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Gastrites

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comum de hemorragia digestiva alta (50%) *
· Toda ulcera no estomago é um câncer até que se prove o contrário (alta taxa de malignidade).
· A maior parte das ulceras que são perfuradas são localizadas na parede anterior do duodeno. Mas as que mais sangram estão mais na parede posterior do duodeno (presença da a. gastroduodenal) 
· Fatores de risco:
1. Sexo masculino
2. Idade > 40 anos
3. AINES (diminuem a produção de prostaglandina pois inibem as ciclooxigenases – redução da barreira de proteção - muco) /AAS/corticosteroides
4. Tabagismo
5. Elitismo 
6. Gastroparesia – presente em pacientes idosos 
7. Gastrite 
8. H. pylori 
9. Refluxo biliar
· A contaminação por H. pylori ocorre na primeira infância por contato mão-bocal (oral-oral, oral-fecal ou gastro-oral)
· Manifestação clínica: dor abdominal epigástrica em queimação que ocorre 2-3h após a refeição e que é aliviada por antiácidos ou alimento é o sintoma mais característico da úlcera duodenal, e leva o paciente a acordar a noite com dor (piora depois da refeição). Na ulcera gástrica os sintomas costumas ser desencadeados pelo alimento, podendo cursar com perda de peso. A diferença de sintomas entre ambas não é suficiente para determinar a localização. Deve-se recorrer aos exames. 
· Diagnostico: endoscopia digestiva (principal); RX contrastado (usada no passado); dosagem de gastrina sérica (suspeita de gastrinoma)
· Diagnostico endoscópico: descreve a lesão pela localização
· Ciclo das úlceras (possui fases) – classificação de Sakita: Todo bulbo duodenal é liso, então a presença de pregas indica que já houve úlcera. A Classificação de Sakita é a mais fidedigna classificação endoscópica quanto ao ciclo evolutivo da úlcera e é dividida em três fases: A (ativa), H (healing ou em cicatrização) e S (scar ou cicatrizada). Cada uma dessas três fases é subdividida em duas, são elas: A1 e A2; H1 e H2; S1 e S2.
1. A1 – ulcera grande com bordas elevadas e fundo com fibrina, pode ter restos necróticos. 
2. A2 – esboço de convergência de pregas, fibrina espessa e bordas elevadas 
3. H1 – bordas discretamente elevadas, convergência de pregas
4. H2 – “ulcera em salame”
5. S1 – cicatriz vermelha 
6. S2 – nítida convergência de pregas linha branca 
· Cicatriz de ulcera duodenal: todo bulbo duodenal é liso, se for deformado é porque houve ulcera 
1. Tem deformidade bulbar? Ocorre pois atingiu a muscular havendo retração 
I. Leve – apenas convergência de pregas para a cicatriz 
II. Moderada - pseudodivertículo 
III. Acentuada – estenose bulbar impedindo a passagem do aparelho 
· Quando biopsiar:
1. No estomago – quase sempre (lesão gástrica pode ser câncer). Paciente jovem e homem com uso de AINE pode não fazer.
2. No duodeno – quase nunca. Apenas ulceras grandes (maior que 2 cm) ou refratárias com tratamento clinico 
· A principal causa de ulcera é H. pylori. Mais de 90% das úlceras duodenais e mais de 70% das gástricas. 
· H. pylori é uma bactéria que vive no muco na superfície do estomago. Ela pode ser detectada pelo método de Urease, cultura ou histopatológico. Existem métodos não invasivos, como sorologia (positivo após cura), teste de ureia marcada (C13/C14) e pesquisa de antígeno fecal. 
· Tratamento: 
1. Evitar alimentos que piorem sintomas 
2. Interrupção do tabagismo/elitismo
3. Suspender AINE/AAS
4. Erradicar H. pylori 
5. IBP (inibidor de bomba de prótons) por 8-12 semanas
6. Bloqueadores H2 e antiácidos (desuso)
· Complicações possíveis da úlcera: hemorragias, perfuração e estenose
· IBP dose diária e modo de uso para erradicar H. pylori: omeprazol 20mg de 12 em 12h (40mg por dia)
· Erradicação de H. pylori – IBP (20mg de 12/12) + amoxicilina (1000mg 12/12) + claritromicina (500 mg 12/12) por 14 dias 
· Alérgicos a penicilina: IBP, claritromicina e levafloxacina (500mg de 6/6h)
· 2 e 3 linha de tratamento (refratários): IBP, amoxicilina e levofloxacina com duração do tto de 10 a 14 dias 
· Retratamento: para evitar falsos negativos no acompanhamento, interromper por 2 semanas do uso de IBPs e de 4 semanas do uso de antimicrobianos, pois podem mascarar a continuidade da infecção.
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