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Fisiologia Cardiovascular.pdf

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PROF. HELÁDIO CASTRO
� As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de mortalidade no Brasil
e no mundo.
� Segundo a OMS em 2002 ocorreram 16,7 milhões de óbitos, dos quais 7,2 milhões foram
por doença arterial coronária e as estimativas apontam que em 2020 esse número possa
se elevar a valores entre 35 e 40 milhões.
� (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006;1:1-7)
� Estas doenças têm sido a primeira causa de hospitalização no setor público, entre 1996 e 
1999, para indivíduos com idade entre 40 e 59 anos (17%) e para os com 60 ou mais anos 
(29%). No período de 1995 a 2005, ocorreram 362.998 internações em hospitais do SUS 
por IAM. 
� (Inf. Epidemiol SUS, v.9, p.23-41, 2000)
� (Arq Bras Cardiol, v. 80, n. 1, p. 51-60, 2003)
� (DATASUS – www.datasus.gov.br)
� A doença arterial obstrutiva periférica compromete aproximadamente 12% da população 
geral e 20% dos indivíduos com mais de 70 anos.
� (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006;1:31-40)
Fisiologia da Circulação
� Princípios gerais.
� Grande e pequena circulação.
� Artérias.
� Elásticas .
� Impulsionam o fluxo durante a 
diástole.
� Artérias musculares e arteríolas .
� Maior resistência ao fluxo 
sanguíneo.
� Capilares.
� Fluxo depende da resistência das 
arteríolas que o suprem.
� Veias.
� Reservatórios de sangue – 64%.
Fisiologia da Circulação
HEMODINÂMICA
� O termo hemodinâmica designa os princípios que 
governam o fluxo sangüíneo no sistema cardiovascular.
� Conceitos de fluxo, pressão, resistência e capacitância 
ao fluxo sangüíneo para o coração e do coração aos 
vasos sangüíneos.
� Estudo dos movimentos e pressões da circulação do 
sanguínea.
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Hemodinâmica
� O fluxo ao longo de um vaso é determinado por:
� Gradiente de pressão: Diferença de pressão entre as duas 
extremidades do vaso.
� Impedimento ao fluxo sanguíneo: O obstáculo ao fluxo 
sanguíneo pelo vaso.
� Q = ∆P
R
Q-> Fluxo sanguíneo
∆P -> Diferença de Pressão
R -> Resistência
Hemodinâmica
Fluxímetro Eletromagnético Fluxímetro Ultrassonico Doppler
Hemodinâmica
Quando flui com velocidade constante por vaso longo e liso, o sangue flui em
camadas, permanecendo cada camada de sangue à mesma distância da parede.
Assim, a parte central do sangue fica no centro do vaso. Este tipo de fluxo é
denominado FLUXO LAMINAR ou FLUXO "AERODINÂMICO'', sendo o contrário
do FLUXO TURBULENTO, em que o sangue flui em todas as direções pelo vaso
e misturando-se continuamente no interior do vaso, como é discutido adiante.
Perfil parabólico da velocidade durante o fluxo laminar. Quando ocorre fluxo
laminar, a velocidade do fluxo no centro do vaso é bem maior do que a nas
proximidades da parte externa
Hemodinâmica
NR é o número de Reynolds
ρ=massa específica do fluido
v=é a velocidade do fluxo 
sanguíneo(cm/s)
d=é a densidade
η=é a viscosidade do fluido.
NR=ρνd/η
NR < 2000 – Fluxo laminar
NR > 3000 – Fluxo turbulento
Hemodinâmica
� Resistência ao fluxo.
� Varia, proporcionalmente, com o comprimento do tubo (l), a 
viscosidade sanguínea (ή) e é inversamente proporcional a 
quarta potência do raio(r4).
R = ή x l x 8
πr4.
� Lei de Poiseuille:
Q = π∆Pr4
8ήl
� Hematócrito.
� > hematócrito = > viscosidade = < fluxo.
� < hematócrito = < viscosidade = > fluxo (turbulência)
Hemodinâmica
� Hematócrito.
� > hematócrito = > viscosidade = < fluxo.
� < hematócrito = < viscosidade = > fluxo (turbulência)
Aumento do Hematócrito
� Policitemia: ocorre a hiperplasia eritróide, aumento da 
produção de hemácias.
� DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)
Diminuição do Hematócrito
� Hemorragias
� Anemias
� Leucemias
(42%-52%) nos homens 
(36%-48%) nas mulheres
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Hemodinâmica
� Quanto maior o 
diâmetro do tubo, 
menor a velocidade.
Fluxo é diferente de 
Velocidade
Fisiologia da Circulação
Vaso Área de secção transversa (cm2)
Aorta 2,5
Pequenas Artérias 20
Arteríolas 40
Capilares 2.500
Vênulas 250
Pequenas veias 80
Veias cavas 8
Se todos os vasos sistêmicos de cada tipo fossem colocados lado a lado, sua 
área total de seção transversa seria de:
Fisiologia da Circulação
� Pressões no sistema cardiovascular:
- as pressões não são iguais em todo o sistema
- para o sangue fluir deve existir uma força propulsora 
diferença de pressão entre o coração e vasos 
sangüíneos
Fisiologia da Circulação
Pressão Arterial
� PA = DC x RVP
DC = débito cardíaco e RVP = resistência vascular periférica.
