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DIREITO CIVIL 
PROFESSOR CRISTIANO SOBRAL 
PROFESSORCRISTIANOSOBRAL@GMAIL.COM 
WWW.PROFESSORCRISTIANOSOBRAL.COM.BR 
 
 
Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 1 
 
AUTOR DOS LIVROS: DIREITO CIVIL SISTEMATIZADO. 
2ª EDIÇÃO. EDITORA GEN/FORENSE E COMO SE 
PREPARAR PARA A OAB/FGV. ED. GEN/MÉTODO. 
 
LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO 
ATENÇÃO! LEI 12.376 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. 
A ementa do Decreto-Lei 4657/42, passa a 
vigorar com a seguinte redação: “Lei de Introdução às 
normas do Direito Brasileiro”. 
Conceito da LINDB 
Apesar de seu nome, a LICC não se aplica apenas 
às normas de direito civil, possui um âmbito muito 
maior. Em matéria de aplicação de leis, por exemplo, 
suas normas se destinam não só ao Direito Privado, 
mas também ao Direito Público e ao Direito 
Internacional, na ausência de qualquer outro preceito. 
Muito comum em provas: Trata-se de um 
conjunto de normas sobre normas (LEX LEGUM). Sua 
função é orientar desde a elaboração e modo de 
aplicação, até a vigência da lei no tempo e no espaço 
apresentando critérios para a solução de eventuais 
conflitos, estabelece base interpretativa para a 
garantia da eficácia do ordenamento jurídico e ainda o 
suprimento lacunas. 
OBS: LINDB POSSUI CARÁTER AUTÔNOMO EM 
RELAÇÃO AO CC/02. 
 
Estrutura da Lei de Introdução ao Código Civil: 
 
Arts. 1º e 2º – Vigência das Normas 
Art. 3º – Obrigatoriedade das Normas 
Art. 4º – Integração da Norma 
Art. 5º – Interpretação da Norma 
Art. 6º – Aplicação da Norma no Tempo (direito 
intertemporal) 
Arts. 7º a 19 – Aplicação da Lei no Espaço (direito 
internacional privado) 
 
 
Vigência da Lei 
Início 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa 
a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois 
de oficialmente publicada. 
OBS: O NASCIMENTO DA LEI OCORRE COM A SUA 
SANÇÃO E POSTERIOR PROMULGAÇÃO, MAS 
SOMENTE COM A SUA PUBLICAÇÃO QUE SE DEFINE A 
SUA VIGÊNCIA. 
A lei passa por um processo antes de sua 
vigência (elaboração, promulgação e publicação). 
Após tal processo, a mesma passa a valer no término 
da vacatio legis (prazo razoável para se ter 
conhecimento da lei) = Dormência. 
 Promulgação= nascimento da norma 
 Publicação= determina termo inicial da 
vacância 
 Vacatio Legis= Durante o prazo da vacatio a lei 
não tem obrigatoriedade e deve ser computada de 
acordo com o § 1º do art. 8º da Lei Complementar n. 
95/1998. 
 
 “Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma 
expressa e de modo a contemplar prazo razoável 
para que dela se tenha amplo conhecimento, 
reservada a cláusula ‘entra em vigor na data de sua 
publicação’ para as leis de pequena repercussão.§ 1º 
A contagem do prazo para entrada em vigor das leis 
que estabeleçam período de vacância far-se-á com a 
inclusão da data da publicação e do último dia do 
prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua 
consumação integral.” 
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a 
obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se 
inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
(Vide Lei 2.145, de 1953) 
§ 2o A vigência das leis, que os Governos 
Estaduais elaborem por autorização do Governo 
Federal, depende da aprovação deste e começa no 
DIREITO CIVIL 
PROFESSOR CRISTIANO SOBRAL 
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prazo que a legislação estadual fixar. (Revogado pela 
Lei nº 12.036, de 2009). 
Provas: O artigo 1º da LINDB não foi revogado pelo 
art.8º da LC 95/98 
Como contar o prazo da vacatio? 
 Art. 8o A vigência da lei será indicada de forma 
expressa e de modo a contemplar prazo razoável para 
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a 
cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" 
para as leis de pequena repercussão. 
 § 1o A contagem do prazo para entrada em vigor 
das leis que estabeleçam período de vacância far-se-
á com a inclusão da data da publicação e do último 
dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente 
à sua consumação integral. (Parágrafo incluído pela 
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
Atenção meus amigos! 
§ 2o As leis que estabeleçam período de vacância 
deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor 
após decorridos (o número de) dias de sua publicação 
oficial’ .(Parágrafo incluído pela Lei Complementar nº 
107, de 26.4.2001) 
O art. 2044 do CC/02 violou a regra acima. 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer 
nova publicação de seu texto, destinada a correção, o 
prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
O objetivo do parágrafo acima é destacar que o 
período de vacatio propicia oportunidade para a 
correção de impropriedades ou inadequações do 
texto legal. 
 
