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CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ ◉ Leishmaniose ◉ Leishmaniose Tegumentar ◉ Leishmaniose Visceral LEISHMANIOSE CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Características gerais: - Etiologia: protozoário parasita intra- celular do gênero Leishmania - Vetor: mosquito flebotomíneo fêmea Lutzomya longipalpis (mosquito palha) - Doença infecciosa - crônica - Protozoário flagelado - Dois hospedeiros obrigatórios - Habitat: vetor (lúmen do trato digestivo); hospedeiro vertebrado (siste- ma mononuclear fagocitário). - Reprodução: divisão binária A forma de promastigota: microrga- nismos com potencial infectante e flagelados, estando presente no sangue. Quando as células são infectadas, o parasito torna-se amastigota. O parasito possui diversos polimorfismos, tais como promastigota metacíclico, paramastigota, promastigota metacíclico (formas no inseto), amastigota (forma no hospedeiro mamífero). A infecção pode ser assintomática, quando existe um padrão de resposta equilibrado. Existem dois grupos de leishmaniose: - Tegumentar Americana (LTA): doença zoonótica causada por uma diversidade de espécie Leishmania do subgênero Viannia, cuja principais são: L. (V) brasilienses, L. (V) guynensis. - Visceral Americana (LVA): também conhecida como calazar, doença grave e sistêmica que afeta principalmente o fígado e o baço, causada por parasitos do complexo Leishmania Donovani. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Formas promastigotas metacíclicas regurgitadas por mosquitos são depositadas na derme, onde são fagocitados por macrófagos LEISHMANIOSE TEGUMENTAR - Epidemiologia: endêmica em áreas tropicais, subtropicais e Sul da Europa. - Fisiopatologia: O macrófago digere o parasito e o apresenta. O parasita tem o lipofosfoglicano e o GP63 (são estruturas da parede do parasita) que são inibidoras da formação do fagolisossomo. Assim, quando o parasita entra não ocorre a fagocitose. Os parasitas perdem o seu flagelo, transformam-se em amastigotas e se multiplicam assexuadamente. O macrófago, após a fagocitose, faz a apresentação para um linfócito. Antes da apresentação, o linfócito é chamado de NAIVE (LTCD4+). Um linfócito ativo produz citocinas, que dependendo do perfil, o comportamento celular será diferente, apresentando um padrão TH1 (IL-2,IL-12, INF-gama - ativa macrófagos para a produção de NO/H2O2, gerando citotoxidade-, TNF-alfa - vasodilatação) ou TH2 (IL-5, IL-13, IL-10,IL-4). O IL-10 faz o controle do IFN-gama, modulando a ativação de macrófagos e controlando a citoxidade e morte celular. TGF-beta e IL- 10 (proliferação celular) é uma citocina típica do padrão TH3. A parasitemia que apresenta padrão TH1 é baixa, pois há mecanismos de morte do parasito, por causa disso, um exame de raspagem cutânea pode gerar um falso- negativo, em um caso de tegumentar clássica, muco-cutânea. Na tegumentar difusa, há apenas o padrão TH2, causando uma alta parasitemia. Promastigotas dentro do fagolisossomo se transformam em amastigotas, que se multiplicam no macrófago. A célula hospedeira é rompida liberando amastigotas que são fagocitados por outros macrófagos. Macrófagos infectados com Leishmanias do subgênero Viannia (espécies das Américas) contém menos parasitas em vários vacúolos parasitóforos. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Durante a resposta inata não há um controle total da doença. Assim, o padrão de resposta imune é adaptativa. Na superfície da probócite o parasito atinge a forma de promastigota metacíclico, forma infectante. Somente promastigotas metacíclicos são infecciosos para os hospedeiro vertebrado!Logo, o responsável pela patologia a imunidade, de modo que o padrão TH1 leva à imunidade e cura , enquanto a resposta TH2 (humoral) leva à formas crônicas. A deposição do parasita na pele ativa o sistema complemento, que se liga à superfície do parasito. Porém a clivagem de o C3b em iC3b não permite a ligação do complemento lítico, por causa da proteína gp63 do patógeno. O complemento, ainda, ajuda na aderência dos promastigotas nos macrófagos (receptor principal CR3 e iC3b - funcionará como receptor). A internalização do parasita inibe a formação do fagolisossoma (através da gp63), produção de NO e radicais livres - A saliva é altamente quimiotática, possuindo um potencial de atração de células do sistema imune, bem como anestésica e vasodilatadora. - Manifestações clínicas: A úlcera típica de leishmaniose cutânea (LC) é indolor e costuma localizar-se em áreas expostas da pele; com formato arredondado ou ovalado; base eritematosa, infiltrada e de consistência firme; bordas bem-delimitadas e elevadas; fundo avermelhado. - Diagnóstico: • Clínico Caraterísticas da lesão e dados epidemiológicos • Laboratorial - Exame direto de esfregaços corados (Giemsa ou Leishman) - Montenegro (intradermoreação) - Cultura A leishmaniose cutânea ou tegumentar representa o acometimento primário da pele. A lesão é geralmente do tipo úlcera, podendo ser única ou múltipla. Já a forma cutânea disseminada é relativamente rara, podendo ser observada em até 2% dos casos. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ A leishmaniose muco-cutânea ou mucosa é caracterizada por lesões destrutivas localizadas nas mucosas das vias aéreas superiores, secundária à lesão cutânea. No diagnóstico laboratorial, as Leishmanias são vistas sob as formas de amastigotas, LEISHMANIOSE VISCERAL Epidemiologia: Fisiopatologia: Manifestações clínicas: - Incidência estimada em 500.000/ano. Cães infectados garantem a transmissão. Nas américas, 90% dos casos têm sido registrados no Brasil. A leishmaniose visceral é mais grave por ser sistêmica - Agente etiológico: flebotomíneos fêmeas; américas: gênero Lutzomyia - Causada por espécies de Leishmania do complexo donovani (L. donovani - velho mundo, L. infantum - américas). - Assintomático, subclínico a forma clássica (variabilidade) - Período de incubação variável: dois a oito meses casos com até quatro anos de evolução - Acomete crianças, ou qualquer faixa etária, predominância masculina. - Doentes graves representam 10 - 20% entre os infectados - A esplenomegalia e hepatomegalia, associadas à anemia e à febre irregular, constitui um dos principais elementos clínicos para o diagnóstico da LV. CAIO CASTRO QUEIROZ @CAIOCASTROQUEIROZ Visceral ou Calazar (L. donovani, L. Infantum/L. chagasi - Brasil) Diagnóstico - Doença crônica - Caracterizada por: • febre irregular longa duração • hepatoesplenomegalia • Icterícia • linfadenomegalia • Anemia com leucopenia (o parasita gera inflamação intramedular - baixa de leucócitos, hemácias e plaquetas pancitopenia) • Hipergamaglobulinemia (TH2 excessivo, aumento da fração gama em relação à albumina, excesso de IgE). • Inversão Albumina/globulina • Clínico Caraterísticas da lesão e dados epidemiológicos • Laboratorial - Sorologias Tratamento Pesquisa: Prevenção - PCR (reação em cadeia da polimerase) permite a identificação da espécie infectante A vacinação contra leishmaniose deve ser aplicada em cães a partir de 4 meses de idade, soronegativos LVC. O protocolo completo deve ser feito com 3 doses, respeitando o intervalo de 21 dias entre cada dose (aplicação). Bons Estudos!!!
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