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Impressionismo Histórico e suas Técnicas

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O impressionismo 
 
 
Histórico 
 
Entre 1860 e 1870 há um período de formulação e em 1874 ocorre a primeira 
exposição no estúdio do fotógrafo Nadar. Após a primeira exposição em 1874, 
seguiram-se as de 1877, 1878, 1880, 1881, 1882 e 1886, sempre provocando 
reações escandalizadas de crítica e de público. Embora contando com artistas de 
ideologias políticas conflitantes - já que, enquanto Pissarro era de esquerda, 
Degas era conservador -, os impressionistas concordavam sumariamente nos 
seguintes aspectos: 
 
O nome, proveniente de uma crítica e usado em sentido pejorativo, passou 
a ser adotado pelos artistas que concordavam com: 
 
1) A aversão pela arte dos salões oficiais. 
2) Orientação realista. 
3) Desinteresse pelo objeto (preferência pela paisagem e pela cena social 
e alguma natureza-morta e alguns retratos na técnica). 
4) Recusa dos hábitos de atelier (como os de dispor e iluminar os 
modelos, de desenhar contornos, definir volumes com a técnica de 
chiaroscuro e depois colorir). 
5) Trabalhos ao ar livre, estudo de sombras coloridas e das relações entre 
as cores complementares (ideia desenvolvida a partir das teorias 
ópticas de Chevreul). 
 
 
 
Técnicas de trabalho impressionista 
 
1. estudo ao vivo direto, em caráter experimental, feitos em geral às margens do 
rio Sena, em Paris; 
2. técnica de pincelada rápida e sem retoques para representar a impressão 
luminosa e a transparência da água, com notas cromáticas puras, sem gradação 
de claro/escuro, deixando de utilizar o preto para escurecer as luzes na sombra; 
3. ênfase na sensação visual, evitando a poeticidade romântica do tema 
artístico; 
4. valorização da pesquisa histórica como sendo tão importante quanto a 
natureza, ao estudar as obras dos grandes mestres do Museu do Louvre e 
realizar esboços de cópias interpretativas das mesmas. 
 
 
Interpretação histórica do Impressionismo 
 
O Impressionismo foi o movimento mais avançado do seu tempo e reflete na arte 
as condições históricas do período (segunda metade do século XIX). Nessa época 
tornavam-se de uso corrente invenções que mudaram progressivamente a vida 
dos homens, como o telefone (de G. Bell), a lâmpada (por T. Edison – Paris ficou 
 
 
 
 
 
 
 
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conhecida como a cidade das luzes), a assepsia (de Pasteur – os médicos 
passam a lavar as mãos, o que diminui muito o número de óbitos) e a fotografia 
(de particular interesse para as artes como veremos). 
 
Logo, a técnica pictórica é uma técnica de conhecimento que não pode ser 
excluída do sistema cultural do mundo moderno, eminentemente científico. O 
espaço moderno determina a obra pela relação entre seus elementos 
constitutivos. Nesse sentido, pode-se comparar a pesquisa científica do 
Impressionismo na pintura à pesquisa estrutural dos engenheiros no campo da 
construção. De acordo com o artista dadaísta Marcel Duchamp, “a verdadeira 
obra de arte é aquela feita por engenheiros”. 
 
É, portanto, possível estabelecer uma analogia (comparação) entre o espaço 
pictórico dos impressionistas e o espaço construtivo da nova arquitetura de ferro 
que surgiu nesse mesmo período, onde se destacou o arquiteto A. G. Eiffel 
(1832-1923). Ele realizou a “Torre Eiffel” para a Exposição de Paris, em 1889, 
com 300 metros de altura, representando uma vitória da técnica na arquitetura, 
sobrepondo-se aos modelos “clássicos”. Essa torre recebe da curvatura dos perfis 
angulares e da tensão dos tirantes que tecem a treliça metálica no sentido do 
empuxo que a eleva acima do horizonte urbano, como uma antena gigantesca ou 
um simbólico farol. A Torre Eiffel tornou-se o símbolo da Paris moderna, assim 
como o Coliseu é o símbolo de Roma. 
 
Conceituação crítica de Impressionismo e Pós-Impressionismo 
 
Na década de 1870, o conceito da arte enquanto “impressão” foi associado a um 
reconhecimento “moderno” dos aspectos subjetivos da percepção e da 
experiência, sendo também associado àquelas características estilísticas da 
pintura por meio das quais uma visão pessoal e espontânea era supostamente 
expressa. Nesse sentido, um “impressionista” era alguém em cujo trabalho, uma 
certa informalidade técnica parecia revelar uma visão de mundo natural, que era 
ao mesmo tempo imediata e individual. O rótulo ficou associado ao movimento 
específico em 1874, tendo sido aplicado ao grupo de artistas que expunham 
juntos como “independentes”, ou aqueles que atuavam independentemente do 
salão oficial. A mostra em questão ficou conhecida como a “Primeira Exposição 
Impressionista”, embora o grupo só tenha assumido formalmente esse nome em 
1877, por ocasião da terceira exposição. 
 
Em meados da década de 1870, toda uma rede de conexões já havia se 
desenvolvido entre as noções de vanguarda: improvisação técnica, modernidade 
e originalidade. Achava-se, então, que a pintura fazia “parte da consciência 
social”, mas também se pensava que algumas pessoas “viam” com mais clareza 
do que outras: o verdadeiro artista era alguém em contato íntimo com a 
natureza e com uma reação à sensação mais imediata que a maioria das 
pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ser “original” então era oferecer uma representação mais fiel das origens 
materiais da percepção e da experiência no mundo real. Não havia mais que uma 
curta distância entre essa posição e a opinião de que ser “original” era ser capaz 
de perceber, enfrentar e revelar “verdades” escondidas da sociedade 
contemporânea em geral, ou desconsideradas por ela. A fidelidade à impressão 
autêntica e subjetiva passou a ser vista não só como uma medida da 
“originalidade” dos artistas de vanguarda, mas também como uma condição de 
sua modernidade. 
 
Todos os artistas que têm sido associados ao desenvolvimento de um estilo 
“impressionista”, no final da década de 1860 e no início da de 1870, partilhavam 
desses conceitos: Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Camille Pissarro e Alfred 
Sisley. Também incluía artistas de importância comprovada na história da arte, 
cujas obras são identificadas com menos segurança com o Impressionismo, 
enquanto estilo pictórico específico: Edgar Degas, Berthe Morisot — que 
expuseram em sete das oito mostras coletivas — e Paul Cézanne, que expôs em 
duas das três primeiras. No total, 30 artistas foram representados na primeira 
exposição e 55 contribuíram para as mostras coletivas em uma ou outra ocasião, 
entre eles Paul Gauguin e Georges Seurat.

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