). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Componente eferente somático (EF): Faz a inervação do músculo esquelético (originados dos miótomos de somitos), tais como músculos extrínsecos dos olhos e da língua. Comp. eferente visceral especial (EVE): Faz a inervação da musculatura esquelético de origem braquial (arcos faríngeos), como músculos da mastigação deglutição, mímica, movimentação da cabeça e fonação (compartimento auditivo). A substância cinzenta no tronco encefálico tem a função de formar os nervos cranianos, enquanto a substância cinzenta na medula espinhal. por causa disso, é chamada de substância cinzenta homóloga. ➥NC III - Possui dois núcleos, o que pertence ao CES é o principal (mesencéfalo). ➥NC IV - Possui o núcleo do troclear (mesencéfalo) ➥NC VI - Possui o núcleo do abducente (ponte) ➥NC XII - Núcleo motor do hipoglosso. Corpo de neurônios na substância cinzenta homóloga (bulbo). ➥NC V - ramo V3 - (mandibular): núcleo motor do trigêmeo (ponte). ➥NC VII - núcleo do nervo facial, associado à mímica e com a deglutição (ponte) ➥NC IX, X, XI - Núcleo ambíguo - associado com a deglutição (bulbo). O nervo acessório (XI) faz a movimentação da cabeça (origem diferente, raiz espinal - inervando esterno- cleidomastoideo e trapézio). Enquanto as fibras do glosso faríngeo e do vago vão para a musculatura da laringe para inervar os músculos da fonação. TRONCO ENCEFÁLICO COMPONENTES EFERENTES Comp. eferente visceral geral (EVG): faz a inervação de músculos lisos, cardíaco e de glândulas. O controle da musculatura lisa é parassimpático (o nervo vago é o principal, responsável por diversas funções, como o controle tórax-abdome e do colo sigmoide). ➥NC III - Núcleo de Edinger-Westphal envolvido em uma resposta de fotoreação, constrição pupilar. ➥NC VII - núcleos lacrimal e salivatório superior, inervando as glândula sublingual, submandibular e lacrimal. ➥NC IX - núcleo salivatório inferior, inerva a glândula parótida ➥NC X - núcleo dorsal do vago, inervando músculos cardíaco e liso. ➥NC XI - núcleo dorsal do vago, inervando vísceras torácicas. TRONCO ENCEFÁLICO COMPONENTES AFERENTES Comp. aferente somático geral (ASG): informações de tato, pressão, dor, temperatura e propriocepção. Relacio- nado com o aparelho locomotor. Comp. aferente somático especial (ASE): ➥NC V (V1, V2, V3) - núcleo mesencefálico (propriocepção da cabeça) do trigêmeo, núcleo pontino trigêmeo ou principal (tato) e núcleo do trato espinal (dor, temperatura e pressão). O lemnisco trigeminal leva as informações para o tálamo. ➥NC VII, IX, X - pavilhão auricular e meato acústico. Sentidos especiais: visão (fotorreceptor), audição e equilíbrio (mecanorreceptor). ➥NC VIII - Núcleo coclear, responsável pela audição. As vias que sobem para o tálamo forma o lemnisco lateral (audição). Os núcleos cocleares ativam o córtex auditivo de forma bicortical. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Comp. aferente visceral geral (AVG): tato, dor, pressão, temperatura, estiramento, dor visceral. Comp. aferente visceral especial (AVE): Os núcleos vestibulares (são quatro) enviam informações para o cerebelo (núcleo lateral, via vestíbulo-cerebelar, informações de equilíbrio), tálamo (núcleo medial, via vestíbulo-talâmica, características espaciais relacionadas ao equilíbrio), fascículo longitudinal medial (núcleo superior, via vestíbulo-fascicular) e medula (núcleo inferior, via vestíbulo-espinal descendente). ➥NC IX, X- núcleo do tracto solitário (núcleo das aferências viscerais: gerais - cranial, especiais- caudal) inerva pescoço, carótida. Envia essas informações vão para o hipotálamo pela via solitário-hipotalâmica, com resposta parassimpática. Gustação e olfato. ➥NC VII, IX, X - Núcleo do tracto solitário, (núcleo das aferências viscerais: gerais - cranial, especiais- caudal), núcleo da gustação. NERVOS CRANIANOS - ORIGEM APARENTE ENCEFÁLICA E CRANIANA Origem aparente encefálica: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar superior. Origem aparente craniana: fissura orbital superior (V1 - oftálmico), forame redondo (V2 - maxilar) e forame oval (V3 - mandibular). Origem aparente encefálica: sulco bulbo-pontino Origem aparente craniana: fissura orbital superior. Origem aparente encefálica: sulco bulbo-pontino Origem aparente craniana: meato acústico interno e forame estilomastóideo. Origem aparente encefálica: sulco bulbo pontino Origem aparente craniana: meato acústico interno Origem aparente encefálica: sulco lateral posterior Origem aparente craniana: forame jugular Origem aparente encefálica: sulco lateral posterior Origem aparente craniana: forame jugular Origem aparente encefálica: sulco lateral posterior Origem aparente craniana: forame jugular Origem aparente encefálica: sulco lateral anterior Origem aparente craniana: canal do nervo hipoglosso ➥NC V ➥NC VI ➥NC VII ➥NC VIII ➥NC IX ➥NC X ➥NC XI ➥NC XII Origem aparente craniana: Forames da lâmina cribiforme Origem aparente