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1/2 Antiguidade Clássica – explicação extendida Em Bizâncio, capital do Império Romano, houve um período em que imagens foram proibidas. Havia a corrente que defendia que não deveriam ser permitidas imagens em Igrejas, dado ser o criador onipresente e onisciente, logo invisível e não representável. Esse pensamento, que teve seu ápice por volta dos séculos VI e VII d.C., influenciou o desenvolvimento dos famosos mosaicos e vitrais das igrejas. Cem anos depois houve a vitória dos iconófilos (estudiosos das imagens) sobre os iconoclastas (destruidores de imagens), que resultou em uma arte preocupada em se revelar como material e como obra humana. Valorizou a planaridade das figuras e o colorido artificial (o céu dourado era uma convenção) em figuras descarnadas e coloridas de reis e rainhas ao lado de santos ou de Jesus. Os vitrais prestavam-se a ser um local por onde penetravam os raios de sol, em igrejas pesadas e escuras, uma metáfora espiritual, formada com a luz atravessando as figuras coloridas e colocadas no alto, fora do alcance da escala humana do altar tradicional. Nelas se manteve algo da tradição grega de representação linear (muito panejamento nas roupas, onde os artistas podiam demonstrar um pouco da habilidade de desenho e do domínio de proporções da tradição clássica). Portanto, notamos que: 1- Hoje diversas religiões, como as protestantes e evangélicas, não possuem imagens nos seus templos. Houve no Brasil uma polêmica com um religioso que “chutava“ uma imagem de santa católica na TV. Note também que quando o novo Papa foi eleito, uma de suas primeiras viagens foi para a Rússia, para encontrar o chefe da Igreja Católica Ortodoxa (que não é chefiada pelo Papa e foi aliada do Czar. Note que essa palavra deriva de Cesar, ou ao Império Romano Oriental, pretensamente continuado na figura do Imperador Russo). 2- Quando o Imperador Constantino se converteu, foi considerado “piedoso” destruir imagens dos “deuses pagãos”. Por isso podemos observar em exposições de arte antiga como a maioria das estátuas remanescentes da Grécia (pouquíssimas) e romanas (cópias das gregas) tem a cabeça separada do corpo (quebrada). Os egípcios e mesopotâmios sabiam disso e representavam seus reis (e deuses) com túnicas ou longos cabelos para reforço estrutural. Lembrando que no Egito as representações eram simbólicas (sem guardar necessariamente uma semelhança), enquanto as representações dos gregos eram miméticas (copiadas, reproduzidas). 3- Os gregos inventaram o escorço. Iniciaram como comerciantes a reunir os conhecimentos dos povos da Antiguidade, como, por exemplo, os empregados nas construções egípcias (pesadas pirâmides que não afundavam no solo arenoso do deserto): matemática, hidráulica, astronomia etc. Mas discutiram, desenvolveram e experimentaram como jamais nenhuma outra tribo (povo) até hoje. Influenciaram 2/3 Roma, que adotou sua cultura e assim sua influência chegou aos dias de hoje. Somos em certo sentido gregos. Vamos ao teatro, estudamos filosofia, cultivamos as artes, a poesia, a experiência e o saber... Por exemplo, nosso calendário tem doze meses por terem sido doze os césares...
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