Metodologia de Projeto em Design Projeto • Um bom desenvolvimento do Projeto se dá em ETAPAS e FASES de trabalho, de tal forma, ao término delas, o conteúdo dos produtos finais possa ser avaliado e aferido quanto à: • Compatibilidade do Projeto com o Programa de Necessidades • Funcionamento do Projeto • Dimensionamento e Padrões de Qualidade • Custos e Prazos de Execução da Obra Fases do Projeto • 1.Coleta de dados • 2.Estudo preliminar • 3.Anteprojeto • 4.Projeto Executivo Coleta de dados Coleta de dados • LEVANTAMENTO DE DADOS • OBJETIVOS CLIENTE / OBRA / PROJETO • PROGRAMA DE NECESSIDADES / DIMENSIONAMENTO • INFORMAÇÕES SOBRE O ESPAÇO / OBJETO DE INTERVENÇÃO • NORMAS / LEGISLAÇÃO / ESTUDO DE VIABILIDADE • PADRÕES E SISTEMAS CONSTRUTIVOS • NORMAS DE APRESENTAÇÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Obs.: Muitos desses dados podem ser fornecidos pelo cliente (dependerá da especificidades do projeto) • OBJETIVO • Levantamento de um conjunto de informações e dados, objetivando caracterizar perfeitamente o objeto, o escopo do contrato, o projeto e o conjunto de restrições. • INFORMAÇÕES • Definições preliminares: • Objetivos do Cliente e Obra • Prazos e recursos disponíveis para obra e projeto • Padrões de Construção e acabamentos • Normas de Representação gráfica Coleta de dados CONVERSA INICIAL COM O CLIENTE (USUÁRIO) • Reunir um número máximo de informações pertinentes à realização de um projeto adequado ao(s) usuário(s); • Levantar o Potencial Financeiro a ser investido; • Analisar a Metodologia a ser utilizada (SISTEMATIZAÇÃO); • Investigar o PERFIL do CLIENTE; • Compartilhar a confiança com o CLIENTE; • Entender o(s) PROBLEMA(S) envolvidos; • Dialogar com o cliente – de maneira técnica – os pontos positivos e negativos envolvidos no processo. CONVERSA INICIAL COM O CLIENTE (USUÁRIO) • ENTREVISTA & QUESTIONÁRIO • Características do Projeto • Usuários (Quantidade / Faixa Etária) / Atividades / Hobbies / etc.) • Influências (Cores / Materiais / Estilos) • Especificidades (Alergias / Necessidades Físicas / etc.) • Investimento (R$) • Tempo (t) • Qualidade (q) PROGRAMA DE NECESSIDADES • OBJETIVO • Sistematizar as características funcionais e físicas para o projeto (DEFINIÇÃO LIMITADA). • INFORMAÇÕES • Características funcionais • Atividades que irão abrigar • Compartimentação e dimensionamento preliminar • População fixa e variável (por compartimento e função) • Fluxos de pessoas (interno e externo) • Mobiliário Específico • Equipamentos (básicos e específicos) Etapa destinada à determinação das exigências de caráter prescritivo ou de desempenho (necessidades e expectativas dos usuários) a serem satisfeitas pela edificação a ser concebida. NBR 13531/95 EXIGÊNCIAS DO USUÁRIO PROGRAMA DE NECESSIDADES ANÁLISE DO DESIGNER PROGRAMA DE NECESSIDADES • Parte de um processo resolutivo: PROBLEMA A SE RESOLVER • Partes envolvidas: USUÁRIOS/CLIENTE & PROJETISTA(s) • A FORMA deverá atender aos Requisitos: • Necessidades; • Aspirações e • Expectativas. PROGRAMA DE NECESSIDADES • “O programa é equivalente àquilo que Alexander denomina de contexto” (ALEXANDER apud Elvan Silva, p. 83, 1998). • Mudança de significado: referia-se à listagem dos espaços e compartimentos partes do(s) Espaço(s) • Programa – atualmente – possui uma acepção além de compartimentação de dependências (submissão a condicionantes funcionais e/ou estéticos: O QUE É UM PROGRAMA DE NECESSIDADES? • “[…] o inventário de todos os requisitos materiais e imateriais referentes aos âmbito instrumental e afetivo, em seus aspectos fisiológicos, psicológicos, socioculturais, etc.” (SILVA, p. 83, 1998). PROGRAMA