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Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 1 Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) ASPECTOS GERAIS HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Transmissão TB pulmonar: aérea/inalação (M. tuberculosis). Enquanto as micobactérias atípicas são transmitidas por outras formas (líquido, alimentos e Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 2 excretas corporais). Maioria dos contatos acontece na infância (semelhante a um resfriado), sendo que 95% evoluem para cura, ficando com TB residual/latente (manifesta-se com granuloma calcificado no pulmão). Essa TB residual/latente pode, em algumas condições, virar TB pós- primária (reativação ou reinfecção). Exemplo: criança que foi curada, mas agora já adulto ficou imunussuprimido. Desses pctes, uma porção ficará com sequelas, podendo ter disfunção pulmonar. 5% dos pctes com TB primária NÃO evoluem para cura e desenvolvem TB primária progressiva (TB clinicamente manifesta). TB primária ao RX: aparente infiltrado (opacidade), com complexo linfonodal na região hilar Cura ao RX: granulomazinho calcificado no pulmão, que pode ou não ser reativada mais tarde TB pós primária ao RX: inúmeras alterações. Geralmente acomete adulto Sequelas ao RX: opacidades TB primária progressiva ao RX: manifestação parenquimatosa mais importante. Lembrar que essa forma geralmente acomete crianças, pois a maioria dos contatos com M. tuberculosis acontece na infância. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 3 Somente pela imagem NÃO dá para saber o estágio da TB, ou seja, a imagem não define data de aquisição da TB. HIV +: dificilmente faz lesões escavadas (mais comuns em imunocompetentes). Nesses pctes as linfonodomegalias são mais frequentes. Ou seja, se vermos um RX de um pcte HIV+ e vi linfonodomegalia e derrame pleural, mas não tem escavações, ainda assim pode ser TB pulmonar. TB "PRIMÁRIA" - comum na Pediatria Nesse caso, o pcte apresenta-se com consolidação e linfoadenopatia hilar (às vezes). Mais comum na população pediátrica (primoinfecção) NOVOS CONCEITOS. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 4 A doença se dá por disseminação linfática ⇒ RX: linfonodomegalia hilar (polo linfonodal) + Consolidação parênquima pulmonar (polo pulmonar) Nódulo/polo de Ghon: representa acometimento pulmonar na TB primária Complexo de Ranke (complexo primário da TB) = polo linfonodal + polo pulmonar (nódulo Ghon), ambos do mesmo lado do pulmão TB "PRIMÁRIA PROGRESSIVA" - evolução polo parenquimatoso/pulmonar RX: ↑ região hilar E (polo linfonodal) + Consolidação (polo pulmonar) = COMPLEXO RANKE. Se QC compatível, pensar em TB. Exemplo: criança com quadro semelhante a resfriado, porém, mais arrastado. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 5 5% dos pctes não evoluem para cura e apresentam a TB primária progressiva, caracterizada por um quadro mais arrastado. Pode vir através dos dois polos (pulmonar e linfonodal). Quando evolui do polo parenquimaso, veremos na imagem: Lesões escavadas + ↑ Consolidação + Disseminação miliar (micronódulos). 📚 CASO CLÍNICO: M, 14a, TB pulmonar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 6 RX: Vemos algumas opacidades mal definidas + lesão arredondada à D com ar em seu interior (vide zoom abaixo). HD: TB primariamente progressiva. 📚 CASO CLÍNICO: RX: múltiplos micronódulos com distribuição bilateral e randômica Lesão escavada. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 7 HD: TB com padrão miliar/ distribuição hematogênica (esse pte já tinha dx conhecido de TB). TB "PRIMÁRIA PROGRESSIVA" - evolução polo linfonodal Temos: linfonodopatia hilar (que vão crescendo) e podem cursar com atelectasia (do tipo obstrutiva) secundária do parênquima pulmonar (crescem e podem comprimir brônquio) 📚 CASO CLÍNICO: quadro respiratório, evoluindo aos poucos. RX: ↑ linfonodal na região hilar D, em que linfonodos progrediram e comprimiram a via aérea (2ª imagem), formando uma atelectasia segmentar no pulmão D. TB QUE EVOLUIU PARA "CURA" - TB latente/ residual Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 8 Esse tipo de TB pode vir a ser reativado se o pcte apresentar imunossupressão (HIV+, uso de imunossupressores etc) Como vemos na imagem essa TB latente? Micronódulos calcificados no pulmão + linfonodo calcificado na região hilar= COMPLEXO PRIMÁRIO RESIDUAL 📚 CASO CLÍNICO: M, 32a, nódulo pulmonar a esclarecer. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 9 TC tórax: Complexo primário residual. Lembrar que isso nós podemos ver em qqr idade. Podem ter mais de 1 nódulo calcificado e mais de 1 linfonodo calcificado. Muitoooo comum na prática do nosso dia-a-dia. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 10 TB "PÓS-PRIMÁRIA" - por reativação ou por reinfecção Geralmente pcte reinfectado está com estado imunológico comprometido, mas não necessariamente tem HIV. 💡 Disseminação: Broncogênica/via aérea: TB pós-primária (padrão centrolobular ou, às x, com aspecto de árvore em brotamento) Linfática: TB primária (por isso tem muitos linfonodomegalias). Focos de Simon: focos prévios tido como cicatriciais, mas que ainda contêm bacilos viáveis (granuloma que está só esperando a imunidade ficar comprometida para os bacilos se desenvolverem) ⇒ Analogia: VULCÃO DORMENTE. Isso é o que veremos na imagem. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 11 Esses nódulos com distribuição broncogênica/endobrônquica parecem "árvore em brotamento" (vide image abaixo). Muito visto na TC tórax. 💡 Sempre tendemos a achar que TB acomete segmentos superiores dos pulmões, né!?! MAAAS, isso depende da fase que estamos analisando. Campos pulmonares superiores e posteriores ⇒ TB PÓS-PRIMÁRIA!! VIDRO FOSCO: pode acontecer, mas em somatória com os outros achados. Dificilmente teremos única e exclusivamente somente o vidro fosco na TB. Portanto, se vermos vidro fosco puro, não pensar de cara na TB, pensar em outras doenças. Aspecto de árvore em brotamento. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 12 Sem predileção ⇒ TB PRIMÁRIA (ou seja, em crianças não devemos esperar alterações nos ápices)!! 📚 CASO CLÍNICO: M, 28a, previamente hígido, TB pulmonar. Perceba que no ápice pulmonar E há uma área mais hiperdensa se comparado ao lado contralateral, o que é comprovado pela incidência ápico-lordótica ⇒ Consolidação com aparente área escavada em seu interior. Predileção por campos superiores e posteriores, o que não acontece na primária. HD: TB pós-primária (pcte é adulto e previamente hígido). TC: Vemos consolidação heterogênea com área de escavação no meio + Espessamento brônquico (veja vários micronódulos) com pouquinho de vidro fosco adjacente. 📚 CASO CLÍNICO: M, 50a, TB pulmonar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 13 RX tórax: Consolidação com área de escavação à D + Micronódulos bilateralmente + Derrame pleural (comum na forma pós-primária). Dx: TB PÓS-PRIMÁRIA. TC tórax: Confirma achados já vistos ao RX. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 14 📚 CASO CLÍNICO: M, 46a, TB pulmonar. 📚 CASO CLÍNICO: M, 30a, TB pulmonar. RX tórax: Consolidação heterogênea bilateralmente, predominando nos lobos superiores de ambos os pulmões. TC tórax: Confirma achados já vistos ao RX. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 15 Pcte tem apenas 30 anos, portanto, não podemos dar como 1ª HD o tumor. Devemos pensar primeiro na TB. Se tiver na dúvida só com RX, pedir TC!!! 📚 CASO CLÍNICO: M, 46a, TB pulmonar. RX e TC tórax, respectivamente: Alterações em ambos os pulmões, com lesão escavada gigante no lobo superior E, além de outras menores. RX e TC tórax, respectivamente: Não tinha um quadro radiológico tão florido, mas mesmo assim devemos pensar em TB, pois essa doençaé muito comum em nosso meio. AO RX tinha opacidade única no lado D (semelhante a um nódulo). Pediu-se TC, a qual mostrou uma lesão única com escavação central, com pouquinho vidro fosco adjacente. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 16 Esse pcte é relativamente jovem. Podemos fazer dx diferencial com tumor, mas NÃO podemos deixar de pensar em doenças granulomatosas, como a TB pulmonar. Nesse caso, será feita baciloscopia de escarro, PPD etc. Se tivermos que escolher apenas 1 exame ⇒ ESCOLHEMOS BACILOSCOPIA DE ESCARRO!!! 📚 CASO CLÍNICO: M, 78a, TB pulmonar e ganglionar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 17 Linfonodos mediastinais com centro necrótico - pensar em: Neoplasia pulmonar: disseminação neoplásica secundária TB ganglionar: TB extrapulmonar (a forma de TB extrapulmonar mais comum é a pleural, depois vem a ganglionar). 📚 CASO CLÍNICO: M, 29a, TB. Sinal da Galáxia. TC tórax: pcte idoso, com vários linfonodomegalias mediastinais com centros necróticos (áreas mais pretas que não realçam com contraste). Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 18 Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 19 📚 CASO CLÍNICO: M, 46a, TB. Sinal da Galáxia, halo invertido nodular e sinal do atol. TB pós-primária "crônica": doença que tem alterações pulmonares, mas que não tem mais atividade. O pcte pode estar com TB pós-primária "crônica". Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 20 ⁉ Como saber se esse pcte está ou não em atividade da doença? Na presença dos seguintes achados, pensar em atividade da doença (quadros mais agudos): Nódulos centrolobulares ramificados com aspecto de árvore em brotamento Nódulos mal definidos Consolidação lobar Espessamento septal liso Presença de cavitações Já em quadros mais crônicos da TB pós- primária, teremos: Bronquiectasias Enfisema Distorção broncovascular Bandas fibróticas Impacção brônquica. 📚 CASO CLÍNICO: M, 17a, TB. 02/2016: alterações parenquimatosas, com lesão escavada à E e consolidação heterogênea. 06/2016: RX com alterações mais discretas. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 21 10/2016: tração cranial do hilo E ⇒ Fala a favor de TB latente (pode ser reativada em algum momento). 📚 CASO CLÍNICO: F, 25a, TB. 10/05/2010: Consolidações + Micronódulos com aspecto de árvore em brotamento (vide zoom abaixo). Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 22 09/12/2010: Persistência de um nódulozinho, mas é uma alteração cicatricial (e não nódulo suspeito para CA, pois sei que ela já teve TB e, inclusive, esse nódulo reduziu de volume na TC de 25/04/2011). Evoluiu para cura, ficando apenas achados cicatriciais. Esses achados falam a favor de disseminação BRONCOGÊNICA (micronódulos com aspecto confluente, que depois viram consolidação, e aspecto de árvore em brotamento). 📚 CASO CLÍNICO: M, 57a, antecedente de TB. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 23 Não estamos vendo os hilos pulmonares ao RX, mas se olharmos bem, eles estão deslocados cranialmente ⇒ ☔☔☔ ASPECTO EM GUARDA CHUVA ☔☔☔. Temos tb vários nódulos calcificados em ambos os pulmões, que tb são sequelares + Várias opacidades fibroatelectásicas retráteis ⇒ tudo isso fala a favor de ALTERAÇÃO RESIDUAL DA TB (veja na TC as bronquiectasias, as opacidades retráteis, os deslocamentos craniais dos hilos) COMPLICAÇÕES TARDIAS DA TB JÁ TRATADA Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 24 📚 CASO CLÍNICO: F, 47a. TB prévia já tratada a alguns anos atrás. Hemoptise de grande volume. TC: já tinha lesão escavada (sequela da TB). Presença de imagem sólida dentro da escavação ⇒ Pensar em 2 dx diferenciais: Aneurisma de Rasmussen: comunicação ou proximidade excessiva entre a parede da escavação e o ramo arterial pulmonar. A principal complicação é esse aneurisma se romper, o que gerará o QC de hemoptise de grande monta (pcte pode morrer, pois é uma hemoptise maciça). Excluo esse dx apenas injetando contraste e fazendo decúbito ventral no pcte. Doença fúngica/saprofítica: conhecida por aspergiloma ou bola fúngica. Confirmo o dx virando o pcte de cabeça para baixo e ver se a imagem sólida se desloca dentro da cavidade. FORMA LATENTE DA TB ⁉ Quais pctes rastreamos para TB latente utilizando a TC tórax? Rastreamos alguns pacientes: Pcte que vai usar imunossupressor. Ex.: pcte com AR vai usar anticorpo monoclonal (como o infliximab) e tem chance de ter TB latente ⇒ Usar isonizida Deitado de costas a imagem sólida não apresenta ar em seu inferior, mas deitado de barriga o ar aparece em seu inferior ⇒ Isso significa que essa LESÃO ESTÁ SOLTA DENTRO DA CAVIDADE, ou seja, é uma BOLA FÚNGICA. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 25 📚 CASO CLÍNICO: F, 41a. AR em uso de infliximab. TB pulmonar. 📚 CASO CLÍNICO: M, 55a. Espondilite anquilosante em uso de infliximab. Tto empírico para TB pulmonar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 26 Foi submetido ao tto empírico para TB e observe a melhora na imagem abaixo: Nesse caso, o pcte fez disseminação miliar ⇒ Inúmeros micronódulos distribuídos bilateralmente e de forma difusa. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 27 📚 CASO CLÍNICO: F, 22a. Lúpus recém diagnosticado. Dispneia após pulsoterapia (com corticoide). BAAR + lavado traqueal (ótimo exame e muito específico, mas não é feito em todos os pctes). Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 28 RX tórax: vários nódulos distribuídos bilateralmente. Essa pcte foi submetida à TC tórax: confirmando os achados do RX (nódulos + espessamento septal), mostrando doença em atividade: Essa mesma pcte foi submetida ao tto, em que temos um granuloma calcificado (me diz que pcte já tinha quadro latente e que, provavelmente, pcte ficou imunossuprimida nessa pulsoterapia e apresentou TB reativada): Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 29 TUBERCULOSE IMUNOSSUPRIMIDOS Lembrar que a imunossupressão é um dos poucos fatores que estão diretamente correlacionados com padrão de imagem: Quanto melhor o estado imunológico do pcte, mais semelhante será o padrão radiológico da TB típica (escavações e consolidações heterogêneas etc..). Quanto pior o estado imunológico, mais longe do padrão típico será o padrão imagenológico desse pcte. Ou seja, pacientes com os seguintes achados apresentarão manifestações atípicas da TB pulmonar: HIV/ SIDA (achados atípicos com LT CD4 < 200/mm3) Drogas imunossupressores (corticoides e inibidores TNF-alfa) Desnutrição, alcoolismo, doenças neoplásicas, IR e DM. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 30 📚 CASO CLÍNICO: F, 27a. HIV+. TB pulmonar. Essa pcte, mesmo sendo HIV+, possui escavação (padrão de imagem semelhante ao de um imunocompetente). Portanto, podemos inferir que sua contagem de LT CD4 está próxima do normal. 📚 CASO CLÍNICO: M, 40a. HIV+. TB pulmonar. ACHADOS ATÍPICOS. Lembrar que escavações são mais comuns em imunocompetentes. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 31 Esse pcte apresenta, na TC tórax, vários linfonodomegalias necróticas (vide zoom abaixo), o que não é comum em imunocompetentes, mas em imunocomprometidos ⇒ Doença ganglionar muito importante!!! Além disso, esse pcte apresenta baço com microabscessos (manifestações extrapulmonares), vide zoom abaixo: Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 32 Linfonodomegalias necróticas. Baço com microabscessos. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 33 🥴 PCTE IMUNOCOMPROMETIDO COM TB: geralmente apresenta poucas alterações pulmonares e várias manifestações extrapulmonares (ganglionar, pleura, baço etc...). 📚 CASO CLÍNICO: M, 29a. HIV+. TB. Proeminência das regiões hilares, bilateralmente.Em perfil vemos uma aparente imagem nodular. Foi para TC, confirmando que realmente havia linfonodomegalia na região hilar. E no parênquima pulmonar havia alguns micronódulos com aspecto de árvore em brotamento. Portanto, envolvimento linfonodal (TB ganglionar) + pulmonar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 34 📚 CASO CLÍNICO: M, 29a. HIV+. TB. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 35 📚 CASO CLÍNICO: M, 20a. HIV+ e TB miliar. Lavado traqueal BAAR +++. Mesmos achados do caso anterior (imediatamente acima): Proeminência linfonodos mediastinais e muita doença pulmonar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 36 Presença de vários micronódulos com distribuição difusa e bilateral. � Diferença de distribuição hematogênica e broncogênica: Distribuição hematogênica (Padrão miliar) → Inúmeros micronódulos distribuídos de maneira difusa e simétrica nos dois pulmões. Distribuição broncogênica → Agrupamentos/clusters de nódulos distribuídos nos dois pulmões (pode ter somente em 1 pulmão tbm), mas NÃO são nódulos distribuídos de forma simétrica e difusa (como no padrão miliar). São micronódulos com tendência à confluência, com aspecto de árvore em brotamento ou somente centrolobulares (distribuição bilateral e assimétrica). 📚 CASO CLÍNICO: M, 20a. HIV+ e TB miliar. Lavado traqueal BAAR +++. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 37 Esse padrão é de distribuição hematogênica: inúmeros micronódulos distribuídos difusamente nos dois pulmões, de forma simétrica. Tinha tbm algumas lesões escavadas. Portanto, TB miliar (se TB, posso inferir que pcte é imunossuprimido). 💡 Pcte chega para mim com a imagem acima, com padrão miliar. Não posso concluir de cara que o dx é TB, pois pode ser neoplasia etc. MAAAS, se pcte tem quadro nitidamente infeccioso e tem imagem com padrão miliar, devo procurar ativamente imunossupressão!!! 📚 CASO CLÍNICO: M, 30a. HIV+ e TB ganglionar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 38 📚 CASO CLÍNICO: M, 75a. Neoplasia pulmonar em quimioterapia. BAAR + lavado traqueal. