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História dos Jardins na Antiguidade e Idade Média

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Itamar Frota
Engo. agrônomo paisagista D.Sc
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“Jardim do paraíso” – Adão e Eva (Gênesis I e II) 
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Mesopotâmia – (rios Tigre e Eufrates), Mar Mediterrâneo e Golfo Pérsico – assírios – mestres irrigação e drenagem; 
Paisagismo/agricultura – expressão artística – 10.000 anos – flores cemitério neandertal (60.000 anos);
Oriente médio - berço das civilizações/cultivo – evolução das ciências e artes;
Rei Sargon (2334-2279 A.C) – filho de sacerdotisa, - abandonado quando pequeno em cesto no rio Eufrates e recolhido por um jardineiro. 
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”Meu serviço como jardineiro foi agradável aos olhos da Deusa Isthar e eu me tornei rei”.
Sumérios – estabelecidos na Mesopotâmia meridional cerca de 3.000 A.C – nascentes do rio Tigre e Eufrates – construíram montes de terra (árvores para providenciar novas moradas dos Deuses).
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Montes – camadas por camadas em forma de degraus – pirâmides de degraus ou ziggurats. 
”Escavações de um ziggurats – complexo sistema de irrigação e drenagem por meio da lama
Tamareira (fornecer um microclima favorável a outras espécies), jasmim, rosas, tulipas. 
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“Mais antiga evidência de como era um verdadeiro jardim – pinturas de tumbas egípcias – cenas de jardim, figueiras, tamareiras e videiras – destinadas claramente ao prazer - presença de elementos: espaço cercado, adjacente a “moradia-planta” selecionadas e cuidadas (criação de um ambiente agradável)”.
Egípcios – cultivavam ervas culinárias e medicinais – pinturas e coroas flores e guirlandas em múmias.
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Fragmento de pintura mural do Antigo Egito. 18ª Dinastia, c. 1350 aC.
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Qual o mais famoso jardim da Antiguidade?
“Jardins suspensos da Babilônia - jardim de Semiramis” – Século VI A.C – Iraque;
Construído por Nabucodonor – esposa persa Amitis.
Seis montes de terra artificiais, terraços arborizados apoiados em colunas de 25 a 100 metros de altura, irrigados por água do rio Eufrates, árvores, flores tropicais e alamedas com altas palmeiras.
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Egito – Jardim egípcio desenvolvido de acordo com a topografia do rio Nilo – (simetrização rigorosa)
Palmeiras, Sicômoros, Figueiras, videiras e plantas aquáticas
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Israel
Viveram no Egito/escravos da Babilônia, também faziam jardins; 
Rei Salomão costumava passear em jardins. “Cântico dos cânticos” de sua autoria usa jardim como metáfora
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Pérsia
 
 Conquista de Assíria, Babilônia e o Egito – adaptação dos estilos de jardins (parques/paraíso, terraços e jardins cercados egípcios);
“Jardins-paraíso”, no entanto formato simples retangular com canais;
 Introduziam árvores e arbustos de flores perfumadas 
Plátanos, ciprestes, palmeiras, pinus, rosas, tulipas, narcisos, jacintos, jasmins e açucenas. 
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Açucena, Jacintos e Narcisos
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Jardim da Praça Naghshi Jahan em Isfahan, Irã 
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Índia 
O jardim era dividido em quatro zonas por dois canais principais em formato de cruz e na intersecção deste se elevava uma construção que podia ser o pavilhão ou uma fonte, representando as 4 moradas do universo
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GRÉCIA 
Acrópole, Atenas – Grécia.
 
Influenciados pelos jardins egípcios; 
Diferente em razão da topografia acidentada da região e o tipo de clima; 
Características próximas das naturais; 
Cultivo de plantas úteis, árvores (jovens); 
Introdução de colunas e pórticos; 
Esculturas humanas e de animais.
Árvores frutíferas: maçãs, peras,
figos, romãs, azeitoneiras, uvas
e hortas.
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ROMA 
Grandiosidade e a magnificência da composição (a princípio estilo grego - pátio interno indícios de vasos com flores); 
A interpenetração casa-jardim podia ser visualizadas nas vilas. 
Perspectivas vastas; 
Decoração pomposa; 
Valorização para fins exclusivamente recreativos; 
Jardins como santuários sociais; 
Os romanos – saquearam Grécia – monumentos e estátuas;
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Ciprestes, buxos e louros-anão recebiam "topiárias", que se caracterizavam por moldar arbustos em formas de figuras de variados formatos e nomes. 
coníferas, 
plátanos, 
frutíferas como amendoeira, 
pessegueiro, 
macieira, 
videira 
 