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro 
Procuradoria Geral de Justiça 
XXV concurso para ingresso na classe inicial da 
carreira do Ministério Público 
Prova escrita preliminar – 20.01.2002 
O novo Código Civil foi publicado em 11 de janeiro de 
2002, entrando em vigor um ano após a sua 
publicação. Se, durante o período da vacatio legis, 
forem feitas correções em normas do direito de 
família, publicadas em 1° de outubro de 2002, indaga-
se quando entrarão em vigor: 
a) As normas alteradas? 
b) As normas relativas ao direito das obrigações? 
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA, 
segundo a legislação vigente, desnecessária a consulta 
ao novo Código Civil. 
a) 1º de outubro de 2003, porque com a nova 
publicação ela se submete a uma nova vacatio. Se 
fosse correção de erros, somente por lei nova. 
b) Se não foram objeto de mudança, entrarão em 
vigor em 11 de janeiro de 2003. 
Correção após a vigência da lei 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor 
consideram-se lei nova. 
OBS: CORREÇÃO DO TEXTO. 
1. DURANTE A VACATIO: reinício do prazo do 
vacatio apenas para o dispositivo republicado. 
2. APÓS A VACATIO: lei nova. 
Finalizo o artigo! 
Vale mencionar que os atos normativos 
administrativos (decretos, resoluções e regulamentos) 
entram em vigor na data de sua publicação no órgão 
oficial da imprensa, conforme determina o Decreto n. 
572 de 1890 e o caput do art. 8º da Lei Complementar 
n. 95/1998, pois se trata de lei de pequena 
repercussão. 
Término da vigência 
Regra: A lei tem caráter permanente e irá perdurar 
até a sua revogação. 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei 
terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
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A lei transparece no artigo o Princípio da 
continuidade, sendo excepcionado quando a lei tiver 
vigência temporária. 
Espécies de revogação 
Quanto à abrangência 
 Ab-rogação 
 Derrogação 
Ex: Art.2045 CC/02 
Quanto à forma 
 Expressa 
 Tácita 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando 
expressamente o declare, quando seja com ela 
incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
LC 95/98. Art. 9o A cláusula de revogação deverá 
enumerar, expressamente, as leis ou disposições 
legais revogadas. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 107, de 26.4.2001) 
Ex: EC 66/2010. 
 
Repristinação 
É a restauração da vigência de uma lei 
anteriormente revogada, em razão da revogação da 
lei anterior. 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei 
terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogadanão se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência. 
Ex: a lei A foi revogada pela lei B e posteriormente a 
lei B foi revogada pela lei C, em razão desse último 
fato, a lei A só voltará a viger se a Lei C dispuser neste 
sentido; se a restauração não for mencionada 
expressamente, a lei A não irá voltar ao seu retorno, 
pois não se admite a repristinação tácita. A esse 
respeito, veja o § 3º do art. 2º da LICC. 
OBS: Conforme exemplificado acima, a repristinação 
apresenta três leis, já no efeito repristinatório existem 
duas leis e uma decisão judicial. Existe uma dada lei A 
que é revogada por uma lei B e esta última é 
declarada inconstitucional pelo STF. 
Antinomias 
Trata-se de um conflito aparente de normas. 
Solução? Critérios. 
1. Hierárquico: CF x CC/02. 
2. Especialidade: Lei 8.078/90 x CC/02. 
3. Cronológico: lei posterior prevalece sobre a 
anterior. Somente se aplica as normas de mesmo 
escalão. 
Atenção! Antinomia de 2ª grau. 
1. Norma Superior Anterior X Norma Inferior 
Posterior= Critério Hierárquico. 
2. Norma Superior Anterior X Lei Inferior 
Especial= Critério Hierárquico. 
3. Normal Especial Anterior X Lei Geral 
Posterior= Critério Especialidade. 
 