craniana: Canal óptico Origem aparente encefálica: fossa inter- peduncular Origem aparente craniana: fissura orbital superior. ➥NC IV Origem aparente encefálica: véu medular superior. Origem aparente craniana: fissura orbital superior. ➥NC I ➥NC II ➥NC III CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ A fossa romboide é composta pelo véu medular inferior, véu medular superior, pedúnculos cerebelares inferior, médio e superior. Passam pelo pedúnculo cerebelar médio (eferente pontino ou aferente cerebelar) os neurônios do núcleo pontino (via descendente cortico-pontino seguida pela ponto-cerebelar). O complexo olivar superior tem a função de aprendizado motor. A memória precisa ir para o cerebelo, através da via olivo-cerebelar, passando pelo pedúnculo cerebelar inferior. Tubérculos dos núcleos grácil, cuneiforme e cuneiforme acessório (fibras cuneo- cerebelares - pedúnculo cerebelar inferior -, propriocepção das mãos) . Interpósito-rubroespinal: controla o núcleo rubro, via responsável pela movimentação dos membros. Interpósito-tálamocortical: tônus mucular. Núcleo denteado: zona lateral, recebe informações do córtex posterior (exceto úvula e pirâmide). A única eferência da zona lateral que modula o córtex é a via dento-tálamocortical, agindo sobre a motricidade final (coordenação motora fina), modulando a força do movimento (ajuste de força). Via majoritariamente eferente cerebelar. Portando, o pedúnculo cerebelar inferior possui as vias: olivo-cerebelar, cuneo- cerebelar e espino-cerebelar posterior (memória, propriocepção da mão, propriocepção consciente). As vias fastigio- vestibular e vastigio-reticular chegam na medula para o controle do equilíbrio da musculatura axial. 1. 2. 3. O IV ventrículo é revestido por células ependimárias (células da glia, com função de sustentação) que podem passar por processos neoplásicos. Gliomas (tumores) nessa região podem causar estrabismo convergente e paralisia facial (comprometimento do colículo facial). Podendo evoluir para quadros de vômito (trígono do vago), dislalia (hipoglosso) ou distúrbios de equilíbrio (área vestibular) e vertigem. Já quadros de nistagmo, podem estar relacionados com o comprometimento da eminência medial. OBS: O fascículo longitudinal medial faz a integração de todos os nervos cranianos motores que movimentam o olho e cabeça, formam a eminência medial. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ CEREBELO - DIVISÃO ONTOGÊNICA Também chamada de divisão transversal, é caracterizada pelo aparecimento da fissura póstero-lateral, a qual divide o cerebelo em, lobo flóculo-nodular e corpo do cerebelo. A fissura prima (primária) divide o corpo em lobo anterior e posterior. CEREBELO - DIVISÃO FILOGÊNICA Arque-cerebelo: envolvido com equilíbrio e movimentos grosseiros do tronco (pela divisão ontogênica está relacionado com o lobo floco-nodular). Paleocerebelo: ontogenicamente representado pelo córtex do lobo anterior + úvula + pirâmide, sendo responsávelpelo tônus muscular e movimentação de membros. Neocerebelo: cerebelo cortical, responsável pela coordenação motora fina, movimentos delicados e pelo planejamento cortical. ontogenica- mente, está relacionado com o lobo posterior, com exceção da úvula e da pirâmide. A divisão filogênica possui três cerebelos: 1. 2. 3. CEREBELO - DIVISÃO LONGITUDINAL Núcleo interposito: formado pela união dos núcleos globosos e emboliforme (zona intermédia). Recebem aferências do córtex do lóbulo anterior, úvula e pirâmide. Assim, filogenicamente, pertencem ao paleocerebelo. Possuindo função de movimento de extremidades e tônus muscular (estágio mínimo de contração quando está relaxado). Da zona intermédia saem duas vias, uma chamada de interposito-rubro-espinhal (passando pelo pedúnculo cerebelar inferior, controlando os movimentos automatizados das extremidades) e outra chamada de interposito-tálamo-cortical (controle do tônus muscular). Núcleo denteado: recebe informações do córtex do lobo posterior (menos úvula e pirâmide). Da zona lateral, sai a eferência que modula o córtex, controlando a motricidade fina, chamada de dento-tálamo-cortical. bulares e da formação reticular). Formando, assim, uma via fastigio-vestíbulo-espinal. Núcleo fastigial: parte medial, ontogenicamente está relacionado com o lóbulo floco-nodular e filogenicamente com o arquecerebelo. Logo, suas eferências controlam o equilíbrio e postura básica do tronco. Dele saem as vias fastígio-reticular e fastígio- vestibular, passando pelo pedúnculo inferior até os núcleos da substância cinzenta própria do bulbo (núcleos vesti- Faz referência aos núcleos (eferentes - banhados por substância branca): CEREBELO - VIAS Trato cortico-espinhal: Movimento planejado. Contração muscular. Porém, quem faz o controle involuntariamente o músculoesquelé-tico é o cerebelo. Trato cortico-ponto-cerebelar (formado pela união das vias cortico-pontino e ponto-cerebelar - fibras transversais): Via sai do córtex cerebral, passa na ponte e para o córtex cerebelar. Ações do planejamento. Trato espino-cerebelar posterior: O movimento real informa ao cerebelo a partir de um receptor de estiramento (fuso muscular). Trato espino-cerebelar anterior: entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar anterior. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Embriologicamnete, o telencéfalo e o diencéfalo originam-se da vesícula prosencefálica. O telencéfalo desenvolve duas vesículas laterais, as vesículas telencefálicas laterais, as quais crescem e formam os hemisférios cerebrais, superando em volume o desenvolvimento do diencéfalo, cobrindo-o. forames interventriculares. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TELENCÉFALO O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) e a lâmina terminal. Anatomicamente, o cérebro é formado pelo diencéfalo mais o telencéfalo. Os hemisférios cerebrais são conectados por fibras comissurais, chamadas de corpo caloso. No cérebro, temos a divisão dos hemisférios pela fissura longitudinal do cérebro. Os hemisférios possuem cavidades dentro deles, chamados de ventrículos laterais (plexos coroides produzindo o LCE). Assim, os ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo do diencéfalo através dos Os hemisférios cerebrais possuem três polos. O polo frontal, polo temporal e polo occipital. Os polos ajudam a identificar a localização anterior-posterior do cérebro, pois na parte anterior há duas "pontas" ou polos, frontal e temporal, enquanto que na parte posterior há apenas o polo occipital. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Já o sulco central separa os lobos frontal e parietal. Além disso, esse sulco está entre dois giros importantes, o giro pré-frontal (anteriormente, relacionado com a motricidade) e o giro pós-central (posteriormente, relacionado com a sensibilidade). Além dos três polos, cada hemisfério possuirá três faces: súpero-lateral, face medial e face inferior. SULCOS E GIROS Os sulcos são depressões que aumentam a superfície do córtex sem aumento de volume, enquanto os giros são as elevações. Assim, entre dois sulcos haverá um giro. Anterior Ascendente Posterior Os sulcos central e lateral são os mais importantes para o estudo do cérebro. O sulco lateral tem três ramos: 1. 2. 3. Os lobos cerebrais recebem o nome de acordo com os ossos do crânio relacionados (lobos frontais, parietais, temporais, e occipital). Há também a ínsula (lobo insular) que não possui relação com os ossos do crânio, mas está situada profundamente ao sulco lateral. A delimitação dos lobos frontal e parietal é feita pelo sulco central. Já o sulco lateral separa o lobo temporal do frontal e parte do parietal. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Lobo frontal: superior ao sulco lateral e anterior ao sulco central. Lobo temporal: delimitado superiormente pelo sulco lateral, posteriormente pela linha imaginária que vai do sulco parietoccipital até a incisura pré-occipital (4cm do polo occipital) Lobo parietal: posterior ao sulco central, separado do lobo occipital por uma linha imaginária que vai do sulco parietoccipital até a incisura pré- occipital (4cm do polo occipital). Lobo occipital: delimitado anteriormente por uma linha imaginária que vai do sulco parietoccipital até a incisura pré-occipital (4cm do polo occipital). FACES DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS Face supero-lateral (dorso-lateral) - Lobo frontal - Lobo temporal -Lobos parietal e occipital -Lobo da ínsula A face dorsolateral é uma face convexa e a maior das faces cerebrais, se relacionando com todos os ossos que formam a abóbada craniana, sendo composta pelos cinco lobos cerebrais. Na parte do lobo frontal, há o sulco central, o sulco pré-central (anteriormente ao central), possuindo duas ramificações, o sulco frontal superior e o sulco frontal inferior. Entre os sulcos central e pré-frontal há o giro pré-central (área motora do cérebro). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Acima do sulco frontal superior há o giro frontal superior. O giro frontal médio está entre o sulco frontal superior e o sulco frontal inferior. Abaixo do sulco frontal inferior há o giro frontal inferior (opercular, triangular e orbital): - Parte opercular do giro frontal inferior: entre o sulco pré-central e o ramo ascendente. - Parte triangular do giro frontal inferior: entre os ramos ascendente e anterior. - Parte orbital do giro frontal inferior: inferiormente ao ramo anterior. OBS: No giro frontal inferior (no hemisfério esquerdo na maioria das pessoas) localiza-se a área de broca com a função de modular a linguagem Na parte do lobo temporal há dois sulcos importantes, o sulco temporal superior e o o sulco temporal inferior. Entre o sulco lateral e o sulco temporal superior há o giro temporal superior (Área de Wernicke - parte posterior, responsável pela compreensão da fala). Entre o sulco temporal superior e o sulco temporal inferior há o giro