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1 ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A. Faculdade Anhanguera de ########### Curso de Engenharia Mecânica ############ ############ ############ ############ ############ Ensaio de Tração ############ 0000 2 ############## ############## ############## ############## Trabalho para a disciplina de Resistencia de Materiais I, da Professor (a) ######### do Curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Anhanguera de ########, ##########. ########### 0000 3 Sumario Introdução ............................................................... 4 Referencial Teórico ................................................ 5 Diagrama Tensão x Deformação ........................... 6 Equipamento para Ensaio de Tração ................... 13 Corpos de Prova ..................................................... 15 Bibliografia .............................................................. 18 4 INTRODUÇÃO Em um ensaio de tração, um corpo de prova ou provete é submetido a um esforço que tende a alongá-lo ou esticá-lo até à ruptura, ou seja, consiste em aplicar uma força uniaxial no material. Os corpos de prova na maioria das vezes são circulares podendo também ser retangulares, o ensaio é realizado num corpo de prova de formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam ser comparados ou, se necessário, reproduzidos. O corpo de prova é fixado numa máquina de ensaios que aplica esforços crescentes na sua direção axial, sendo medidas as deformações correspondentes. Os esforços ou cargas são mensurados na própria máquina, e, normalmente, o ensaio ocorre até a ruptura do material. Trata-se de um ensaio amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos, devido às vantagens de fornecer dados quantitativos das características mecânicas dos materiais. 5 REFERENCIAL TEÓRICO Com esse tipo de ensaio, pode-se afirmar que praticamente as deformações promovidas no material são uniformemente distribuídas em todo o seu corpo, pelo menos até ser atingida uma carga máxima próxima do final do ensaio e, como é possível fazer com que a carga cresça numa velocidade razoavelmente lenta durante todo o teste, o ensaio de tração permite medir satisfatoriamente a resistência do material. A uniformidade da deformação permite ainda obter medições para a variação dessa deformação em função da tensão aplicada. Essa variação, extremamente útil para o engenheiro, é determinada pelo traçado da curva tensão- deformação a qual pode ser obtida diretamente pela máquina ou por pontos. A uniformidade termina no momento em que é atingida a carga máxima suportada pelo material, quando começa a aparecer o fenômeno da estricção ou da diminuição da secção do provete, no caso de matérias com certa ductilidade. A ruptura sempre se dá na região mais estreita do material, a menos que um defeito interno no material, fora dessa região, promova a ruptura do mesmo, o que raramente acontece. A precisão de um ensaio de tração depende, evidentemente, da precisão dos aparelhos de medida que se dispõe. Com pequenas deformações, pode-se conseguir uma precisão maior na avaliação da tensão ao invés de detectar grandes variações de deformação, causando maior imprecisão da avaliação da tensão. Mesmo no início do ensaio, se esse não for bem conduzido, grandes erros podem ser cometidos, como por exemplo, se o provete não estiver bem alinhado, os esforços assimétricos que aparecerão levarão a falsas leituras das deformações para uma mesma carga aplicada. Deve-se, portanto centrar bem o corpo-de-prova na máquina para que a carga seja efetivamente aplicada na direção do seu eixo longitudinal. 6 DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO Diagrama Tensão (s) x Deformação (e), mostra uma relação entre estas duas grandezas através de uma linha definida em um gráfico x/y, onde o eixo x representa as deformações e o eixo y representa as tensões. A obtenção do diagrama tensão x deformação deve ser realizada para os diferentes tipos de material podendo ser feita através de um ensaio de tração. Realização do ensaio de tração 1. Toma-se uma barra circular de material homogêneo, com uma determinada seção transversal A0. Sobre esta barra, marcam-se dois pontos distantes L0 um do outro. 2. Submete-se esta barra a uma força normal 𝑁 que aumenta gradativamente. 