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Incidências aplicadas à Radiologia Veterinária

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DEFINIÇÃO
Incidência radiológica veterinária de pequenos e grandes animais domésticos. Contenção para
realização de exames radiológicos veterinários. Técnicas de posicionamento aplicadas na
Radiologia veterinária.
PROPÓSITO
Compreender os procedimentos técnicos para a realização das incidências radiológicas de
rotina e especiais em pequenos e grandes animais.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar as regras gerais para a realização de incidências radiológicas veterinárias
MÓDULO 2
Descrever as incidências de rotina e exames especiais na radiologia de pequenos e grandes
animais domésticos
INTRODUÇÃO
O exame radiológico é uma ferramenta utilizada como base para resolução da investigação
clínica e muito solicitada, não apenas na Medicina humana, mas também na Veterinária. Com o
avanço dos novos procedimentos, um mercado especializado surgiu e, com ele, a necessidade
da formação e do conhecimento de médicos veterinários e tecnólogos em Radiologia.
Para a realização dos exames radiológicos, é importante conhecer as técnicas de
posicionamento e identificar suas diferenças, obtendo como referência a espécie que será
examinada e compreendendo a maneira correta de contenção para cada uma delas. O objetivo
é seguir um protocolo seguro no que se refere à proteção biológica e radiológica.
Na execução dos exames, compreender a rotina mínima a ser realizada em cada região e suas
complementações é fundamental para o resultado. O protocolo deve ser seguido conforme o
histórico clínico do paciente, que exige do médico veterinário e tecnólogo a anamnese prévia
realizada com o tutor do paciente.
ANAMNESE
Entrevista realizada com o objetivo de compreender o estado físico do paciente para que
ocorra um correto diagnóstico.
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MÓDULO 1
 Identificar as regras gerais para a realização de incidências radiológicas veterinárias
PLANOS, EIXOS E DIREÇÃO ANATÔMICOS
Vamos adquirir, neste módulo, um bom conhecimento da anatomia e de seus princípios básicos
de planos e eixos. Assim, poderemos identificar as incidências radiológicas usadas para
cada região anatômica.
Os planos anatômicos são hipotéticos e usados para dividir o corpo, de modo a descrever a
localização de estruturas ou a direção dos movimentos.
Os planos anatômicos usados na Radiologia veterinária são:
PLANO DORSAL OU HORIZONTAL
que divide o corpo em duas partes iguais (dorsal e ventral);
PLANO TRANSVERSO
que divide o corpo em duas partes iguais (cranial e caudal);
PLANO MEDIANO OU LONGITUDINAL
que divide o corpo em duas partes iguais (direito e esquerdo).
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS
Pontos de entrada e saída do raio central do feixe primário dos raios X.
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
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Fonte: Freepik
Na Medicina Veterinária, as incidências radiológicas seguem o comitê de nomenclatura da
American College of Veterinary Radiology, em que é recomendado seguir a lista da Nomina
Anatômica Veterinária. É com essas regras que podemos designar a nomenclatura aplicada
nas incidências.
As definições adotadas nas práticas radiológicas e nos pedidos de exames seguem os
seguintes direcionamentos:
 
Fonte: O autor
 Termologia de direcionamento.
CRANIAL
Refere-se às faces dos membros, a partir da articulação do carpo e do tarso, voltadas para o
crânio ou plano cranial. As partes designadas são: parte do pescoço, do tronco e da cauda
posicionada em direção ao crânio.
CAUDAL
Face dos membros acima das articulações do carpo e do tarso que se voltam em direção à
cauda. Esse termo é usado na parte da cabeça, do pescoço e do tronco.
VENTRAL
Significa em direção ao ventre ou aos membros. As partes designadas são: região inferior da
cabeça, do pescoço, do tronco e da cauda.
DORSAL
Significa em direção ao dorso ou à coluna vertebral. As partes designadas são: região superior
da cabeça, do pescoço, do tronco e da cauda, e craniais (anteriores) dos membros e das
articulações ântero-braquicarpal (radiocarpal) e tarsocrural distalmente.
ROSTRAL
Descreve as partes da cabeça posicionadas em direção às narinas a partir de determinado
ponto.
PROXIMAL
Refere-se à direção da raiz do membro ou da cauda.
DISTAL
Refere-se à parte mais distal do membro ou da cauda.
PALMAR
Termo usado na região que compreende a parte pós-articulação do carpo (membros torácicos).
PLANTAR
Termo usado na região que compreende a parte pós-articulação do tarso (membros pélvicos).
Outro critério importante para a realização das incidências radiológicas está relacionado ao
bom posicionamento do paciente durante o exame, cujo objetivo é revelar estruturas
anatômicas e patologias. O posicionamento feito de maneira incorreta pode mascarar
patologias e esconder estruturas anatômicas desejadas.
Os critérios para posicionar o paciente, relevantes para uma boa técnica de exame, dependem
da área a ser examinada e das patologias investigadas. Por essa razão, devemos seguir um
protocolo para cada processo investigatório.
Os pacientes podem ser posicionados em decúbito ventral, dorsal ou lateral (direito ou
esquerdo).
 
