Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 75 O que perguntam por aí? Questão 1 - (UFF 2003) Segundo o historiador Sérgio Buarque de Holanda, vários aspectos estabeleceram a diferença entre a coloni- zação portuguesa – dos semeadores – e a colonização espanhola – dos ladrilhadores. Identifique a opção que revela uma diferença observada no tocante à construção das cidades no Novo Mundo. a. As formas distintas de construção das cidades no Novo Mundo derivaram do modo como a Espanha concebeu a ideia renascentista de homem, o que fez seus navegadores, ao contrário dos portugueses, considerarem os indígenas americanos como seus pares; b. As cidades portuguesas na Costa da América tornaram-se feitorias por um acordo de não concorrência firmado entre Espanha e Portugal, expresso no Tratado de Tordesilhas, pelo qual a Espanha ficou encar- regada das áreas de mineração; c. As experiências comerciais na Ásia e na África acentuaram o papel da circulação nas práticas mercanti- listas de Portugal; por isso, as cidades portuguesas da América eram feitorias, diferentemente das espa- nholas que combinavam comércio e produção; d. As cidades portuguesas na América – feitorias – constituíram-se centros comerciais por influência direta do modelo de Veneza e Florença. As cidades espanholas, por outro lado, tiveram como modelo a expe- riência urbana manufatureira francesa; e. As cidades portuguesas especializaram-se em organizar a entrada de produtos agrícolas no território colonizado, enquanto as espanholas atuaram como núcleos mercantis voltados para a criação de mer- cados consumidores de produtos manufaturados da metrópole. Resposta: Letra E 76 Questão 2 - (UFF 2004) (...) se a região [colonial] possui uma localização espacial, este espaço já não se distingue tanto por suas características naturais, e sim por ser um espaço socialmente construído, da mesma forma que, se ela possui uma localização temporal, este tempo não se distingue por sua localização meramente cronológica, e sim como um determinado tempo histórico, o tempo da relação colonial. Deste modo, a delimitação espaço temporal de uma região existe enquanto materialização de limites dados a partir das relações que se esta- belecem entre os agentes, isto é, a partir de relações sociais. (Ilmar Rohloff de Mattos. O Tempo Saquarema. São Paulo: Hucitec, Brasília: INL, 1987, p. 24) A partir do texto, podemos entender que a empresa colonial é produtora de uma região e de um tempo colo- niais, definidos pelas relações sociais construídas por suas características internas e pela maneira como se relaciona com o que se situa fora dessa mesma região colonial. A Afroamérica, produto da ocupação do Novo Mundo, princi- palmente por portugueses, espanhóis e ingleses, pode ser compreendida, nessa perspectiva, como um conjunto de: a. economias subordinadas ao mercado mundial capitalista e à lógica do capital industrial, garantindo a penetração do capitalismo no continente americano, o que explica a rápida industrialização ocorrida no século XIX, como desdobramento da revolução industrial; b. sociedades que reproduziam as existentes nas metrópoles, podendo ser compreendidas a partir da substituição do trabalho compulsório das relações feudais pelo trabalho livre; c. economias surgidas na lógica do mercantilismo, no caso da Inglaterra, e do feudalismo, nas colônias ibéricas, sendo o comércio a principal preocupação dos britânicos, enquanto os governos de Portugal e Espanha privilegiavam a expansão do poder da Igreja; d. sociedades com organização socioeconômica diferente da existente nas metrópoles, tendo na explo- ração do trabalho escravo a base da produção da riqueza, que era, em grande parte, transferida para as metrópoles, segundo a lógica do capital comercial; e. economias baseadas na monocultura de produtos de grande demanda na Europa, gerando uma socie- dade polarizada entre Senhores e Escravos, não possibilitando a formação de um mercado interno e o surgimento de outras classes sociais. Resposta: Letra E Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 77 Questão 3 - (PUC-RJ) Sobre as relações estabelecidas entre europeus e povos nativos do continente americano por ocasião das con- quistas e colonização das terras no Novo Mundo, estão corretas as afirmativas, à exceção de: a. A catequese das populações nativas, fundamentada no princípio da tolerância religiosa, viabilizou o enraizamento dos valores cristãos; b. A ocorrência de guerras e a propagação de epidemias contribuíram de modo significativo para a drásti- ca redução demográfica das populações nativas; c. Entre as imagens que os europeus construíram acerca do Novo Mundo, destacavam-se as visões que ressaltavam a pureza dos povos nativos e a fertilidade da terra; d. O estabelecimento de alianças bélicas, favorecidas pelas rivalidades entre os povos nativos, contribuiu para a conquista europeia; e. Os conquistadores europeus valeram-se de práticas de escambo e formas de trabalho compulsório, já existentes entre os povos nativos da América, para consolidarem novas relações de dominação. Resposta: Letra D Questão 4 - (U. Santa Úrsula-RJ) A partir do século XVI, várias potências europeias invadiram a América Portuguesa; entre elas destacamos a Invasão Francesa no Rio de Janeiro entre 1555-1567. O objetivo da França era: a. O interesse no comércio açucareiro, organização e montagem de engenhos e intensificação do tráfico negreiro. b. A disputa pelo comércio colonial, isto é, a exploração do pau-brasil e a criação da França Antártica. c. A aceitação dos indígenas à dominação francesa e o conflito entre colonos e jesuítas pelo domínio e con- trole da mão de obra indígena. d. A possibilidade de formação de novas classes sociais vindas da França, mas empobrecidas pelas lutas religiosas. e. A cobiça dos franceses pelas terras das Capitanias Hereditárias e exploração das “drogas do sertão” e do açúcar. Resposta: Letra B Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 75 O que perguntam por aí? Questão 1 – (ENEM 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais. I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais Militares, que fo- rem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras. IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. (Constituição Política do Império do Brasil (1824) Disponível em: http://legislacao.