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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
	1 - JUSTIÇA DO TRABALHO: ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA
Referência Legislativa Básica: Constituição Federal arts. 111 ao 117
Organização da justiça do trabalho:
Art. 111 da CF – “São órgãos da Justiça do Trabalho:
 - o TST (Tribunal Superior do Trabalho);
 - os TRT’s (Tribunais Regionais do Trabalho); e 
 - os Juízes do Trabalho”.
	 OBSERVAÇÕES:
	1) Na justiça do trabalho não há divisão em entrâncias, ou seja, não há divisões judiciárias pela maior ou menor quantidade de processos que existam nas comarcas, como ocorre na justiça comum estadual; e
	2) Não existem órgãos especializados na primeira instância da Justiça do Trabalho. Em virtude disso todos os juízes do trabalho julgam quaisquer controvérsias da competência inicial do juízo monocrático.
A EC 45 introduziu o artigo 111- A, que ampliou o número de Ministros para de 17 para 27 e ainda, no § 2º, estabeleceu o funcionamento de dois órgãos junto ao TST. São eles: 
1 – A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrado: (regulamenta os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira da magistratura);
2 – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho; suas decisões tem efeito vinculante).
- O artigo 111 da CF, ao tratar do primeiro grau de jurisdição se refere à “Juízes do Trabalho” e não “Varas do Trabalho”.
 - Art. 112 CF – A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Ou seja, a EC 45 eliminou a necessidade de pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho para cada Estado e estabeleceu expressamente que o recurso da decisão do juiz de direito investido de jurisdição trabalhista será apreciado pelo TRT.
	CURIOSIDADE: 04 Estados brasileiros não possuem Tribunais Regionais do Trabalho, quais sejam: Tocantins, Acre, Roraima e Amapá. O Estado de São Paulo é o único que possui dois Tribunais Regionais. (vide artigo 674CLT).
 - Art. 115 da CF: estabelece que os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos por, no mínimo, 07 juízes e ainda, determina que os Regionais instalarão justiça itinerante, realizando audiências e atividades jurisdicionais nos limites territoriais da respectiva jurisdição. (§ 1º art. 115 CF) e que poderão funcionar de forma descentralizada, por meio de Câmaras Regionais, a fim de assegurar o pleno aceso à Justiça (§ 2º art. 115CF).
	Importante destacar aqui que o § 1º do art. 115 da CF estabelece uma obrigação aos Regionais, enquanto que o § 2º do mesmo artigo estabelece uma faculdade.
	CURIOSIDADE: se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz, segundo o qual o juiz que instrui o processo ficará vinculado ao julgamento. 
Competência da justiça do trabalho: 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1.º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2.º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3.º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
OBSERVAÇÕES:
- A justiça do trabalho é uma justiça FEDERAL, ESPECIALIZADA E APRESENTA TRÊS INSTÂNCIAS DE JULGAMENTO;
- Funciona de forma regionalizada no país;
- Prestação jurisdicional de primeiro e segundo graus, em matéria trabalhista;
- Total de 24 TRT’s no território nacional;
DIFERENÇA ENTRE MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E JUSTIÇA DO TRABALHO
- Trata-se de três órgãos distintos;
- Ministério do Trabalho e Emprego - órgão do Poder Executivo (administração federal direta), e atua por meio das Delegacias Regionais do Trabalho. Área de competência: 
1 - fiscalização do trabalho e aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas;
2 - política salarial; 
3 - formação e desenvolvimento profissional; 
4 - segurança e saúde no trabalho; 
5 - política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador, bem como para a modernização das relações do trabalho; e 
6 - política de imigração e cooperativismo e associativismo urbanos. 
Destaca-se que, dentre os serviços prestados pelas Delegacias Regionais do Trabalho, estão: a emissão de carteira de trabalho, a concessão de seguro-desemprego e a homologação de rescisões contratuais.
 - Ministério Público do Trabalho (MPT): é um dos ramos do Ministério Público da União. Atua principalmente nas áreas de erradicação do trabalho infantil, combate ao trabalho escravo e a todas as formas de discriminação no trabalho, preservação da saúde, segurança do trabalhador e regularização do trabalho do adolescente, do indígena e dos contratos de trabalho em geral. Sua atuação envolve o recebimento de denúncias, a instauração de procedimentos investigatórios, inquéritos civis públicos e outras medidas administrativas ou o ajuizamento de ações judiciais, quando comprovada a irregularidade. Além disso, o MPT desempenha papel de defensor da lei para intervir nos feitos judiciais em curso nos quais haja interesse público a proteger, emite pareceres em processos de competência da Justiça do Trabalho, participa das sessões de julgamento e ingressa com recursos quando há desrespeito à legislação.

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