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Co-branding

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Faz-se cada vez mais Co-Branding 
Juntar duas marcas reconhecidas por suas qualidades é estratégia cada vez mais usada 
pelas empresas para se diferenciarem diante da grande concorrência e das dificuldades 
para falar com o consumidor. Conheça exemplos de sucesso 
Por Bruno Mello, do Mundo do Marketing 
 
As marcas também namoram entre si. Algumas até casam. Em estratégias promocionais, por exemplo, 
compra-se dois quilos de Omo e leva-se junto dois litros de Comfort. Assim é o namoro, que pode 
amadurecer e virar casamento quando as características do amaciante são inseridas no sabão em pó e 
dão origem ao Omo com Toque de Comfort Aloe Vera. Mais conhecida no mundo do marketing como co-
branding, a estratégia que une duas marcas é cada 
vez mais comum entre as grandes empresas. 
Sim, entre grandes marcas, porque a regra número 
um deste assunto é que apenas a união entre duas 
marcas reconhecidas pelas suas qualidades é capaz 
de gerar um produto hábil para se destacar em sua 
categoria. Tudo isso porque a concorrência é grande, 
a fragmentação da mídia impõe dificuldades para falar 
com o consumidor e os custos com a promoção de 
um produto só aumentam, explica o especialista em 
branding Augusto Nascimento. Deste matrimonio, 
nascem produtos que exploram os melhores traços de 
cada marca. 
É o caso do casamento entre a fabricante de 
computadores Acer e a mítica Ferrari. Fornecedora e 
patrocinadora da equipe de Fórmula 1, a Acer 
desenvolveu uma linha de notebooks com estrutura 
em fibra de carbono e com design diferenciado 
inspirados na alta tecnologia que envolve o circo da 
velocidade. Das pistas para os campos de futebol, a Michelin e a Umbro lançaram uma chuteira que une 
o que as duas empresas fazem de melhor. 
O solado e o acabamento da chuteira X Boot III é o resultado de fabricação de borracha e da produção de 
equipamentos de futebol feito pelas duas empresas para criar um produto que proporciona controle 
exclusivo da bola e aprovado por jogadores como Deco, Luis Garcia e Michael Owen. Philips e Nike 
também se juntaram para criar um novo estilo de se ouvir música. “São duas marcas bem posicionadas 
em seus mercados e nestes casos está havendo uma associação positiva”, afirma Augusto Nascimento, 
Diretor da BBN BRASIL e co-autor do Livro “Os 4 E’s de Marketing e Branding”. 
Casos de Sucesso 
Exemplos de co-branding não faltam. Leonardo Damiani, Diretor de Marketing da BORN Comunicação 
Integrada, elencou alguns para o Mundo do Marketing. “O mais comum é encontrar parcerias entre 
empresas de áreas completamente diferentes, como é o caso do Renault Clio Sedan O Boticário - um 
carro com espelhos especiais para as mulheres se maquiarem -, o Renault Clio Jovem Pan – equipado 
com CD Player e controle do som em uma paleta atrás do volante -, ou ainda o Peugeot Quiksilver – 
equipado com rack de teto. Mas nada impede que empresas do mesmo setor juntem forças, desde que 
seja feito com muito cuidado, onde temos os exemplos do Bob’s e Ovomaltine – Milkshake de chocolate 
feito com ovomaltine – ou ainda o Panettone Bauducco com gotas de chocolate Hershey’s, todas do setor 
alimentício”, explica Damiani. 
Segundo o Diretor de Marketing, ao desenvolver 
ações de co-branding, os produtos devem trazer um 
duplo valor agregado, o que demonstra garantia de 
qualidade, personalização e identificação dos 
clientes com ele, além da criação de diferenciais de 
mercado através da incorporação de novos 
acessórios e tecnologias. Leonardo Damiani destaca 
esta estratégia como vantajosa para as empresas, já 
que pode haver divisão dos investimentos com 
campanhas de publicidade e outras ações de 
marketing para a divulgação do produto, 
transferência de base de clientes entre as empresas, 
 2 
união dos conceitos qualitativos e projeção de ambas as marcas. 
Para dar destaque aos novos produtos, Alessandra Garrido, Diretora de Marketing da Design Absoluto, 
aposta na embalagem. “Buscamos gerar um impacto que mostre que há duas marcas num mesmo 
produto”, afirma. “E é possível fazer isso com economia de palavras. Quando fizemos o Surf com toque 
de Fofo não precisa dizer que tem amaciante que vai deixar a roupa mais macia”, explica. Mas como em 
muitas histórias de casamentos, há aquelas que não dão certo. 
É o caso do cartão Smart Card que agregava muitas marcas sob um mesmo guarda-chuva. “Alianças de 
marcas tem limite. É como um casamento entre três pessoas que não vai dar certo”, salienta Augusto 
Nascimento em entrevista ao site. “Não se pode pensar apenas em redução de custos, em potencializar a 
divulgação e nos atributos da marca. É preciso avaliar o DNA das duas marcas para que não se corra o 
risco de fazer uma coisa que não terá sentido para nenhuma empresa”, ressalta. 
Acesse 
www.omo.com.br 
br.acer.com 
www.michelin.com.br 
www.umbro.com.br 
www.renault.com.br 
www.bobs.com.br 
www.designabsoluto.com.br 
Pesquisa Prof.Celso Bruno

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