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado)) A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir: a. O fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira. b. A ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. c. A concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. d. O controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. e. A diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas. Gabarito: D 76 Questão 2 - (Uece) "O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas." (FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.) Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período da Regência, podemos afirmar corretamente que: a. eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população pobre e os escravos; b. a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas provínciasdo nordeste, que pretendia o retorno do Imperador D. Pedro I; c. podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia finan- ceira e administrativa das províncias; d. em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial. Gabarito: C Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 69 O que perguntam por aí? ENEM – 2008 O abolicionista Joaquim Nabuco fez um resumo dos fatores que levaram à abolição da escravatura com as seguintes palavras: "Cinco ações ou concursos diferentes cooperaram para o resultado final: 1) o espírito daqueles que criavam a opinião pela ideia, pela palavra, pelo sentimento, e que a faziam valer por meio do Parlamento, dos meetings [reuniões públicas], da imprensa, do ensino superior, do púlpito, dos tribunais; 2) a ação coercitiva dos que se propunham a destruir materialmente o formidável aparelho da escravidão, arrebatando os escravos ao poder dos senhores; 3) a ação complementar dos próprios proprietários, que, à medida que o movimento se precipitava, iam libertando em massa as suas 'fábricas'; 4) a ação da política dos estadistas, representando as concessões do governo; 5) a ação da família imperial." Joaquim Nabuco. "Minha formação". São Paulo: Martin Claret, 2005. p. 144 (com adaptações). Nesse texto, Joaquim Nabuco afirma que a abolição da escravatura foi o resultado de uma luta: a. de ideias, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que liberta- vam seus escravos, de estadistas e da ação da família imperial. b. de classes, associada a ações contra a organização escravista, que foi seguida pela ajuda de proprietá- rios que substituíam os escravos por assalariados, o que provocou a adesão de estadistas e, posterior- mente, ações republicanas. c. partidária, associada a ações contra a organização escravista, com o auxílio de proprietários que muda- vam seu foco de investimento e da ação da família imperial.a Casa Branca. d. política, associada a ações contra a organização escravista, sabotada por proprietários que buscavam manter o escravismo, por estadistas e pela ação republicana contra a realeza. 70 e. religiosa, associada a ações contra a organização escravista, que fora apoiada por proprietários que ha- viam substituído os seus escravos por imigrantes, o que resultou na adesão de estadistas republicanos na luta contra a realeza. A alternativa correta é “a”. ENEM – 2010 Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca. LYNCH, J. "As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai". BETHELL, Leslie (Org.). História da América Lati- na: da independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004. A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois: a. representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem. b. confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina. c. concretizou a emancipação dos escravos negros. d. incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico. e. solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas. A alternativa correta é “a”. Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 65 O que perguntam por aí? Questão 1 (ENEM – 2011) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfei- tor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí, estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural. LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado) O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais ca- racterísticas o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social a. igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. b. estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. c. tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. d. ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. e. agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional. Resposta: Letra E 66 Questão 2 (ENEM – 2011) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado) A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior. TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado) Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização: a. A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidên- cia, sem necessidade de alianças. b. As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período. c. As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas. d. A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias. e. A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias. Resposta: Letra C Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 71 O que perguntam por aí? Questão 1 - (Enem 2009) A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho. GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado). Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para a. conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço, após anos de lutas sindicais. b. promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil entendimento. c. estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos trabalhistas. d. consolidar a imagem de Vargas como um governante protetor das massas. e. aumentar os grupos de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do ministro. Resposta: D Após assinalar a resposta correta, escreva um pequeno texto, explicando|justificando por que as demais alter- nativas estão incorretas. 72 Resposta: Deverá ser destacado que Vargas difundia a ideia de colaboração entre os trabalhadores e o governoque concedia ao proletariado diversos direitos trabalhistas. Também deverão ser citadas a perseguição e prisão dos opo- sitores de Getúlio e a censura estabelecida durante o Estado Novo. Questão 2 - (Enem 2010) De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádi- va do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar. (DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo . São Paulo: Atual, 1990) A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico de certas lideranças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse processo resultou a. a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que garantiu ao operariado autonomia para o exercício de atividades sindicais. b. a legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem cargos de direção nos sindicatos. c. a criação da Justiça do Trabalho, para coibir ideologias consideradas perturbadoras da “harmonia social”. d. a legislação trabalhista que atendeu reivindicações dos operários, garantido-lhes vários direitos e for- mas de proteção. e. a decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impediu o controle estatal sobre as ativi- dades políticas da classe operária. Resposta: D Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 73 Questão 3 - (Enem 2011) É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo, de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos enal- tecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana, mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula implantada em 1889, isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930. (MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado). O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procura- ram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de a. valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas. b. resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia. c. criticar a política educacional adotada durante a República Velha. d. legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder. e. destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação. Resposta: D Questão 4 - (Enem 2012) Disponível em: http://quadro-a-quadro.blog.br Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no Fürer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar. COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado). A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua associação com a participação dos Estados Unidos na luta contra 74 a. a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial. b. os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial. c. o poder soviético, durante a Guerra Fria. d. o movimento comunista, na Segunda Guerra do Vietnã. e. o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001. Resposta: B Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 73 O que perguntam por aí? Questão 1 - (Enem-2006) A moderna democracia brasileira foi construída entre saltos e sobressaltos. Em 1954, a crise culminou no sui- cídio do presidente Vargas. No ano seguinte, outra crise quase impediu a posse do presidente eleito, Juscelino Ku- bitschek. Em 1961, o Brasil quase chegou à guerra civil depois da inesperada renúncia do presidente Jânio Quadros. Três anos mais tarde, um golpe militar depôs o presidente João Goulart, e o país viveu durante vinte anos em regime autoritário. A partir dessas informações, relativas à história republicana brasileira, assinale a opção correta. a. Ao término do governo João Goulart, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da República. b. A renúncia de Jânio Quadros representou a primeira grande crise do regime republicano brasileiro. c. Após duas décadas de governos militares, Getúlio Vargas foi eleito presidente em eleições diretas. d. A trágica morte de Vargas determinou o fim da carreira política de João Goulart. e. No período republicano citado, sucessivamente, um presidente morreu, um teve sua posse contestada, um renunciou e outro foi deposto. Resposta: E Questão 2 - (UFJF- PISM 3/triênio 2010-12) Leia as duas versões de "O bonde de São Januário", samba de Wilson Batista e Ataulfo Alves que fez sucesso no carnaval de 1941. Após a intervenção do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, a música tornou- -se um sucesso no rádio. 