� DC = VS x FC.
VS = volume sistólico 
FC = freqüência cardíaca
� VS depende do VDF (pré-carga)+ RPT (pós-carga) 
+ força da contração (lei de Frank-Starling)
volume diastólico final (VDF) depende do retorno venoso.
Bomba respiratória
Bomba muscular
Inversamente
Pressão Arterial
� Pressão sistólica.
� É a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um 
ciclo cardíaco. É a pressão na artéria após o sangue ter sido 
ejetado pelo ventrículo esquerdo.
� Pressão diastólica
� É a mais baixa pressão arterial que pode ser medida durante um
ciclo cardíaco. É a pressão na artéria durante o relaxamento.
� Pressão de pulso.
� É a diferença entre as pressões sistólicas e diastólicas. Pode ser
usada com indicador do débito sistólico.
� Pressão arterial média.
� É a média das pressões durante o ciclo cardíaco.
� PAM = PD + 1/3PP
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Pressão Arterial
� Arteriosclerose.
� Diminuição da complacência vascular = aumento na pressão 
sistólica.
� Estenose aórtica.
� Diminuição do débito sistólico = diminuição da pressão 
sistólica.
Linha de Tempo da AteroescleroseLinha de Tempo da Ateroesclerose
Foam
Cells 
Estrias 
Gordurosas
Lesão
Intermediária Ateroma
Placa
Fibrosa Ruptura
Adapted from Pepine CJ. Am J Cardiol. 1998;82(suppl 104).
Primeira Década Terceira Década Quarta Década
Disfunção EndotelialDisfunção Endotelial
Pressão Arterial
� Amortecimento dos pulsos.
� Resistência nos vasos.
� Complacência:
Capacitância de um vaso
sangüíneo descreve o volume
de sangue que este vaso pode 
conter sob determinada pressão.
C= V/P
Pressão Arterial
CONTROLE LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO.
� Depende da demanda metabólica do órgão.
� Altera-se de forma importante no exercício.
� Controle agudo – curto prazo.
� Mecanismos metabólicos
� O2.
� Teoria do oxigênio.
� Outros nutrientes.
� Vasodilatação – Adenosina (?).
� Mecanismos miogênicos (?).
Estiramento do músculo liso vascular ao aumento da PA = vasoconstricção.
Relaxamento do músculo liso vascular a queda da PA = vasodilatação.
� Óxido nítrico – Artérias de grande calibre.
Produtos do metabolismo
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Controle Local do Fluxo Sanguíneo
Pressão Arterial
� Controle a longo prazo.
� Neovascularização.
� ˅O2.
� Circulação colateral(compensatória).
� Obstrução de fluxo.
Pressão Arterial
� Controle Neural.
� Funções globais.
� Sistema Simpático.
� Efeito vasoconstrictor importante.
� Menos acentuado no encéfalo e no músculo esquelético.
� Centro Vasomotor.
� Área vasoconstrictora.
� Área vasodilatadora.
� Área sensorial.
Inibe
Tônus Vasomotor
Pressão Arterial
� Centro vasomotor.
� Simpático –
norepinefrina.
� Adrenais – adrenalina.
� Controle pelos centros 
superiores.
� Constricção de quase 
todas as arteríolas do 
corpo.
� Contração de grandes 
vasos (especialmente 
veias).
� Estímulo cardíaco.
Pressão Arterial
� Mecanismos reflexos.
� Barorreceptores.
� Localizados nos seios 
carotídeos e arco aórtico.
� Feedback negativo.
� Inibem o centro 
vasoconstrictor.
� Excitam o parassimpático.
� Muito importante para 
variações curtas (atividades 
diárias).
� Pouca importância em 
regulação a longo prazo 
(reajustes).
Pressão Arterial
� Quimiorreceptores.
� Sensíveis a falta de O2.
� Baixas na PA excitam os 
mesmos, que excitam o 
centro vasomotor.
� Não é controlador 
potente – funciona 
apenas abaixo de 
80mmHg.
� Receptores de baixa 
pressão.
� Átrios e artérias 
pulmonares.
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Pressão Arterial
� Resposta isquêmica do SNC 
Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral 
Isquemia Cerebral
Resposta dos 
centros vasomotores
Resposta mais potente (último cartucho)
CORAÇÃO
EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO ELÉTRICA
� O estímulo elétrico para a contração do miocárdio se 
origina em um pequeno agrupamento de células 
especiais localizado na junção da veia cava superior com 
o átrio direito, na região chamada SEIO VENOSO.
� Esse conjunto de células é o NÓDULO SINUSAL.
� As células do nódulo sinusal através de reações químicas 
no seu interior geram o impulso elétrico que se propaga 
pelos átrios e produz a contração do miocárdio atrial.