Fonte: O autor
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DECÚBITO
Na Medicina Veterinária, é o mesmo que deitado.
TIPOS DE INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS
Diferentemente da Medicina humana, na Veterinária, as incidências radiológicas possuem
termologias distintas. Por conta disso, os tecnólogos em Radiologia devem se adaptar a essa
outra linguagem, que auxilia o médico veterinário na realização dos exames solicitados.
As nomenclaturas usadas nas diversas incidências são:
Nomenclaturas das incidências
Ventrodorsal
(VD)
Raio central perpendicular ao plano horizontal (dorsal), entrando
na região ventral e saindo na dorsal;
Dorsoventral
(DV)
Raio central perpendicular ao plano horizontal (dorsal), entrando
na região dorsal e saindo na ventral;
Craniocaudal
(CrCd)
Raio central perpendicular ao plano transversal, entrando na região
cranial e saindo na caudal;
Caudocranial
(CdCr)
Raio central perpendicular ao plano transversal, entrando na região
caudal e saindo na cranial;
Laterolateral Raio central perpendicular ao plano mediano (longitudinal),
(LL) entrando em uma lateral e saindo na outra lateral (usados em
crânio, coluna, tórax, abdome e pelve);
Mediolateral
ou
Leteromedial
(ML ou LM)
Raio central perpendicular ao plano mediano (longitudinal),
entrando em uma lateral e saindo na outra lateral (usados nos
membros torácicos e pélvicos);
Dorsopalmar
(DPa)
Raio central perpendicular ao plano transversal, entrando na região
dorsal e saindo na palmar;
Palmodorsal
(PaD)
Raio central perpendicular ao plano transversal, entrando na região
palmar e saindo na dorsal;
Dorsoplantar
(DPl)
Raio central perpendicular ao plano transversal, entrando na região
dorsal e saindo na plantar;
Rostrocaudal
(RCd)
Raio central entrando na região rostral e saindo na caudal;
Oblíquas (O) Raio central penetrando com as estruturas anatômicas obliquadas.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
CONTENÇÃO EM PEQUENOS E GRANDES
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Na Radiologia veterinária, a contenção é muito importante para um exame perfeito. Para a
realização das incidências, é necessário que o paciente não se movimente no ato da
exposição, evitando o processo de fluocinética. Por isso, exames de tórax e abdome são
realizados com o menor tempo de exposição.
FLUOCINÉTICA
Falta de nitidez dinâmica (cinética) provocada por movimentação de órgãos e regiões do
paciente.
 
Fonte: Freepik
Nos pacientes veterinários, pela falta de capacidade de entendimento aos comandos, as
radiografias devem ser realizadas com contenção física ou química, a fim de obter um
posicionamento correto.
Nos exames radiológicos digitais ou convencionais, o protocolo usado nos principais
centros é a contenção física na maioria dos casos, tanto para grandes quanto para pequenos
animais.
A contenção química só deve ser usada em casos especiais, devido a seus riscos e a seu
custo.
Os profissionaisda área devem ser capazes de compreender as diversas maneiras de
contenção física, bem como a reação de luta e fuga de cada espécie. O maior desafio é manter
a qualidade do exame com segurança para o profissional e o paciente.
 DICA
Por mais dócil e inofensivo que seja ou pareça ser o paciente, a simples palpação, por
exemplo, de determinada estrutura mais sensível fará com que ele se defenda à manipulação
não habitual, com mordeduras, coices, chifradas ou unhadas.
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A recomendação geral para se obter uma boa contenção está diretamente relacionada aos
domínios da técnica para evitar movimentos bruscos. Algumas orientações eficazes para
ganhar a confiança do paciente são:
 
Fonte: Freepik
Chamá-lo pelo nome.
 
Fonte: Freepik
Oferecê-lo guloseimas ou alimentos apetitosos, caso os tenha.
 
Fonte: Freepik
Acariciá-lo.
Com relação aos cães, muitas vezes, não são necessários elementos de contenção, contudo,
em casos de risco ao profissional, é recomendado usar mordaças e focinheiras.
A técnica de colocação desses equipamentos e a observação do paciente durante a contenção
são de extrema importância.
 
Fonte:Shutterstock
Os felinos são animais mais ágeis e relativamente pequenos. Por isso, desvencilham-se muito
facilmente, e sua imobilização pode se tornar mais complicada. Seu meio natural de defesa são
unhas e dentes, tornando-os mais perigosos para fazer a contenção, principalmente, se o
paciente for considerado arisco.
 
Fonte:Shutterstock
Nesse caso, o profissional deve usar todos os equipamentos necessários para a contenção,
como máscaras (focinheiras) e luvas, que evitam arranhaduras e mordidas. Entretanto, apesar
de ágil, essa espécie é extremamente frágil, e o uso de força excessiva pode ocasionar-lhe
acidentes.
 
Fonte:Shutterstock
Os felinos possuem características territoriais e são mais sujeitos ao estresse causado pela
mudança de ambiente, principalmente, em setores de radiologia em que se atende outros
animais.
 
Fonte:Shutterstock
Mantenha o paciente dentro de caixas de contenção ou de transporte, devendo retirá-los
somente no momento do exame.
CONTENÇÃO EM EQUINOS
Os equinos são animais sociáveis, mas, devido à sua extrema força, é preciso ter alguns
cuidados durante a sua contenção para a realização de exames.
Nos casos em que o paciente não for colaborativo (cavalos sanguíneos), dependendo da
incidência e do local do exame, pode ser necessário o uso de:
Cordas;
Cabrestos – cordas que laçam a cabeça;
Peias – equipamento para conter os membros e evitar coices;
Bretes – compartilhamento ou jaula de contenção;
Cachimbo ou pito – laçado de corda ou corrente com cabo para conter os lábios.
 
Fonte: prostooleh / Freepik
O cachimbo ou pito somente deve ser usado em último caso, quando, mesmo contido, o animal
apresente reações agressivas. Afinal, esses elementos provocam estímulos dolorosos e podem
causar um trauma que dificulte futuros procedimentos de exames.
Caso o equino apresente um comportamento social aceitável, usamos algodão para tapar as
orelhas a fim de diminuir ruídos que possam assustá-lo. Se possível, devemos apresentar o
equipamento radiológico ao animal antes do procedimento.
CONTENÇÃO EM BOVINOS
Os bovinos são animais mais rústicos, com pouca habilidade de receber comando, se
comparados aos cavalos. Por isso, as escolhas mais recomendadas são o derrubamento e a
contenção por cordas.
 