temporal médio. Já o giro temporal inferior, localiza-se abaixo do sulco temporal inferior. Na porção da ínsula há o giros temporais transversos, sendo o principal o giro temporal transverso anterior. Na área do lobo parietal há dois sulcos importantes, o sulco pós-central e o sulco intraparietal. Entre o sulco central e o sulco pós-central há o giro pós central (área sensitiva do córtex cerebral). Já o sulcointraparietal divide o lobo parietal em lobo parietal superior e lobo parietal inferior (giro supramarginal - curvado sobre o ramo posterior do sulco lateral - e giro angular - curvado sobre o sulco temporal superior ). O lobo occipital ocupa uma área pequena com giros e sulcos pequenos e irregulares. A ínsula possui os giros transversos , como o giro temporal transverso anterior (área auditiva primária). Face medial - Corpo caloso, fórnix e septo pelúcido - Lobo occipital - Lobos frontal e parietal Nessa vista, o corpo caloso é a estrutura mais evidente, sendo a maior comissura formada por fibras mielínicasque cruzam o plano mediano. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Além disso, é dividido em quatro partes: rostro, joelho, tronco e esplênio. O rostro termina na comissura anterior (comissura inter-hemisférica). A lâmina terminal (substância branca) une os hemisféricos e forma o limite anterior do terceiro ventrículo. O fórnix é uma estrutura que passa abaixo do esplênio e do tronco caloso, fazendo uma curva e terminando nos corpos mamilares. Entre o corpo caloso e o fórnix há o septo pelúcido, formado por duas lâminas de tecido nervoso que tem como função separar os ventrículos laterais. O lobo occipital vai ter dois sulcos importantes na face medial que são o sulco calcarino e o sulco parietoccipital. Esses sulcos delimitam uma área chamada de cúneo. Na região do lobo frontal e parietal há sulcos que passam por essas duas regiões, como o sulco do corpo caloso (começa abaixo do rostro, contorna o corpo caloso e termina como sulco do hipocampo) e o sulco do cíngulo (faz a delimitação do giro do cíngulo). Face inferior O giro do cíngulo possui dois ramos, o sulco marginal e o sulco paracentral que delimitam o lobulo paracentral (recebe esse nome pois o sulco central termina nessa região), a parte anterior desse lóbulo é motora (parte medial, MMII), enquanto a parte posterior é sensitiva. Entre o sulco parietoccipital e o sulco marginal há o pré- cúneo. A área septal (centro do prazer, sistema de recompensa, sistema mesolímbico, feixe prosencefálico medial) é uma região abaixo do corpo caloso e anterior à lâmina terminal. - Lobo temporal - Lobo frontal Na face inferior, no lobo temporal, destacam-se os sulcos occipitotemporal, colateral e hipocampal. Entre o sulco temporal inferior e o sulco occipitotemporal há o giro temporal inferior. Já entre o sulco occipitotemporal e o sulco colateral, há os giros occipitotemporais medial e lateral. Por fim, entre o sulco colateral e o sulco hipocampal há o giro para-hipocampal. A porção anterior do giro para-hipocampal se curva em torno do sulco do hipocampo, formando o uncos. Já na face inferior, no lobo frontal, há o sulco olfatório, onde repousa o trato e o bulbo olfatório. Medialmente ao sulco olfatório, entre a fissura longitudinal do cérebro e o sulco olfatório, há o giro reto. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Os outros giros e sulcos irregulares são chamados de sulcos e giros orbitais. A imagem abaixo evidencia o teto dos ventrículos laterais formado pelo corpo caloso. MORFOLOGIA DOS VENTRÍCULOS LATERAIS Os ventrículos são cavidades revestidas por tecido ependimário, os quais possuem plexos coroides produtores do LCE. Os ventrículos laterais fazem a comunicação com o terceiro ventrículo pelo forame interventricular. O corno anterior (anterior ao forame interventricular) corresponde ao lobo central, o corno posterior corresponde ao lobo occipital e o corno inferior corresponde ao lobo temporal. O corno caloso forma o teto de todos os cornos, exceto do corno inferior. O septo pelúcido localiza-se na parede medial entre os cornos anteriores dos ventrículos laterais. A cabeça do núcleo caudado forma a parede e o assoalho do ventrículo lateral. O hipocampo se liga ao fórnix por um feixe de fibras nervosas que formam a fímbria do hipocampo. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Plexos coroides do ventrículos laterais O plexo coroide da parte central dos ventrículos laterais continua com o plexo coroide do terceiro ventrículo. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos coroides, apenas a parte central e os cornos inferiores dos ventrículos laterais. los. Já a cauda do núcleo caudado segue o trajeto inferior do ventrículo lateral. ORGANIZAÇÃO INTERNA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS Núcleos da Base Os núcleos da base são aglomerados de neurônios existentes na porção basal do cérebro. - Núcleo Caudado. -Núcleo lentiforme (putâmen + globo pálido) - Claustrum - Corpo amigdaloide ou amígdala - Núcleo Accumbens O núcleo caudado é uma estrutura bem volumosa e alongada, relacionada com os ventrículos laterais. A parte anterior é formada pela cabeça do núcleo caudado. O corpo do núcleo caudado está relacionado com o assoalho da parte central do ventrícu- O núcleo caudado (verde) funde-se ao núcleo lentiforme (azul). A cabeça do núcleo caudado se funde com a região anterior do putâmen e esses dois núcleos, em conjunto, são chamados de estriado (função relacionada com a motricidade). Observe a conexão do da cabeça do núcleo caudado com a região anterior do putâmen representada no corte B na imagem abaixo e na imagem anterior (fundo azul, corte B) no plano transversal. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ O núcleo lentiforme está situado profundamente no interior do hemisfério e está localizado medialmente à capsula interna que o separa do tálamo e da cabeça do núcleo caudado. Além disso, é formado pelos núcleos putâmen (lateralmente) e globo pálido (interno e externo, função predominantemente motora; situado medialmente). O claustro (comportamento voluntário, sistema de recompensa)é uma faixa de substância cinzenta localizado entre a cápsula extrema e externa. Já o corpo amidaloide (faz contato com a cauda do núcleo caudado) está relacionado com as emoções (principalmente o medo). O núcleo accumbens é uma massa de substância cinzenta situada na união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado. Faz parte do sistema mesolímbico (sistema de recompensa, área do prazer), e possui conexões com a área tegumentar ventral do mesencéfalo, bem como com a habênula, a qual faz sua inibição (níveis de dopamina). Centro branco medular do cérebro O centro branco medular do cérebro é um conjunto de fibras mielínicas (fibras de projeção e associação). As fibras de projeção são aquelas que ligam o córtex cerebral à centros subcorticais, como o fórnix (une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar)e a cápsula interna (maioria das fibras que entram e saem do córtex cerebral). Já as fibras de associação são responsáveis por unir as áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro, como o corpo caloso, comissura anterior e a comissura do fórnix. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ O sistema límbico (SL) está vinculado com as emoções (sentimentos subjetivos que suscitam manifestações fisiológicas e comportamentais). Assim, as emoções estão diretamente ligadas ao sistema nervoso autônomo, de modo que podem provocar efeitos fisiológicos, como taquicardia, arrepios, etc.; e comportamentais, como gestos, sorriso, etc. Assim, o SL pode ser definido como um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfo-logicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e memória. Lesões nessa área são utilizadas para a domesticação de animais e psicóticos agressivos. 2. Córtex insular anterior: vinculado com emoções (empatia, sensação de nojo, conhecimento da própria fisionomia e percepção dos componentes subjetivos das emoções) SISTEMA LÍMBICO Componentes do SL relacionados com as emoções. Córtex cingular anterior: possui como função o processamento das emoções, principalmente tristeza. Atualmente, sabe-se que o circuito de Papez (circuito das emoções) está mais relacionado com a memória e é composto pelo hipocampo, corpo mamilar, giro do cíngulo e giro hipocampal. Já a amígdala e a área septal, além da parte anterior do giro do cíngulo, estão relacionadas com as emoções. 1. 3. Hipotálamo: regulação dos processos emocionais. Experiências com animais demonstraram que estímulos nessa área pode levar às respostas de raiva e agressividade. Além disso, o hipotálamo tem um papel preponderante coordenando as manifestações periféricas das emoções, por meio e suas conexões com o sistema nervoso autônomo (taquicardia, nervosismo e dores gástricas). Portanto, o hipotálamo faz tanto a coordenação quanto integração dos processos emocionais. 4. Núcleo Accumbens: centro do prazer(sistema de recompensa), é o mais importante componente do sistema mesolímbico. 5. Área Septal: centro do prazer, faz parte do sistema mesolímbico com a regulação das atividades viscerais (pressão arterial, ritmo respiratório). A lesão nessa área pode causar "raiva septal" e reações anormais aos estímulos sexuais. O feixe prosencefálico- medial recebe fibras dopaminérgicas da área tegumentar ventral. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ 7. Amigdala/ corpo amigdaloide: composta por 12 grupos corticomedial, basolateral e central. Possui como principal função a regulação do medo, estando relacionada também com comportamentos sexuais, expressões faciais relacionadas com emoções e agressividade. Lesões na amigdala faz com que a pessoa perca a capacidade de sentir medo e desenvolva uma hipersexualidade. Núcleo basolateral: reação de medo e fuga. Núcleo cortico medial: reação defensiva e agressiva. 