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Tudo sobre, Vidros , plásticos, metais, e papel ; abordagem histórica-econômica e reciclagem

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 
CAMPUS DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS HENRIQUE SANTILLO 
CURSO QUÍMICA LICENCIATURA 
DISCIPLINA: QUÍMICA FUNDAMENTAL I - 1º PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
Tudo sobre: 
 Vidros , metais , papel e plásticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis 
 
 2 
 
Agosto de 2015 
Sumário 
Apresentação ........................................................................................................................................ 5 
Justificativa ............................................................................................................................................ 6 
3.1 Vidros ............................................................................................................................................... 7 
3.1.1 A origem da palavra vidro é latina ...................................................................................... 7 
3.1.2 Uma descoberta um tanto curiosa, envolta de uma lenda. ............................................. 7 
3.1.3 Surgimento .............................................................................................................................. 8 
3.1.4 O vidro ao longo da história .................................................................................................. 8 
3.1.5 Tempos Modernos: da Renascença à atualidade ............................................................. 9 
3.1.6 Forma de produção dos principais tipos de vidros .......................................................... 11 
3.1.7 Principais Fabricantes de vidro na atualidade ................................................................. 12 
3.1.8 Composição Química do vidro ........................................................................................... 14 
3.1.9 Propriedades físicas do vidro ............................................................................................. 14 
3.1.11 Formas de reutilização e reciclagem do vidro. .............................................................. 15 
3.1.11. I Conhecendo o material .............................................................................................. 15 
3.1.11. II Reciclagem do vidro .................................................................................................. 15 
3.1.11. III O mercado para reciclagem .................................................................................... 16 
3.1.11. IV. Quanto é reciclado? ............................................................................................... 16 
3.1.11. V. Impactos ambientais ................................................................................................ 16 
3.2 Metais ............................................................................................................................................ 17 
3.2.1 Cobre ...................................................................................................................................... 18 
3.2.1. I. História do cobre e suas origens .............................................................................. 18 
3.2.1. II. O que a ilha de Chipre tem haver com CU? ........................................................... 19 
3.2.1. III. Antigos pensavam na transmutação de ferro em cobre sendo verdadeira. ..... 19 
3.2.1. IV. O ciclo industrial do cobre, formas de produção e composição do minério. .... 20 
3.2.1. V. Principais Produtores de cobre no mundo. ............................................................ 21 
3.2.1. VI. Reciclagem e reutilização do cobre....................................................................... 23 
3.2.1. VII. Reutilização do cobre e o problema ambiental das sucatas que contêm 
cobrem. ........................................................................................................................................ 24 
3.2.2 Alumínio ................................................................................................................................. 25 
3.2.2. I. Por que se chama alumínio? , suas origens e fatos históricos............................. 25 
3.2.2. II. Uma história interessante nos carros ..................................................................... 26 
 
 3 
3.2.2. III. Características, propriedades físicas e químicas. ................................................ 26 
3.2.2. III. Processo de obtenção do alumínio, aspectos químicos e físicos. .................... 27 
3.2.2. IV Maiores produtores mundiais de alumínio .............................................................. 28 
3.2.2. V. Reciclagem do alumínio. ........................................................................................... 31 
3.2.2. VI Infinitamente reciclável .............................................................................................. 31 
3.2.2. VII Curiosidades ............................................................................................................. 32 
3.2.2. VIII. Benefícios ............................................................................................................... 32 
3.2.2. IX. Números da reciclagem ............................................................................................ 33 
3.2.2. X. O processo de reciclagem do alumínio ................................................................... 33 
3.2.2. XI. Alumínio Reciclado Gera Riqueza ......................................................................... 34 
3.2.3 Ferro ....................................................................................................................................... 35 
3.2.3. I. O ferro na história e suas origens sagradas vindas dos céus .............................. 35 
3.2.3. II. Composição Química dos vários tipos de minério Ferro ...................................... 36 
3.2.3. III. As maiores indústrias de extração do ferro ........................................................... 37 
3.2.3. IV. A exploração de ferro no Brasil ............................................................................... 40 
3.2.3. V. Processo de Produção do Ferro, aspectos físicos e químicos. .......................... 42 
3.2.3. VI. Produtos Siderúrgicos. ............................................................................................. 42 
3.2.3. VII. Reciclagem do Ferro ................................................................................................ 43 
3.2.4 Aço .......................................................................................................................................... 44 
3.2.4. I A História do aço está intimamente ligada ao ferro ........................................... 45 
3.2.4. II. O Uso do Coque ............................................................................................. 47 
3.2.4. III. Produção industrial, composição química e características. .......................... 47 
3.2.4. IV. A reciclagem e reutilização do aço ................................................................ 49 
3.2.5 Ligas metálicas .................................................................................................... 49 
3.2.6 Latão ................................................................................................................................... 51 
3.3 Plásticos ........................................................................................................................................ 53 
3.3.1 A História do Plástico ........................................................................................................... 53 
3.3.2 Formas de produção ............................................................................................................54 
3.3.2. I. Qual é a matéria-prima para a obtenção dos plásticos? ....................................... 54 
3.3.1.2. II. Polimerização .......................................................................................................... 54 
3.3.3 Os plásticos: polímeros com propriedades especiais ..................................................... 57 
3.3.4 Produção mundial de plástico ............................................................................................ 57 
3.3.5Reciclagem e reutilização dos plásticos .................................................................... 58 
3.3.5. I. Processos de Reciclagem do Plástico: 
3.3.5. III. Reciclagem Mecânica ............................................................................................. 61 
 
 4 
3.3.5. IV. Reciclagem Energética .......................................................................................... 61 
3.3.6 O Plástico e a Geração de Energia, uma questão ambiental. ................................ 62 
3.4 O papel ......................................................................................................................................... 62 
3.4.1 História do papel ................................................................................................................ 62 
3.4.2 Cronologia do papel .......................................................................................................... 63 
3.4.3 Composição química ........................................................................................................... 64 
3.4.4 Os maiores produtores mundiais de Celulose e papel em 2012. ................................. 66 
3.4.5 A reciclagem do papel ......................................................................................................... 66 
3.4.5. I. Vantagens da reciclagem de papel ........................................................................... 67 
4.0 Proposta para otmizar os impactos ambientais ocasionados da produção desses 
materiais............................................................................................................................................... 68 
5.0 Considerações finais ................................................................................................................... 70 
 
 
 
 
 
 5 
 
Apresentação 
 
É com grande prazer realizar estas pesquisas, sobre vidros, metais, plásticos e papel sob tutela 
da professora Nília Santos, da qual ministra a disciplina de química fundamental I, para o curso de 
licenciatura em química 2015, fico grato a expor minhas pesquisas cuidadosamente elaboradas para 
uma visão ampliada desses assuntos tão cotidianos, e mostrar a importância de conhecer melhor tanto 
quimicamente, industrialmente, historicamente e coisas os seguintes assuntos: 
Vidros,como surgiram? Quais os primeiros povos a tiveram um contato maior, veremos como 
os egípcios foram importantes nesse aspecto, a composição química do vidro, os principais fabricantes 
mundiais, quais suas características físicas e o quanto é importante sua reciclagem e o que ele tem a 
ver com economia de energia. 
Veremos também muito sobre os metais, como ferro, cobre, alumínio, ligas metálicas, latão , e 
poderemos reconhecer e diferenciar cada um deles, como e o caso de que alumínio e ferro são 
diferentes e pequenos detalhes de composição mas que resultam em propriedades e aplicações bem 
distintas, aliás, ligas metálicas e latão foram elaboradas para fins bem específicos.Como já não basta 
tudo isso o aspecto histórico-econômico que os metais têm mundialmente, especialmente o caso da 
produção do ferro no Brasil, veremos que os alquimistas, e os povos antigos foram os pioneiros a 
elaborar, definir, caracterizar e forjar esses metais, caso contrario não teríamos todo esse 
conhecimento atual.A reciclagem também é fortemente trabalhada para a maioria dos metais e ao ler 
você verá a importância da reciclagem dos metais. 
Os plástico, algo corriqueiro para nós diariamente não nos leva a saber o que realmente é e de 
onde vem, mas , conhece-lo melhor é de fundamental importância, afinal não existe elemento químico 
plástico , quanto menos a arvore que dá plásticos como fruta, como você verá aqui daremos ênfase, ao 
petróleo e a polimerização, para se formar o plástico, seus processos químicos, pularemos para a 
reciclagem, e com algumas informações pertinentes, sobre sua reciclagem. O papel como tópico final, 
será de grande valia pois a importância de sua reciclagem será grandemente explicita, os benefícios de 
sua reciclagem são enormes. Há uma interessante cronologia sobre o papel que vale a pena ser vista, 
é claro não deixaremos de conhecer a celulose quimicamente, pois ela é importante conhecermos do 
que realmente e feito o papel. 
Todo este conteúdo será mostrado por meio de historia, tabelas, números, reações, 
compostos, que ajudarão e muito a conhecer melhor esses componentes, espero ter feito um bom 
embasamento teórico, e boa leitura. 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
Justificativa 
 
A importância social e cultural desta pesquisa é com certeza trazer ao publico elementos 
históricos por de trás dos vidros, metais, plástico e o papel, frequentemente daremos significado ou 
origem dos nomes e palavras as quais denominam esses substantivos para melhor sua compreensão. 
Qualquer pessoa que iniciar a ler a pesquisa primeiramente verá processo histórico de cada item do 
trabalho, pois irá surgir uma curiosidade comum ao ser humano de conhecer melhor algo que têm 
alguma história por trás. Não basta definir o que é pelo simples fato de dizer que algo brilha, é duro, 
transparente, ou que serve pra ser usado e ser jogado fora, ela entenderá que existe muita química 
envolta da fabricação destes elementos, e com ideias básicas essa pessoa irá somar muitaquímica ao 
seu conhecimento, e mudará de concepção muito sobre a reciclagem, quem sabe mudará de ideia 
quanto a seu lixo doméstico, afinal são tantas coisas recicláveis que ela mesma descarta diariamente. 
No que diz a importância cientifica destaco os processos históricos retirados de artigos 
científicos, dos quais será de grande ajuda aqueles que buscam saber mais de como inicialmente, 
vidros, papel, plástico e metais foram sendo descobertos, usados e melhorados ao longo dos séculos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
3.1 Vidros 
 
