Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Farmacologia Aplicada à odontologia Profa. Ma. Ana Luíza Martin Introdução - Regras básicas na prescrição O que é prescrição? Definição “É uma ordem escrita, dirigida ao farmacêutico, que define como um medicamento deve ser fornecido ao paciente, e a este, determinando as condições em que o fármaco deve ser utilizado” Luíza Gonçalves A prescrição de medicamentos é um documento com valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos. Rui Dammenhain Normatização A prescrição de medicamentos no Brasil é normatizada por leis, portarias e resoluções Leis Federais 5.991/73 e 9.787/99 Comercialização de medicamentos; Lei dos genéricos RDC ANVISA 80/2006 e 16/2007 Medicamentos fracionados; Regulamento técnico dos genéricos (DCB e intercambialidade) Antibióticos: RDC 20/2011 Medicamentos controlados: Portaria 344/98 ANVISA Fundamentos da prescrição Etapas do processo de prescrever Definição do problema Especificação dos objetivos terapêuticos Seleção do tratamento mais eficaz e seguro para um paciente específico Prescrição: medidas medicamentosas e não-medicamentosas Informação ao paciente sobre a terapêutica Monitoramento do tratamento Fundamentos da prescrição Conhecimentos básicos Textos básicos de farmacologia Dicionário de Especialidades Farmacêuticas (DEF) Bases de dados especializadas: PubMed, Biblioteca Cochrane do Brasil, BVS, Anvisa, CAPES, Ministério da Saúde, OMS, FDA. Medicamentos genéricos Referência Genérico Similar Tipos de Medicamentos Medicamento de Referência Medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Medicamento genérico Medicamento semelhante a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia de proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade Mesma indicação terapêutica Mesmo princípio ativo Mesma concentração Mesma forma farmacêutica Mesma via de admnistração Testes de biodisponibilidade e bioequivalência Registrado pelo nome da substância química Medicamento similar Aquele que contém: Mesma indicação terapêutica Mesmo ou os mesmos princípios ativos Mesma concentração Mesma forma farmacêutica, Mesma via administração Teste de biodisponibilidade e bioequivalência* (2003) Não intercambiável podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Testes Medicamentos referência Biodisponibilidade absoluta Medicamentos genéricos Biodisponibilidade relativa (Bioequivalência) Medicamentos similares Biodisponibilidade relativa – (Adequação a partir de 2003 e 2007) “Com a publicação desta norma, houve evolução da legislação relacionado a esta classe de medicamentos, uma vez que determina a apresentação das mesmas provas necessárias para registro de medicamento genérico” ANVISA Normas para prescrição A prescrição deve ser clara, legível e em linguagem compreensível A prescrição deve ser escrita sem rasura, em letra de fôrma, por extenso e legível (ou impressas), utilizando tinta e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais O documento não deve trazer abreviaturas, códigos ou símbolos. Não é permitido abreviar formas farmacêuticas (“comp.” ou “cap.” ao invés de “comprimido” ou “cápsula”), vias de administração (“VO” ou “IV”, ao invés de “via oral” ou “via intravenosa”), quantidades (“1 cx.” Ao invés de “01 (uma) caixa”) ou intervalos entre doses (“2/2 h” ou “8/8 h” ao invés de "a cada 2 horas" ou “a cada 8 horas”). O que deve constar na prescrição Nome completo do paciente Nome do medicamento (DBC – SUS) e forma farmacêutica A quantidade total de medicamento (número de comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), de acordo com a dose e a duração do tratamento; A via de administração, o intervalo entre as doses, a dose máxima por dia e a duração do tratamento; Nome, endereço e telefone do prescritor de forma a possibilitar contato Carimbo do profissional acompanhado da assinatura Data da prescrição MODELO Tipos de receitas Prescrição de medicamentos controlados Portaria 344 de 12 de maio de 1998 A prescrição destes medicamentos deve ser feita em formulários específicos. Medicamentos da: Listas A1, A2 e A3: Entorpecentes/opióides (nacional com justificativa) Listas B1 e B2: Psicotópicos e anorexígenos (Estadual) Listas C (Nacional) Formulário de notificação A Formulário de notificação B Receita de controle especial Tipos de receitas Para listas A ou B Portaria 344/98 § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base de substâncias constante das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial, devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto". Art. 37 Será suspenso o fornecimento do talonário da Notificação de Receita "A" (listas "A1" e "A2" – entorpecentes e "A3" - psicotrópicas) e/ou seqüência numérica da Notificação de Receita "B" (listas "B1" e "B2" -psicotrópicas) e da Notificação de Receita Especial (listas: "C2" - retinóicas de uso sistêmico e "C3" - imunossupressoras), quando for apurado seu uso indevido pelo profissional ou pela instituição, devendo o fato ser comunicado ao órgão de classe e as demais autoridades competentes. Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente. RDC 20/2011 Regulamente a dispensação de antibióticos Art. 5º A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em receituário privativo do prescritor ou do estabelecimento de saúde, não havendo, portanto modelo de receita específico. Parágrafo único. A receita deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2 (duas) vias e contendo os seguintes dados obrigatórios: I - identificação do paciente: nome completo, idade e sexo; II - nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos ); III - identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); IV - data da emissão. RDC 20/2011 Art. 6º A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 (dez) dias a contar da data de sua emissão. Art. 7º A receita poderá conter a prescrição de outras categorias de medicamentos desde que não sejam sujeitos a controle especial. Parágrafo único. Não há limitação do número de itens contendo medicamentos antimicrobianos prescritos por receita. Art. 8º Em situações de tratamento prolongado a receita poderá ser utilizada para aquisições posteriores dentro de um período de 90 (noventa) dias a contar da data de sua emissão § 1º Na situação descrita no caput deste artigo, a receita deverá conter a indicação de uso contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 (trinta) dias § 2º No caso de tratamentos relativos aos programas do Ministério da Saúde que exijam períodos diferentes do mencionado no caput deste artigo, a receita/prescrição e a dispensação deverão atender às diretrizes do programa. 53 anos
Compartilhar