6. Habênula: localiza-se no epitálamo e faz a regulação dos níveis de dopamina (inibição do sistema mesolímbico); frustração (não recompensa). Possui núcleos habenulares medial e lateral e a estimulação de tais núcleos resulta em ação inibitória sobre o sistema dopaminérgico mesolímbico e sobre o sistema serotoninérgico de projeção difusa. Ex: transtornos de humor podem estar associados a uma inibição exagerada do sistema mesolímbico. Portanto, o sistema mesolímbico é ativado pela recompensa e a habênula pela não recompensa. ➽ Sistemas de recompensa no encéfalo: - Drogas de abuso (crack, heroína) fazem a estimulação do sistema dopaminérgico mesolímbico e do núcleo accumbens, havendo estimulação exagerada, diminuição da sensibilidade dos receptores e redução do seu número, necessitando de doses cada vez mais altas. ➽Transtornos de ansiedade: hiperativação da amigdala ou diminuição da hipocampo. Os neurônios hipota-lâmicos, em reposta ao estímulo da amigdala, promovem a liberação do hormônio adrenotropico- córtico (ACTH) que, por sua vez, induz a liberação de cortisol pela adrenal. O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é regulado pelo hipocampo, que inibe esse eixo. Assim, a degeneração do hipocampo torna a resposta ao estresse mais acentuada, levando a maior liberação de cortisol e maior lesão ao hipocampo. Componentes do SL relacionados com a memória Hipocampo: eminência alongada e curva situada do assoalho do crono inferido ventrículo lateral e acima do giro hipocampal. 1. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Giro estreito e denteado Composto por uma única camada de neurônios Função: dimensão temporal da memória (Ex. data da festa de casamento antes ou depois da festa de formatura) Em pacientes com crises graves de epilepsia que tinham seus hipocampos retirados, observou-se que a memória operacional (área pré-frontal) era mentida. Além disso, havia amnésia anterógrada (dificuldade de armazenar novas memória pós-cirurgia) em um pequeno espaço de tempo. Porém, passado um tempo, esses pacientes se lembravam dos acontecimentos pós-cirúrgicos, evidenciando que as memórias de longo prazo não são armazenadas no hipocampo. O hipocampo faz conexões com diversas áreas neocorticais que saem pelo fórnix e são direcionadas para os corpos mamilares. A amigdala possui relação com a memória de eventos emocionais. Já o núcleo accumbens e a área tegumentar ventral estão relacionados com memórias de eventos de prazer. Dessa forma, a consolidação da memória é maior quando a informação está associada a um evento de grande impacto emocional. Portanto, o hipocampo possui funções como: 1) memória declarativa de curto prazo; 2) consolidação da memória; 3) memória espacial (topográfica), localização no espaço. No hipocampo, há também atividade mitótica em que novos neurônios são formados. ⚕Aplicação Clínica: Na doença de Alzheimer há um grave comprometimento do hipocampo, de modo que o paciente perde completamente a noção de orientação (fase final) e não consegue se dirigir de uma cama para uma cadeira. 2. Giro denteado Córtex primitivo (arquicórtex) Injúria: déficit de memória Geralmente, primeira área afetada na doença de Alzheimer Relacionado com memórias de cenários/paisagens novas. Função: processamento da memória operacional Recebe aferências de núcleos anteriores do tálamo, fazendo uma integração do circuito de Papez Função: memória topográfica (orientação no espaço, caminhos e cenários novos e antigos) Injúria: amnésia 3. Córtex entorrinal Fórnix (fibras) Córtex entorrinal Giro denteado Hipocampo 4. Córtex para-hipocampal 5. Área pré-frontal dorsolateral 6. Córtex Cingular Posterior Corpo mamilar Trato mamilotalâmico Tálamo Córtex cing. post 7. Áreas de associação do neocórtex Função: Armazenamento de memória de longa duração O diencéfalo é toda área inferior ao fórnix, constituído pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo, subtálamo (face não visível na parte medial – transitório do diencéfalo para o telencéfalo). Em uma vista medial, observa-se que as paredes do diencéfalo são formadas pelo terceiro ventrículo. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ DIENCÉFALO ·Subtálamo: função geral motora (lesões = movimentações abruptas do membro/córtex). ·Tálamo: função ativadora cortical (todos os estímulos sensitivos antes de atingir o córtex passam pelo tálamo, com exceção de algumas vias olfatórias). Hipersensibilidade cortical. ·Hipotálamo: tem como função geral o controle das funções neurovegetativas, cognitivas associadas às emoções. ·Epitálamo: Indução do sono, glândula pineal, produção de melatonina sob privação de luminosidade. A parede lateral do terceiro ventrículo faz a divisão do hipotálamo e tálamo pelo sulco hipotalâmico. O tálamo faz uma comunicação/aderência pela aderência intertalâmica (conexões viscerais e padrões comportamentais). Assim, o terceiro ventrículo faz uma comunicação com o quarto ventrículo pelo aqueduto de Sylvius (aqueduto