 
Introdução: 
Os materiais vítreos têm uma característica extremamente interessante: seja qual for a nossa 
necessidade, quase sempre temos a possibilidade de vir a utilizá-los nos mais diferentes contextos. 
Basta, para isto, olharmos ao nosso redor para verificarmos quão grande é a sua onipresença. 
Certamente, e até por isso, muitas vezes os vidros passam completamente desapercebidos, uma vez 
que, naturalmente, fazem parte da paisagem. Muito desta situação vem do fato de que os vidros são 
materiais conhecidos há bastante tempo. Alguns estudiosos chegam mesmo a dizer que, 
provavelmente, estão entre os materiais mais antigos feitos pelo homem, sendo utilizados desde o 
início dos primeiros registros históricos. Assim, é praticamente impossível falarmos de tais materiais 
sem fazermos menção à própria História da Civilização. [2] 
3.1.1 A origem da palavra vidro é latina 
Latim, vitrum, “vidro”, originalmente o nome de uma erva da família da mostarda, de cujas 
folhas se extraíam um pigmento azul. O vidro antigo era contaminado por impurezas que o deixavam 
dum azul semelhante ao dos tecidos corados com esta planta. 
 
3.1.2 Uma descoberta um tanto curiosa, envolta de uma lenda. 
A descoberta do vidro pelo homem está relacionada a uma lenda. Mercadoresfenícios 
precisavam executar reparos no navio em que viajavam e aportaram na praia de uma ilha do Mar 
Mediterrâneo. Ao cair da noite, acenderam uma fogueira na areia da praia e para que protegessem o 
fogo do vento e apoiassem os potes para cozinhar os alimentos teriam usado blocos de natrão, fonte 
natural de carbonato de sódio, Na2CO2, uma das matérias-primas utilizadas na fabricação de vidros. Na 
manhã seguinte, com a fogueira quase apagada, os mercadores haviam observado pedaços 
irregulares brilhantes e levemente opacos sobre a areia, junto à fogueira. Esses teriam sido os 
primeiros pedaços de vidro obtidos acidentalmente pelo homem. O fato teria ocorrido por volta de 5000 
A.C.[3] 
Em princípio, a lenda parece ter algum fundamento: o calor do fogo teria favorecido a mistura 
do natrão com a areia da praia, rica em SiO2 e em óxido de cálcio das conchas. Os óxidos de cálcio e 
de sódio teriam se misturado aos grãos de areia e formado os pedaços de vidro enquanto a fogueira 
esfriava. Alguns argumentos reforçam que essa “descoberta” acidental é 
mesmo uma lenda. Uma delas é que ela foi registrada pelo historiador e naturalista latino Plínio, o 
Velho (23-79 a.C.), muito tempo depois dos mercadores fenícios terem acendido aquela fogueira e 
numa época em que peças de decoração de vidro já eram confeccionadas para ornar casas de nobres. 
É bastante provável que o vidro tenha realmente sido descoberto acidentalmente, mas é mais provável 
que essa descoberta esteja relacionada com a queima de peças cerâmicas, ou com a fusão das 
primeiras peças metálicas pouco antes da Idade do Bronze (5000-4000 a.C.) [3] 
 
 8 
 
3.1.3 Surgimento 
 
Os vidros nem sempre foram fabricados pelo homem. Os chamados vidros naturais podem ser 
formados quando alguns tipos de rochas são fundidas a elevadas temperaturas e, em seguida, 
solidificadas rapidamente. Tal situação pode, por exemplo, ocorrer nas erupções vulcânicas. Os vidros 
naturais assim formados, denominados obsidian e tektites, permitiram aos humanos na Idade da Pedra 
confeccionar ferramentas de corte para uso doméstico e para sua defesa. As características destes 
vidros naturais fizeram com que logo alcançassem alto valor ao longo da história, a ponto dos egípcios 
os considerarem como material precioso, sendo encontrados em adornos nas tumbas e engastados 
nas máscaras mortuárias de ouro dos antigos Faraós. Como ocorre com grande parte dos materiais 
ditos antigos, o descobrimento de sua fabricação é, geralmente, incerto. Plínio, o grande naturalista 
romano, nascido no ano 23 de nossa era, em sua enciclopédia Naturalis Historia atribui aos fenícios a 
obtenção dos vidros. Segundo o relato, ao desembarcarem nas costas da Síria há cerca de 7000 anos 
a.C., os fenícios improvisaram fogões usando blocos de salitre sobre a areia. Observaram que, 
passado algum tempo de fogo vivo, escorria uma substância líquida e brilhante que se solidificava 
rapidamente. Admite-se que os fenícios dedicaram muito tempo à reprodução daquele fenômeno, 
chegando à obtenção de materiais utilizáveis. Posteriormente, a arte vidreira teria sido difundida 
através do Egito e Mesopotâmia, sendo desenvolvida e consolidada em todos os continentes. [2] 
 
3.1.4 O vidro ao longo da história 
 
E o vidro segue seu caminho através da civilização. A ação do homem, agora, faz-se sentir O 
casamento entre cerâmica e vidro data já do Egito antigo, dado que, quando as cerâmicas eram 
queimadas, a presença acidental de areias ricas em cálcio e ferro, combinadas com carbonato de 
sódio, poderia ter sido o resultado das coberturas vitrificadas, observadas nas peças daquela época. 
São também do Egito antigo a arte de fazer vidros (isentos de cerâmica) e a adição de compostos de 
cobre e cobalto para originar as tonalidades azuladas. Um desenvolvimento fundamental na arte de 
fazer objetos de vidro deuse por volta do ano 200 a.C., quando artesãos sírios da região da Babilônia e 
Sidon desenvolveram a técnica de sopragem Através desta, um tubo de ferro de aproximadamente 100 
a 150 cm de comprimento, com uma abertura de 1 cm de diâmetro, permitia ao vidreiro introduzi-lo no 
forno contendo a massa de vidro fundida, e retirar uma certa quantidade que, soprada pela 
extremidade contrária, dava origem a uma peça oca. Data desta época, também, a utilização de 
moldes de madeira para a produção de peças de vidro padronizadas. Os primeiros vidros incolores, 
entretanto, só foram obtidos por volta de 100 D.C., em Alexandria, graças à introdução de óxido de 
manganês nas composições e de melhoramentos importantes nos fornos, como a produção de altas 
temperaturas e o controle da atmosfera de combustão, os quais tiveram marcadainfluência sobre a 
qualidade dos vidros e permitiram uma fusão mais eficiente dos materiais constituintes. Desde o 
princípio, os vidros fabricados tiveram um caráter utilitário, permitindo a construção de ânforas, vasos, 
utensílios para decoração etc. Entretanto, a idade do luxo do vidro foi o período do Império Romano. A 
qualidade eo refinamento da arte de trabalhar com vidro permitiam criar joias e imitações perfeitas 
 
 9 
de pedras preciosas Catedrais, igrejas, palácios, átrios e residências tinham janelas decoradas com 
vitrais, alguns historiadores consideram que a expansão e difusão dos vitrais tenha sido consequência 
direta das altas janelas utilizadas na arquitetura das catedrais góticas. [2] 
Ao nos confrontarmos com a história dos vidros, fica clara a importância dos povos que 
habitavam o Mediterrâneo e o Adriático. Neste particular, Veneza teve papel fundamental, sobretudo na 
Idade Média, por contar com um grande número devidreiros, fortemente influenciados pela arte 
islâmica. Na Renascença, mais especificamente no século XVII, houve um declínio da arte de fazer 
vidro atribuído, em parte, ao aparecimento das técnicas de corte. Muitos dos artesãos venezianos da 
época expatriaram-se para a Alemanha, radicando-se nas florestas da Bavária e da Bohemia. Tais 
artesãos passaram a produzir um vidro de cor esverdeada que, depois de polido, recebia o nome de 
vidro florestal ou vidro da floresta, do alemão Waldglas. A arte da fabricação de vidros foi resumida em 
1612 por Neri, em uma famosa publicação denominada L’ArteVetraria, traduzida para o latim e outras 
línguas vernaculares. Não obstante este livro conter informações úteis comenta Michael Cable, não 
passava de um “livro de receitas”, onde as bases do entendimento da ciência do vidro só poderiam 
surgir se acompanhadas de um melhor entendimento da química e da física. Desenvolvimentos da 
química eram necessários para permitir a análise tanto dos vidros quanto das matérias-primas, e ainda 
o entendimento das diferenças entre os elementos, tais como o sódio e potássio ou cálcio e magnésio. 
Desenvolvimentos da física, por outro lado, eram necessários para o entendimento do que era o calor, 
por alguns intuídos como uma forma de elemento químico. A esta altura, tanto o fundido resultante 
como a solidificação e a formação dos vidros não eram entendidos. [2] 
 
 
3.1.5 Tempos Modernos: da Renascença à atualidade 
 
 Os séculos XVIII, XIX e XX marcaram importantes desenvolvimentos tanto na fabricação quanto na 
aplicação dos vidros, os quais, por que não dizer, experimentaram a sua popularização enquanto 
material de produção intensiva. Por conseguinte, recorreremos à Tabela 3.1.T1, onde apresentamos 
aqueles que, ao nosso juízo, constituem-se nos pontos de destaque destes últimos 300 anos.[2] 
 