Fonte: Freepik
DERRUBAMENTO
Trata-se de derrubar o animal por alavanca ou com utilização de sedativo.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Os conhecimentos sobre as regras de proteção radiológica são fundamentais para a execução
de exames na Radiologia veterinária. Afinal, diante da necessidade de contenção física,
perdemos um dos princípios básicos de proteção: a distância da fonte.
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Por isso, os profissionais da área devem exercer suas funções com exigência máxima de
proteção radiológica e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tais como: óculos,
protetor de tireoide, avental e luvas plumbíferas.
LUVAS PLUMBÍFERAS
Aquelas confeccionadas com chumbo – Plumbum (Pb).
 ATENÇÃO
Os EPIs devem estar dentro dos padrões exigidos por lei, e seu uso é obrigatório na hora da
realização do exame, principalmente, para quem vai conter o paciente.
Caso os exames sejam feitos em locais não controlados, como fazendas, por exemplo, a área
precisa ser isolada, assim como os animais e pessoas devem ser retirados. Importante frisar
que todos os profissionais que realizam exames radiológicos em áreas controladas ou não
(área externa) devem ser monitorados com dosímetro pessoal.
PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DOS
EXAMES
Para obter sucesso na realização dos exames radiológicos em Medicina Veterinária, são
necessários conhecimentos de vários. Para isso, o examinador deve montar sua estratégia
baseada em cada caso específico de acordo com as seguintes orientações:
Avaliar a solicitação do exame com cuidado, observando os principais tópicos –
espécie, raça, idade, região a ser examinada, justificativa do solicitante para
investigação radiológica.
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Realizar pequena anamnese com o tutor do paciente para entender as principais
queixas que levaram à solicitação do exame.
Se possível, o médico radiologista deve fazer uma análise clínica antes do exame
para facilitar a tomada de decisão. Por exemplo, se a queixa ou suspeita estiver
nos membros, poderá ser necessária uma investigação específica de palpação na
região solicitada, assim como a análise do paciente em estação e movimentação.
Essa avaliação é muito importante tanto para a realização de contenção quanto
para a descrição dos laudos.
Avaliar a necessidade de contenção com equipamentos para a segurança do
executor e do paciente.
Antes da execução do exame, a equipe deve aparamentar-se corretamente com os
EPIs para uma efetiva proteção radiológica. Para uma contenção física eficiente, a
equipe que realizará o exame radiológico deve ser composta por, no mínimo, duas
pessoas.
Relacionar a região anatômica investigada com os fatores técnicos do equipamento
e dos elementos para a obtenção da imagem.
Verificar a necessidade de equipamentos para posicionamento.
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Colocar o paciente na mesa de exame com segurança.
Realizar contenção física, seguindo os padrões técnicos para cada incidência.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ESTAÇÃO
Na Medicina Veterinária, é quando o paciente está em pé.
Os critérios de investigação radiológica seguem um padrão de conhecimento sobre a patologia
e a região anatômica de interesse. Esses requisitos direcionam o número de incidências que
devem ser realizadas.
Um dos requisitos médicos para solicitação do exame é o entendimento das incidências e sua
contribuição diagnóstica. Por isso, elas são divididas em:
INCIDÊNCIAS DE ROTINA (BÁSICAS)
São realizadas com base na necessidade de uma investigação tridimensional da região,
fornecendo ao observador a possibilidade de avaliar as estruturas anatômicas com
profundidade, altura e largura, bem como de conter uma ou mais incidências, dependendo da
região anatômica.
INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES (ESPECIAIS)
São realizadas devido à necessidade de uma avaliação anatômica ou patológica, e quando as
incidências de rotina não são capazes de demonstrar o problema com perfeição.
Saiba mais sobre o assunto assistindo ao vídeo a seguir.
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QUALIDADE EM DETECTORES
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O CONHECIMENTO DOS PLANOS ANATÔMICOS É FUNDAMENTAL
PARA DETERMINAR O POSICIONAMENTO CORRETO DO ANIMAL E O
PONTO DE DIREÇÃO DO RAIO CENTRAL. QUAL É O PLANO ANATÔMICO
CONSIDERADO REFERÊNCIA IMPORTANTE PARA A INCIDÊNCIA
VENTRODORSAL?
A) Longitudinal
B) Transverso
C) Dorsal
D) Plano mediano
2. ENTRE TODOS OS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA PROTEÇÃO
DOS PROFISSIONAIS, EXISTE UM DISPOSITIVO QUE FAZ A MEDIÇÃO DA
QUANTIDADE DE DOSES DE RADIAÇÃO A QUEO PACIENTE ESTÁ
SENDO EXPOSTO. MESMO NÃO SENDO CONSIDERADO UM
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), ELE É INDISPENSÁVEL
PARA A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA NA RADIOLOGIA VETERINÁRIA. QUE
DISPOSITIVO É ESSE?
A) Dosímetro radiológico individual.
B) Avental plumbífero
C) Luva plumblífera.
D) Protetor de tireoide.
GABARITO
1. O conhecimento dos planos anatômicos é fundamental para determinar o
posicionamento correto do animal e o ponto de direção do raio central. Qual é o plano
anatômico considerado referência importante para a incidência ventrodorsal?
A alternativa "C " está correta.
 
O plano de referência para a realização da incidência ventrodorsal é o plano dorsal, pois este
divide o corpo em duas partes iguais (ventral e dorsal). Com isso, deve-se direcionar o raio
perpendicular ao plano dorsal, de modo que o raio central entre na região ventral e saia na
região dorsal.
2. Entre todos os equipamentos utilizados para proteção dos profissionais, existe um
dispositivo que faz a medição da quantidade de doses de radiação a que o paciente está
sendo exposto. Mesmo não sendo considerado um Equipamento de Proteção Individual
(EPI), ele é indispensável para a proteção radiológica na Radiologia Veterinária. Que
dispositivo é esse?
A alternativa "A " está correta.
 