cerebral/mesencefálico), bem como comunica com os Anterior (límbico) Posterior (linguagem) Medial (SARA) ventrículos laterais pelos forames interventriculares (Monroe). ⚕Obs: obstruções por proliferação excessiva e descontrolada das células ependimárias pode gerar dilatações nos ventrículos, caracteri- zando quadros de hidrocefalia. Podendo ser tratadas por implantes valvulares ou por migrações de tecido. Algumas formas crônicas podem gerar deformações anatômicas no crânio. O tubérculo anterior do tálamo possui grupos de núcleos anteriores do tálamo, que possuem como prioridades fazerem a conexão do corpo mamilar com os componentes do sistema límbico (giro do cíngulo, giro para-hipocampal, hipocampo, corpo amigdaloide), formando assim, o circuito de Papez (ativações corticais). Já o pulvinar do tálamo possui conexões do grupo posterior, fazendo conexões de linguagem (corporal e espacial), ativando o córtex na área do giro pós-central, bem como ativação para parte do lobo parietal (relações somatossensoriais). O grupo medial, que fica numa região voltada ao ventrículo lateral, possui ativações de vigília e do SARA (via talâmica e extratalâmica. O grupo lateral pode ser dividido em duas partes: o núcleo ventral anterior (conexões CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ da motricidade, recebendo fibras do globo pálido e mandando para o córtex), núcleo ventral lateral (recebe informações cerebelos-talâmicas, pelas vias interposito- tálamo-cortical e a dento-tálamo-cortical, ativando o córtex secundário), núcleos ventral póstero-medial (ativa o giro pós- central, relacionado com a sensibilidade da cabeça, vias de lemnisco trigeminal com aferências somáticas gerais e núcleo do tracto solitário) e ventral postero-lateral (lemnisco medial e espinal, trazendo informações sensitivas do restante do corpo). Na região do metatálamo há os corpos geniculares medial e lateral. O corpo geniculado medial recebe informações do colículo inferior (relacionadocom audição - lemnisco lateral), fazendo com que o tálamo ative a área primária da audição, o giro temporal transverso. Já corpo geniculado lateral recebe informações do tracto óptico (visão), ativando o córtex primário da visão (lobo occipital), fazendo comunicação com o colículo superior (reflexo de fotorreação, ajuste pupilar). Na região do hipotálamo há a lâmina terminal, um remanescente embrionário que vai da comissura anterior até o quiasma óptico. O NC II é dividido em duas retinas, a retina nasal e a retina temporal. A retina nasal faz um cruzamento para o lado oposto, sendo o ponto de cruzamento o quiasma óptico, seguindo pelo trato óptico, o qual faz conexão com o corpo geniculado lateral (córtex - relações visuais). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ área septal (punição e recompensa), com o hipocampo (alocórtex, arquicórtex) que trabalha binariamente na conversão de memória e de impactos e ajustes emocionais e com a amígdala. A estria medular é um feixe de substância branca que faz a conexão do tálamo com o epitálamo, fazendo uma ancoragem de células ependimárias, o plexos coroides. No trígono habenular há a comissura da habênula, que possui correspondência límbica. Parte anterior: sono, endócrino, hipotálamo Parte medial: conexão com a hipófise Adenohipófise - conexão neural (trato túbero-infundibular) e conexão vascular (sistema porta- hipotálamo-hipofisial). Neurohipófise - apenas conexões neurais, trato hipotálamo hipofisiá- rio (ADH e oxitocina) O infundíbulo da hipófise sai do túber cinéreo (núcleos da região tuberal). Essas regiões estão funcionalmente relacionadas com: 1. 2. a. b. O hipotálamo em sua parte anterior possui fibras que fazem conexões com os pares de NC que possuem EVG para controlar o parassimpático. Já a parte posterior possui neurônios que controlam a parte simpática (T1-L2). Como já visto, o hipotálamo possui uma íntima relação com o sistema límbico, fazendo conexão com a A glândula pineal faz a produção da serotonina (precursora da melatonina). Daí a explicação sobre a relação entre dieta e exercícios físicos (estimulam o aumento de serotonina) com a qualidade do sono (melatonina induz o sono, sob restrição luminosa a partir da conversão de serotonina em melatonina). Inferiormente à glândula pineal, há a comissura posterior (reflexo consensual). ⚕Obs: Fotorreagência unilateral pode indicar tumor na glândula pineal. Estímulos sensíveis: Informações que chagam à parte sensitiva primária precisam ser encaminhadas para a área sensitiva secundária (reconhecimento) e para a área terciária supramodal (integração). Estímulos motores: A informação chega na área terciária, passa pela secundária e a área primária executa. Lesões: Primária: Giro pré-central (executa), plegia. Secundária: apraxia de movimentos (movimentos não coordenados). Terciária: estereognosia. Porém se o objeto estiver na mão esquerda, não há o cruzamento pelo corpo caloso. ⚕Obs: Pacientes com agenesia de corpo