Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
24/10/2010 1 PROF. HELÁDIO CASTRO � As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. � Segundo a OMS em 2002 ocorreram 16,7 milhões de óbitos, dos quais 7,2 milhões foram por doença arterial coronária e as estimativas apontam que em 2020 esse número possa se elevar a valores entre 35 e 40 milhões. � (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006;1:1-7) � Estas doenças têm sido a primeira causa de hospitalização no setor público, entre 1996 e 1999, para indivíduos com idade entre 40 e 59 anos (17%) e para os com 60 ou mais anos (29%). No período de 1995 a 2005, ocorreram 362.998 internações em hospitais do SUS por IAM. � (Inf. Epidemiol SUS, v.9, p.23-41, 2000) � (Arq Bras Cardiol, v. 80, n. 1, p. 51-60, 2003) � (DATASUS – www.datasus.gov.br) � A doença arterial obstrutiva periférica compromete aproximadamente 12% da população geral e 20% dos indivíduos com mais de 70 anos. � (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2006;1:31-40) Fisiologia da Circulação � Princípios gerais. � Grande e pequena circulação. � Artérias. � Elásticas . � Impulsionam o fluxo durante a diástole. � Artérias musculares e arteríolas . � Maior resistência ao fluxo sanguíneo. � Capilares. � Fluxo depende da resistência das arteríolas que o suprem. � Veias. � Reservatórios de sangue – 64%. Fisiologia da Circulação HEMODINÂMICA � O termo hemodinâmica designa os princípios que governam o fluxo sangüíneo no sistema cardiovascular. � Conceitos de fluxo, pressão, resistência e capacitância ao fluxo sangüíneo para o coração e do coração aos vasos sangüíneos. � Estudo dos movimentos e pressões da circulação do sanguínea. 24/10/2010 2 Hemodinâmica � O fluxo ao longo de um vaso é determinado por: � Gradiente de pressão: Diferença de pressão entre as duas extremidades do vaso. � Impedimento ao fluxo sanguíneo: O obstáculo ao fluxo sanguíneo pelo vaso. � Q = ∆P R Q-> Fluxo sanguíneo ∆P -> Diferença de Pressão R -> Resistência Hemodinâmica Fluxímetro Eletromagnético Fluxímetro Ultrassonico Doppler Hemodinâmica Quando flui com velocidade constante por vaso longo e liso, o sangue flui em camadas, permanecendo cada camada de sangue à mesma distância da parede. Assim, a parte central do sangue fica no centro do vaso. Este tipo de fluxo é denominado FLUXO LAMINAR ou FLUXO "AERODINÂMICO'', sendo o contrário do FLUXO TURBULENTO, em que o sangue flui em todas as direções pelo vaso e misturando-se continuamente no interior do vaso, como é discutido adiante. Perfil parabólico da velocidade durante o fluxo laminar. Quando ocorre fluxo laminar, a velocidade do fluxo no centro do vaso é bem maior do que a nas proximidades da parte externa Hemodinâmica NR é o número de Reynolds ρ=massa específica do fluido v=é a velocidade do fluxo sanguíneo(cm/s) d=é a densidade η=é a viscosidade do fluido. NR=ρνd/η NR < 2000 – Fluxo laminar NR > 3000 – Fluxo turbulento Hemodinâmica � Resistência ao fluxo. � Varia, proporcionalmente, com o comprimento do tubo (l), a viscosidade sanguínea (ή) e é inversamente proporcional a quarta potência do raio(r4). R = ή x l x 8 πr4. � Lei de Poiseuille: Q = π∆Pr4 8ήl � Hematócrito. � > hematócrito = > viscosidade = < fluxo. � < hematócrito = < viscosidade = > fluxo (turbulência) Hemodinâmica � Hematócrito. � > hematócrito = > viscosidade = < fluxo. � < hematócrito = < viscosidade = > fluxo (turbulência) Aumento do Hematócrito � Policitemia: ocorre a hiperplasia eritróide, aumento da produção de hemácias. � DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Diminuição do Hematócrito � Hemorragias � Anemias � Leucemias (42%-52%) nos homens (36%-48%) nas mulheres 24/10/2010 3 Hemodinâmica � Quanto maior o diâmetro do tubo, menor a velocidade. Fluxo é diferente de Velocidade Fisiologia da Circulação Vaso Área de secção transversa (cm2) Aorta 2,5 Pequenas Artérias 20 Arteríolas 40 Capilares 2.500 Vênulas 250 Pequenas veias 80 Veias cavas 8 Se todos os vasos sistêmicos de cada tipo