Dosímetro é um equipamento individual cujo objetivo é monitorar a dose de radiação em todos
os profissionais que trabalham com radiação ionizante. Ele deve ser fornecido pelo empregador
de forma gratuita. Os dosímetros são equipamentos obrigatórios, e sua leitura de dose deve
ser mensal, de modo que haja um controle visando à saúde dos profissionais
ocupacionalmente expostos.
MÓDULO 2
 Descrever as incidências de rotina e exames especiais na radiologia de pequenos e
grandes animais domésticos
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DE
PEQUENOS E GRANDES ANIMAIS
Para que você possa entender as descrições das incidências radiológicas, elaboramos tabelas
separadas por áreas anatômicas, com o objetivo de apresentar as incidências de rotina para
cada região. Em seguida, descrevemos, de maneira simplificada e com suas respectivas
particularidades, os posicionamentos radiológicos.
Você também verá tabelas cujo intuito é simplificar os objetivos dos exames radiográficos
especiais e apresentar suas principais indicações clínicas.
Os fatores técnicos, como tensão (kV) e intensidade de corrente elétrica (mAs), dependerão da
espessura da região anatômica estudada e do equipamento utilizado.
Na Radiologia veterinária, os pacientes possuem grande variação de tamanho, logo, o uso da
grade antidifusora e o tamanho do receptor de imagem vão depender do paciente.
Exames de estruturas anatômicas acima de 8 cm devem ser realizados com o receptor na
gaveta, seguindo o padrão de centralização da estrutura à linha central da mesa. Já nos casos
de estruturas menores que 8 cm, basta posicionar a região em cima do receptor de imagem.
Para todos os exames realizados, é utilizada a distância foco filme de 100 cm.
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DA CINTURA
ESCAPULAR E DE MEMBROS TORÁCICOS
DE PEQUENOS ANIMAIS
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada
para cada área de interesse dos membros torácicos:
Região
anatômica
Incidências de rotina Ponto de entrada do raio central
Escápula
Caudocranial -
Mediolateral
Ponto médio da escápula
Ombro
Caudocranial -
Mediolateral
Articulação do ombro
Úmero
Caudocranial -
Mediolateral
Ponto médio do úmero
Cotovelo Craniocaudal -
Mediolateral
Articulação do cotovelo
Rádio e ulna
Craniocaudal -
Mediolateral
Ponto médio do rádio e ulna
Carpo
Dorsopalmar -
Mediolateral
Articulação do carpo
Metacarpos
Dorsopalmar -
Mediolateral
Terços proximais e distais dos
metacarpos
Falanges
Dorsopalmar -
Mediolateral
Terço médio da falange
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
INCIDÊNCIAS MEDIOLATERAIS (CINTURA
ESCAPULAR E MEMBROS TORÁCICOS)
O paciente deve ficar em decúbito lateral, com o lado a ser examinado próximo ao receptor de
imagem, com o membro examinado puxado para frente e o oposto para trás o máximo
possível, para que não haja sobreposição. O pescoço deve ser estendido para não sobrepor a
imagem.
Quando a região a ser examinada estiver mais proximal, será necessário conter o membro
examinado na região mais distal. Quando for nas regiões mais distais, será preciso conter a
região do cotovelo.
 
Fonte: O autor
 Incidência Mediolateral dos ossos ulna e rádio.
INCIDÊNCIAS CAUDOCRANIAIS (ESCÁPULA, OMBRO
E ÚMERO)
O paciente deve ficar reclinado sobre o dorso (decúbito dorsal). Os membros torácicos devem
ser tracionados para frente, de modo que as mãos encostem na mesa e, ao mesmo tempo, os
membros sejam pressionados ao encontro da cabeça, a fim de garantir sua posição.
Para que se consiga uma análise perfeita da escápula, o profissional deve rodar 30° o esterno
do paciente para o lado oposto ao examinado. Com esse posicionamento, a escápula fica
lateralizada; e a articulação do ombro, sem sobreposição.
 
Fonte: O autor
 IIncidência caudocranial do ombro.
javascript:void(0)
ESCÁPULA
Articulação do ombro e úmero.
INCIDÊNCIAS CRANIOCAUDAIS (COTOVELO, RÁDIO E
ULNAR)
O paciente deve ficar em decúbito ventral, enquanto um assistente segura sua cabeça com
uma das mãos, elevando e lateralizando-a para que não ocorra sobreposição. A outra mão
estabiliza o membro examinado ao nível da articulação do ombro, utilizando o antebraço para
imobilizar o paciente.
O outro examinador estende pela extremidade mais distal o membro a ser examinado e
direciona lateralmente o membro que não será examinado, afastando-o para evitar
superposição.
 
Fonte: O autor
 Incidência craniocaudal dos ossos ulna e rádio.
INCIDÊNCIAS DORSOPALMARES (CARPO E
METACARPO)
O paciente deve ficar em decúbito ventral, enquanto um assistente segura sua cabeça com
uma das mãos, elevando-a e lateralizando-a para que não ocorra sobreposição. A outra mão
estabiliza o membro examinado ao nível da articulação do cotovelo para imobilizar o paciente.
O outro examinador segura o membro que não será examinado em sua extremidade distal para
o lado oposto da região a ser examinada, evitando sobreposição.
 
Fonte: O autor
 Incidência dorsopalmar dos metacarpos.
As incidências radiológicas especiais são utilizadas quando a suspeita patológica exige uma
investigação mais aprofundada de cada região. Sua escolha está relacionada diretamente aos
sinais observados em exames de rotina, ou quando há indicações clínicas de que essas
incidências são fundamentais para investigação.
A tabela a seguir apresenta algumas indicações clínicas de análises para determinadas
incidências complementares:
Região
anatômica
Incidências
especiais
Objetivo da incidência
Cotovelo Oblíqua
craniolateral -
caudomedial
Análise do processo coronoide fragmentado
Cotovelo
Mediolateral
fletida
Análise de articulações e possíveis processos
degenerativos
Carpo
Mediolateral
fletida
Análise da articulação carpal ou delinear a
origem de fragmentos de fraturas
Carpo
Oblíqua
dorsomedial -
palmarolateral
(45°)
Análise da face dorsolateral e palmaromedial do
primeiro, segundo e possivelmente terceiro
metacarpais
Carpo
Craniocaudal -
Mediolateral
Ponto médio do rádio e ulna
Carpo
Oblíqua
palmaromedial -
dorsolateral (45°)
Análise da face dorsomedial e palmarolateral
dos quarto e quinto ossos metacarpais
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DA CINTURA
E DE MEMBROS PÉLVICOS DE PEQUENOS
ANIMAIS
A tabela a seguir tem como objetivo facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada
para cada área de interesse dos membros pélvicos:
Região
anatômica
Incidências de rotina Ponto de entrada do raio central
Pelve Ventrodorsal Ponto médio da escápula
Fêmur
Craniocaudal -
mediolateral
Ponto médio do fêmur
Joelho
Caudocranial -
mediolateral
Articulação do joelhoTíbia e fíbula
Caudocranial -
mediolateral
Ponto médio da tíbia e fíbula
Tarso
Dorsoplantar -
mediolateral
Articulação do tarso
Metatarso
Dorsoplantar -
mediolateral
Terços proximais e distais do
metatarso
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
INCIDÊNCIA VENTRODORSAL (PELVE)
O paciente deve ficar em decúbito dorsal. Um dos examinadores traciona ambos os membros
pélvicos do paciente, colocando-os em paralelo e fazendo uma leve rotação medial. Essa
tração estende as articulações da pelve, e a rotação coloca as patelas projetadas sobre a
porção média distal do fêmur.
Uma recomendação importante é manter o alinhamento do paciente para simetria do acetábulo
e da cabeça do fêmur de ambos os lados.
O outro examinador deve conter os membros torácicos, esticando e mantendo a cabeça do
paciente entre os membros. A execução desse exame requer o uso de uma calha para a
acomodação do animal.
 