Tabela 3.1.A | Principais estudos e desenvolvimentos dos vidros nos últimos 300 anos.[2] 
 
Data Estudos e Desenvolvimentos 
1765 Início da produção do vidro cristal 
1787 Utilização de aparelhos de vidro para o 
estudo daspropriedades físicas dos 
gases: Lei de Boyle e Charles 
 
 10 
1800 Revolução industrial abre nova era na 
fabricação de vidros. Matérias-primas 
sintéticas são usadas pela primeira vez. 
Vidros com propriedades controladas 
são disponíveis 
 
1840 Siemens desenvolve o forno do tipo 
tanque, para a produção de vidro em 
grande escala; produção de recipientes 
e vidro plano 
1863 Processo “Solvay” reduz 
dramaticamente o preço da principal 
matéria-prima para fabricação de vidros: 
óxido de sódio 
 
1875 Vidros especiais são desenvolvidos na 
Alemanha por Abbe, Schott e Carl Zeiss. 
A Universidade de Jena, na Alemanha, 
torna-se o maior centro de ciência e 
engenharia do vidro. A química do vidro 
está em sua infância 
1876 Bauch&LombOpticalCompany é fundada 
em Rochester, Nova York. Tem início a 
fabricação de lentes e outros 
componentes ópticos 1881 Primeiros 
estudos sobre propriedade-composição 
de vidros para a construção de 
instrumentos ópticos, tais como o 
microscópio 
1886 Desenvolvida por Ashley a primeira 
máquina para soprar vidro 
1915 A Universidade de Sheffield, na 
Inglaterra, funda o Departamento. de 
Tecnologia do Vidro, hoje chamado 
Centro para a Pesquisa do Vidro 
1920 Griggith propõe a teoria que permite 
compreender a resistência dos bulbos de 
vidro, o que levou ao entendimento e 
aperfeiçoamento da resistência dos 
vidros 
1926 
 
Wood e Gray desenvolveram uma 
máquina que permitiu a fabricação de 
bulbos e invólucros de vidro em grande 
escala (1000 peças/minuto) 
1932 Zachariasen publica seu famoso trabalho 
sobre a hipótese da rede aleatória e as 
regras para a formação de vidros no 
Journalof American ChemicalSociety 
 
1950-1960 A companhia americana Ford Motor Co. 
funda o principal centro de pesquisa em 
 
 11 
vidro. A Ciência do Vidro torna-se sua 
maior área de pesquisa 
1960 Turnbull e Cohen propõem modelo para 
a formação de vidros, baseado no 
controle da cristalização através da taxa 
de resfriamento 
1970 A Corning Glass americana produz a 
primeira fibra óptica de sílica, usando 
técnicas de deposição de vapor químico 
para reduzir a atenuação e aumentar o 
sinal da transmissão 
1984 Marcel e Michel Poulain e Jacques 
Lucas descobrem os primeiros vidros 
fluoretos em Rennes, na França 
 
 
 
Atualmente as pesquisas estão concentradas nos vidros à base de óxidos utilizando processos 
tradicionais de fusão. Nos últimos 20 anos foram desenvolvidos novos processos de fabricação de 
vidros, como o processo sol-gel (totalmente químico em que não se usa a fusão) e os processos 
baseados na deposição quí- mica de vapor. No que diz respeito às outras famílias de vidros que não os 
óxidos, têm sido objeto de estudo os vidros haletos, calcogenetos e calcohaletos. [2] 
 
 
3.1.6 Forma de produção dos principais tipos de vidros 
 
O vidro temperado é produzido por meio de um forno de têmpera horizontal ou vertical. Depois 
de submetido a um processo de aquecimento e resfriamento rápido, o vidro float passa a ter uma 
resistência até cinco vezes maior, comparando-se a seu estado natural. Depois de temperado, o vidro 
não pode mais ser beneficiado, cortado ou furado. Portanto, qualquer processo de transformação tem 
de ser feito antes do processo de têmpera. O vidro temperado é resistente a choque térmico, flexão, 
flambagem, torção e peso. Quando é quebrado, fragmenta-se em pequenos pedaços, reduzindo 
também o risco de acidentes com cortes. [1] 
O vidro insulado é também conhecido como vidro duplo, pois é formado por meio da junção de 
duas camadas de vidro com uma camada interna de ar ou gás desidratado. O sistema de 
envidraçamento duplo pode ser composto de qualquer tipo de vidro (temperado, laminado, colorido, 
incolor, metalizado e baixo emissivo), destacando as qualidades entre eles. Ou seja, é possível 
combinar vidros de propriedades diferentes, como a resistência (externa) dos temperados com a 
proteção térmica (interna) dos laminados. Dependendo da formação do conjunto, o vidro duplo pode 
proporcionar isolamento térmico e acústico ou ainda versatilidade em termos de luminosidade e 
privacidade com a utilização de uma persiana entre os vidros. [1] 
 
 12 
 O vidro refletivo, popularmente conhecido como espelhado, é obtido pela aplicação de uma 
camada metalizada em uma das faces do vidro float, por meio dos processos pirolítico (on-line) ou de 
câmara a vácuo (off-line). Pelo sistema on-line, a camada metalizada é pulverizada com óxidos 
metálicos durante a fabricação do float. No processo off-line, a chapa de vidro passa por uma câmara 
mantida a vácuo, na qual recebe a deposição de átomos de metal sobre uma de suas faces. O vidro 
refletivo pode ser laminado, insulado ou temperado e é capaz de reduzir sensivelmente a passagem do 
calor solar para o ambiente interno, funcionando como uma barreira contra os raios ultravioletas, mas 
sem prejudicar a luminosidade do local.[1] 
O vidro baixo emissivo também é produzido por meio da aplicação de uma fina camada de 
óxido metálico em uma das faces do vidro float, utilizando-se o processo pirolítico ou a tecnologia a 
vácuo, assim como é feito no caso do vidro espelhado. Proporciona controle solar e conforto térmico, 
embora mantendo um aspecto transparente, com um leve tom esverdeado ou azulado. [1] 
Por fim, o vidro auto-limpante tem uma cobertura com partículas de dióxido de titânio que 
quebram as moléculas orgânicas e eliminam a poeira inorgânica. Por meio do processo fotocatalítico, 
os raios ultravioletas reagem com essa camada e desintegram as moléculas à base de carbono, 
eliminando a sujeira orgânica. Já a poeira inorgânica é eliminada quando entra em contato com a água 
da chuva ou com jatos d´água. Diferentemente do que ocorre em vidros comuns, no auto-limpante, por 
meio do processo hidrofílico, é formada uma fina camada de água que se espalha homogeneamente 
sobre sua superfície, carregando toda a sujeira.[1] 
 
3.1.7 Principais Fabricantes de vidro na atualidade 
 
A maioria das informações incluídas no Top Fabricantes de vidro vem diretamente dos próprios 
fabricantes. Nos casos em que uma empresa não forneceu informações, reunimos as estimativas de 
vendas e outros dados de membros da indústria, recursos de crédito do negócio e sites das respectivas 
empresas. Os números de vendas para essas empresas são mostrados como estimativas. Embora 
possa nosfornecer dados específicos de vendas quando ele estiver disponível, muitas empresas 
privadas não liberam números de vendas. Como resultado, os fabricantes estão listados em ordem 
alfabética dentro de seis categorias em vendas atingidas. Segue abaixo os maiores fabricantes de vidro 
na atualidade, também incluem fabricantes de vidro que possuem filiais independentes nos EUA, ou no 
Canadá, exeção a essa regra é a Tecnoglass, pois sua fabrica esta localizada em Barranquilla, 
Colômbia e sua significativa presença nos Estados Unidos ganhou presença na lista. A lista não inclui 
os fabricantes de vidro float que possuem capacidade de fabricação local.Entre os maiores fabricantes 
de vidro nos EUA e Canada, são várias as empresas que fabricam produtos de alumínio, produtos para 
arquitetura em loja on-line e aplicações de cortinas em paredes. 
 
 
 
 
 13 
3.1.7. I. Principais Empresas fabricantes de vidro e Receita* 
*(Valores em dólares) [4] 
 
 
De $250 milhões a $500 milhões 
Viracon 
De $150 milhõesa $200 milhões 
Tecnoglass SA 
De $100 milhões a $150 milhões 
Hartung Glass Industries 
De $50 milhões a $100 milhões 
Glasswerks LA Inc. 
Prelco 
De $35 milhões a $50 milhões 
Cristacurva Glass 
Northwestern Industries 
De $20 milhões a $35 milhões 
DlubakCorp. 
Gardner Glass ProductsGaribaldi Glass Industries Inc. 
General Glass International 
Glaz-Tech Industries Inc. 
Goldray Industries Ltd. 
JE Berkowitz, L.P. 
SAFTI FIRST FireRatedGlazingSolutions 
SIGCO, Inc. 
Solar Seal Co. 
Virginia Glass ProductsCorp. 
Vitrum Industries Ltd. 
Walker Glass Co. 
De $20 milhões e abaixo 
Coastal Glass Distributors 
Consolidated Glass Corp. 
Dependable Glass Works 
Echols Glass andMirror 
Flat Glass Distributors 
GlasPro Inc. 
Glass andMirrorCraft 
Glass Dynamics 
GlassfabTempering Services Inc. 
InkanLimited 
Insulite Glass Co. 
Liberty Glass Fabricators 
M3 Glass Technologies 
Nashville Tempered Glass 
 
 14 
Nathan Allan Glass Studios Inc. 
NortheastLaminated Glass Corp. 
Rochester Insulated Glass 
Standard Bent Glass 
Syracuse Glass Co. 
Thompson IG, LLC 
Tristar Glass Inc. 
United Plate Glass Co., Inc. 
W.A. Wilson and Sons Inc. 
Western States Glass 
Wholesale Glass Distributors 
 