fossem colocados lado a lado, sua área total de seção transversa seria de: Fisiologia da Circulação � Pressões no sistema cardiovascular: - as pressões não são iguais em todo o sistema - para o sangue fluir deve existir uma força propulsora diferença de pressão entre o coração e vasos sangüíneos Fisiologia da Circulação Pressão Arterial � PA = DC x RVP DC = débito cardíaco e RVP = resistência vascular periférica. � DC = VS x FC. VS = volume sistólico FC = freqüência cardíaca � VS depende do VDF (pré-carga)+ RPT (pós-carga) + força da contração (lei de Frank-Starling) volume diastólico final (VDF) depende do retorno venoso. Bomba respiratória Bomba muscular Inversamente Pressão Arterial � Pressão sistólica. � É a pressão arterial mais alta que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria após o sangue ter sido ejetado pelo ventrículo esquerdo. � Pressão diastólica � É a mais baixa pressão arterial que pode ser medida durante um ciclo cardíaco. É a pressão na artéria durante o relaxamento. � Pressão de pulso. � É a diferença entre as pressões sistólicas e diastólicas. Pode ser usada com indicador do débito sistólico. � Pressão arterial média. � É a média das pressões durante o ciclo cardíaco. � PAM = PD + 1/3PP 24/10/2010 4 Pressão Arterial � Arteriosclerose. � Diminuição da complacência vascular = aumento na pressão sistólica. � Estenose aórtica. � Diminuição do débito sistólico = diminuição da pressão sistólica. Linha de Tempo da AteroescleroseLinha de Tempo da Ateroesclerose Foam Cells Estrias Gordurosas Lesão Intermediária Ateroma Placa Fibrosa Ruptura Adapted from Pepine CJ. Am J Cardiol. 1998;82(suppl 104). Primeira Década Terceira Década Quarta Década Disfunção EndotelialDisfunção Endotelial Pressão Arterial � Amortecimento dos pulsos. � Resistência nos vasos. � Complacência: Capacitância de um vaso sangüíneo descreve o volume de sangue que este vaso pode conter sob determinada pressão. C= V/P Pressão Arterial CONTROLE LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO. � Depende da demanda metabólica do órgão. � Altera-se de forma importante no exercício. � Controle agudo – curto prazo. � Mecanismos metabólicos � O2. � Teoria do oxigênio. � Outros nutrientes. � Vasodilatação – Adenosina (?). � Mecanismos miogênicos (?). Estiramento do músculo liso vascular ao aumento da PA = vasoconstricção. Relaxamento do músculo liso vascular a queda da PA = vasodilatação. � Óxido nítrico – Artérias de grande calibre. Produtos do metabolismo 24/10/2010 5 Controle Local do Fluxo Sanguíneo Pressão Arterial � Controle a longo prazo. � Neovascularização. � ˅O2. � Circulação colateral(compensatória). � Obstrução de fluxo. Pressão Arterial � Controle Neural. � Funções globais. � Sistema Simpático. � Efeito vasoconstrictor importante. � Menos acentuado no encéfalo e no músculo esquelético. � Centro Vasomotor. � Área vasoconstrictora. � Área vasodilatadora. � Área sensorial. Inibe Tônus Vasomotor Pressão Arterial � Centro vasomotor. � Simpático – norepinefrina. � Adrenais – adrenalina. � Controle pelos centros superiores. � Constricção de quase todas as arteríolas do corpo. � Contração de grandes vasos (especialmente veias). � Estímulo cardíaco. Pressão Arterial � Mecanismos reflexos. � Barorreceptores. � Localizados nos seios carotídeos e arco aórtico. � Feedback negativo. � Inibem o centro vasoconstrictor. � Excitam o parassimpático. � Muito importante para variações curtas (atividades diárias). � Pouca importância em regulação a longo prazo (reajustes). Pressão Arterial � Quimiorreceptores. � Sensíveis a falta de O2. � Baixas na PA excitam os mesmos, que excitam o centro vasomotor. � Não é controlador potente – funciona apenas abaixo de 80mmHg. � Receptores de baixa pressão. � Átrios e artérias pulmonares. 