� O estímulo elétrico se propaga pelos átrios, em ondas e 
através de vias preferenciais chamadas VIAS INTER-
NODAIS.
� O estímulo das vias internodais é captado em um outro 
nódulo, localizado junto ao anel da válvula tricúspide, 
próximo ao orifício do seio coronário, CHAMADO 
NÓDULO ÁTRIO-VENTRICULAR, OU 
SIMPLESMENTE NÓDULO A-V. Deste nódulo AV, 
parte um curto feixe das células especiais, o feixe átrio-
ventricular ou FEIXE DE HISS, que atravessa o 
esqueleto fibroso e se divide em dois ramos, direito e 
esquerdo.
� O nódulo sinusal, o nódulo átrioventricular e o feixe de 
Purkinje recebem terminações nervosa simpáticas e 
parassimpáticas. Quando há estimulação simpática, 
liberam-se as catecolaminas adrenalina e nor-
adrenalina, que produzem aumento da frequência dos 
impulsos elétricos do nódulo vagal, se faz através da 
acetilcolina e tem o efeito oposto, reduzindo a 
frequência dos impulsos.sinusal. A estimulação 
parassimpática ou vagal, se faz através da acetilcolina e 
tem o efeito oposto, reduzindo a frequência dos 
impulsos.
Feixe de condução do coração. O esquema mostra o nódulo
sinusal, as vias de condução internodal, o nódulo A-V, feixe de
Hiss, ramo direito, as duas divisões do ramo esquerdo e as fibras
de Purkinje.
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Excitação Rítmica do Coração
REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR
CORAÇÃO
REGULAÇÃO INTRÍNSECA:
REGULAÇÃO EXTRÍNSECA:
REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR
CORAÇÃO
REGULAÇÃO INTRÍNSECA:
� PRÉ-CARGA: força de estiramento cardíaco 
na diástole;
� PÓS- CARGA: é a força que atua contra o 
encurtamento da fibra e
� CONTRATILIDADE: propriedade intrínseca 
na performance sistólica catecolaminas (ADR) ⇒ força 
de contração.
Lei de Frank-Starling
REGULAÇÃO EXTRÍNSECA:
CONTROLE NEURO-HUMORAL 
� SNA simpático ADR 
� ↑ FC e força de contração
� SNA parassimpático ACH ⇒ tônus vagal 
� bradicardia de repouso do atleta
CATECOLAMINAS (adren., Noradr., Dopam.) ⇒ Supra 
Renal (ADR)
� Quimioceptores cardíacos
� ↑ força de contração
� Exercício: ↓O2 , ↑ CO2 e ↑ acidose
� ↑ FC e PA ↓ contratilidade
REGULAÇÃO PERIFÉRICA da 
CIRCULAÇÃO
ARTERIAL ⇒ VASOS DE RESISTÊNCIA
� TÔNUS BASAL: tônus arteriolar intrínseco 
� presente quando inervação do SNA é pequena
� contração espontânea
� SNA: regulação rápida e ampla (grande área)
SNAs ADR ⇒ vasoconstrição
retirado o tônus vasoconstritor ⇒ vasodilatação
SNAp ⇒ NÃO ATUA NA VASOMOTRICIDADE
� direta ⇒ vasos cerebrais e genitália externa
� indireta ⇒ bradicinina (glândulas)
SNAp ACH (músculo e coração) inibindo SNAs ADR
� vasodilatação
REGULAÇÃO PERIFÉRICA da 
CIRCULAÇÃO
ARTERIAL ⇒ VASOS DE RESISTÊNCIA
� NEURO-HUMORAL: ação local
ADR ⇒ supra renal ⇒ catecolaminas ⇒ vasodilatação
vasos dos mm esqueléticos e hepatócito efeito 20 x
Sistema Renina Angiotensina Aldosterona ⇒ PA
� METABOLISMO LOCAL:
↑ ativ. celular ⇒ ↑necessidade de O2 
� ↑ FLUXO e ↓ RVP
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REGULAÇÃO PERIFÉRICA da 
CIRCULAÇÃO
VENOSA ⇒ VASOS DE CAPACITÂNCIA
� SNAs ⇒ venoconstrição simpática 
� NEURO-HUMORAL
� ESTÍMULOS QUÍMICOS ⇒ vênulas
INTERAÇÃO CARDIOVASCULAR
Receptores carotídeos e aórticos: 
� Barorreceptores (seio)
� Quimiorreceptores (corpos)
Va : Glosso Faríngeo e parte do Vago
SNC: Formação Reticular - Bulbo
Ve: Simpático e Parassimpático
Va Ve
R SNC CORAÇÃO E VASOS
Bibliografia
� Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de 
Janeiro: Guanabara Coogan; 2002: 63-81; 581-587; 908-
913.
� Jonhson, Fundamentos de Fisiologia Médica
� Davies A.; Blakeley G.H.A. Fisiologia Humana. Porto 
Alegre: Artmed, 2002: 109-122.

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