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AQUISIÇÃO E PERDA DA POSSE FELIPE MOURA 1 2 3 Aquisição da posse - art. 1204, CC: momento de início da posse. Reforça a teoria objetiva da posse. É a situação fática que a posse é adquirida através do exercício de fato de poderes inerentes ao da propriedade em nome próprio; Espécies de aquisição: aquisição originária (não há relação jurídica com o antecessor da posse, não existe vínculo entre o possuidor anterior e o possuidor atual. Aquisição da posse sem nenhum tipo de autorização do possuidor anterior) e aquisição derivada (caracteriza-se a aquisição derivada ou bilateral quando a posse decorre de um negócio jurídico, existe vínculo entre o possuidor anterior e o atual). Meios de tradição da posse: tradição real (envolve a entrega efetiva e material da coisa. Tradição propriamente dita), tradição simbólica (traduzida por atitudes. Ex.: entrega das chaves do imóvel. Tradição simbólica da coisa) e tradição ficta (decorre exclusivamente de um ato de vontade. Ex.: cláusula constituti no contrato de compra e venda de bem imóvel); Constituto possessório: há constituto quando o vendedor transferindo a outrem o domínio da coisa conserva-a em seu poder, mas agora na condição ou qualidade de locatário. A cláusula constituti não se presume. Deve constar inequivocamente do ato ou resultar da estipulação que a pressuponha, ou seja, quando pelo contrato o adquirente do bem já tem para si a transferência da posse indireta da coisa, o possuidor direto continua com o domínio físico sobre a coisa, mas também já transferiu a posse daquele bem. A cláusula serve como garantia p/ transferência da posse do bem; Traditio brevi manu: o contrário da constituti, pois se configura quando o possuidor de uma coisa alheia passa a possuí-la como própria. Quando a propriedade é transferida para quem já possuía posse direta. Não há necessidade de tradição, pois, o possuidor já possui a coisa; Acessão de posse: sucessor a título universal (há obrigatoriamente a soma das posses. Aquele que adquire a posse através de herança, portanto, irá continuar a posse que era anteriormente exercida pelo seu antecessor) e sucessor a título singular (pode escolher se inicia uma posse nova ou se soma a sua posse com a de seu antecessor. Se o sucessor escolher pela soma, o sucessor irá adquirir a posse com todos os vícios presentes até o momento. Se o sucessor escolhe pela posse nova, não se contabiliza os vícios). ART. 1206, CC: os herdeiros ou legatários recebem a posse do mesmo jeito que era exercida pelo antecessor; ART. 1207, CC: o sucessor a título singular pode escolher se quer posse nova ou a soma com a do antecessor; Obs.: herdeiro é quem recebe quinhão hereditário. Legado é quem recebe bem certo e determinado. AQUISIÇÃO E PERDA DA POSSE FELIPE MOURA 4 Exceção ao ART. 1203, CC: da maneira que a posse foi adquirida ela continua. Mas, a natureza da posse adquirida pode ser modificada; Princípio da Saisine – art. 1784, CC: quando o indivíduo deixa de existir (morte), também deixa de existir capacidade jurídica e os direitos titularizados pelo mesmo serão transmitidos no mesmo instante para os herdeiros (partilha dos bens, processo de inventário etc – regularização da situação fática anteriormente existente). A propriedade e os direitos são transmitidos no momento em que ocorre a morte do antecessor. Essa transmissão dar-se-á a titulo universal (todos os herdeiros legítimos passam a ser titulares de todos os direitos que eram titularizados pelo autor da herança, só posteriormente quando houver a partilha é que ficará definido “o que é de cada um”, até então os herdeiros são condôminos de todos os bens deixados em herança); A transmissão da posse pela sucessão apresenta duplo aspecto. Na que opera mortis causa, pode haver sucessão universal e a título singular. Dá-se a primeira quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou parte-alíquota (porcentagem) dela. Pode ocorrer tanto na sucessão legítima como na testamentária. Na sucessão mortis causa a título singular, o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado, denominado legado. A sucessão legítima é sempre universal, a testamentária pode ser universal ou singular; Se o sucessor recebeu a sucessão por título universal (quinhão hereditário), receberá a posse da maneira que era exercida pelo autor da herança, se o sucessor recebeu a sucessão a título singular (legado), poderá escolher se quer unificar a posse anterior ou se quer exercer posse nova a partir da sucessão; Perda da posse – 1223 e 1224, ambos do CC: usar, gozar, dispor ou reivindicar. Havendo a perda de um desses poderes independentemente da vontade ou não do possuidor, deixa de ter posse sobre aquela coisa. Somente será considerado esbulhado quando for impedido de exercer posse sobre aquele bem; Extinção da posse: perda da coisa (extinção total da coisa, não existe mais a possibilidade do exercício de posse sobre a mesma), perecimento da coisa (extinção parcial, coloca a coisa impossível de ser usada ou lhe diminua o valor p/ o fim que se destina), abandono (alguém que não quer mais a posse de determinada coisa e abandona. Vale ressaltar que a coisa perdida não equivale a coisa abandonada), transmissão da posse (perda da posse por transmissão, pode dar-se de maneira voluntária – transmissão da posse pela vontade e involuntária – a posse é transmitida independentemente da vontade), tomada da posse por outrem (se outra pessoa passa a exercer a posse, o possuidor originário perde o direito de exercer posse sobre a coisa. Ocorre com o decurso do tempo, de forma gradativa) e a classificação da coisa como bem fora do comércio (se a coisa deixa de ter valor. Não pode ser possuidor desse tipo de bem, pois, não existe valor no comércio);
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