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IDADE MÉDIA 
Período entre os séculos XV e o XVI 
Período entre a Antiguidade Clássica e o Renascimento 
O luxo e o requinte foram abandonados 
As igrejas e mosteiros constituíram-se em centros de toda a atividade social (construções rudes e pesadas)
Mistura desordenada e fragmentária dos estilos anteriores,árvores,frutíferas,hortaliças e flores). 
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IDADE MÉDIA 
A interseção ortogonal das alamedas e caminhos, nos jardins construídos nos pátios internos das grandes construções medievais, lembravam a cada momento o símbolo da religião dominante. O estilo gótico retratava bem os jardins medievais. 
 
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IDADE MÉDIA 
MONACAIS
Reação ao luxo da tradição romana 
Dividido em 4 partes: 
o pomar, 
a horta, 
O jardim de plantas medicinais, 
O jardim de flores, 
local para banho; 
áreas gramadas cercadas; 
viveiros de peixes e pássaros; 
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IDADE MÉDIA 
MOURISCOS
No século VI, na Espanha, os árabes criaram os chamados "jardins da sensibilidade“; 
água, cor e perfume, canais, fontes e pequenos regatos como irrigação e para amenizar o calor ;
A cerâmica e o azulejo eram bastante utilizados; 
pequenas dimensões, sem ostentação e com destino à vida familiar. 
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RENASCIMENTO 
Início em meados do século XV; 
Artes, filosofia e ciências; 
Renascimento dos jardins; 
países que mais expressaram esta renovação: 
Itália, 
França, 
Inglaterra. 
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ITÁLIA 
Inspirados nos jardins da Roma Antiga; 
os sítios se encontravam nas colinas e nas encostas; 
vistas panorâmicas; 
uso de escadarias e terraços acompanhados de corredeiras de água; 
centros de retiro intelectual ;
A vegetação era considerada secundária. 
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ITÁLIA 
simetria de linhas geométricas; 
caracterizava por receber cortes adquirindo formas determinadas; 
Os vegetais mais utilizados foram: 
o louro, 
o cipreste, 
o azinheiro 
o pinheiro, 
O buxo - formas recortadas. 
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FRANÇA 
Inicialmente baseou-se nos jardins medievais 
utilizavam canteiros com flores e ervas medicinais e a horta que lhes concedia o abastecimento; 
Posteriormente, tiveram características semelhantes aos jardins italianos. 
rígida distribuição axial; 
Simetria; 
Perspectiva ;
uso de topiárias; 
formas geométricas. 
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FRANÇA 
Arquiteto paisagista de Luiz XIV, André Le Notrê. 
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INGLATERRA 
maior aproximação com a natureza; 
Inspirado nas idéias orientais do velho império chinês; 
Irregularidade e a falta de simetria nos caminhos; 
traçado livre e sinuoso; 
lagos ou riachos. 
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PARQUES URBANOS 
A partir do século XIX, as transformações e problemas decorrentes da industrialização afastaram o homem urbano da natureza - Áreas verdes nas cidades, os parques urbanos (PARK MOVEMENT). 
Central Park
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 1808 – Dom João VI – Jardim botânico
 Espécies vegetais – carvão (eucalipto, coração de negro, cinamomo);
 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Século XVIII – Mestre Valentim – Passeio público
 
 Símbolo da autoridade portuguesa X Monumento à natureza;
 Localização: áreas alagadas (estratégia)
 