DE NECESSIDADES • PROGRAMA – Explicita todos os requisitos & subrequisitos que o integram. • EXEMPLO: • O Habitar é composto por necessidades, tais como proteção das intempéries, segurança, repouso, alimentar-se, dormir, cuidar da higiene, recrear, trabalhar, relacionar-se, etc. EXEMPLO PRÁTICO – HABITAR PROGRAMA DE NECESSIDADES • A elaboração de gráficos em forma de ORGANOGRAMAS & MATRIZES são partes do processo como esforço de organizá-los & hierarquizá-los como forma de Manipulá- los • A representação gráfica supera os inventários textuais (em termos de eficiência) por expressar uma quantidade maior de informações • Portanto, seguem exemplos de Organograma & Matriz de Elementos e Relações. ESQUEMAS FLUXOGRAMA MATRIZ DE ELEMENTOS & RELAÇÕES Estudo Preliminar ESTUDO PRELIMINAR OBJETIVO • Análise e avaliação de todas as informações recebidas para a seleção e recomendação do partido, podendo, eventualmente, apresentar soluções alternativas. Possui como objetivo a aprovação preliminar do partido proposto para, posteriormente, dar prosseguimento ao trabalho em nível de anteprojeto. O que é partido? Definição • “O partido fixa a concepção básica de um projeto, a sua essência, em termos de organização planimétrica e volumétrica, assim como suas possibilidades estruturais e de relação com o contexto. Sendo uma tomada de posição, o partido possui um forte componente subjetivo. […] É através de sua materialização por meio do repertório formal / compositivo / construtivo da arquitetura que uma imagem pode vir a ser, primeiro um todo conceitual, depois um partido e, ao ser desenvolvido, um projeto (MAHFUZ, p. 27, 1998) Partido • Segundo Elvan Silva (1998), existe um duplo papel desempenhado pelo PARTIDO: • CONTEXTO OBJETIVO • Relacionado ao Programa Arquitetônico (função) • CONTEXTO SUBJETIVO • Relacionado a Intenção Plástica do Projetista (forma) CIDADE DAS ARTES E DAS CIÊNCIAS – VALÊNCIA, ESPANHA – 1996 - SANTIAGO CALATRAVA PARTIDO ARQUITETÔNICO(SANTIAGO CALATRAVA) PARTIDO ARQUITETÔNICO(SANTIAGO CALATRAVA) PARTIDO ARQUITETÔNICO(SANTIAGO CALATRAVA) • O partido é um conjunto de caracteres que podem ser descritos, inclusive, pela linguagem verbal, do tipo “solução em três pavimentos com circulação vertical implantada externamente e dependências de serviço agrupadas em um bloco único”. Ou seja, o partido não é a representação esquemática da concepção, mas sim o conceito representado. (SILVA, p. 100, 1998) Memorial Descritivo • Dito isto, vejamos como nasceu, se definiu e resolveu a presente solução: 1. Nasceu do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse:-- dois eixos cruzando-se em ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da Cruz. 2. Procurou-se depois a adaptação à topografia local, ao escoamento natural das águas, à melhor orientação, arqueando-se um dos eixos a fim de contê-lo no triângulo equilátero que define a área urbanizada. 3. E houve o propósito de aplicar os princípios francos da técnica rodoviária — inclusive a eliminação de cruzamentos — à técnica urbanística, conferindo-se ao eixo arqueado, correspondente às vias naturais de acesso, a função circulatória-tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais, para o tráfego local, e dispondo-se ao longo desse eixo o grosso dos setores residenciais. Memorial Descritivo • Trata-se da compilação do partido através de linguagem textual, abordando os contextos objetivos e subjetivos, para melhor explicar a intencionalidade do arquiteto em solucionar o problema dado. Métodos Projetuais e Dimensões • Importância das seguintes dimensões, a partir do estudo crítico da arquitetura: • ESPACIAL •