caloso possuem deficiência de esterognosia quando testado na mão direita. Apenas reconhecem o objeto quando o visualizam. Comissura anterior faz a conexão de áreas corticais relacionadas com o olfato pela ativação com a área septal (luta ou fuga, cheiro de gás indica perigo). Comissura posterior: informações visuais, reflexo de fotorreagência. Fórnix: faz o cruzamento da via do sistema límbico, via mamilo-talâmico. Corpo caloso: faz o cruzamento de todas as informações do telencéfalo, como das informações de esterognosia (reconhecimento de algum objeto sem o uso da visão, apenas com o tato), córtex parietal direito com o giro pós-central direito). Exemplo: A informação de um objeto segurado na mão direita é encaminhada para a medula através de um neurônio pseudounipolar e chega ao encéfalo (bulbo) por meio do fascículo cuneiforme, convertendo em fibras arqueadas, lemnisco medial, chegando ao tálamo do lado direito (núcleo ventral póstero lateral - corpo inteiro, menos cabeça). Após isso, a informação cruza o hemisfério por meio do corpo caloso, o giro pós-central esquerdo é ativado (camada IV granular interna, área sensitiva primária) e há a consciência da Portanto, na região do epitálamo há a parte límbica (trígono habenular), endócrina (pineal) e fotorreagência (comissura posterior). O septo pelúcido e o corpo caloso são estruturas do telencéfalo, mas que estão relacionadas com os itens anteriores. Os hemisférios esquerdo e direito possuem diferenças funcionais. O hemisfério esquerdo está relacionado com a linguagem, pensamento lógico e raciocínio lógico. Enquanto o hemisfério direito está mais relacionado com o esquema corporal, atividades artísticas e musicais. Porém, esses hemisférios se integram por meio de fibras de associação inter-hemisféricas (comissuras, fórnix e corpo caloso). CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ VASCULARIZAÇÃO Existem dois territórios vasculares que irrigam o cérebro – redes que irrigam o encéfalo – carotídeo e vertebral. Carotídeo: origem: arco aórtico Vertebral: origem: subclávia Já o território carotídeo entra no crânio com seus ramos, os quais fazem anastomose entre si, formando o polígono de Willis, o qual envolve a artéria cerebral média, artéria cerebral anterior e artérias comunicantes anterior e posterior. ⚕ Obs: Existe a prevalência de aneurismas encefálicos na artéria comunicante anterior. Anatomicamente, explica-se essa patologia pela posição transversal da artéria pela e convergência das forças do fluxo em casos de aumento de pressão arterial, seja por pico hipertensivo ou HA crônica. Os AVC são comuns em artérias carótidas, portanto, se o comprometimento for de território carotídeo, essas artérias tendem a irrigar somente o cérebro, configurando um acidente vascular cerebral (AVC). Já se o comprometimento for de território vertebral será um acidente vascular encefálico (AVE), podendo comprometer tronco encefálico, cerebelo e cérebro. As artérias vertebrais invadem o crânio pelo forame magno, formando a irrigação da parte posterior do encéfalo. Na região do forame cego as artérias vertebrais se unem e formam a artéria basilar, formando antes a artéria cerebelar inferior posterior (irrigação do cerebelo). Após a formação da artéria basilar, há a formação da artéria cerebelar inferior anterior e artéria cerebelar superior . CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ A artéria cerebral posterior irriga a parte posterior da face medial (lobo occipital e parte do parietal). Funcionalmente, essa parte do córtex está relacionada com a visão, área primária (isocórtex, heterotípico (camada IV - sensitivo), granular). Informações sensitivas secundárias são unimodais e as terciárias são multimodais (conexão com primária e terciária). A área de Wernicke (principalmente hemisfério esquerdo) é responsável pela compreensão/cognição da fala. Todas as informações de fala, audição, visão, esterognosia, convergem para essa área, fazendo relações de inteligência focal. A face medial (face límbica) possui uma importante artéria, responsável pela irrigação dos 2/3 anteriores do cérebro, a artéria cerebral média (região frontal, face superolateral). Na face medial do lobo frontal, essa artéria é designada como artéria cerebral anterior. Giro temporal transverso: área primária da audição. Giro temporal superior: área secundária da audição. Giro temporal médio e inferior: área terciária da audição. nular. Mas, a região mais anterior ao giro pré-central é secundária. ⚕ Obs: Apraxias ou ataxias (movimentos realizados de forma incorreta) são oriundas áreas secundárias. Já plegia (ausência de movimentos) é oriunda da área primária. A artéria cerebral média provoca ambas as condições. Portanto, a artéria cerebral média possui impacto na motricidade, sensibilidade e no componente da audição: O giro pós-central é funcionalmente classificado como sensitivo primário. Nos hemisférios, apesar de prevalentes em ambos, os
Compartilhar