24/10/2010 6 Pressão Arterial � Resposta isquêmica do SNC Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral Isquemia Cerebral Resposta dos centros vasomotores Resposta mais potente (último cartucho) CORAÇÃO EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO ELÉTRICA � O estímulo elétrico para a contração do miocárdio se origina em um pequeno agrupamento de células especiais localizado na junção da veia cava superior com o átrio direito, na região chamada SEIO VENOSO. � Esse conjunto de células é o NÓDULO SINUSAL. � As células do nódulo sinusal através de reações químicas no seu interior geram o impulso elétrico que se propaga pelos átrios e produz a contração do miocárdio atrial. � O estímulo elétrico se propaga pelos átrios, em ondas e através de vias preferenciais chamadas VIAS INTER- NODAIS. � O estímulo das vias internodais é captado em um outro nódulo, localizado junto ao anel da válvula tricúspide, próximo ao orifício do seio coronário, CHAMADO NÓDULO ÁTRIO-VENTRICULAR, OU SIMPLESMENTE NÓDULO A-V. Deste nódulo AV, parte um curto feixe das células especiais, o feixe átrio- ventricular ou FEIXE DE HISS, que atravessa o esqueleto fibroso e se divide em dois ramos, direito e esquerdo. � O nódulo sinusal, o nódulo átrioventricular e o feixe de Purkinje recebem terminações nervosa simpáticas e parassimpáticas. Quando há estimulação simpática, liberam-se as catecolaminas adrenalina e nor- adrenalina, que produzem aumento da frequência dos impulsos elétricos do nódulo vagal, se faz através da acetilcolina e tem o efeito oposto, reduzindo a frequência dos impulsos.sinusal. A estimulação parassimpática ou vagal, se faz através da acetilcolina e tem o efeito oposto, reduzindo a frequência dos impulsos. Feixe de condução do coração. O esquema mostra o nódulo sinusal, as vias de condução internodal, o nódulo A-V, feixe de Hiss, ramo direito, as duas divisões do ramo esquerdo e as fibras de Purkinje. 24/10/2010 7 Excitação Rítmica do Coração REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR CORAÇÃO REGULAÇÃO INTRÍNSECA: REGULAÇÃO EXTRÍNSECA: REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR CORAÇÃO REGULAÇÃO INTRÍNSECA: � PRÉ-CARGA: força de estiramento cardíaco na diástole; � PÓS- CARGA: é a força que atua contra o encurtamento da fibra e � CONTRATILIDADE: propriedade intrínseca na performance sistólica catecolaminas (ADR) ⇒ força de contração. Lei de Frank-Starling REGULAÇÃO EXTRÍNSECA: CONTROLE NEURO-HUMORAL � SNA simpático ADR � ↑ FC e força de contração � SNA parassimpático ACH ⇒ tônus vagal � bradicardia de repouso do atleta CATECOLAMINAS (adren., Noradr., Dopam.) ⇒ Supra Renal (ADR) � Quimioceptores cardíacos � ↑ força de contração � Exercício: ↓O2 , ↑ CO2 e ↑ acidose � ↑ FC e PA ↓ contratilidade REGULAÇÃO PERIFÉRICA da CIRCULAÇÃO ARTERIAL ⇒ VASOS DE RESISTÊNCIA � TÔNUS BASAL: tônus arteriolar intrínseco � presente quando inervação do SNA é pequena � contração espontânea � SNA: regulação rápida e ampla (grande área) SNAs ADR ⇒ vasoconstrição retirado o tônus vasoconstritor ⇒ vasodilatação SNAp ⇒ NÃO ATUA NA VASOMOTRICIDADE � direta ⇒ vasos cerebrais e genitália externa � indireta ⇒ bradicinina (glândulas) SNAp ACH (músculo e coração) inibindo SNAs ADR � vasodilatação REGULAÇÃO PERIFÉRICA da CIRCULAÇÃO ARTERIAL ⇒ VASOS DE RESISTÊNCIA � NEURO-HUMORAL: ação local ADR ⇒ supra renal ⇒ catecolaminas ⇒ vasodilatação vasos dos mm esqueléticos e hepatócito efeito 20 x Sistema Renina Angiotensina Aldosterona ⇒ PA � METABOLISMO LOCAL: ↑ ativ. celular ⇒ ↑necessidade de O2 � ↑ FLUXO e ↓ RVP 24/10/2010 8 REGULAÇÃO PERIFÉRICA da CIRCULAÇÃO VENOSA ⇒ VASOS DE CAPACITÂNCIA � SNAs ⇒ venoconstrição simpática � NEURO-HUMORAL � ESTÍMULOS QUÍMICOS ⇒ vênulas INTERAÇÃO CARDIOVASCULAR Receptores carotídeos e aórticos: � Barorreceptores (seio) � Quimiorreceptores (corpos) Va : Glosso Faríngeo e parte do Vago SNC: Formação Reticular - Bulbo Ve: Simpático e Parassimpático Va Ve R SNC CORAÇÃO E VASOS Bibliografia � Guyton & Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Coogan; 2002: 63-81; 581-587; 908- 913. � Jonhson, Fundamentos de Fisiologia Médica � Davies A.; Blakeley G.H.A. Fisiologia Humana. Porto Alegre: Artmed, 2002: 109-122.
Compartilhar