3. Para cada valor de 𝑁, calcula-se um 𝑑𝐿𝑃 = 𝐿 − 𝐿0. 4. Para cada valor de 𝑁, medem-se as modificações no diâmetro. 5. Para cada valor de 𝑁, calcula-se a tensão 𝑠 = 𝑁 𝐴0⁄ , ou seja, à medida que se altera o valor da carga aplicada, altera-se o valor da tensão. 6. Para cada valor de 𝑁, calcula-se a deformação específica 𝑒 = 𝑑𝐿𝑃 𝐿0⁄ . Ensaio de Tração após da Aplicação da Carga Ensaio de Tração antes da Aplicação da Carga 7 7. Marcam-se em gráfico os valores de 𝒔 x 𝒆, obtendo-se então o diagrama tensão x deformação. A partir da relação entre tensão e deformação obtida com o ensaio anterior, podem-se definir dois tipos de materiais: materiais dúcteis, e materiais frágeis. Materiais dúcteis (aço estrutural e outros metais) Diagrama tensão x deformação Fases de evolução do diagrama 1. Aumento lento do comprimento (pequena deformação), diretamente proporcional a uma grande carga aplicada (trecho reto da origem até a tensão de escoamento 𝜎𝑒), com grande coeficiente angular (reta "quase" na vertical). 2. Longa deformação com pouco aumento da carga aplicada, ou seja, pequena variação da tensão (escoamento). 3. Aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada, ou seja, da tensão. Este aumento ocorre até que a carga aplicada atinja um valor máximo, ou, uma tensão última 𝜎𝑢 (recuperação). 4. Diminuição do diâmetro do corpo (estricção). Uma diminuição da carga aplicada é suficiente para manter a deformação até a ruptura. (𝜎𝑅: tensão de ruptura, 𝜀𝑅: deformação de ruptura). 𝜎(𝑠): tensão 𝜎𝑢(𝑠𝑢): tensão última (máxima tensão que se atinge) 𝜎𝑅(𝑠𝑅): tensão de ruptura (tensão que se atingida provoca a ruptura do material) 𝜎𝑒(𝑠𝑒): tensão de escoamento 𝜀(𝑒): deformação 𝜀𝑅(𝑒𝑅): deformação de ruptura (deformação que, se atingida, provoca a ruptura do material) 8 Materiais frágeis (ferro fundido, vidro, pedra...) Diagrama tensão x deformação Fases da evolução do diagrama 1. Aumento da deformação proporcional ao aumento da carga aplicada até que se atinja a deformação de ruptura 𝜀𝑅, que corresponde à tensão de ruptura 𝜎𝑅, que, é igual à tensão última 𝜎𝑢. Propriedades mecânicas O diagrama tensão deformação permite caracterizar diversas propriedades do material, que se defini a seguir. Limite de proporcionalidade Muito próximo a P, existe um ponto na curva tensão-deformação, ao qual corresponde o limite de elasticidade; ele representa a tensão máxima que pode ser aplicada à barra sem que apareçam deformações residuais, ou permanentes, após a retirada integral da carga externa. Para muitos materiais os valores dos limites de elasticidade e proporcionalidade são praticamente iguais e esses termos são então empregados como sinônimos. Nos casos em que eles são diferentes, em geral o limite de elasticidade é maior do que o de proporcionalidade. 𝜎(𝑠): tensão 𝜎𝑢(𝑠𝑢): tensão última (máxima tensão que se atinge) 𝜎𝑅(𝑠𝑅): tensãode ruptura (tensão que se atingida provoca a ruptura do material) 𝜀(𝑒): deformação 𝜀𝑅(𝑒𝑅): deformação de ruptura (deformação que, se atingida, provoca a ruptura do material) 9 Região elástica O trecho da curva tensão-deformação, compreendido entre a origem e o limite de proporcionalidade. Região plástica Chama-se região plástica o trecho do diagrama compreendido entre o limite de proporcionalidade e o ponto correspondente à ruptura do material. Limite de escoamento A tensão corresponde ao ponto Y tem o nome de limite de escoamento. A partir deste ponto aumentam as deformações sem que se altere, praticamente, o valor da tensão. Quando se atinge o limite de escoamento, diz-se que o material passa a escoar-se. Alguns materiais apresentam dois pontos para os quais aumentam as deformações sobtensão constante. Esses pontos, em geral muito próximos um do outro, recebem os nomes de limites de escoamento superior e inferior. Limite de resistência ou resistência à tração A tensão correspondente ao ponto B recebe o nome de limite de ruptura; é a que corresponde à ruptura do corpo de prova. Módulo de resiliência É a energia que o corpo armazena, por unidade de volume, quando a partir de zero, se eleva o valor da tensão até o limite de proporcionalidade. Seu valor pode ser obtido calculando-se a área hachura da na fig.1a, é evidente que a dimensão do módulo de resiliência é a de um trabalho. Assim, a resiliência de um material e a capacidade de absorver energia na região elástica. Módulo de tenacidade É energia que o corpo