 
3.1.8 Composição Química do vidro 
 
O vidro é fundamentalmente um composto formado por óxidos de sílica (74%) e de sódio (12%) 
muito embora outros elementos tais como o sódio, cálcio, magnésio, alumínio e potássio tomem parte 
da composição final. Segundo a definição proposta pela American Society for TestingandMaterials, o 
vidro é um produto inorgânico de fusão, que foi resfriado até atingir condição de rigidez, sem sofrer 
cristalização. [5] 
 
Tab3.1.B- Principais componentes do vidro simples e suas funções 
Componente Fórmula % Função 
Óxido de Sílica SiO2 74 Vitrificante 
Óxido de Sódio Na2O 12 Baixa o ponto de 
fusão da sílica 
Óxido de Cálcio CaO 9 Estabilidade 
Óxido de magnésio MgO 2 Resistência mecânica 
Óxido de alumínio Al2O3 2 Resistência 
Potássio K2 1 Estabilidade 
 
 
3.1.9 Propriedades físicas do vidro 
 
O vidro possui uma série de propriedades físicas que o tornam um produto muito apreciado 
pela civilização moderna. O vidro tem uma alta durabilidade, elevada transparência, ótima resistência à 
água, a solventes e ácidos (exceto para o ácido fluorídrico, HF e o ácido fosfórico, H3PO4). O vidro, em 
geral, pode ser facilmente reciclável muito embora isso não seja possível para alguns tipos de vidros, 
principalmente os vidros planos. Essas características, aliadas ao baixo preço se comparado ao 
alumínio, garantem a sua praticidade e versatilidade de usos. [5] 
Tab.3.1.C - Principais propriedades físico-químicas e atrativos do vidro 
 
 15 
Propriedades Físicas Atrativos 
Dilatação térmica muito baixa Transparente 
Alta durabilidade Inerte 
Baixa condutividade elétrica Prático e versátil 
Ótima resistência à água e a líquidos 
salgados bem como substâncias orgânicas, 
alcalis e ácidos, com exceção ao ácido 
fluorídrico e o fosfórico. 
Reutilizável / Retornável 
 Higiênico 
 Impermeável 
 Reciclável 
 
 
3.1.11 Formas de reutilização e reciclagem do vidro. 
 
3.1.11. I Conhecendo o material 
 
As embalagens de vidro são usadas para bebidas, produtos alimentícios, 
medicamentos, perfumes, cosméticos e 
outros artigos. Garrafas, potes e frascos superam a metade da produção de vidro do Brasil. 
Usando em sua formulação areia, calcário, barrilha e feldspato, o vidro é durável, inerte e tem 
alta taxa de reaproveitamento nas residências. A metade dos recipientes de vidro fabricados no 
País é retornável. Além disso, o material é de fácil reciclagem: pode voltar à produção de novas 
embalagens, substituindo totalmente o produto virgem sem perda de qualidade. A inclusão de 
caco de vidro no processo normal de fabricação de vidro reduz o gasto com energia e água. 
Para cada 10% de caco de vidro na mistura economiza-se 4% da energia necessária para a 
fusão nos fornos industriais e a redução de 9,5% no consumo de água. [5] 
 
3.1.11. II Reciclagem do vidro 
 
Além de ser 100% reciclável o vidro é muito bem aplicado para 
embalagens retornáveis. Neste caso a embalagem apenas sofre um 
processo de esterilização e pode ser utilizada novamente, como é feito 
com os cascos retornáveis de bebidas. O uso de embalagens retornáveis reduz a necessidade 
de fabricação de novas embalagens, e 
consequentemente resulta em economia na extração de matéria-prima, nos gastos da 
fabricação e na emissão de poluentes proveniente do processo industrial.No processo de 
reciclagem, o vidro comum funde auma temperatura entre 1000°C e 1200°C, enquanto que a 
temperatura de fusão da fabricação do vidro, a partir dos minérios, ocorre entre 500°C e 
1600°C. Isso reflete em economia de energia e água, maior durabilidade dos fornos e ainda 
 
 16 
reduz a extração, beneficiamento e transporte dos minérios, diminuindo ainda mais os gastos 
energéticos e de materiais. [5] 
 
3.1.11. III O mercado para reciclagem 
 
O Brasil produz em média 890 mil toneladas de embalagens de vidro por ano, usando 
cerca de 45% de matéria prima reciclada na forma de cacos. Parte deles foi gerado como 
refugo nas fábricas e parte retornou por meio da coleta. Os Estados Unidos produziram 10,3 
milhões de toneladas em 2000 sendo o segundo material em massa mais reciclado, perdendo 
apenas para os jornais. O principal mercado para recipientes de vidros usados é formado pelas 
vidrarias, que compram o material de sucateiros na forma de cacos ou recebem diretamente de 
suas campanhas de reciclagem. Além de voltar à produção de embalagens, a sucata pode ser 
aplicada na composição de asfalto e pavimentação de estradas, construção de sistemas de 
drenagem contra enchentes, produção de espuma e fibra de vidro, bijuterias e tintas 
reflexivas.[5] 
 
3.1.11. IV. Quanto é reciclado? 
46% das embalagens de vidro são recicladas no Brasil, somando 390 mil ton./ano. 
Desse total, 40% é oriundo da indústria de envaze, 40% do mercado difuso, 10% do "canal frio" 
(bares, restaurantes, hotéis etc.) e 10 % do refugo da indústria. Nos EUA, o índice de 
reciclagem gira em torno de 40%, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas. Na Alemanha, o 
índice de reciclagem em 2001 foi de 87%, correspondendo a 2,6 milhões de toneladas. Índices 
de reciclagem em outros países: Suíça (92%), Noruega (88%), Finlândia (91%), Bélgica (88%). 
[5] 
 
3.1.11.V Impactos ambientais 
Um ponto que atualmente vem merecendo grande destaque está ligado à questão 
ambiental. Os vidros também vêm fazendo parte das preocupações com o ambiente, dado o 
fato da indústria vidreira ser intensiva, o que faz com que produza emissão de partículas 
sólidas e gases, além de subprodutos descartados na forma de lixo industrial. Além dos 
resíduos provenientes da indústria vidreira, as embalagens de vidro utilizadas no cotidiano são 
descartadas juntamente com o lixo doméstico. Para se ter uma ideia da ordem de grandeza do 
problema gerado, os vidros constituem cerca de 2% do total de lixo doméstico da cidade de 
São Paulo, o que equivale a um descarte de aproximadamente 7.000 toneladas/ mês de vidro. 
Hoje, o vidro empregado nas embalagens já pode ser classificado e inteiramente reciclado. 
Outros tipos de vidro, tais como tubos de lâmpadas fosforescentes, tubos de televisão, tampos 
de fornos e fogões etc., têm merecido grande atenção da pesquisa em vários países, visando 
ao desenvolvimento de métodos adequados de reciclagem. [2] 
 
 17 
3.2 Metais 
 
 3.2.1 Cobre 
3.2.2 Alumínio 
3.2.3 Ferro 
3.2.4 Aço 
3.2.5 Ligas Metálicas 
3.2.6 Latão 
 
Introdução 
Desde que surgiu na Terra, a movimentação do Homem e os aglomerados humanos tinham como 
origem suas necessidades e disponibilidades dos locais em atendê-las. A necessidade essencial, 
comum a todos os selvagens, era a alimentação, e ela provinha basicamente da proteína animal, ou 
seja, o Homem primitivo(homídeos) era um caçador. Como caça não se faz apenas com as mãos, os 
homídeos tiveram que construir instrumentos para conseguir caçar e ter seus alimentos. Embora de 
perfil majoritariamente nômades, ao descobrirem um território fértil tanto em caça como em matérias-
primas para a produção de artefatos domésticos e de caça, os homídeos tinham que demarcar e 
defender o território correspondente contra os avanços de tribos semelhantes. A partir daí surge a 
necessidade de desenvolvimento de artefatos bélicos, os quais representariam a força de uma tribo à 
medida em que fossem mais contundentes e fabricados de maneira mais fácil e em maior quantidade. 
Manutenção de vastos territórios e o crescimento populacional estavam diretamente relacionados com 
as disponibilidades (alimento e matérias-primas) da área sob domínio e da capacidade do grupo 
dominante em explorá-la e defendê-la a contento. Quando uma dessas premissas não era atingida, as 
tribos, por seu próprio comportamento nômade, partiam em buscas de outras paragens. A busca 
incessante por alimentação e/ou matérias primas e/ou a dispersão causada pelas lutas territoriais 
fizeram com que os homídeos se deslocassem por áreas muitas vezes inóspitas ou o próprio ambiente 
assim se mostrava quando das glaciações, e os primitivos tiveram que cobrir seus corpos cada vez 
mais desprovidos de pelos. Os animais agora não serviam apenas como fonte de alimentos, mas de 
vestimentas (feitas com suas peles) e de instrumentos mais elaborados (feitos com seus ossos e 
chifres). Mesmo naquela época, a caça não era tão farta assim, de forma que os homídeos tiveram que 
domesticar e criar esses animais. Tornaram-se, então, cada vez menos nômades e assumiram uma 
postura sedentária, para os padrões de então, ao desenvolverem a agricultura e a criação de animais. 
[6] 
Essa nova postura não só criou a necessidade de desenvolvimento de um outro tipo de 
ferramentas como também o estabelecimento de outro tipo de moradia: os homídeos abandonaram as 
cavernas e passaram a construir suas primeiras habitações. Ainda durante seus deslocamentos e 
 
