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1 APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO – ART. 1º REGRA: PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE (LOCUS REGIT ACTUM) É aplicada a lei processual penal brasileira (CPP) a todo crime ocorrido em território nacional. EXCEÇÕES à regra da territorialidade: IRM – Internacional, Responsabilidade e Militar 1. Tratados, convenções e regras de direito internacional; 2. Jurisdição política – aplica a lei de Responsabilidade; 3. Justiça Militar – quem julgará será o Código de Processo Penal Militar; 4. Legislação especial (Ex. Lei Maria da Penha, juizados especiais e drogas). Os crimes de imprensa, bem como os de competência do Tribunal Especial/Nacional, não são aplicáveis, aos primeiros ADPF 130 não recepcionado conforme o STF e ao segundo tacitamente revogado pela CF. Súmula 122 - compete a justiça federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, "a", do código de processo penal. APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO – ART. 2º - TEMPO REGIT ACTUM Tempus Regit Actum Atos já praticados – válidos Aplicação imediata das novas normas Isolamento dos atos processuais DIREITO PROCESSUAL PENAL Imunidade diplomática, em crimes praticados no Brasil, de acordo a Convenção de Viena processa-se no pais de origem. 2 SISTEMAS a) Unidade Processual b) Fases Processuais c) Isolamento dos Atos Processuais (#adotado no Brasil) Isolamento: atos concatenados, que permite a adoção de nova lei logo após o término de um ato, ou seja, a lei incide logo após seu surgimento. No processo penal não existe a preocupação com a data do fato, se a lei beneficia o réu ou não, nem com a retroatividade ou ultratividade da norma (aplicação de uma lei (ou dispositivo de lei) que já foi revogada em casos que ocorreram durante o período em que esta estava vigente). Pode existir uma nova norma que possua um caráter hibrido, que se caracteriza por não ser uma norma puramente processual penal, visto que ela tem em sua disposição um caráter de processo penal, mas também possui um caráter de direito material. NOTA: A doutrina dispõe que em casos de normas híbridas irá prevalecer o seu caráter de Direito Penal, DEVENDO verificar se há ou não prejuízo ao réu. As normas previstas no Código de Processo Penal de natureza híbrida, ou seja, com conteúdo de direito processual e de direito material, devem respeitar o princípio que veda a aplicação retroativa da lei penal, quando seu conteúdo for prejudicial ao réu. Exemplos: 1. A extinção de punibilidade, além de ser tratada no Direito Processual Penal, também possui caráter de Direito Penal. 2. Prisão: possui um título no processo penal, mas também é vista em Direito Constitucional, por este tratar de presunção de inocência. NORMAS PURAMENTE PROCESSUAIS PENAIS Efeito imediato Atos praticados válidos NORMAS MISTAS – PENAL E PROCESSUAL PENAL 3 Incide as regras do direito penal Considera data do fato Benéfica Retroatividade ou Ultratividade EXCEÇÃO DA APLICAÇÃO IMEDIATA Ademais, o prazo já iniciado, regula-se pela Lei anterior, se nova lei prescrever prazo menor. Art. 3º, LICPP: O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal. INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA NORMA Interpretar: é dar o real sentido da norma. Integrar: suprime as lacunas deixadas pelo legislador. FORMAS DE INTERPRETAÇÃO: 1. Autêntica ou legislativa: procede da lei e possui forma obrigatória. 2. Jurisprudencial ou judicial: conjunto de manifestações judiciais sobre determinado assunto legal. 3. Doutrinária ou científica: entendimentos dados aos dispositivos legais pelos escritores. Art. 3º, CPP: A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito. Art. 4º - LINDB: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Costumes: regras praticadas de modo geral, constante e uniforme (elemento interno), com a sua obrigatoriedade (elemento externo), mas não tem o condão de revogar normas. Princípios Gerais de Direito: são premissas éticas que são extraídas da legislação e do ordenamento, permitida no Código Processo Penal. Interpretação Analógica: é uma forma de interpretação, quando a própria lei permite a interpretação analógica, prevendo uma hipótese de preenchimento. Interpretação Extensiva: é a ampliação do sentido de uma norma, para que seja possível que ela alcance todo o efeito que se espera dela. Exemplos de interpretação extensiva: extensão do impedimento/suspeição do juiz aos jurados do Tribunal do Júri. Analogia: forma de integrar aquilo que já existe nas normas. 4 • ANALOGIA LEGIS: aplica-se a uma situação já prevista em lei. • ANALOGIA JURIS: aplica-se a uma situação prevista pelos princípios jurídicos extraídos das normas particulares. • ANALOGIA IN BONAM PARTEM: em benefício do agente. • ANALOGIA IN MALAM PARTEM: em prejuízo do agente. • APLICAÇÃO DA ANALOGIA NO DIREITO PENAL: SÓ é admitida a analogia in bonam partem. • APLICAÇÃO DA ANALOGIA NO DIREITO PROCESSUAL PENAL: admitida qualquer forma de analogia. IMUNIDADES PROCESSUAIS PENAIS É uma imunidade que certas pessoas têm com relação à aplicação da lei. Imunidade Diplomática: Regras do Direito Internacional Público. Ex. Convenção de Viena Imunidade Parlamentar: Direito Público Interno PARLAMENTARES CARACTERÍSTICAS Julgamento compete ao STF Art. 53, CF Imunidade parlamentar – Absoluta (natureza material) São invioláveis civil e penalmente, por quaisquer opiniões, palavras ou votos. 5 Qualquer forma de manifestação (escrita ou falada), desde que no exercício da função É irrenunciável, pois decorre da prerrogativa da função e não da pessoa. Imunidade parlamentar – Relativa (natureza formal) a) Garantia contra instauração de processo (Art. 53, §§ 3º a 5º, CF): A respectiva Casa é quem autoriza o processamento ou a sustação; O pedido de sustação será analisado num prazo de 45 dias; Sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. b) Imunidade Prisional; Não poderá ser preso, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos em 24 horas à Casa respectiva para que pelo voto da maioria resolva a prisão. c) Foro especial por prerrogativa de função (Art. 53, § 1º, CF) d) Imunidade para servir como testemunha Deputado ou senador pode agendar horário para prestar o testemunho. Já se esse deputado ou senador forem os presidentes das casas, os depoimentos serão por escrito. DIPLOMÁTICAS São imunes: os chefes de Estado, representantes de governos estrangeiros, agentes diplomáticos, pessoal técnico e administrativo das representações, os familiares e os funcionários de organismos internacionais (ONU, OEA, entre outros); • Os empregados particulares dos agentes diplomáticos não possuirão imunidade criminal, salvo se houver tratado que a estabeleça. Objeto: imunidade da jurisdição criminal dos países em que exercem suas funções (não é processado, nem julgado, nem preso, nem obrigado a depor etc.), salvo se for em razão de sua função. – É renunciável, mas apenas se o país de origem realizar essa renúncia, então o Brasil poderá incidir seus regramentos sobre aquele diplomata. 6 REFERÊNCIA AULAS ASSISTIDAS BRASIL. Código de Processo Penal, DECRETO-LEI Nº 3.689/1941. Brasília, 3 de outubro de 1941. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm> BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.Brasília, 5 de outubro de 1988 Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.> BRASIL. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, DECRETO-LEI Nº 4.657/1942. Brasília, 5 de setembro de 1942. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm> BRASIL. Supremo Tribunal Federal. STF. Disponível em:< http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp> BRASIL. Superior Tribunal da Justiça. STJ. Disponível em:< https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/>
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