 
Obrigatoriedade das leis 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando 
que não a conhece. 
O que significa o princípio iura novat curia? 
Como se diz que ao juiz não é dado desconhecer a lei, 
significa que em tese as partes podem apresentar ao 
magistrado para julgamento somente e 
exclusivamente fatos. As exceções a esse princípio 
são: o direito estrangeiro, estadual, municipal e 
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consuetudinário. 
 
OBS: Art. 139 CC/02 (invalidação se for o único 
motivo do negócio). Erro de Direito, pode ser 
alegado para atenuar a pena no Direito Penal. 
 
Integração ou colmatação da lei. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
O que significa a Proibição do non liquet? Proibição 
do juiz de deixar de sentenciar ou despachar alegando 
lacuna ou obscuridade da lei. 
“Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou 
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas 
legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos 
costumes e aos princípios gerais de direito.” 
Como superar as lacunas? 
1. Analogia: Aplicação de uma norma próxima 
ou de um conjunto de norma próximas 
a) Analogia in legis: é a aplicação de uma norma 
próxima, ou seja, uma norma preexistente a caso 
semelhante que não possua norma específica. 
b) Analogia iuris: é a aplicação de um conjunto de 
normas próximas, visando extrair elementos que 
possibilitem a analogia. 
Requisitos: 
a) Falta de previsão legal 
b) Semelhança entre o caso contemplado e o 
não contemplado. 
c) Identidade Jurídica na essência. 
OBS: NÃO UTILIZAR QUANDO A LEI IMPONHA UMA 
SANÇÃO. EX: DIREITO PENAL. 
OBS: NÃO SE ADMITE A MESMA NOS NEGÓCIOS 
BENÉFICOS. 
2. Costume: É a repetição, de maneira constante 
e uniforme (elemento objetivo), em razão da 
convicção (elemento subjetivo) de sua 
obrigatoriedade. 
Espécies 
a) Praeter legem: aquele que é aplicado 
subsidiariamente em razão da omissão da lei. Sua 
aplicabilidade se dá em razão da existência de lacuna 
na lei; 
b) Secundum legem: terá aplicabilidade quando o 
próprio legislador determinar. Ex: Arts. 569 II e 596 
CC/02. 
OBS: Art. 17 LINDB. As leis, atos e sentenças de 
outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando 
ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes. 
OBS: Desuetudo: Grande tempo sem a lei ser 
aplicada. Digo que a lei não perde sua eficácia pelo o 
seu não uso. Aproveito para destacar que a prática 
reiterada em sentido contrário da lei não revoga a 
mesma. 
 
3. Princípios: Sem poder usar a analogia, os 
costumes o juiz irá se valer dos princípios. 
4. Equidade: Compreende justiça. Trata-se de 
um temperamento para suprir a lei imperfeita ou 
mitigar seu comando rígido. 
OBS: É ELEMENTO AUXILIAR. 
Art. 127 CPC. O juiz só decidirá por equidade nos 
casos previstos em lei. 
 