Fonte: O autor
 Incidência ventrodorsal da pelve.
INCIDÊNCIAS MEDIOLATERAIS (CINTURA E MEMBROS
PÉLVICOS)
O paciente deve ficar em decúbito lateral, com o lado a ser radiografado próximo à mesa de
exame. A perna de cima deve estar abduzida o suficiente para retirar a superposição e apoiada
sobre a mesa, juntamente com a cauda. Membros torácicos e cabeça devem ser imobilizados.
Nos casos em que a extremidade distal for a área examinada, a região do joelho deve ser
contida para estabilizar e imobilizar corretamente o paciente, a fim de realizar o exame.
 
Fonte: O autor
 Incidência mediolateral do joelho.
INCIDÊNCIA CRANIOCAUDAL (FÊMUR)
O paciente deve ser colocado em decúbito lateral do lado que não será radiografado. Os
membros torácicos devem ser contidos e moderadamente estendidos. O membro a ser
examinado deve estar estendido horizontalmente enquanto o receptor de imagem é colocado
caudalmente próximo à coxa.
Com o objetivo de não sobrepor a imagem com o corpo do paciente, este deve ser retirado da
frente do membro em estudo.
 
Fonte: O autor
 Incidência craniocaudal do fêmur.
INCIDÊNCIAS CAUDOCRANIAIS (JOELHO, TÍBIA E
FÍBULA)
O paciente deve ser colocado em decúbito lateral do lado que não será radiografado. Os
membros torácicos devem ser contidos e moderadamente estendidos. O membro a ser
examinado deve estar estendido horizontalmente enquanto o receptor de imagem é colocado
cranialmente próximo à região examinada.
 
Fonte: O autor
 Incidência craniocaudal do fêmur.
INCIDÊNCIAS DORSOPLANTARES (TARSO E
METATARSO)
O paciente deve ficar em decúbito ventral. O profissional segura o membro a ser examinado
próximo à articulação pélvica, para que a região fique ao lado do corpo e sobre o receptor de
imagem. Além disso, é necessário conter a região da cabeça e dos membros torácicos.
 
Fonte: O autor
 Incidência dorsoplantar dos metatarsos
A tabela a seguir facilita o entendimento para a realização dos exames complementares:
Região
anatômica
Incidências
especiais
Objetivo da incidência
Pelve
Laterolateral
(direita e
esquerda)
Avaliação de patologias do pube ou do sacro
Pelve
Lateral oblíqua
de 20°
Avaliação de reconstrução cirúrgica em fraturas
do ílio ou do acetábulo
Pelve
Ventrodorsal
fletida (frog leg
ou pata de rã)
Avaliação das articulações acetabulares
Patela
Tangencial de
patela (método
de skyline)
Avaliação da articulação patelofemural, das
lesões em patela e do posicionamento dela em
relação aos côndilos femurais
Tarso e
metatarso
Oblíquas
Avaliação de possíveis fraturas e lesões
articulares
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INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DO CRÂNIO
DE PEQUENOS ANIMAIS
Os exames radiológicos do crânio podem variar em quantidades de incidências, conforme o
objetivo da investigação. Tal rotina pode ser alterada de acordo com a área de exame.
Essa região possui particularidades importantes, podendo ocorrer mudanças de protocolos
conforme as investigações. Por isso, alguns pontos importantes devem ser discutidos, tais
como:
CONTENÇÃO QUÍMICA OU FÍSICA
Essa decisão cabe ao médico veterinário, usando como base as condições físicas e
patológicas do animal.
COMPLEXIDADE DA INCIDÊNCIA
Critério técnico, pois as variações e formas dos crânios podem exigir compensações de KV e
mAs. Cães braquicefálicos, por exemplo, possuem maior quantidade de ossos por unidade de
espessura, comparados com a média de densidades do crânio das outras raças.
BRAQUICEFÁLICOS
Animais com “focinho achatado”.
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada no
crânio:
Região
anatômica
Incidências de
rotina
Ponto de entrada do raio central
Crânio
Laterolateral –
dorsoventral
Raio central entre o ponto médio do olho e o
meato acústico externo
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INCIDÊNCIA LATEROLATERAL - DIREITA E ESQUERDA
(CRÂNIO)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
O paciente deve ficar em decúbito lateral. O profissional precisa alinhar sua cabeça e fixar a
parte rostral com uma faixa, bem como colocar um apoio radiotransparente sob o nariz e a
mandíbula, para que o plano sagital do crânio do paciente fique paralelo à área de exame. Com
isso, obtém-se uma lateralização perfeita. O paciente deve ser imobilizado também pelo corpo
e pelos membros.
INCIDÊNCIA DORSOVENTRAL (CRÂNIO)
O paciente deve ficar em decúbito ventral. Sua cabeça tem de estar apoiada sobre o receptor
de imagem; e o palato duro, paralelo à mesa de exame. Um dos examinadores pode usar uma
faixa radiotransparente na região rostral (nariz) para assegurar a imobilização; e o outro,
mobilizar os membros torácicos e o corpo do paciente.
 DICA
Reclinar sobre o abdome é mais confortável para o paciente do que colocá-lo sobre o dorso,
com algumas exceções. Essa posição não requer sedação.
A tabela a seguir facilita o entendimento para a realização dos exames complementares:
Região anatômica Incidências especiais Objetivo da incidência
Seios frontais Laterolateral e rostrocaudal
Processo inflamatório em
seios
Cavidade nasal
Rostral-dorsocaudal com
boca aberta
Processos inflamatórios em
cavidade nasal e fossa
etmoidal
Articulação
Temporomandibular
(ATM)
Oblíquas laterais direita e
esquerda (boca aberta e
fechada)
Disfunções da articulação
temporomandibular
Bulha timpânica Oblíquas laterais direita e
esquerda
Processos inflamatórios de
ouvido
Dentes
Oblíquas mediolaterais de
boca aberta
Patologias odontológicas
maxilares
Dentes
Oblíquas mediolaterais de
boca aberta
Patologias odontológicas
mandibulares
Dentes Rostral-ventrocaudal
Patologias odontológicas de
incisivos e caninos do
maxilar
Dentes Rostral-dorsocaudal
Patologias odontológicas de
incisivos e caninos da
mandíbula
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INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DA COLUNA
VERTEBRAL DE PEQUENOS ANIMAIS
A coluna vertebral de cães e gatos é dividida da seguinte maneira:
Coluna cervical 7 vértebras
Coluna torácica 13 vértebras
Coluna lombar 7 vértebras
Coluna sacral 3 vértebras
Caudas de 20 a 23 vértebras
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Incidências da coluna lombar e sacral devem ser realizadas após limpeza intestinal nos casos
de pacientes ambulatoriais para evitar sobreposição dos conteúdos intestinais (fezes e gases)
sobre a região examinada.
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada
para cada área de interesse da coluna vertebral:
Região
anatômica
Incidências de rotina
Ponto de entrada do raio
central
Cervical
Laterolateral -
ventrodorsal
Entre c3 e c4
Torácica
Laterolateral -
ventrodorsal
Entre t6 e t7
Lombar
Laterolateral -
ventrodorsal
Entre l3 e l4
Sacro Laterolateral -
ventrodorsal
Ponto médio do sacro
Cauda
Laterolateral -
ventrodorsal
Ponto médio das vértebras
caudais
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INCIDÊNCIAS LATEROLATERAIS (COLUNA
VERTEBRAL)
O paciente deve ficar em decúbito lateral. Um dos examinadores segura a cabeça e os
membros torácicos, e o outro segura a cauda e os membros pélvicos.
 