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 39 TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR 📚 CASO CLÍNICO: M, 53a. Desconforto respiratório leve e febre. PPD forte reator. TB pericárdica. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 40 Dx: pericardite tuberculosa. Pcte tinha linfonodos mediastinais necróticos. 📚 CASO CLÍNICO: M, 53a. TB pulmonar e pleural. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 41 Derrame pleural loculado à E, pois ao deitar o pcte de lado, a morfologia do derrame não se alterou. Dx: TB pleural. Também tinha alguns micronódulos com padrão de disseminação broncogênica. 📚 CASO CLÍNICO: M, 53a. TB pulmonar e espondilodiscite. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 42 TC coluna: Destruição espaço discal + Abscessos paravertebrais (vide zoom abaixo, marcados pelos asteriscos): Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 43 Dx: Espondilodiscite por TB osteoarticular (infecção espaço discal que se estende p/ vértebras adjacentes e pode evoluir para abscessos partes moles paravertebrais). Temos 2 agentes etiológicos que frequentes na Espondilodiscite: Estafilococos Micobacterium tuberculosis. � Espondilodiscite: sempre inicia-se no espaço discal e se extende para vértebras adjacentes. POR QUÊ?? Pq o disco intervertebral tem uma maior vascularização. Epônimo: MAL DE POTT (infecção na coluna causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e, por isso, também pode ser denominada TB óssea na coluna). Provavelmente, há repercussão neurológica!!! Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 44 Dx: TB pulmonar e ostearticular. RX apresenta distribuição miliar. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 45 Padrão de DISTRIBUIÇÃO HEMATOGÊNICO. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 46 📚 CASO CLÍNICO: F, 35a. TB pulmonar com comprometimento brônquico (broncoscopia + biópsia). Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 47 Espessamento irregular da parede brônquica, quase obstruindo o brônquio, devido ao processo inflamatório por granuloma caseoso. Pode obstruir e gerar atelectasia obstrutiva, por exemplo. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 48 📚 CASO CLÍNICO: F, 22a. Ttos para pneumonia sem melhora. TB pulmonar e traqueobrônquica. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 49 MICOBACTERIOSES ATÍPICAS Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 50 Transmissão TB atípica: contaminação com água contaminada e solo (e não de pessoa a pessoa, como na TB típica). Importante diferenciá-las das típicas, pois a terapêutica muda. O tto da TB atípica é mais longo. 📚 CASO CLÍNICO: M, 84a. Dispneia progressiva. LBA (lavado broncoalveolar): BAAR + e cultura mostrou M. fortuitum. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 51 📚 CASO CLÍNICO: F, 60a. Mycobacterium avium intracellulare complex (MAC). Várias BRONQUIECTASIAS + nódulos. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 52 💡 NÃO é possível diferenciarmos os agentes etiológicos usando somente a imagem, precisamos fazer cultura (BAAR). 📚 CASO CLÍNICO: F, 46a. Mycobacterium abcessus. Vários nódulos nos segmentos superiores + Comprometimento de lobo médio e língula. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 53 Imagem com escavação (vide seta). TC identificou outros nódulos ⇒ Essa é a FORMA CLÁSSICA, pois olhando só a imagem, poderíamos muito bem confundir com TB pós-primária (frequente no adulto). As diferenciamos somente pela cultura (e não pela imagem). Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 54 📚 CASO CLÍNICO: F, 57a. Micobacteriose atípica. Cultura em andamento. 📚 CASO CLÍNICO: F, 36a. Dispneia. LBA: BAAR + e cultura com M. africanum. Presença de bronquiectasias. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 55 Diversos micronódulos com aspecto confluente ⇒ DISSEMINAÇÃO BRONCOGÊNICA. Após 6 meses de tto, o pcte obteve uma melhora parcial. Aula 7) Tuberculose e Micobacterioses atípicas (Thaís Garcia) 56 CONCLUSÕES FINAIS Maioria das x, para pcte imunocompetente, somente o RX já é suficiente. Mas para imunocomprometido, o RX normal não afasta a doença ⇒ Fazer TC tórax!!! Não veremos escrito no laudo de imagem "Provável TB". Mas sim "Padrão de imagem sugere doença infecciosa granulomatosa micobacteriana". Não sei se é TB típica ou atípica, mas sei o padrão. Para saber mais detalhes, precisamos da cultura.
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