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SINTESE DO IBUPROFENO

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Síntese do Ibuprofeno, uma análise da rota sintética do medicamento aliado aos princípios da Química Verde
O Ibuprofeno é o nome que deriva das iniciais do ácido isobutilpropanoicofenólico, é um fármaco do grupo dos anti-inflamatórios não esteróides (AINE) utilizado para o tratamento da dor, febre e inflamação. Desenvolvido em 1961 por Stewart Adams e comercializado como Brufen, a necessidade do ibuprofeno veio da busca por fármacos alternativos ao ácido acetilsalicílico uma vez que cerca de 15% dos pacientes apresentam intolerância a esse fármaco.
A química do Ibuprofeno consiste em dois possíveis enantiómeros que apresentam efeitos biológicos diferentes. O enantiómero (S)-ibuprofeno apresenta atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética, sendo o outro enantiómero (R)-ibuprofeno inativo. Toda via, a comercialização do analgésico há mais de 30 anos é devido a sua mistura racémica de enantiómero (S) e 50% a 60% do isômero R que é convertido no organismo em enantiómero S-(+)-ibuprofeno pela enzima isomerase 2-arilpropionil-CoA epimerase .
	A síntese clássica do Ibuprofeno redigida em seis passos, foi desenvolvida pela Companhia Boots na Inglaterra e é rotulado como uma síntese marrom, pois, em vista da química verde e a nova rota de síntese do medicamento, o processo retem de baixo percentual atómico sendo 40% dos átomos reativos no produto final e os outros 60% são subprodutos nas formas de resíduos. Além disso, é utilizado quantidades consideráveis de solventes e reagentes corrosivos. 
Rota em 6 passos utilizado pela Companhia Boots em 1970: 
A nova rota sintética desenvolvida em 1991 pela Companhia BHC é rotulado como processo de síntese “verde” para produção do Ibuprofeno, e garantiu o prêmio Greener Synthetic Pathways Award em 1997 na categoria industrial. O processo apresentado pela Companhia BHC produz aproximadamente 25% mais produtos com relação à síntese anterior, é feita em apenas três etapas via processo catalítico onde o catalisador (HF) pode ser reciclado e reutilizado no processo, o que dispensa o uso de solvente para a purificação do produto final 
O conceito de “economia atómica” foi introduzido por Trost em 1991 como um parâmetro para medir a eficiência sintética de uma reação, e o processo desenvolvido pela BHC cumpre exatamente esse papel. O pesquisador Parashar fez a comparação entre as porcentagens de átomos economizadas na produção de Ibuprofeno. Na síntese do Ibuprofeno proposta por Boots a massa de reagentes utilizada é 514,5 (𝐶20𝐻42𝑁𝑂10𝐶𝑁9 ) e a massa de átomos utilizada é 206 g/mol (𝐶13𝐻18𝑂2), tendo uma economia de átomos de 40%. Já na síntese utilizada pela BHC a massa de reagentes utilizada é de 266 (𝐶15𝐻22𝑂4). enquanto a massa de átomos utilizada é a mesma, 206 g/mol(𝐶13𝐻18𝑂2) tendo assim, uma economia atómica de 77%.
Na produção de ibuprofeno por meio de síntese verde proposta, além da excelente economia atômica, os produtos secundários e os químicos de purificação são, em sua maioria, tratados e reciclados. Desta forma, o aproveitamento atômico da rota sintética chega, virtualmente, a 99%, pois há exploração de resíduos.
O princípio mais importante da química verde aplicado ao processo de produção de Ibuprofeno pela BHC é o de economia atômica. Trost introduziu em 1991 o conceito de economia atômica, como um parâmetro para medir a eficiência sintética de uma reação. Segundo o autor, em uma reação ideal toda a massa dos reagentes estaria contida no produto, o que levaria a um melhor aproveitamento das matérias primas e a geração de menos resíduos (DA SILVA, 2005). Parashar fez a comparação entre as porcentagens de átomos economizadas na produção de Ibuprofeno. Na síntese do Ibuprofeno proposta por Boots a massa de reagentes utilizada é 514,5 (𝐶20𝐻42𝑁𝑂10𝐶𝑁9 ) e a massa de átomos utilizada é 206 g/mol (𝐶13𝐻18𝑂2)
𝑃𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 = 206 514,5 𝑥 100 = 40%
Já na síntese utilizada pela BHC a massa de reagentes utilizada é de 266 (𝐶15𝐻22𝑂4). enquanto a massa de átomos utilizada é a mesma, 206 g/mol(𝐶13𝐻18𝑂2). Assim,
𝑃𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎 = 206 266 𝑥 100 = 77,4%
Promovendo uma economia atômica muito superior.
Na produção de ibuprofeno por meio de síntese verde proposta, além da excelente economia atômica, os produtos secundários e os químicos de purificação são, em sua maioria, tratados e reciclados. Desta forma, o aproveitamento atômico da rota sintética chega, virtualmente, a 99%, pois há exploração de resíduos.
A empresa que mais fabrica ibuprofeno no mundo é a BASF e se torna referência na produção ecoeficiente na indústria de medicamentos. Além disso, somente a venda anual deste medicamento é de cerca de US$ 1.400 milhões, tendo volume de produção de 8.000 toneladas por ano. Uma das suas industrias no Texas, produz cerca de 4.000 toneladas por ano. 
Referencias Bibliográfica
https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/5305/1/PPG_19606.pdf 
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/17173/1/2016_AnaCarolina_Breno_Mathur_Raquel_Tiago_tcc.pdf 
https://www.scielo.br/pdf/qn/v23n1/2151.pdf

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