Fonte: O autor
 Incidência laterolateral da coluna lombar.
INCIDÊNCIAS VENTRODORSAIS (COLUNA
VERTEBRAL)
O paciente deve ficar em decúbito dorsal. Nessas incidências, é possível usar a calha para
manter a estabilidade do paciente. Um dos examinadores segura a cabeça e os membros
torácicos, e o outro segura os membros posteriores.
 
Fonte: O autor
 Incidência ventrodorsal da coluna lombar.
INCIDÊNCIAS DORSOPLANTARES (TARSO E
METATARSO)
O paciente deve ficar em decúbito ventral. O profissional segura o membro a ser examinado
próximo à articulação pélvica, para que a região fique ao lado do corpo e sobre o receptor de
imagem. Além disso, é necessário conter a região da cabeça e dos membros torácicos.
 
Fonte: O autor
 Incidência dorsoplantar dos metatarsos
A tabela a seguir facilita o entendimento para a realização do exame complementar:
Região
anatômica
Incidências
especiais
Objetivo da incidência
Cervical Laterolateral fletida Suspeitas de luxações do processo
odontoide
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INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DO TÓRAX E
DA CAIXA TORÁCICA DE PEQUENOS
ANIMAIS
No estudo do tórax, alguns fatores técnicos devem ser aplicados para uma análise perfeita da
região, entre os quais está o processo respiratório.
As radiografias de rotina para o estudo dessa área devem ser realizadas em pico inspiratório
máximo. Devido à falta de entendimento de comando dos pacientes, é necessário reduzir o
tempo de exposição para evitar borramento da imagem, realizando o disparo quando
observado esse pico inspiratório. Tal fator inspiratório máximo proporciona uma visualização
adequada das estruturas do interior do tórax.
O estudo da caixa torácica é realizado para análise de possíveis fraturas, mineralizações e
neoplasias nos arcos costais e no esterno.
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada
para cada área de interesse:
Região
anatômica
Incidências de rotina
Ponto de entrada do raio
central
Tórax
Ventrodorsal e laterolateral (direita e
esquerda)
Borda caudal da escápula
Costelas Ventrodorsal e laterolateral Borda caudal da escápula
Esterno Laterolateral Ponto médio
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INCIDÊNCIAS LATEROLATERAIS - DIREITA E
ESQUERDA (TÓRAX)
O paciente deve ficar em decúbito lateral. Os membros torácicos são tracionados cranialmente
pelo profissional, de modo que a maior parte do músculo do tríceps é retirada de sobreposição
à porção cranial do tórax. Esse mesmo examinador eleva a cabeça e o pescoço do paciente
para que fiquem estendidos.
As incidências direita e esquerda são utilizadas para melhor investigação de doenças
pulmonares. O pulmão que estiver mais próximo da área de exame não inflará totalmente na
inspiração completa, devido ao peso do corpo imposto sobre ele, o que causa perda de
detalhes importantes de análise. Por isso, para um diagnóstico exato, a rotina desse exame
sugere incidências Laterolateral Direita (LLD) e Laterolateral Esquerda (LLE).
Caso seja necessário escolher um lado para realizar a incidência, o ideal é selecionar a
Laterolateral direita, pois, nesse posicionamento, o ligamento frênico-cardíaco inibe o
movimento do ápice cardíaco cranial na direção do lado pendente.
 
Fonte: O autor
 Incidência laterolateral do tórax.
INCIDÊNCIAS VENTRODORSAIS (TÓRAX)
O paciente deve ficar em decúbito dorsal, posicionado em uma calha, para evitar rotações
indesejadas. Os membros torácicos devem ser estendidos cranialmente; e os membros
pélvicos, caudalmente.
O profissional precisa se certificar de que o paciente mantém o plano sagital coincidindo com a
linha central da mesa, de modo que o esterno fique paralelo às vértebras torácicas.
 
Fonte: O autor
 Incidência ventrodorsal do tórax
A tabela a seguir facilita o entendimento para a realização dos exames complementares:
Região
anatômica
Incidências especiais Objetivo da incidência
Mediastino Dorsoventral
Melhor observação da região
cardíaca e de vasos de base
Tórax
Laterolateral com raios
horizontais (paciente em
estação)
Suspeitas de efusão pleural
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INCIDÊNCIAS RADIOLÓGICAS DO ABDOME
DE PEQUENOS ANIMAIS
Os exames de abdome devem ser realizados com o seguinte preparo intestinal:
O paciente deve ficar 12 horas sem alimentos sólidos para diminuir o volume de fezes.

O paciente deve usar simeticona para eliminar os gases.

