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METAS DO MILENIO Maria Renita Burg Figueiredo Ms Saúde Coletiva Metas do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) Em setembro de 2000, 188 Nações assinaram a Declaração do Milênio prometendo cumprir 8 objetivos. Segue a avaliação das 8 metas publicadas no final de 2014. Meta 1- Cumpriu Reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome. É considerado extremamente pobre quem recebe menos de US$ 1(RS 3,8) por dia. Brasil- foi além da meta e reduziu o contingente de famintos de 25,5%(1990) para 3,5% (2012). Mundo- a população miserável diminuiu de 47% para 22%, mas continua alta. Mais de 1,2 bilhão de pessoas seguem na penúria (165 milhões são crianças desnutridas). Meta 2- não cumpriu Garantir que todas as crianças terminem o ciclo completo do Ensino Básico. Brasil- o percentual de jovens entre 15 e 24 anos com pelo menos 6 anos de estudo passou de 59,9%(1990) para 84% (2012). Mas o contingente dos que não concluem os ensinos Fundamental e Médio continua preocupante. Mundo – não conseguiu universalizar a educação primária devido à lentidão da expansão do ensino. Meta 3- cumpriu parcialmente Eliminar a disparidade entre homens e mulheres na educação e no trabalho. Brasil – considerando dados demográficos, a disparidade diminuiu. Em 1990, havia 136 mulheres para cada 100 homens no Ensino Médio. Em 2012, havia 125 para 100. O país conseguiu diminuir o contingente de adolescentes mães. Em outros países, meninas de 13 a 14 anos já são donas de casa e estão impedidas de estudar. Mundo – ficou próximo da meta, mas persistem as desigualdades. Meta 3- As mulheres brasileiras Em 2013 - 55% dos ingressos no Ensino Superior - foram mulheres; e 60% das concluintes, foram mulheres. Foram 491 mil alunas e 338 mil alunos que se formaram em 2013. Em 2014, as mulheres foram mais escolarizadas: 45,5% Ensino Médio Completo; 20,7%Ensino Sup. Completo. Os homens ficaram com 43,7% (Médio) e 14,8% (Superior). O rendimento salarial médio das mulheres é 24,6% inferior ao dos homens. A média salarial do trabalhador masculino é de R$ 2.093,00; e a da mulher trabalhadora é de R$ 1.579,00. Meta 4 - cumpriu Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos. Brasil – alcançou a meta com certa folga e antes do prazo. A taxa de mortalidade infantil caiu de 62(1990) para 14 em cada mil nascidos vivos em 2012 e 13,5 em 2013. No RS a taxa foi 10,9 em 2013. Mundo – não cumpriu a meta. Entre 1990 e 2012, o índice passou de 90 para 48 mortes por mil nascidos vivos, abaixo do esperado. Só em 2012, 6,6 milhões de crianças morreram por doenças que seriam evitáveis. Meta 4 O Brasil reduziu 66,6% nos últimos 25 anos. Nosso País é um dos que mais reduziram a mortalidade inf. no mundo. A economia brasileira cresceu, o abismo entre ricos e pobres foi atenuado, aumentou a escolaridade das mães e os nascimentos ficaram mais espaçados. A comunidade se mobilizou e se multiplicaram grupos de voluntários como a Pastoral da Criança(200 mil voluntários em todos os Estados). No RGS, 231 municípios são beneficiados. Nas áreas cobertas, a taxa de mortalidade é de 8,3 a cada grupo de mil nascidos. Meta 5 – cumpriu parcialmente Reduzir em 75% a taxa de mortalidade das gestantes Brasil – de 1990 a 2011, a taxa diminuiu 55%(de 141 para 64 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos). Falta avançar. Mundo – não alcançou. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade materna diminuiu apenas 45%. Meta 5 O Brasil superou outros países da América Latina nos esforços para reduzir a mortalidade de mães. Melhorou a estrutura de atendimentos - 99% do partos são realizados nos hospitais. Cerca de 90% das gestantes fizeram pelo menos 4 consultas de pré-natal. Há excesso de cesarianas- 55% dos partos foram por cesárea em 2014. O brasil é visto como lider em cesárea pela OMS. (França 20%; Argentina 22%; Reino Unido 8%, EUA 32,8%). O ideal é de 10 a 15%. Meta 6 – cumpriu parcialmente Deter a propagação do HIV/aids e começar a inverter a tendência atual de contágio. Brasil- a taxa de detecção de HIV/aids se estabilizou na última década, ficando em torno de 20 para cada 100 mil habitantes diagnosticados por ano. O coeficiente de mortalidade também diminuiu. Mundo – não alcançou a meta de universalizar o tratamento de pacientes com HIV/aids. Em 2011, nos países em desenvolvimento, apenas 55% das pessoas infectadas dispunham de atendimento. Meta 6- HIV Porto Alegre tem coeficiente de mortalidade maior que a média nacional, 28,52 óbitos para cada 100 mil habitantes. A incidência é 96,2 casos por 100 mil hab. No RGS - em 2013, foram contabilizados 11,2 óbitos para cada 100 mil hab., o dobro do observado para o brasil no mesmo ano. São diagnosticados 41,3 novos casos para cada 100 mil hab. (Taxa nacional é: 20,4). (Canoas tem incidência de 58,5 casos por 100 mil hab) Meta 7- cumpriu parcialmente Praticar o desenvolvimento sustentável e reverter a perda de recursos ambientais. Brasil – reduziu as taxas de desmatamento nos biomas. A população urbana em moradia precária caiu de 53,3% (1992) para 36,6% (2012). Nos últimos 40 anos, foram arrasados 18% da Amazônia, área equivalente à soma dos territórios do RGS, Santa Catarina e Paraná. Mundo – melhorou, mas não cumpriu. A população sem acesso a água potável foi de 24% para 11%, entre 1990 e 2010, abaixo do necessário. Meta 8 - cumpriu Promover ações voluntárias na comunidade Brasil – mais pessoas se doaram a trabalhos voluntários, enquanto a diplomacia brasileira colaborou no cenário internacional. Mundo – diminuiu a cooperação dos países ricos com as nações em desenvolvimento. A queda de recursos foi de 0,3 pontos percentuais, entre 2010 e 2012. Brasil e Turquia estão entre os mais cooperados.
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