 18 
tendo em vista as novas necessidades, os homídeos travaram contato com rochas mais duras e cujas 
lascas produziam artefatos mais resistentes e contundentes. Algumas delas, por ocasião das fogueiras 
para aquecimento corporal ou transformação de alimentos apresentaram comportamento até então 
desconhecido: o amolecimento (a fusão) e posterior endurecimento (solidificação); outras, por outro 
lado, menos consistentes originavam pós que assumiam consistência quando molhados, assim como 
determinados depósitos de solo de regiões alagadas ou que antes faziam parte de pequenos lagos que 
secaram. Desse ponto em diante, os homídeos, alguns já pertencentes à mesma espécie do Homem 
moderno, tomaram conhecimento de novas e mais versáteis matérias-primas. Para cada nova 
mudança de comportamento correspondiam o domínio e o uso de uma nova matéria prima e aqueles 
mais eficientes nesse aspecto preponderavam sobre os outros, principalmente, porque, desde sempre, 
as matérias-primas novas se destinavam em primeiro lugar para fins bélicos e só depois assumiam um 
aspecto doméstico ou caseiro. [6] 
 Assim como hoje, preponderava quem detinha o conhecimento e reservas do que se 
configurava como estratégico, e, assim como os alimentos, os materiais sempre acompanharam o 
Homem ao longo de sua história evolutiva: quanto mais avançada a civilização, mais estratégicos os 
materiais à sua disposição e mais elaborados e eficientes os artefatos e equipamentos produzidos.[6] 
 
3.2.1Cobre 
 
 
3.2.1. I. História do cobre e suas origens 
O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem. Acredita-se que por volta de 13.000 a.C. foi 
encontrado na superfície da Terra em forma de "cobre nativo", o metal puro em seu estado metálico. 
Usado inicialmente como substituto da pedra como ferramenta de trabalho, armas e objeto de 
decoração, o cobre tornou-se, pela sua resistência, uma descoberta fundamental na história da 
evolução humana.[7] 
Inicialmente os povos antigos utilizaram o cobre encontrado no estado nativo, que era 
trabalhado a frio ou a quente e facilmente moldado à forma desejada. Posteriormente, com a escassez 
de cobre nesse estado, ele foi extraído da calcopirita. Para a extração do metal a partir do minério, foi 
necessário um progresso, pois o cobre funde-se a 1358 K e um fogo ao ar livre não atinge essa 
temperatura. A fundição do cobre foi possível com a invenção das fornalhas a tiragem forçada. Dessa 
forma, o cobre era extraído do minério na forma líquida, podendo ser facilmente modelado em 
diferentes moldes e misturado a outros metais, formando ligas. A metalurgia do cobre é muito antiga, e 
acredita-se que tenha sido iniciada por volta de 3500 a.C no Egito.[8] 
Os historiadores concordam que as primeiras descobertas importantes do cobre deram-se na 
área compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, ao Norte do Golfo Pérsico. Nesta área, considerada 
como o lugar da primeira civilização do mundo, foram encontrados objetos de cobre de mais de 6.500 
anos. [7] 
 
 19 
Através dos séculos, o cobre foi identificado pelo símbolo, que é uma forma modificada do 
antigo hieróglifo usado pelos antigos egípcios para representar a vida eterna. O fato de se ter 
encontrado objetos de cobre tão antigos em diversos lugares do mundo é prova das propriedades 
únicas do metal: durabilidade, resistência à corrosão, maleabilidade, ductilidade e fácil manejo. Apesar 
de sua antiguidade, o Cobre manteve aliado aos metais mais novos, um papel predominante na 
evolução da humanidade, sendo utilizado em todas as fases das revoluções tecnológicas pelas quais o 
ser humano já passou. As minas de cobre mais importantes do mundo estão localizadas no Chile, 
Estados Unidos, Canadá, Rússia e Zâmbia.[7] 
 Em 1874, foi descoberta a mina Caraíba, no sertão da Bahia. Somente após 70 anos é que 
foram iniciados os trabalhos de prospecção. Em 1969, 25 anos mais tarde, o empresariado brasileiro, 
sob a liderança do Grupo Pignatari, estabeleceu uma planta de metalurgia em Dias D'Ávila, Bahia, para 
a produção de cobre eletrolítico. No início da década de 80, a Caraíba começou a produzir cobre 
eletrolítico e, no final da década, em 1988, ocorreu o desmembramento entre a mina e a planta de 
metalurgia, com a privatização desta última, que adotou o nome de Caraíba Metais.[7] 
 
3.2.1. II.O que a ilha de Chipre tem haver com CU? 
Os Romanos designaram o cobre com o nome de "AesCyprium", o Metal de Cyprus, já que a 
Ilha de Cyprus( Chipre ) foi uma das primeiras fontes do metal. Com o tempo, o nome se transformou 
em Cyprium e depois em Cuprum, originando o símbolo químico "Cu".[7] 
 
3.2.1. III. Antigos pensavam na transmutação de ferro em cobre sendo 
verdadeira. 
Em algumas minas da Espanha medieval, então ocupada pelos árabes, obtinha-se cobre 
metálico fazendo-se passar a solução que brotava dos veios (contendo sais solúveis de cobre) sobre 
lâminas de ferro metálico. O procedimento era viável diante da profusão de ferro encontrada nas terras 
espanholas. Processo análogo foi mais tarde utilizado em outros lugares, como Herrengaudt e Neosel, 
na Hungria, e Rammelsberg, território germânico - conforme registros do século XVI.[9] 
Havia controvérsia, entretanto, acerca da natureza dessa transformação. Seria uma 
transmutação de ferro em cobre? As opiniões a esse respeito estavam divididas no século XVII. Um 
dos mais destacados representantes da corrente dos “filósofos químicos” que se seguiu a Paracelso 
(1493-1541) foi J.B. Van Helmont HISTÓRIA DA Van Helmont manifestou, em uma de suas primeiras 
obras (De spadanisfontibus, 1624), que não acreditava que o fenômeno descrito setratasse de uma 
transmutação[9]. Sua argumentação é transcrita a seguir (Van Helmont, 1648): 
Acredita-se que o suco ácido do vitríolo1 transforma ferro em cobre. De fato, 
poucos metalurgistas reconhecem que isso é uma ilusão, pois os sucedâneos átomos 
de cobre preenchem o lugar do ferro que foi consumido. Tampouco consideram que - 
assim como o cobre torna visível e corpórea a prata dissolvida em água-forte, a qual 
de outra forma é invisível - assim também é propriedade do ferro manifestar o cobre 
 
 20 
dissolvido no vitríolo, puxando-o para junto de si; e pelo mesmo ato, o próprio ferro é 
dissolvido, e desaparece na fonte [de águas vitrioladas]. As próprias fontes são 
minhas testemunhas; pois na verdade as águas vitrioladas tornam-se muito mais 
pobres em cobre depois que receberam o ferro, devido ao cobre recuperado delas. [9] 
Também o alquimista Michael Sendivogius (1566-1636), em obra bastante influente publicada 
em 1604 (De lapide philosophorum), defendia a possibilidade de transmutação dos metais. Sendivogius 
descreveu que determinadas transmutações seriam mais facilmente factíveis, devido a um complexo 
esquema de analogias entre os metais e a posição dos planetas no cosmo. [9]. Dentre essas 
transmutações, Sendivogius incluiu a transformação de ferro em cobre (Sendivogius, 1674): 
A experiência nos ensina muitas coisas, por exemplo: que de Vênus, ou cobre, 
não se faz Marte, ou ferro; mas de Marte se faz Vênus... Os químicos sabem como 
transformar o ferro em cobre... 
 
3.2.1. IV. O ciclo industrial do cobre, formas de produção e composição do 
minério. 
 
As minas de cobre são classificadas de acordo com o sistema de exploração: Minas à Céu 
Aberto são aquelas cujo mineral se encontra próximo da superfície e Minas Subterrâneas, aquelas em 
que o mineral se encontra em profundidade, necessitando de explosivos para sua extração. [7] 
Da mina sai o minério contendo de 1% a 2% de cobre. Depois de extraído, britado e moído, o 
minério passa por células de flotação que separam a sua parte rica em cobre do material inerte e 
converte-se num concentrado, cujo teor médio de cobre é de 30%. Este concentrado é fundido em um 
forno onde ocorre a oxidação do ferro e do enxofre, chegando-se a um produto intermediário chamado 
matte, com 60% de cobre. O matte líquido passa por um conversor e, através de um processo de 
oxidação ( insufla oxigênio para a purificação do metal ), é transformado em cobre blister, com 98,5% 
de cobre, que contém ainda impurezas como resíduos de enxofre, ferro e metais preciosos. O cobre 
blister, ainda no estado líquido, passa por processo de refino e, ao seu final, é moldado, chegando ao 
ânodo com 99,5% de cobre.[7] 
 Após resfriados, os ânodos são colocados em células de eletrólise. São então intercalados por 
finas chapas de cobre eletrolítico, denominadas chapas de partida. Aplicando-se uma corrente elétrica, 
o cobre se separa do ânodo e viaja através do eletrólito até depositar-se nas placas iniciadoras, 
constituindo-se o catodo de cobre, com pureza superior a 99,99%. Este cátodo é moldado em suas 
diferentes formas comerciais para, posteriormente, ser processado e transformado em fios, barras e 
perfis, chapas, tiras, tubos e outras aplicações da indústria.[7] 
Normalmente, o produto final originário dos produtores de cobre (mineiros), são os catodos 
refinados e os vergalhões de cobre, cuja produção é vendida quase que 2 inteiramente para a indústria 
de transformação do cobre. Já esta indústria, processa o catodo ou o vergalhão e, através de 
processos de laminação, extrusão, forjagem, fundição e metalurgia do pó, obtém uma larga variedade 
de produtos tais como fios e cabos elétricos, chapas, tiras, tubos e barras que são usados 
 