Em alguns casos, podem ser realizados enemas salinos isotônicos.
Todos os procedimentos devem considerar as condições clínicas do paciente e a emergência
do caso. Para realizar o exame, deve ser observada a movimentação respiratória do paciente,
fazendo a exposição em pausa expiratória, para que o diafragma esteja o mais cranial possível
e possibilite a visualização das estruturas abdominais mais craniais.
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada:
Região
anatômica
Incidências de rotina
Ponto de entrada do raio
central
Abdome
Ventrodorsal e laterolateral (direita e
esquerda)
Ponto médio do abdome
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INCIDÊNCIA VENTRODORSAL (ABDOME)
O paciente deve ficar em decúbito dorsal, posicionado em uma calha, para evitar rotações
indesejadas. Os membros torácicos devem ser estendidos cranialmente pelo profissional. Os
membros pélvicos devem permanecer em posição de frog leg (patas de rã), evitando que as
pregas da região inguinal causem sombras marcantes nas estruturas abdominais.
 
Fonte: O autor
 Incidência ventrodorsal do abdome
INCIDÊNCIAS LATEROLATERAIS (ABDOME)
O paciente deve ficar em decúbito lateral. Um dos examinadores segura a cabeça e os
membros torácicos, e o outro segura a cauda e os membros pélvicos.
 
Fonte: O autor
 Incidência laterolateral do abdome
EXAMES RADIOLÓGICOS EM GRANDES
ANIMAIS
Tratando-se de grandes animais domésticos, podemos destacar os equinos e os bovinos.
Embora seja comum realizar exames radiográficos nesses animais, há muitas limitações nesse
processo, devido ao tamanho deles, à dificuldade de posicionamento e ao tamanho dos
receptores de imagens existentes.
Outra limitação é o equipamento com potência suficiente para produzir raios capazes de
atravessar as regiões anatômicas, pois é normal usar aparelhos transportáveis de baixa
capacidade de KV e mAs.
 ATENÇÃO
É necessário que o examinador possua habilidades com relação aos animais de grande porte,
pois os exames realizados em área externa se limitam aos membros torácicos e pélvicos.
Como já vimos, a escolha do procedimento de contenção vai depender da espécie examinada.
Por exemplo, quando realizamos exames de extremidades distais de bovinos, muitas vezes, é
necessário derrubá-los e contê-los com cordas.
A fim de obtermos um bom procedimento radiológico e um diagnóstico eficiente, equinos e
bovinos precisam de um preparo nas extremidades. Nos equinos, é preciso retirar as
ferraduras e, posteriormente, realizar limpeza vigorosa com água, sabão neutro e escova nos
cascos. Nos bovinos, fazemos somente essa limpeza.
Na figura, podemos ver o procedimento radiológico com a contenção de um bovino por meio de
cordas.
As avaliações dos cascos dos bovinos são de extrema importância, pois as patologias
relacionadas a essa área podem levar à queda da produção e até ao risco de óbito. Por isso, a
radiografia é um método considerável na investigação das principais doenças das
extremidades em bovinos. As principais patologias referentes ao casco são: Laminate,
Osteítes e Osteomielites.
As imagens radiológicasnos bovinos esclarecem as patologias podais e os articulares dos
membros torácicos e pélvicos, bem como direcionam uma tomada de decisão para a conduta
de melhoria do ambiente.
Para a radiografia em equinos, o uso de blocos para posicionamento e do túnel receptor de
imagem de madeira é essencial para a maioria das incidências de cascos, pois facilita a
visualização completa da terceira falange. Os blocos de madeira devem possuir altura
suficiente para elevar a extremidade distal dos equinos, possibilitando diversas incidências.
Normalmente, esses equipamentos possuem um vão para posicionar o receptor de imagem,
que permite uma efetiva proteção radiológica. Nos casos dos túneis, há uma proteção para o
receptor, que evita o peso direto sobre ele.
As incidências indicadas para o uso dos acessórios são:
Dorsopalmar;
Dorsoplantar;
Laterolateral;
Dorsoproximal-palmarodistal Oblíqua (DPPDO).
 DICA
Outro acessório usado para proteger o examinador da radiação primária é o suporte para
receptor de imagem com cabo longo, que lhe permite se afastar do raio primário e posicionar o
receptor em vários ângulos.
INCIDÊNCIAS DOS MEMBROS TORÁCICOS
E PÉLVICOS DOS EQUINOS
A tabela a seguir tem o objetivo de facilitar a compreensão da rotina mínima a ser realizada
para cada área de interesse dos membros torácicos e pélvicos dos grandes animais
domésticos:
Região
anatômica
Incidências de rotina
Ponto de entrada do
raio central
Cotovelo Craniocaudal - Lateromedial Articulação do cotovelo
Carpo Dorsopalmar - Lateromedial Articulação do carpo
Metacarpos Dorsopalmar - Lateromedial Ponto médio
Falange
Dorsopalmar com apoio em pinça -
Lateromedial
Ponto médio
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Região Incidências de rotina Ponto de entrada do
anatômica raio central
Joelho Caudocranial - Lateromedial Articulação do joelho
Tarso Dorsoplantar - Lateromedial Articulação do tarso
Metatarso Dorsoplantar - Lateromedial Ponto médio
Falange
Dorsoplantar com apoio em pinça -
Lateromedial
Ponto médio
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Para todas as incidências de rotina, o equino vai estar em estação, e o examinador deve
direcionar o receptor de imagem para a área em oposição do raio central. Nas incidências mais
distais, o receptor de imagem pode ser colocado paralelo à área de exame, com o bloco de
posicionamento como base para segurá-lo.
Nas incidências para as falanges (casco) dorsopalmar ou dorsoplantar, com os raios
angulados, é necessário usar o túnel de receptor de imagem para protegê-lo, já que o paciente
vai colocar a mão e o pé em cima do equipamento.
Os exames especiais são variados para tais regiões. Nesses casos, para uma análise efetiva
das articulações, o receptor de imagem pode ser direcionado obliquamente aos planos
anatômicos.
 DICA
É possível que haja necessidade de conter o paciente nas incidências que exigem flexão do
membro, como, por exemplo, na lateromedial fletida e na proximodistal do carpo, onde o
examinador realiza uma flexão do membro a ser examinado, usando a técnica de “mão
amiga”.
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TÉCNICA DE “MÃO AMIGA”
Técnica de contenção, na qual o examinador eleva o membro torácico do equino a ser
examinado, flexionado, para facilitar o manejo.
INCIDÊNCIA DORSOPALMAR
Nos equinos, o uso da radiologia é muito importante para a análise das regiões mais distais,
como os carpos, os tarsos e as falanges, em casos de investigações de laminites, osteítes e
síndrome do navicular.
INCIDÊNCIA LATEROLATERAL
Para as regiões mais proximais, a radiologia com equipamentos transportáveis está cada vez
menos sendo empregada, devido à dificuldade de se avaliar traumas articulares com precisão.
Por isso, novos métodos, como a tomografia computadorizada, vêm sendo aplicados nos
grandes centros de tratamento e diagnóstico para grandes animais domésticos.
COMPORTAMENTO ELÉTRICO NOS
GASES: TENSÃO X REGIÃO DE OPERAÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM PACIENTE DO SEXO MASCULINO DA RAÇA PASTOR ALEMÃO FOI
À CLÍNICA VETERINÁRIA APRESENTANDO DOR NA REGIÃO ARTICULAR
DOS MEMBROS PÉLVICOS COM CLAUDICAÇÃO (MANCANDO). O
MÉDICO VETERINÁRIO SUSPEITA DE DISPLASIA COXOFEMORAL.
TENDO EM VISTA AS CONDIÇÕES DO PACIENTE, QUAL É A MELHOR
INCIDÊNCIA PARA ANÁLISE?
A) Dorsoventral
B) Ventrodorsal
C) Dorsoplantar
D) Laterolateral
2. UM PACIENTE EQUINO DA RAÇA MANGALARGA MARCHADOR
APRESENTAVA CLAUDICAÇÃO, QUE SE ACENTUAVA APÓS O
EXERCÍCIO, ALÉM DE SENSIBILIDADE E DOR NA REGIÃO DA SOLA DO
MEMBRO TORÁCICO DIREITO. O TUTOR RELATA QUE PERCEBEU O
PROBLEMA HÁ ALGUMAS SEMANAS. O MÉDICO VETERINÁRIO
SUSPEITA DE OSTEÍTE: UMA LESÃO DE MINERALIZAÇÃO NA PAREDE
DORSAL DA FALANGE DISTAL. POR ISSO, SOLICITOU UMA
RADIOGRAFIA PARA AVALIAÇÃO DA REGIÃO. QUAIS SÃO AS
INCIDÊNCIAS DE ROTINA QUE DEVEM SER REALIZADAS?
A) Dorsopalmar com apoio em pinça e lateromedial.
B) Craniocaudal e lateromedial.
C) Lateromedial e ventrodorsal.
D) Dorsoplantar - lateromedial
GABARITO
1. Um paciente do sexo masculino da raça Pastor Alemão foi à clínica veterinária
apresentando dor na região articular dos membros pélvicos com claudicação
(mancando). O médico veterinário suspeita de displasia coxofemoral. Tendo em vista as
condições do paciente, qual é a melhor incidência para análise?
A alternativa "B " está correta.
 