 Passeio público – justaposição de sentidos
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 1861 – remodelação projetada por Auguste François Marie Glaziou (forma dos canteiros);
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Eng. Agrônomo francês Paul German – acalifas, crotons, furcrea, ixora, extremosa, jasmim-manga, flamboyant, ravenala, etc.
 Muitas espécies trazidas por embaixadores/cônsules (influenciados por suas mulheres).
 Alamanda, amarílis, cana índica, bongavílias, nove-horas,
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Resumo da história
do Paisagismo no Brasil 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Arquiteto paisagista Ludwin Riedel – dificuldades em arborizar ruas do Rio de Janeiro;
 1858 – Utilização de árvores floríferas no paisagismo – cássias, oiti, paineira, sibipiruna, etc. 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Fim século XVIII – coroa portuguesa - recursos botânicos – estudos de plantas exóticas e interesse;
 Jardins botânico coloniais – aclimatação e reconhecimento de plantas nativas (desenvolvimento científico);
 1808 – Jardim botânico Rio de Janeiro;
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
Século XIX - Construção da nação brasileira, aumento da população urbana e mudança de hábitos sociais – consolidação paisagismo urbano brasileiro – influência européia
Cliente – Elite do império e república velha
Áreas de moradia – praças, parques, etc.
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Auguste François Marie Glaziou – Eng. Civil, botânico (atuação entre 1858 e 1897)
 Glaziou – reconhecimento da flora brasileira e sua introdução nos jardins públicos do Rio de Janeiro;
 Sua obra marcava a tradição anglo-saxônica com tropicalidade da vegetação local;
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
Obras de Glaziou: jardins do Palácio Imperial de Petrópolis, Parque São Clemente, Quinta da Boa Vista, Campo do Santana (atual praça da República) 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
 Importância da vegetação – fator de salubridade; 
Projetos bem sucedidos – sistema de parques e jardins de Belém (arborização) 1898 - 1911.
Praça da República, praça Batista Campos e Bosque municipal (apogeu da economia da borracha).
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
Anos 1930 – pensamento moderno – influências européias em baixa, produção artística nacional.
Reunião de outros tipos de arte – pintura, escultura, música e botânica.
Burle Marx – sentimento e conceito no jardim – “movimento modernista com jardim” .
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
Biografia: Roberto Burle Marx – São Paulo 1909 - 1994 
Dahlen - Alemanha - 1928
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
Volta ao Brasil, estuda, classifica e cultiva plantas
Início – Estranheza ao estilo tropical e abstrato
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Resumo da história do Paisagismo no Brasil 
1940 – 1950 Intervenções paisagísticas de Azevedo Neto e Emygdio de Mello Filho; 
1960 – Fernando Chacel e Rosa Klias; 
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Estilos de jardins
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ESTILO ORIENTAL 
CHINA E JAPÃO 
Estilo cheio de “simbolismo”;
Elementos básicos – água (riachos, cascatas,lagos, etc.), pedras e plantas (bambu, grama japonesa, cerejeira,tuia, kaizuca, etc.)
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ESTILO ORIENTAL 
CHINA E JAPÃO 
Pedras – colhidas leito de rios - nunca usadas (disposição natural – número ímpar)
Água – espelha a imagem – induz o homem a enxergar a si mesmo;
Bambu – dobra-se ao vento sem quebrar;
Pontes – viagem mental por meio da contemplação;
Lanternas japonesas – luz que guia as pessoas nas trevas;
Bonsais – miniaturização do mundo externo.
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ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
PINHEIRO VERMELHO
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BAMBU
ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
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CYCA
ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
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BUXINHO
ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
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PODOCARPO
ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
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SAKURA – FLOR DE CEREJEIRA
ALGUMAS ESPÉCIES UTILIZADAS
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Linhas geométricas e simetria do traçado. desenhada com régua e compasso. 
Sebes baixas e rigorosamente aparadas, que emolduram canteiros onde as flores exercem um papel apenas secundário.
 Figuras de topiária (esculturas vegetais), estátuas, escadarias e fontes de desenho clássico, fazem o complemento ideal.
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Reproduzir uma paisagem árida. Alguma coisa como um pequeno oásis ou um pé de serra em região de cerrado. 
Pedras e areia fazem o pano de fundo para cactus, agaves, yuccas e suculentas. 
Uma ou outra palmeira de regiões áridas, como a carnaúba e o urucuri, arvoretas de tronco retorcido, arbustos esgalhados, tipo a caliandra, talvez uma ou duas cicas e pronto. 
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Tenta recriar um pedacinho de uma paradisíaca ilha tropical, com muito verde e muitas flores. 
Árvores como o flamboyant e o jasmim-manga, arbustos como o hibisco, a primavera e a gardênia, palmeiras diversas, folhagens tipo filodendros, monsteras e samambaias, bananeiras ornamentais, lírios-do-brejo, biris, bromélias, dracenas..., 
Uma área sombreada, e talvez uma cascatinha ou um filete d’água, dão o toque final.
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É o mais usado hoje em dia. É um estilo livre e que tem algumas raízes no chamado jardim inglês. 
Nele, o que se busca é uma paisagem algo campestre, alegre e florida, e um certa integração entre o jardim e a casa. 
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OBRIGADO!
itamarfrota@yahoo.com.br
fortpaisagismo@yahoo.com.br
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