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IBGM - Pedagogia do Esporte.TA03.competição e coopetação no esporte.BORGES

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JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: 
vencer ou cooperar 
 
 Everton Cardoso Borges1 
 
Resumo 
O texto apresenta uma breve abordagem sobre os Jogos Competitivos e os Jogos 
Cooperativos aplicados nas aulas de Educação Física escolar. Foi realizado uma abordagem 
detalhada entre a prática de um e a do outro, percebendo que ambos apresentam características 
diferentes na maneira de se jogar. Foram destacados os pontos negativos e positivos entre eles. 
Verificando que o Jogos Competitivos é mais prejudicial a formação integral da criança do que o 
Jogos Cooperativos, porque ele é excludente e discriminatório. Ao contrário da prática dos Jogos 
Cooperativos, cuja criança jogará com o outro, aprimorando as suas habilidades motoras, tendo a 
satisfação de praticar o jogo, integrada ao grupo sem medo de ser rejeitado. 
Palavras chave: Educação Física escolar, jogos competitivos, jogos cooperativos. 
Abstract 
The text presents a brief approach to the Competitive Games and Cooperative Games 
applied in Physical Education classes in schools. A detailed approach between both practices was 
done, realizing that both of them show different characteristics in how to play. Negative and 
positive points between them were highlighted. Noting that the Competitive Game is more 
harmful to the children’s whole formation than the Cooperative Game, because it is exclusionary 
and discriminatory. Unlike the Cooperative Games practice, whose child plays with another one, 
improving their motor skills and having the satisfaction of practicing the game, integrated to the 
group without the fear of being rejected. 
Keywords: Physical Education in School, Competitive Games; Cooperative Games. 
 
 
Introdução 
 
Alguns estudiosos por meio de pesquisas e estudos têm comprovado a 
importância da prática dos Jogos Cooperativos nas aulas de Educação Física, 
proporcionando o desenvolvimento das habilidades humanas das crianças, os 
quais favorecem meios para a aquisição de suas potencialidades motoras. Na 
_______________________ 
1 Everton Cardoso Borges. Graduação Licenciatura Plena em Educação Física pela Faculdade Claretianas de Batatais – SP, 
Pós-graduado em Educação Física escolar com aprofundamento em basquetebol, UFMT-Cuiaba, e Performance 
Treinamento Esportivo –FAFICLA- Arapongas-PR profº Educação Física do Instituo Madre Marta Cerutti: ensino 
fundamental e médio, Barra do Garças – MT, e Escola Estadual de Ensino Especial de Aragarças – GO. Docente da 
Univar – Faculdades Unidas do Vale do Araguaia – MT, no curso de Pedagogia nas disciplinas de: Fundamentos Teóricos 
e Metodológicos da Educação Física e Fundamentos e Métodos do Ensino do Movimento Corporal. E-mail 
evertoncborges@ibest.com.br 
 
Educação Física pode se constatar por citações descritas no artigo dentre os vários 
autores a influência negativa dos jogos competitivos, entendendo que são 
atividades que tem como objetivo a exclusão daqueles que não conseguem vencer, 
e que em vários momentos das aulas práticas, são eles o alvo principal da 
discriminação por parte dos colegas, por falta de capacidade motora e melhor 
aprendizado. Portanto, a proposta é inovação, se é competir e excluir o outro, por 
que não, cooperar e incluir os outros. Com essa reflexão, os jogos cooperativos é 
o cabedal necessário para as crianças nas aulas de Educação Física, jogar um com 
o outro, sem medo de perder, de chegar por último, achar que os outros são 
melhores, pelo contrário todos vencerão, o grupo vencerá e a premiação será de 
todos. Assim, as aulas serão mais alegres, tornando um ambiente rico em 
oportunidades e experiências para o crescimento psicomotor, afetivo e social da 
criança. 
 
 
1- Jogos Competitivos: jogar para vencer... 
 
Há muito tempo a Educação Física escolar vem passando por 
transformações consideráveis relacionados ao seu conteúdo ou a maneira de 
aplicar a sua metodologia na elaboração das aulas pelos professores. Porém, nem 
sempre o que está sendo desenvolvido nestas aulas está de acordo com o contexto 
escolar, ou os seus objetivos propostos não são bem claros. 
Em determinado momento das aulas são ministrados os jogos recreativos, 
e em outro momento o competitivo. Segundo Vanja, ela esclarece que: 
 
Recreação – Play (palavra inglesa que significa prazer, representa 
uma atividade livre, espontânea, na qual o interesse se mantêm por si 
só sem nenhuma competição interna ou externa, de forma obrigatória 
ou opressora, afora o prazer.(2003, p.16) 
 
Após o jogo de recreação, em conformidade com a aula e seus conteúdos, 
inicia-se o jogo competitivo, cuja característica é ter um vencedor ou a equipe 
conseguir chegar em primeiro lugar, seria o “ganhar ou perder”, não levando em 
consideração que esse resultado poderá influenciar negativamente na formação do 
caráter das crianças. Ao realizar uma análise desta ação, ela tem como pejorativo 
 
a exclusão, assim não devemos desconsiderar essa atitude e achar que está tudo 
bem e ignorá-la, pelo contrário. Soler descreve sobre esse ato: 
 
 Educação Física não pode servir para separar, não podemos mais 
compactuar com pessoas que, a título de formar atletas, dividem, 
separam e excluem [...], lembrando que esses são os que mais 
precisam do professor e da atividade proposta. (2003, p.46) 
 
