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Distúrbios respiratórios neonatais

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Distúrbios respiratórios neonatais 1
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Distúrbios respiratórios neonatais
IGOR LUIS FREIRE ALMEIDA - MEDICINA UniFG
Investigação inicial
Quem? História
Idade gestacional
Forma de parto
Fatores específicos
Como? Desconforto respiratório
Taquipneia.
Tiragem (retração), BAN, gemidos, cianose.
Evolução do quadro → melhora ou piora.
Radiografia
Padrão do infiltrado.
Expansibilidade pulmonar → aumento ou diminuição.
Síndrome do desconforto respiratório (doença da membrana hialina)
Palavras-chave
Diminuição de surfactante → colabamento alveolar na expiração.
RN PT < 34-35 semanas.
Microatelectasias difusas parenquimatosas
Quem?
Fatores de risco → prematuridade, asfixia, DMG (excesso insulina: retarda liberação do surfactante), sexo masculino.
GIG por hiperinsulemia.
Redução de risco: ruptura prolongada das membranas, estresse crônico (condições que aumentam liberação de cortisol 
pelo feto).
PIG por RCIU.
Como?
Clínica
Início nas primeiras horas de vida.
Desconforto respiratório clássico.
RX
Distúrbios respiratórios neonatais 2
Infiltrado reticulogranular (padrão salpicado, pontilhado) difuso / vidro moído (aerobroncograma - ar que desenha 
árvore brônquica).
Volume pulmonar ⬇.
Alterações após horas de doença.
Tratamento
CPAP nasal �→ estabilidade alveolar por pressão positiva.
Ventilação mecânica
Indicações → acidose respiratória e/ou hipoxemia apesar do CPAP, apneia persistente (perda do drive respiratório).
Surfactante exógeno → via sonda traqueal, 1 ou mais doses; diminuiu mortalidade.
ATB → ampicilina, gentamicina; se fator de risco para infecção.
Prevenção
Corticoide antenatal → se risco de parto prematuro; acelera maturação pulmonar.
Surfactante x CPAP → usar surfactante por tubo traqueal de forma profilática; colocação de CPAP precoce é tão eficaz 
quanto surfactante.
Sepse neonatal
Como ocorre?
Precoce (≤ 48h).
Infecção ascendente (trato genital feminino) ou intraparto (canal do parto).
Etiologia: estreptococo do grupo B/GBS (S. agalactiae), enterobactérias (E. coli).
Tardia (≥ 7 dias).
Nosocomial (internação prolongada) ou comunitária.
Etiologia: estafilococos (coagulase negativo e S. aureus) esp. se aparecimento de infecções cutâneas no RN (onfalite, 
mastite), outros Gram-negativos.
Quem?
História
Precoce
Bolsa rota > 18h.
Coriamnionite materna (febre, dor à mobilização, LA purulento).
Colonização materna por GBS.
Precoce / tardia
Prematuridade.
Como?
Clínica
Pode haver período assintomático.
Desconforto respiratório.
Doenças sistêmicas → febre, hipotermia, hipoatividade.
RX
Infiltrado reticulogranular difuso → pouca diferenciação com síndrome do desconforto respiratório.
Exames adicionais
Hemograma → pode sugerir infecção bacteriana.
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Pode sugerir infec. bacteriana: neutropenia e ⬆ relação I/T (neutrófilos imaturos ➗ neutrófilos totais; desvio 
para esq.) ≥ 0,2.
PCR → importante para seguimento e evolução.
Identificação do agente
Hemocultura.
Cultura LCR
Urinocultura (se infecção tardia ou malformação do trato urinário documentada).
Tratamento
Infecção precoce → ampicilina + aminoglicosídeo.
Infecção tardia → ver padrão do hospital.
Antiestafilocócico + anti-Gram negativos (ex.: oxacilina + gentamicina).
Profilaxia secundária para GBS
� Principal etiologia da pneumonia e sepse neonatais.
Primária → penicilina cristalina antes do parto (obstetra).
Cultura perineal entre 35-37 semanas.
Penicilina se
Cultura +.
Cultura há mais de 5 sem do parto.
Cultura com resultado desconhecido.
Parto prematuro.
Ruptura de membranas > 18h.
Febre durante trabalho de parto.
Conduta no RN assintomático
Corioamnionite?
Sim → ATB + avaliação limitada (hemograma + hemocultura).
Não → havia indicação de profilaxia?
Não → cuidados de rotina.
Sim → mãe recebeu penicilina/ampicilina/cefazolina via IV ≥ 4h?
Sim → observação ≥ 48h.
Não → IG ≥ 37 sem E bolsa rota < 18h?
Sim → obs. 48h.
Não → avaliação limitada + obs. ≥ 48h.
Em resumo
Corioamnionite materna → cultura + ATB.
Profilaxia intraparto indicada
Inadequada: exames se < 37 sem ou BR > 18h; ou
Adequada: rotina neonatal.
Taquipneia transitória do RN
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Palavras-chave
Retardo da absorção do líquido pulmonar: não sinalização da reabsorção do líquido pelas catecolaminas.
Quem?
História
Cesárea eletiva.
RN AT / PT.
Como?
Clínica
Início nas primeiras horas.
Desconforto leve/moderado.
Rápida resolução (<72h).
RX
Congestão hilar.
⬆ da trama vascular.
Líquido cisural; derrame.
Cardiomegalia discreta.
Hiperinsuflação.
Tratamento
Oxigenoterapia
Baixas concentrações → < 40%.
Hood ou CPAP.
Suporte.
Não fazer diuréticos!
Prevenção
Evitar cesarianas eletivas.
Síndrome de aspiração meconial
Etiopatogenia
Asfixia → relaxamento esfincteriano + ⬆ movimentos respiratórios → mecônio na traqueia → aspiração VA inferiores:
Obstrução expiratória → hiperinsuflação pulmonar.
Pneumonite química.
Infecção secundária.
Quem?
História
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LA meconial.
Impregnação meconial nas unhas e no cordão umbilical.
Sofrimento fetal.
Termo e pós-termo.
Como?
Clínica
Início nas primeiras horas.
Desconforto grave.
RX
Infiltrado grosseiro → distribuição aleatória, pulverizada.
Pneumotórax.
Volume pulmonar ⬆.
Pequenas atelectasias.
Tratamento
Suporte ventilatório.
Surfactante.
Complicação
HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE NEONATAL
RV pulmonar permanece ⬆ após nascimento → mantém shunt direita-esq. → cianose + diferença de SatO2 pré e 
pós-ductal.
Tratamento: óxido nítrico inalatório (vasodilatador pulmonar).
Sangue não passa pelo pulmão → O2 não promove melhora.