74 (1) No carnaval de 1941 Quem trabalha não tem razão Eu digo e não tenho medo de errar O bonde de São Januário leva mais um sócio otário sou eu que não vou trabalhar (2) No rádio Quem trabalha é quem tem razão Eu digo e não tenho medo de errar o bonde de São Januário Leva mais um operário Sou eu que vou trabalhar Disponível em: <http://www.instituto.org.br/blog/?p=27>. Acesso em: 28 de outubro de 2012. a. Compare as duas letras da música e responda ao que se pede. I. O que se pode dizer sobre o valor do trabalho e do trabalhador em cada uma delas? II. Em que sentido essa alteração se adequava ao projeto político do Estado Novo? b. O Estado Novo inaugura uma nova forma de legitimação calcada numa política cultural. Explique a atuação do Departamento de Imprensa e Propaganda na legitimação do regime inaugurado em 1937. Resposta: I. O candidato deverá destacar, a partir dos textos, a depreciação do trabalho e do trabalhador no texto 1 e a valorização do trabalho e do trabalhador no texto 2, indicando essa transformação. II. O candidato deverá relacionar a alteração na letra da música à criação da legislação social no período do Estado Novo; indicar a valorização do trabalho e do trabalhador como parte das estratégias de legitimação do regime político autoritário O candidato deverá relacionar o uso da cultura popular, do rádio e da imprensa às estratégias de legitimação do regime político autoritário; poderá destacar a atuação do DIP e de outros aparatos, como o Ministério da Educação, na censura política à imprensa escrita e falada, bem como na criação cultural, tendo em vista a legitimação do regi- me; poderá destacar a criação de ritos cívicos, como o 1º de Maio, o aniversário de Vargas, a Semana da Pátria, como formas de legitimação política. Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 77 O que perguntam por aí? Questão 1 (Enem 2010) A gente não sabemos escolher presidente/ A gente não sabemos tomar conta da gente/ A gente não sabemos nem escovar os dentes/ Tem gringo pensando que nóis é indigente/ Inútil/ A gente somos inútil MOREIRA, R. Inútil. 1983 (fragmento). O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa mobilização política. A canção foi censurada por estar associada: a. ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início da ditadura militar; b. a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua fase final, impedia a escolha popular do presidente; c. à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava, naquele contexto,a conscientização da sociedade por meio da música; d. à dominação cultural dos Estados Unidos da América sobre a sociedade brasileira, que o regime militar pretendia esconder; e. à alusão à baixa escolaridade e à falta de consciência política do povo brasileiro. Gabarito: B 78 Questão 2 (Uerj 2011) Tropicália Sobre a cabeça os aviões Sob os meus pés os caminhões Aponta contra os chapadões Meu nariz Eu organizo o movimento Eu oriento o carnaval Eu inauguro o monumento no planalto central do país (...) O monumento não tem porta A entrada é uma rua antiga, estreita e torta E no joelho uma criança, sorridente, feia e morta Estende a mão (...) Disponível em www.caetanoveloso.com.br O disco e a música Tropicália tornaram-se símbolos do “Tropicalismo”, movimento protagonizado por artistas e intelectuais, no Brasil, em finais da década de 1960. Esse movimento destacou-se, principalmente, pela seguinte proposta: a. valorização do pluralismo cultural; b. denúncia das influências estrangeiras; c. enaltecimento da originalidade nacional; d. defesa da homogeneização de comportamentos sociais. Gabarito: A Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 79 Questão 3 (UERJ - 2010) Para nós, operários, milagre é conseguir sobreviver com os baixos salários que recebemos. Para isso, somos obrigados a trabalhar 12 a 13 horas por dia, e muitos trabalham aos domingos, o que significa, na prática, o fim de uma das maiores conquistas da classe operária: a jornada de 8 horas e o descanso semanal. Manifesto da Oposição Metalúrgica de São Paulo, 1975. _____________________________________________________________________________________ Apud PAES, Maria Helena Simões. Em nome da segurança nacional: do golpe de 64 ao início da abertura. São Paulo: Atual, 1995. In: Nosso Século, nº 78. São Paulo: Abril Cultural, 1980. Entre 1969 e 1973, em função das taxas de crescimento então alcançadas, o momento econômico do país ficou conhecido como “milagre brasileiro”. Com base no testemunho do movimento operário e na publicidade, pode-se concluir que os principais efeitos do “milagre brasileiro” foram: (A) elevação do PIB – expansão dos sindicatos; (B) nacionalização da indústria – revisão das leis trabalhistas; 80 (C) modernização da tecnologia – qualificação da mão de obra; (D) internacionalização da economia – concentração de renda. Gabarito: D Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 67 O que perguntam por aí? Questão 1 (Enem 2011) A crise financeira que se intensificou no mundo a partir do mês de outubro de 2008 co- locou em xeque as políticas neoliberais, adotadas por muitos países a partir da década de 1980. A principal crítica ao neoliberalismo, como causador dessa crise, está relacionada com: a. diminuição das garantias trabalhistas; b. estímulo à competição entre as empresas; c. reforço da livre circulação de mercadorias; d. redução da regulação estatal da economia. Resposta: D 68 Questão 2 (Enem 2011) No gráfico abaixo, estão representadas mudanças no perfil socioeconômico da população brasileira entre 2002 e 2009. Um dos principais fatores que possibilitaram as mudanças representadas no gráfico é: a. elevação do poder aquisitivo; b. ampliação da expectativa de vida; c. estabilização da oferta de emprego; d. diminuição da taxa de analfabetismo. Resposta: A Ciências Humanas e suas Tecnologias • História 69 Questão (UERJ 2012) A crítica feita nos quadrinhos se relaciona com uma contradição do capitalismo globalizado, o qual se caracte- riza simultaneamente por: a. elitização do acesso digital – popularização das mídias alternativas; b. requinte dos sistemas produtivos – declínio dos regimes democráticos; c. manipulação dos padrões técnicos – simplificação dos métodos de gestão; d. consumo de produtos sofisticados – exploração da força de trabalho fabril. Resposta: D
Compartilhar