 21 
principalmente na indústria da construção civil, eletroeletrônica, automobilística e outras. Os minerais 
de cobre podem dividir-se em três grupos distintos.[7] 
Os minerais primários, que estão depositados a grande profundidade e têm origem ígnea, de 
que são exemplo a bornite (Cu5FeS4) ,calcopirite (CuFeS2), enargite (Cu3As5S4) e outros. O segundo 
grupo é composto por minerais de cobre oxidado resultantes da erosão de sulfuretos de cobre. Neste 
grupo destacam-se os minerais cuprite (Cu2O), malaquite (CuCO3∙Cu(OH)2), azurite (2CuCO3∙Cu(OH)2) 
e crisocola (CuSiO3∙2H2O). O terceiro grupo é constituído por minerais resultantes da erosão de 
sulfuretos de cobre, tais como a calcocite (Cu2S) e a covelite (CuS).[7] 
Os minerais com maior interesse comercial são a calcocite (Cu2S), que possui 79,8 % de 
cobre, e a calcopirite (CuFeS2) com 34,5 %. Minerais como enargite ou outros sulfuretos podem 
viabilizar a exploração que usualmente se faz em mina aberta. A minagem em profundidade é menos 
comum, na extracção de cobre, devido aos seus elevados encargos. [7] 
 
 
 
3.2.1. V. Principais Produtores de cobre no mundo. 
*Valores em Toneladas produzidas no ano de 2010 
1. Codelco (Chile)- 1,757t 
Controlando cerca de 20% da reserva mundial de cobre Codelco ou Corporación Nacional del 
Cobre de Chile é uma empresa autônoma de que pertence ao governo do Chile.Em 2010, Codelco 
produziu aproximadamente 1,76 milhões de toneladas cúbicas de cobre refinado , cerca de 11% da 
produção mundial e seus ativos valem cerca de U$ 20 bilhões.[11] 
3. BHP Billiton Ltd. (Australia) - 1,135t 
BHP Billitonproduziu mais de 1,1 milhões de toneladas de cobre refinado em 2010, mas e tem 
uma renda diversificada de ativos de mineração, e é um dos maiores produtores mundiais de alumínio, 
cobre, manganês, minério de ferro, urânio, níquel, prata e minerais de titânio. Ativos de cobre da 
empresa incluem uma participação de 57,5% na ‘’Minera Escondida’’ maior mina produtora de cobre do 
mundo, localizada no Chile Deserto do Atacama.[11] 
4. XstrataPlc (Suiça)- 907t 
Xtrata é um dos cinco maiores produtores de cobre, carvão térmico, carvão de coque, ferro-
cromo, zinco e níquel e tem operações em 19 países. A produção de cobre da empresa em 2010 foi de 
mais de 900 mil toneladas e tem instalações de cobre localizados na Austrália, Chile, Peru, Argentina e 
Canadá. [11] 
5. Rio Tinto Group (UK/Australia) - 701 t 
 
 22 
Em 2010, a Rio Tinto produziu aproximadamente 700 mil toneladas métricas de cobre. É 
principais ativos de cobre incluem Kennecott Utah Copper, que teme existência a mais de 100 anos, e 
opera a mina BinghamCanyon, perto de Salt Lake City; com uma participação de 40% da produção da 
mina de Grasberg é na Indonésia, que é uma das maiores minas de cobre e ouro do mundo em termos 
de reservas de minério e produção; e uma participação de 30% na mina de cobre ‘’Minera Escondida’’ 
no Chile do Deserto do Atacama.[11] 
6. Anglo American Plc (Reino Unido) – 645t 
Em 2010, a venda da Anglo American de produtos de cobre foi responsável por mais de US $ 
4,8 bilhões em receita.Os Interesses de cobre da empresa estão concentradas no Chile e consistem na 
subsidiária integral Los Bronces, El Soldado, Mantos Blancos e minas Mantoverde, a fundição Chagres 
e com uma participação de 44% na mina de Collahuasi. Os primeiros embarques de produtos de cobre 
de Los Bronces do projeto de desenvolvimento, começou em 2011 e espera-se aumentar a produção 
total de cobre da empresa para mais de 900 mil toneladas métricas por ano.[11] 
7. Grupo Mexico (Mexico) - 598 
O Grupo México é a maior empresa de mineração do México, operando 13 minas nos EUA, 
México e Peru, e com mais de US $ 8 bilhões em receita bruta em 2010.Os ativos de cobre mais 
importantes da empresa incluem o complexo mina de Cananea, no México, bem como as minas 
Toquepala e Cuajone no Peru, que são operados pela Southern Copper Corporation (75,1% detida pelo 
Grupo México).[11]8. GlencoreInternational AG (Suiça) - 542 
GlencoreInternational AG é uma empresa de produção e comercialização de commodities 
global com mais de 54.800 funcionários em 30 países e receita bruta de mais de US $ 144 bilhões em 
2010.Os ativos de cobre da Glencore incluem uma participação de 75,15% no Katanga Mining Limited, 
na República Democrática do Congo, um 73,1% de participação na mina de Mopani na Zâmbia, 100% 
de propriedade da mina de Cobar na Austrália e 78% de propriedade da Philippine Associated 
SmeltingandRefining Corporation (PASAR).[11] 
9. Southern CopperCorp. (USA) - 487 
Southern Copper Corporation é uma produtora de cobre com base americana com grandes 
operações no México e no Peru.O Grupo México detém atualmente 75,1% da empresa, que produziu 
produziu 487.000 toneladas métricas de cobre em 2010. Os ativos principais incluem as minas Cuajone 
e Toquepala no Peru e na mina Cananea, no México.[11] 
10. KGHM PolskaMiedz SA (Polonia) - 426 
KGHM PolskaMiedz é uma das maiores empresas da Polônia com mais de 28.000 funcionários 
e receita bruta acima de US $ 3 bilhões. KGHM opera três minas, Lubin, Rudna e Polkowice-
Sierszowice, que produziu 426 mil toneladas métricas de cobre em 2010, juntamente com quantidades 
significativas de prata.[11] 
 
 23 
 
 
3.2.1.VI. Reciclagem e reutilização do cobre 
 
Durante milhares de anos, o cobre e suas ligas foram reciclados. Isto tem sido uma 
prática econômica normal. Dizia-se que uma as maravilhas do mundo, o Colosso de Rhodes, 
uma estátua que se estendia ao longo da entrada do porto de Rhodes, era feita de cobre. Não 
restou nenhum vestígio do monumento, uma vez que ele foi reciclado para a confecção de 
outros objetos. [7] 
Na Idade Média, após o término da guerra era comum a fusão de canhões de bronze 
para a manufatura de objetos mais úteis, e, em tempos de combate, até os sinos das igrejas 
eram utilizados na manufatura de canhões .Toda a indústria do cobre e de suas ligas depende 
da reciclagem econômica de sucata e refugos. Existe uma linha extensa de produtos à base de 
cobre que se destina a uma grande variedade de aplicações. [7] 
O uso comercial habitual para o cobre puro se refere aaplicações mais delicadas, tais 
como a produção de fios destinados aaplicações elétricas. É essencial que a pureza seja 
mantida para garantir a alta condutividade, capacidade de recozimento consistente e que não 
haja quebras durante a produção do vergalhão e subseqüente manufatura do fio. As 
superfícies não podem ter falhas, conseqüentemente, o fio de cobre deve ter uma qualidade de 
superfície excelente. Cobre primário da melhor qualidade é utilizado na produção do vergalhão 
para essa finalidade. [7] 
A sucata obtida em processos de reciclagem nãocontaminados e outros tipos de 
sucata que foram recuperadas eletroliticamente também podem ser utilizadas. Além do uso na 
eletricidade, o cobre também é utilizado para fabricar uma grande quantidade de tubos, chapas 
para cobertura de telhado, trocadores de calor etc. Nesses casos, não é necessário um alto 
grau de condutibilidade elétrica e os outros requisitos de qualidade não são tão onerosos. O 
cobre secundário pode ser utilizado na produção desses materiais, embora dentro de um limite 
estipulado para impurezas. [7] 
Cobre de boa qualidade e com alta condutibilidade pode ser reciclado pela simples 
fusão e inspeção antes da fundição,seja para o formato final ou para fabricação posterior. 
Entretanto, esse processo só é válido para sucatas obtidas em ambientes de manuseio 
exclusivo de cobre. Quando o cobre se contaminar e for necessário o seu novo refino, 
normalmente será necessário derretê-lo e fundí-lo no formato de anodo para que seja 
purificado eletroliticamente. Se, no entanto, o nível de impurezas no anodo for significativo, é 
pouco provável que o catodo produzido vá atender aos altos padrões exigidos para o cobre 'A', 
utilizado na fabricação de fios e cabos elétricos. [7] 
 