armazena, por unidade de volume, quando, a partir de zero, se eleva o valor da tensão até o limite de ruptura. Seu valor pode ser obtido, no diagrama tensão-deformação, com cálculo da área limitada pela curva, os eixos 10 coordenados e a ordenada correspondente ao ponto de ruptura. A tenacidade de um material é a capacidade de absorver energia na região plástica. Redução percentual de área A relação em percentagem, entre a diminuição da área da secção transversal (relativamente à área inicial), por ocasião da ruptura, e a área inicial, recebe o nome de redução percentual da área da secção transversal. Observa-se que a tração axial, ou tração simples, a área da secção transversal diminui, mas nos cálculos de 𝛿 introduz-se, sempre, a área original. Por esse motivo é que a curva tensão-deformação tem o aspecto indicado na fig.1a. Quanto mais crescem as deformações, mais importante é considerar os valores correspondentes da área da seção transversal (que diminui) e, se levar isso em conta, obtém-se um diagrama real, em lugar do convencional. Esse diagrama tem o aspecto da curva que se representa, em verde, na fig.1a. Alongamento percentual Exprime-se, em porcentagem, o acréscimo de comprimento (de referência), depois da ruptura, em relação ao comprimento inicial, tem-se o alongamento percentual. Quer a redução percentual da área, quer o alongamento percentual, servem para caracterizar, também, a ductilidade do material. Tensão admissível As propriedades mecânicas, relativa à resistência, permite que se fixe a tensão admissível do material. Todas as tensões admissíveis estão na região elástica. Obtém-se essa tensão dividindo-se ou o limite de escoamento ou o limite de resistência por um número, maior que a unidade, denominado coeficiente de segurança. A fixação do coeficiente de segurança é feita nas normas de cálculo e, algumas vezes, pelo próprio calculista, baseado em experiências e de acordo com o seu critério. 11 Endurecimento de deformação Se um material dúctil pode ser tensionado consideravelmente além do limite de escoamento, sem ruptura, dizemos que endurece sob deformação. Isto se verifica para metais estruturais. A curva tensão-deformação de um material frágil, isto é, não linear, como se indica na fig.1b, caracteriza diversas outras propriedades, que se distinguem daquelas que correspondem ao diagrama linear e que a seguir se define. Limite de escoamento Denomina-se, agora, limite de escoamento a tensão que corresponde a uma deformação permanente, pré-fixada, depois do descarregamento do corpo de prova. Essa deformação permanente é, às vezes, em 0,0035𝑐𝑚/𝑐𝑚. Esses valores são arbitrários, mas, em geral, fixados nas especificações. Na fig.1b fixou-se a deformação permanente 𝜀1; para determinar o limite de escoamento, traça-se a reta 𝑂′𝑌 paralela á tangente à curva que passa pela origem. Sua intersecção, com a curva, determina o ponto Y que corresponde ao limite de escoamento procurado. Módulo tangente A tangente trigonométrica, do ângulo de a tangente a curva tensão- deformação, na origem, forma com o eixo dos 𝜀, recebe o nome de módulo tangente. 12 13 EQUIPAMENTO PARA ENSAIO DE TRAÇÃO O ensaio de tração geralmente é realizado na máquina universal, que tem este nome porque se presta à realização de diversos tipos de ensaios. A ilustração a seguir, mostra os componentes básicos de uma máquina universal de ensaios. Fixa-se o corpo de prova na máquina por suas extremidades, numa posição que permite ao equipamento aplicar-lhe uma força axial para fora, de modo a aumentar seu comprimento. A máquina de tração é hidráulica, movida pela pressão de óleo, e está ligada a um dinamômetro (equipamento utilizado para medir forças), que por sua vez mede a força aplicada ao corpo de prova. A máquina de ensaio possui um registrador gráfico que vai traçando o diagrama de força e deformação, em papel milimetrado, à medida que o ensaio é realizado. 