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Relatório Haras Claro

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Universidade Estadual do Ceará
Faculdade de Veterinária – FAVET
Disciplina de Clínica de Aves Silvestres e Exóticas
Relatório: visita técnica a Fazenda Haras 
1. Introdução.
Durante a disciplina de Clínica de Aves e Silvestres e Exóticas nós tivemos a oportunidade de discutir muitos assuntos pertinente a fisiologia, clínica e manejo desses animais e também colocar algumas técnicas abordadas em sala de aula em prática. Dessa forma, tivemos a oportunidade de fazer uma visita técnica a Fazenda Haras Claro acompanhado dos professores Adson Ribeiro e Bruno Pessoa. A visita foi conduzida pelo médico veterinário da fazendo o Dr. Leandro que nos mostrou como é o dia a dia do criatório de aves silvestres e exóticas, nos foi mostrado alguns manejos de rotina e outros que devem ser feitos quando chegam animais novos ou nascem, por exemplo, a introdução de um nano chip em um filhote de urubu-rei. 
Falando agora um pouco da fazenda eles iniciaram a sua trajetória em 1997 e desde o início tiveram a preocupação com a preservação da natureza conservando e plantando espécies de arvores da região, proibindo caça e evitando manejos que prejudicassem o eco sistema. Na fazenda são criados Eqüinos (Quarto de milha da linhagem de corrida e Mini Pôneis), Bovinos (Nelores e Mini Gado), Ovinos (Santa Inês, Dorper e Morada Nova) além de Animais Silvestres e Exóticos. Foi encaminhado um projeto ao IBAMA para Criadouro Conservacionista que foi aprovado em 08/10/1999 com o cadastro técnico N° 22319990016943. Em 01/05/2003 devido a atualizações da legislação vigente eles receberam um novo cadastro técnico federal (C.T.F.) nº 302352 e Licença de Operação (L.O.) nº 001/2003, alterada para L.O. nº 001/2004, em 19/01/2004.
Como a fazendo obteve sucesso na reprodução das espécies criadas, foi requerido junto ao IBAMA licença para se tornar um criador comercial e foi obtida a licença de operação N° 015/2004, em 11/11/2004. Hoje, o Criadouro Comercial desenvolve suas atividades regularmente sob C.T.F. nº 302352 e Autorização de Manejo nº 101962/2015-CE. Com a venda de espécies nascidas em cativeiro e ajudando a combater o tráfico destes animais.
2. Manejos.
2.1 Vermifugação
Durante a visita tivemos a oportunidade de acompanhar e até mesmo fazer a vermifugação dos tucanos do Haras. O objetivo da vermifugação é prevenir que os animais tenham algum tipo de verminose. Com a ajuda do puçá os animais foram pegos, contidos de forma adequada para a espécie e com uma seringa e uma espécie de sonda onde o conteúdo foi introduzido diretamente no esôfago do animal para ter a certeza de que o vermífugo foi ingerido. 
2.2 Mcrochipagem do filhote de urubu rei e coleta de sangue para sexagem
A microchipagem é uma prática exigida pelo IBAMA e tem como finalidade o monitoramento desse animal do início ao fim de sua vida. O microchip já vem em um kit que contém o microchip e um aplicador estéril que pode ser aplicado no subcutâneo ou na musculatura do animal. A sexagem é realizada a partir de uma amostra de a sangue que foi coletada do filhote, o sangue foi colocado em um kit próprio para análise e enviado para o laboratório que através da análise de DNA irá identificar se o animal é macho ou fêmea. 
2.3 Anilhmento
O anilhamento é uma prática prevista na legislação e tem como objetivo a identificação do animal, quem é o criador deste animal o estado tudo isso tem como objetivo que essa ave seja identificada junto ao IBAMA. A anilha é uma liga de metal que é colocada na pata dos animais, como se fosse uma espécie de anel. E é colocada em uma fase do desenvolvimento do animal que ele não consegue mais tirar essa anilha. Esse manejo foi realizado em algumas pombas (columbiformes) onde a anilha foi colada para identificação desses animais. Em alguns desses animais também foi feita a coleta de sangue para realizar a sexagem. A importância da anilha foi bem evidente quando nós fomos a um recinto com Ring Neks e tinha animal faltando então entramos no recinto e com a ajuda do puçá pegamos os animais e olhamos anilha por anilha até identificar quais animais estavam faltando. 
3. Espécies
Nos foi apresentado durante essa visita técnica diversas espécies de aves silvestres e exóticas vou colocar algumas que foram vistas aqui apenas para ilustrar: 
Nome: Ring Neck Azul;
Nome Científico: Psittacula krameri;
Peso e Tamanho: em média 130g e 40cm;
Expectativa de vida: 25 a 30 anos.
Nome: Pomba Amargosa;
Nome Científico: Patagioenas plúmbea;
Peso e Tamanho: em média 270g e 34cm;
Expectativa de Vida: não foram encontradas informações.
Nome: Harpia;
Nome Científico: Harpia harpyja;
Peso e Tamanho: em média 4,8 kg os machos e 9 kg as fêmeas e 2m de envergadura;
Expectativa de vida: 80 a 90 anos.
Nome: Urubu Rei;
Nome Científico: Sarcoramphus papa;
Peso e Tamanho: em média 3,7 kg e 1,8 de envergadura;
Expectativa de vida: 80 a 90 anos.
Nome: Tucano Toco;
Nome Científico: Ramphastos toco;
Peso e Tamanho: em média 540g e 50 cm;
Expectativa de Vida: 15 a 20 anos.
4. Conclusão
Dessa forma, essa aula de campo foi muito enriquecedora para nós alunos, pois tivemos a oportunidade de ver como é o dia a dia de um criatório comercial e também conhecer e realizar um pouco dos manejos essenciais para o bem estar e para a saúde das aves.

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