 
 24 
3.2.1. VII. Reutilização do cobre e o problema ambiental das sucatas 
que contêm cobrem. 
Para o processo de recuperação de cobre a partir de resíduos eletroeletrônicos pode-
se utilizar das mesmas técnicas de extração de cobre a partir do minério (pirometalúrgico e 
hidrometalúrgico). Porém para se definir uma rota de recuperação é importante conhecer o 
fluxo de material que originou a sucata (resíduos eletro-eletrônicos). As sucatas contendo 
cobre podem ser divididas nas categorias: gerada na fonte, nova e velha. A sucata gerada na 
fonte é aquela gerada na própria produção primária, englobam anodos, catodos, barras e vigas 
que estão fora de especificação [10]. Normalmente os produtos fora de especificação retornam 
ao conversor e novamente passam por refino eletrolítico, ou no caso de barras e vigas são 
refundidos e refeitos . A sucata nova é aquela gerada na manufatura do produto. A principal 
diferença deste para a sucata gerada na fonte é que ela é gerada na preparação de uma liga, 
ou por aplicações de revestimentos. 
O caminho da reciclagem depende muito da composição química e o quanto se 
misturou com outros materiais [10]. O volume de metais contidos em produtos obsoletos e que 
teoricamente torna-se disponível para reciclagem pode ser conhecido como sucata velha, que 
pode ser dividida em cinco categorias: 
• Produtos elétricos e eletrônicos; 
 • Setor de construção civil; 
 • Equipamentos e maquinário industrial; 
• Equipamentos de transporte; 
• Produtos de consumo geral; 
Estima-se que no ano de 2004, os cinco setores geraram aproximadamente 1,92 
milhões de toneladas de cobre nos Estados Unidos. Os equipamentos elétricos e eletrônicos 
correspondem à geração de aproximadamente 532.000 toneladas de cobre, sendo menor 
somente que o do setor de construção civil que produziu 563.000 toneladas (62). Em 2004, 
foram recuperadas cerca de 772.000 toneladas de cobre nos Estado Unidos, o que 
corresponde a aproximadamente 40% do total de cobre das sucatas velhas [10]. As principais 
dificuldades em reciclar as sucatas velhas são: 
 O cobre presente nas sucatas sempre está misturado com outros materiais; 
 Imprevisibilidade (a entrega de materiais e objetos depende da origem, data de 
fabricação dos produtos obsoletos e tecnologia dos aparelhos, o que pode dificultar o 
processo de recuperação). 
Cerca de 2/3 dos componentes eletrônicos utilizam cobre como metal base. Se não forem 
considerados os metais preciosos, o cobre se torna o metal com maior interesse econômico para 
recuperação, pois sua quantidade encontrada nos resíduos é maior que dos minérios e também devido 
ao seu valor econômico. 14 Antigamente as minas de cobre economicamente interessantes para 
exploração tinham cerca de 4% de cobre, atualmente tem somente 1%, isto é a cada tonelada de 
 
 25 
minério somente 10 kg são de cobre. Nas placas de circuito impresso de aparelhos de telefonia celular 
o metal em maior concentração é o cobre, que pode chegar em torno de 33% em massa, isto é, em 1 
tonelada de resíduos de PCI de celular tem-se cerca de 330kg de cobre . [10] 
A maioria dos produtos eletroeletrônicos possui placas de circuito impresso em seu interior que 
podem chegar a representar até 30% em massa do peso do produto. Por esta razão cada vez mais 
estudos visando a recuperação de metais das placas de circuito impresso estão sendo pesquisados . 
As pesquisas relacionadas à recuperação de materiais de produtos eletroeletrônicos envolvem em 
geral a recuperação destes materiais através de processamento mecânico, pirometalúrgico e 
hidrometalúrgico.[10] 
 
 
3.2.2 Alumínio 
 
3.2.2. I. Por que se chama alumínio? , suas origens e fatos 
históricos. 
 
Alumínio, da palavra latinaalumen, nome dado a um dos seus sais, o sulfato de 
alumínio, que já era conhecido desde a Antiguidade (este sal era empregado como fixador de 
corantes em tecidos). Há mais de 7.000 anos atrás, o povo que ocupava a região hoje 
conhecida como Iraque produzia cerâmicas de qualidade contendo um alto teor de alumínio. 
Há 4.000 anos, os egípcios e babilônios usavam compostos de alumínio como ingrediente no 
preparo de vários produtos químicos e medicinais. [12] 
Em 1807, HumphryDavy, pesquisador inglês, tentou isolar este metal a partir de um 
dos seus compostos que hoje conhecemos como alumina, o óxido de alumínio, Al2O3 . Ele 
ficou convencido que este composto tinha uma “base metálica”. Curiosamente, mesmo não 
tendo sido capaz de isolar o alumínio metálico, ele o chamou de alumium, que pouco mais 
tarde tornou-se aluminum. Assim era chamado o alumínio entre os ingleses. No entanto, em 
outras línguas usava-se o termo aluminium. Foi somente em 1825 que o alumínio metálico 
pôde ser preparado em laboratório. Ørsted, estudando a ação da corrente elétrica, tentou isolar 
o alumínio a partir da alumina, o óxido de alumínio. Com este, ele preparou o cloreto de 
alumínio, AlCl3 . Este cloreto foi tratado com uma amálgama de potássio (liga de potássio com 
mercúrio). Desta forma ele obteve uma amálgama de alumínio. Por aquecimento, esta liga foi 
decomposta nos seus constituintes: mercúrio e alumínio. Assim, o mercúrio foi evaporado e o 
alumínio metálico foi obtido como resíduo desta destilação. O metal obtido parecia-se com o 
zinco. [12] 
 
 26 
Hans Christian Ørsted nasceu no sul da Dinamarca, na ilha de Langeland, em 1777, 
duzentos anos antes da fundação da Sociedade Brasileira de Química, SBQ. Aos 12 anos ele 
já trabalhava na farmácia do seu pai como assistente deste. Os trabalhos de Ørsted sobre o 
alumínio tiveram pouca repercussão no mundo científico da época… talvez porque eles foram 
publicados em uma obscura revista científica da Dinamarca. No entanto, as suas descobertas 
sobre o eletromagnetismo trouxeram-lhe os prêmios, as honras e a fama merecida. Mas foi 
somente em 1827 que o alumínio foi repreparado por Friedrich Whöler (1800-1882) em uma 
forma suficientemente pura que permitiu a sua descrição de forma adequada. Curiosamente, 
ele baseou-se no método de Ørsted, e preparou o alumínio fazendo reagir cloreto de alumínio, 
AlCl3 , com potássio metálico. [12] 
 
3.2.2. II. Uma história interessante nos carros 
Em 1992, a Jaguar, fábrica inglesa, produziu uma edição limitada de um Jaguar 
esportivo feito quase todo de alumínio, incluindo o chassi e o motor. Já a Honda, japonesa, 
fabricou normalmente o Honda Acura NSX contendo cerca de 500 kg de Al (enquanto um carro 
do gênero contém cerca de 70 kg de Al). Vários outros fabricantes têm seguido esta filosofia de 
substituição do aço por alumínio: a General Motors com seu Saturno e a Land Rover com sua 
carroçaria totalmente de alumínio desde 1948 (devido à escassez de aço logo após a II Guerra 
Mundial). [12] 
 
3.2.2. III.Características, propriedades físicas e químicas. 
 
O alumínio é um metal bastante reativo, mas apesar disso não só ele como suas ligas 
são bastante resistentes à corrosão. Por ser bastante reativo, o alumínio reage rapidamente 
com o oxigênio do ar formando o óxido de alumínio, Al2O3, que é muito pouco reativo [12] . 
Assim, forma-se sobre o alumínio uma película protetora deste óxido que o protege. Além de 
ser muito usado na construção civil, o alumínio tem largo emprego em panelas e outros 
utensílios domésticos e eletrodomésticos. A densidade do alumínio é cerca de 1/3 da do aço. 
Por esta razão, já há muitos anos que a indústria automobilística vem tentando aumentar, cada 
vez mais, o uso deste metal na fabricação de veículos, em substituição ao aço. .[12] 
As características do alumínio permitem que ele tenha uma diversa gama de 
aplicações. Por isso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material leve, durável e 
bonito, o alumínio mostra uma excelente performance e propriedades superiores na maioria 
das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham também competitividade, em função 
dos inúmeros atributos que este metal incorpora, como pode ser conferido a seguir [15] : 
o Leveza Condutibilidade elétrica e térmica 
o Impermeabilidade e opacidade Alta 
o relação resistência/ peso 
 
 27 
o Beleza Durabilidade Moldabilidade e soldabilidade 
o Resistência à corrosão 
o Resistência e dureza 
o Possibilidade de muitos acabamentos 
o Reciclabilidade 
 
 
Propriedades Físicas 
Peso específico (g/cm³) 268 
Módulo de Elasticidade Mpa 72000 
Módulo de Rigidez Mpa 27500 
Temperatura de Fusão (°C) 595 - 650 
Calor Específico (0-100°C), (cal./g°C) 0,23 
Coeficiente de Expansão Linear 
(L/°C) 
2x10-6 
Condutibilidade Térmica (25°C) 
(Cal./cm°C) 
0,33 
Condutibilidade Elétrica (IACS)% 34 
*retirado de http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/13-aluminio.pdf 
 
 
Propriedades Mecânicas 
Limite de escoamento 65 Mpa 
Limite de resistência a tração 170 Mpa 
Alongamento 17% 
Dureza 40-50 HB 
*Retirado de: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/13-aluminio.pdf 
 
3.2.2. III. Processo de obtenção do alumínio, aspectos químicos e 
físicos. 
 Da bauxita é retirada a alumina que, por meio do processo de redução, é transformada em 
alumínio. A produção é constituída por uma série de reações químicas. Até mesmo a bauxita é formada 
por um processo químico natural, proveniente da infiltração de água em rochas alcalinas em 
decomposição. Este minério pode ser encontrado próximo à superfície com uma espessura média de 
4,5 metros. Sua extração é geralmente realizada a céu aberto com o auxílio de retroescavadeiras. 
Antes de iniciar a mineração da bauxita, é necessário ter o cuidado de remover a terra fértil sobre as 
jazidas juntamente com a vegetação e reservá-la para o futuro trabalho de recomposição do terreno. 
Este trabalho, que acontece após a extração, é muito importante para a preservação do meio ambiente. 
[14] 
Depois de minerada, a bauxita é transportada para a fábrica, onde chega ainda em seu estado 
natural. Lá, é iniciada a primeira de muitas reações químicas. A bauxita é moída e acrescida de uma 
solução de soda cáustica, que a transforma em pasta. Aquecida sob pressão e recebendo novas 
quantidades de soda cáustica, esta massa se dissolve e forma uma solução que passa por processos 
 