14 Normas técnicas voltadas para ensaios de tração Quando se trata de realizar ensaios mecânicos, as normas mais utilizadas são as referentes à especificação de materiais e ao método de ensaio. Um método descreve o correto procedimento para se efetuar um determinado ensaio mecânico. Desse modo, seguindo-se sempre o mesmo método, os resultados obtidos para um mesmo material são semelhantes e reprodutíveis onde quer que o ensaio seja executado. As normas técnicas mais utilizadas pelos laboratórios de ensaios provêm das seguintes instituições: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ASTM - American Society for Testing and Materials DIN - Deutsches Institut für Normung AFNOR - Association Française de Normalisation BSI - British Standards Institution ASME - American Society of Mechanical Engineer ISO - International Organization for Standardization JIS - Japanese Industrial Standards SAE - Sociey of Automotive Engineers COPANT - Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas Além dessas, são também utilizadas normas particulares de indústrias ou companhias governamentais. 15 CORPOS DE PROVA O ensaio de tração é feito em corpos de prova com características especificadas de acordo com normas técnicas. Suas dimensões devem ser adequadas à capacidade da máquina de ensaio. Normalmente utilizam-se corpos de prova de seção circular ou de seção retangular, dependendo da forma e tamanho do produto acabado do qual foram retirados, como mostram as ilustrações a seguir. A parte útil do corpo de prova, identificada no desenho anterior por Lo, é a região onde são feitas as medidas das propriedades mecânicas do material. As cabeças são as regiões extremas, que servem para fixar o corpo de prova à máquina de modo que a força de tração atuante seja axial. Devem ter seção maior do que a parte útil para que a ruptura do corpo de prova não ocorra nelas. Suas dimensõese formas dependem do tipo de fixação à máquina. Os tipos de fixação mais comuns são: Entre as cabeças e a parte útil há um raio de concordância para evitar que a ruptura ocorra fora da parte útil do corpo de prova (Lo). 16 Segundo a ABNT, o comprimento da parte útil dos corpos de prova utilizados nos ensaios de tração deve corresponder a 5 vezes o diâmetro da seção da parte útil. Por acordo internacional, sempre que possível um corpo de prova deve ter 10mm de diâmetro e 50mm de comprimento inicial. Não sendo possível a retirada de um corpo de prova deste tipo, deve-se adotar um corpo com dimensões proporcionais a essas. Corpos de prova com seção retangular são geralmente retirados de placas, chapas ou lâminas. Suas dimensões e tolerâncias de usinagem são normalizadas pela ISO/R377 enquanto não existir norma brasileira correspondente. A norma brasileira (BR 6152, dez./1980) somente indica que os corpos de prova devem apresentar bom acabamento de superfície e ausência de trincas. Em materiais soldados, podem ser retirados corpos de prova com a solda no meio ou no sentido longitudinal da solda, como você pode observar nas figuras a seguir. Os ensaios dos corpos de prova soldados normalmente determinam apenas o limite de resistência à tração. Isso porque, ao efetuar o ensaio de tração de um corpo de prova com solda, tencionam-se simultaneamente dois materiais de propriedades diferentes (metal de base e metal de solda). Os valores obtidos no ensaio não representam as propriedades nem de um nem de outro material, pois umas são afetadas pelas outras. O limite de resistência à tração também é afetado por esta interação, mas é determinado mesmo assim para finalidades práticas. Preparação do corpo de prova para o ensaio de tração O primeiro procedimento consiste em identificar o material do corpo de prova. Corpos de prova podem ser obtidos a partir da matéria-prima ou de partes específicas do produto acabado. Depois, deve-se medir o diâmetro do corpo de prova em dois pontos no comprimento da parte útil, utilizando um micrômetro, e calcular a média. 17 Por fim, deve-se riscar o corpo de prova, isto é, traçar as divisões no comprimento útil. Num corpo de prova de 50 mm de comprimento, as marcações devem ser feitas de 5 em 5 milímetros. Assim preparado, o corpo de prova estará pronto para ser fixado à máquina de ensaio. 18 BIBLIOGRAFIA http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio_de_tra%C3%A7%C3%A3o http://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/ http://www.telecurso.org.br/profissionalizante-ensaio-de-materiais/ http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=sKBOdB0x4gk http://jorgeteofilo.files.wordpress.com/2010/08/epm-apostila-capitulo09- ensaios-mod1.pdf CALLISTER W.D. “Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução” – L.T.C. Editoras. GARCIA A. “Ensaio dos materiais” – L.T.C. Editora.
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