Equidade. – Art. 127 do Código de Processo Civil. A 
proibição de que o juiz decida por equidade, salvo 
quando autorizado por lei, significa que não haverá de 
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substituir a aplicação do direito objetivo por seus 
critérios pessoais de justiça. Não há de ser entendida, 
entretanto, como vedando se busque alcançar a 
justiça no caso concreto, com atenção ao disposto no 
art. 5º da lei de introdução. 
Cláusula penal. Art. 927 do Código Civil. 
Não se exigirá seja demonstrado que o valor dos 
prejuízos guarda correspondência com o da multa, o 
que implicaria sua inutilidade. 
E dado ao juiz reduzi-la, entretanto, ainda não se 
tenha iniciado a execução do contrato, quando se 
evidencie enorme desproporção entre um e outro, em 
manifesta afronta às exigências da justiça (REsp n. 
48.176/SP. rel. Ministro Eduardo Ribeiro. 3ª Turma. j. 
em 12.12.1995. DJ, 08.04.1996, p. 10.469). 
 
Interpretação das normas jurídicas 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins 
sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum. 
A interpretação é o método para se 
compreender o significado do dispositivo legal. Assim 
essa poderá ser: 
Quanto à sua origem, pode ser: 
Autêntica – quando seu sentido é explicado por outra 
lei; 
Doutrinária – quando seu sentido provém dos 
doutrinadores; 
Jurisprudencial – quando feito pela jurisprudência. 
Quanto ao método: 
Gramatical – quando baseada nas regras de 
linguística; 
Lógica – visando reconstituir o pensamento do 
legislador; 
Histórica – estudo da relação com o momento em que 
foi editada; 
Sistemática – harmonização do texto em exame com 
o sistema jurídico como um todo. 
Teleológica ou social – são examinados os fins para os 
quais foi a lei editada. 
Quanto ao resultado: 
Declaratória – quando se limita a dizer qual é o 
sentido da lei; 
Restritiva – quando o legislador disse mais do que 
queria dizer, obrigando o intérprete a restringir o 
sentido da lei; 
Ampliativa – quando o legislador disse menos do que 
queria dizer, cabendo ao intérprete ampliar o sentido 
da lei. 
 
Conflito das leis no tempo 
Solução: 
1. Disposições transitórias 
2. Irretroatividade das leis 
Teoria de Gabba: Aplica-se a lei nova aos fatos 
futuros como também às partes posteriores dos 
fatos pendentes, não atingindo aos fatos pretéritos. 
Vejamos: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei 
nº 3.238, de 1º.8.1957) 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já 
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei nº 3.238, de 
1º.8.1957) 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os 
direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa 
exercer, como aquêles cujo comêço do exercício 
tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. (Parágrafo incluído 
pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a 
decisão judicial de que já não caiba recurso. 
(Parágrafoincluído pela Lei nº 3.238, de 1º.8.1957) 
OBS: Enunciado 109 III CJF 
109 – Art. 1.605: a restrição da coisa julgada oriunda 
de demandas reputadas improcedentes por 
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insuficiência de prova não deve prevalecer para inibir 
a busca da identidade genética pelo investigando. 
 
EXERCÍCIOS 
01. (DPE_ES_2009/CESPE). Acerca da interpretação 
da lei, julgue os itens a seguir. 
(A) A analogia jurídica fundamenta-se em um 
conjunto de normas para extrair elementos que 
possibilitem sua aplicabilidade ao caso concreto não 
previsto, mas similar. Certo. 
(B) Consideram-se leis novas as correções de texto de 
lei já em vigor. Certo. 
(C) A lei nova que dispõe sobre regras especiais 
revoga as regras gerais sobre a mesma matéria. 
Errado. 
(D) O direito brasileiro não aceita o efeito 
repristinatório da lei revogada. Certo. 
(E) Quando o conflito normativo for passível de 
solução mediante o critério hierárquico, cronológico e 
da especialidade, o caso será de antinomia aparente. 
Certo. 
02. Com base na Lei de Introdução às normas do 
Direito Brasileiro, assinale a alternativa incorreta. 
(A) A lei do país em que for domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre o começo e o fim da 
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família. 
(B) Realizando-se o casamento no Brasil, será 
aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos 
dirimentes e às formalidades da celebração. 
(C) Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais 
a que ela se dirige e às exigências do bem comum. 
(D) Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de 
acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito. 
(E) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade de lei 
brasileira, quando admitida, se inicia 2 (dois) meses 
depois de oficialmente publicada.

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