Para análise adiográfica, a melhor incidência é a ventrodorsal da pelve, pois a displasia
coxofemoral é uma alteração do desenvolvimento que afeta a cabeça do fêmur e o acetábulo.
Essa alteração é caracterizada, radiograficamente, pelo arrasamento do acetábulo, pelo
achatamento da cabeça do fêmur, pela subluxação ou luxação coxofemoral e por alterações
secundárias da articulação. Por isso, é necessário realizar uma avaliação bilateral.
2. Um paciente equino da raça Mangalarga Marchador apresentava claudicação, que se
acentuava após o exercício, além de sensibilidade e dor na região da sola do membro
torácico direito. O tutor relata que percebeu o problema há algumas semanas. O médico
veterinário suspeita de osteíte: uma lesão de mineralização na parede dorsal da falange
distal. Por isso, solicitou uma radiografia para avaliação da região. Quais são as
incidências de rotina que devem ser realizadas?
A alternativa "A " está correta.
 
Neste caso, não se pode descartar fraturas, fissuras, luxações ou subluxações na região do
ombro. Por isso, é importante uma análise radiológica de rotina da região.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atuação em Radiologia veterinária exige que o profissional seja capaz de realizar exames
radiológicos, compreendendo a maneira correta de contenção para cada espécie examinada.
As técnicas devem ser executadas com segurança para o profissional, a equipe, o cliente e o
paciente.
As nomenclaturas utilizadas na Radiologia Veterinária diferem da humana, principalmente, em
função da posição anatômica dos quadrúpedes.
As técnicas empregadas nos exames também são diferenciadas. Por essa razão, é importante
o profissional envolvido nas práticas conhecer as incidências de rotina e complementares de
pequenos e grandes animais, a fim de executar suas funções com excelência e eficácia.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de animais selvagens. 2. ed. São
Paulo: Roca, 2017. v. II.
FEITOSA, F. L. F. Semiologia veterinária: a arte do diagnóstico. 3. ed. São Paulo: Roca,
2019.
KLAUS-DIETER, B. Anatomia do cão. 5. ed. São Paulo: Manole, 2012.
KÖNIG, H. E.; HANS-GEORG, L. Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido. 6.
ed. Porto Alegre: ArtMed, 2016.
PIERMATTEI, D. L. Ortopedia e tratamento de fraturas de pequenos animais. 4. ed. São
Paulo: Manole, 2009.
ROCKETT, J.; BOSTED, S. Procedimentos clínicos veterinários na prática de grandes
animais. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
VADEN, S. L. Exames laboratoriais e procedimentos diagnósticos em cães e gatos. São
Paulo: Roca, 2018.
EXPLORE+Para obter mais informações acerca dos assuntos aqui explorados, sugerimos a leitura dos
seguintes artigos sobre técnicas radiológicas na Medicina Veterinária:
“Displasia coxofemoral em cadela da raça Boxer – relato de caso, de Guerra et al”,
publicado, em 2009, na IX Jornada de ensino, pesquisa e extensão; VI Semana nacional
de ciência e tecnologia.
“Estudo da correlação de medidas radiográficas indicadoras de laminite em éguas da
raça Mangalarga Marchador com e sem sinais de sobrepeso”, de Magalhães et al,
publicado, em 2014, no periódico Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia.
CONTEUDISTA
Jorge Antonio da Conceição Loureiro Junior
 CURRÍCULO LATTES
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