 28 
de sedimentação e filtragem. Nesta etapa, são eliminadas todas as impurezas e a solução restante fica 
pronta para que dela seja extraída a alumina. [14] 
Em equipamentos chamados de precipitadores, a alumina contida na solução é precipitada 
pelo processo de "cristalização por semente". O material resultante precisa ser lavado e seco por 
aquecimento. Assim, é obtido o primeiro estágio da produção de alumínio: a alumina, que se apresenta 
sob a forma de pó branco e refinado, de aspecto semelhante ao açúcar. [14] 
Nesta fase, o processo químico denominado Bayer é o mais utilizado. Nele, a bauxita é 
dissolvida em soda cáustica e, posteriormente, filtrada para separar todo o material sólido, 
concentrando-se o filtrado para a cristalização da alumina. Estes cristais são secos e calcinados a fim 
de eliminar a água. Então, a alumina é finalmente transformada em alumínio por meio de um processo 
de eletrólise. [14] 
 
 
 
 
3.2.2. IV Maiores produtores mundiais de alumínio 
 
A seguir, são listadas as principais produtoras mundiais de alumínio, incluindo a 
brasileira CBA, do Grupo Votorantim. [13] 
 
UC Rusal 
 A United CompanyRusal (UC Rusal), maior produtora de alumínio e alumina, foi criada em 
março de 2007 pela fusão de três companhias:a Rusal, até então a terceira maior produtora de 
alumínio; a Sual, uma das 10 principais empresas do setor de alumínio; e a Glencore, do negócio de 
alumina. Hoje, a nova empresa, verticalmente integrada, está presente em 19 países e 
compreendenegócios de mineração de bauxita e nefelina, refino de alumina, fundição de alumínio e 
ligas e fabricação de embalagens, além de dispor de unidades próprias de geração de energia elétrica. 
A UC Rusal tem os setores automotivo, de construção e de embalagenscomo os consumidores-chave 
de seus produtos. [13] 
Comparando-se os dados de produção de 2008 e 2009, observa-se que a produção de bauxita 
reduziu-se em cerca de 40%, somando, no ano passado, 11,3 milhões de toneladas. A de alumina 
também apresentou queda de 36%, atingindo 7,28 milhões de toneladas, e a do alumínio primário 
subiu cerca de 11%, com 3,95 milhões de toneladas. Os valores de produção de alumina e de alumínio 
representam uma participação de 10% da produção mundial.[13] 
 
 29 
Entre os anos de 2008 e 2009, a receita da Rusal passou de US$ 15,685 bilhões para US$ 
8,165 bilhões (- 48%) e a razão EBITDA/receita, de 22,5 para 7,3 (- 68%). 
 
Rio Tinto Alcan 
A Rio Tinto é um grupo econômico internacional que atua em diversos segmentos de 
mineração. A canadense Alcan empresa verticalmente integrada que era especializada em alumínio, 
tinha como principal negócio o setor de embalagens e foi adquirida pela Rio Tinto em 2007.[13] 
 Em relação aos negócios de alumínio primário, a companhia é acionária de 25 fundições de 
alumínio e 12 plantas de geração de energia, das quais nove são hidrelétricas, e de dez refinarias de 
alumina, localizadas na Austrália, no Brasil – Alumar, em São Luís (MA) –, no Canadá e na França. A 
empresa possui as maiores reservas e a maior capacidade de produção de bauxita da indústria. Opera 
seis minas de bauxita, localizadas na Austrália, no Brasil – MRN, em Oriximiná (PA) –, em Gana e na 
Guiné.[13] 
Alcoa 
Uma das líderes mundiais da produção de alumínio, a Alcoa é detentora de todo o processo de 
produção: da extração da bauxita até a produção do metal. A empresa destaca-se também por seu 
compromisso com o desenvolvimento sustentável, tendo sido nomeada, pela quinta vez consecutiva 
em 2009, uma das empresas mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial em Davos, na 
Suíça. Em 2009, a produção de alumina alcançou 14,265 milhões de toneladas e a de alumínio, 3,564 
milhões de toneladas. Em 2008, essas cifras foram de 15,256 milhões e de 4,007 milhões, 
respectivamente. [13] 
 No Brasil, a empresa possui duas unidades produtoras de alumínio primário e ligas especiais 
que, juntas, têm capacidade de cerca de 365 mil toneladas anuais. A companhia tem participação 
majoritária na fabricação de alumínio do Consórcio de Alumínio do Maranhão (Alumar), correspondente 
à capacidade de 268 mil toneladas por ano de lingotes em alumínio. Além disso, ainda possui uma 
fábrica em Poços de Caldas (MG), com capacidade de 96 mil toneladas anuais de alumínio. O produto 
é vendido nas formas de lingotes, tarugos, pó em diferentes camadas e até mesmo como alumínio 
líquido. [13] 
A empresa também detém o controle da mina de Juruti, no estado do Pará, inaugurada em 
setembro de 2009, com produção de 446,1 mil toneladas de bauxita e vida útil prevista de 70 anos. Em 
2009, a receita bruta da Alcoa foi de US$ 18,4 bilhões (-31,6% em relação a 2008). O segmento de 
laminados foi responsável por 33,2% desse total (US$ 6,1 bilhões); o de metais primários, por 28,8% 
(US$ 5,3 bilhões); os produtos de engenharia, por 25,5% (US$ 4,7 bilhões); e a alumina, por 12,0% 
(US$ 2,2 bilhões). [13] 
Chalco 
 A Chalco (Aluminium Corporation of China Limited), empresa subsidiária da Chinalco, tem 
como atividades a mineração de bauxita, o refino de alumina e a fundição de alumínio. É a maior 
produtora de alumina e alumínio primário da China e a segunda maior produtora de alumina do mundo. 
 
 30 
Em 2010, a produção do primeiro semestre de alumina somou 4,93 milhões de toneladas, 
representando um aumento de 54,1% em relação ao correspondente período do ano anterior, enquanto 
a produção de alumínio primário atingiu 1,93 milhão de toneladas, significando um aumento de 20,0% 
em relação ao período equivalente de 2009. [13] 
Hydro 
 A Hydro é uma empresa norueguesa integrada na produção de alumínio e de presença global. 
Nos primeiros nove meses de 2010, sua receita bruta subiu 10,5% em relação ao período 
correspondente de 2009. A receita bruta do setor de alumínio primário respondeu por 39,1% do total da 
receita do ano. Outro setor de grande relevância na geração de receita foi o de produtos de alumínio, 
com cerca de 57% do total, representando uma elevação de 18,6%. Os investimentos totais da 
companhia tiveram uma redução de 25,2%, sendo que os de alumínio primário reduziram-se 26,6%. 
[13] 
BHP Billiton 
 A australiana BHP Billiton é um grupo de mineração com grande diversificação em suas 
explorações. Atua no mercado de minério de ferro, petróleo, carvão mineral, cobre, manganês, níquel, 
prata, zinco e alumínio. A empresa é a sétima maior produtora de alumínio primário do mundo. Em 
2010, sua produção foi de 1,242 milhão de toneladas, representando um aumento de 6,5% em relação 
a 2009, enquanto a produção de alumina atingiu 3,841 milhões de toneladas, significando uma redução 
de 12,6% em relação ao ano anterior. [13] 
 [13] .A BHP Billiton é operadora e/ou acionista dos empreendimentos a seguir: 
. Na produção de bauxita: 
 • Boddington, na Austrália (operadora e 86%); 
• Coermotibo, KlaverbladandKaaimangrasie, no Suriname (operadora e 45%). 
No refino de alumina: 
• Worsley, na Austrália (operadora e 86%); 
 • Paranam, no Suriname (45%); e 
• Alumar, no Brasil (36%). 
Na produção de alumínio primário: 
 • HillsideAluminium, na África do Sul (operadora e 100%); 
• BaysideAluminium, na África do Sul (operadora e 100%); 
• MozalAluminium, em Moçambique (operadora e 47,1%); e 
 • Alumar, no Brasil (40%). 
CBA 
 
 31 
A CBA é uma empresa brasileira, integrante do grupo Votorantim, que tem como atividades 
preponderantes a exploração e o aproveitamento de jazidas de bauxita no território nacional. Produz e 
comercializa, no país e no exterior, alumínio primário e transformado. Com um crescimento médio 
anual de 10% ao longo de mais de 50 anos, é a maior produtora brasileira de alumínio primário, com 
475 mil toneladas/ano. A empresa é autossuficiente em bauxita e conta com jazidas próprias, 
localizadas nas regiões de Poços de Caldas e Itamarati de Minas, ambas em Minas Gerais. Em 2008, 
uma nova unidade de mineração entrou em operação em Miraí, no sudeste de Minas Gerais. A 
empresa também possui participação acionária no empreendimento Mineração Rio do Norte, 
responsável pelas reservas localizadas na região de Trombetas (PA).[13] 
As unidades de mineração da CBA abastecem sua fábrica, localizada na cidade de Alumínio 
(SP). A de Poços de Caldas produz um milhão de toneladas/ano, enquanto a de Itamarati, na região de 
Cataguases, produz 1,6 milhão de toneladas/ano. Posicionada entre as maiores empresas mundiais do 
setor, é a maior planta do mundo a operar de forma totalmente verticalizada, realizando desde o 
processamento da bauxita até a fabricação de produtos.[13] 
Além da forte atuação no mercado interno nos segmentos de construção civil, de embalagens, 
de bens de consumo e de transportes, a CBA destina 40% de sua produção para o mercado externo, 
principalmente para a América do Norte. Em 2009, por causa da crise, a receita operacional líquida 
apresentou uma queda de 25% em relação a 2008, atingindo R$ 2,19 bilhões. A margem EBITDA foi 
de 40,62 em 2009

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