Quando o jogo competitivo está integrado no conteúdo a ser ministrado 
naquele momento, ou nas próximas aulas, o professor deve saber que ao ser 
executado, nem todos continuarão a participar, pois a característica dele é a 
competição, e quem não realizar a atividade bem será eliminado, permanecendo 
somente aqueles que são considerados os melhores, os mais aptos, os que estão 
tendo mais oportunidades e provavelmente permanecerão mais tempo jogando, 
assim contribui diretamente para a melhoria de suas habilidades motoras atinge 
uma melhor performance. Dentre elas podemos destacar a coordenação, destreza, 
sociabilização e o raciocínio, assim esses alunos estarão se destacando no meio 
dos outros. Sobre o jogo competitivo, poderíamos citar vários exemplos, porém, 
em Metodologia do Ensino de Educação Física, os autores citam um que é 
excludente: “[...] um jogo como a “queimada” é discriminatória, uma vez que os 
mais fracos são eliminados (queimados) mais rapidamente, perdendo a chance de 
jogar [...]” (1992, p.66) 
Partindo desse princípio, fica uma icognata no ar, e aqueles que não 
atingiram os objetivos propostos no jogo competitivo, quais foram as dificuldades 
apresentadas, o professor estava atento a este momento, ele procurou ajudá-lo ou 
simplesmente ignorou. Também, não devemos esquecer os que são considerados 
inaptos, aqueles que são incapazes de vencer. De acordo com essa cultura 
competitiva, Daoli (1995), faz um comentário relevante: 
 
Essa tradição cultural, no entanto, tem se mostrado perversa para um 
grande contingente de alunos, que estão alijados da Educação Física 
ou sendo subjugados nas aulas, em nome de uma excelência motora 
de que só alguns são capazes. (apud SOLER, 2003, p.47) 
 
 Percebe-se portanto que, logo no início da atividade eles foram 
desclassificados, não continuando na brincadeira, ficarão esperando até o 
 
momento de retornar, pois, esse jogo só termina quando restar somente um que 
será o “vencedor”. 
Durante essas atividades, as crianças que permanecem menos tempo, 
pouco produzirão para melhorar as suas habilidades, porque foram poucas 
acionadas e com uma participação mínima. Portanto, se continuarem nesse 
processo o desenvolvimento físico, cognitivo e afetivo possivelmente ficará 
comprometido. 
Muito se comenta que a Educação Física escolar é para todos, mas, é 
preciso parar um pouco e fazer uma reflexão sobre essa expressão, paraque isso 
não se torne um adágio popular, ela é para todos sim, mas nem todos têm esse 
“privilégio”. A Carta Internacional de Educação Física (Unesco 1978), no seu 
art.1º, estabelece que “A prática da Educação Física e do Esporte é um direito de 
todos”. Porém, o que presenciamos em algumas escolas não se fundamenta com 
esse artigo, o que observamos é uma Educação Física escolar discriminatória, 
mais voltada para a competição tecnicista, promovendo a segregação daqueles 
que mais precisam de participar das atividades físicas, termo esse que não deveria 
existir dentro do ambiente escolar, e sim na sociedade, que por natureza já é 
competitiva. Segundo Pierre Weil: “ [...] a competição gera uma cultura de 
trapaça, jogos de poder, esperteza, desonestidade, fraude e corrupção.(apud 
SOLER. 2003, p.15) 
 As informações que temos é que, essa competitividade é grande, as 
pessoas estão sempre querendo se sobressair em relação ao próximo. A própria 
mídia passa por meio de suas programações essa ideologia da busca constante de 
resultados , e as crianças estão diretamente absorvendo isto, cooperam para 
moldar o seu caráter e impregnar essas informações em suas mentes, tudo o que é 
negativo e prejudicial a formação de sua personalidade. 
Assim, ao chegar na escola, a proposta deve ser pedagogicamente 
educacional, propondo meios e condições favoráveis, com atividades e jogos 
orientados, para que ela possa se sentir bem, tenha prazer em passar um período 
do dia nesse ambiente agradável. Em se tratando de proposta educativa, esclarece 
Freire: 
 
O jogo é, como vemos, uma das mais educativas atividades humanas, 
se o considerarmos por essa prisma. Ele educa não para que saibamos 
 
mais matemática ou português ou futebol; ele educa para sermos 
mais gente, o que não é pouco.(2002, p.87) 
 
Entendemos também que nas escolas existe uma certa cobrança por 
resultados, vindo da direção para que o professor de Educação Física possa 
preparar equipes esportivas e venha participar de eventos, em que o aluno estará 
representando a Instituição Educacional. Boa parte dessas escolas não tem um 
horário pré-estabelecido para preparar esses alunos, ficando na incumbência do 
professor utilizar as aulas de Educação Física para treiná-las. Mas, e os alunos que 
não farão parte desse grupo “seleto”, pois, para se ter uma equipe competitiva 
deve selecionar os melhores, e que tenham um potencial psicomotor aflorado. 
Oliveira relata sobre essa busca de resultado: 
 
As influências tecnicistas fazem com que a atividade do jogo esteja 
sistematicamente voltada para o desempenho e para os resultados de 
alto nível. Nesse caso, os menos habilidosos, que seriam os maiores 
beneficiários [...], são marginalizados e preteridos em benefício dos 
talentos. (1983, p.77) 
 
Partindo do princípio que todos os alunos que estão incluídos nas aulas de 
Educação Física, cuja turma estão relacionados os mais aptos, os inaptos, o 
gordinho, aquele que tem coordenação motora pouco desenvolvida e que esses na 
infância poucas oportunidades tiveram de brincar. Agora que matricularam-se na 
escola, iniciando uma nova etapa na vida educacional, com oportunidade impar de 
aprimorar as suas habilidades motoras e ter a satisfação de praticar algo que vai 
lhe trazer um grande beneficio e também sendo lhe prazeroso, que é o jogo. 
Talvez isso deva ser a falta de preparação de alguns professores, pois a 
realidade está sendo outra, as crianças que apresentam dificuldades de 
aprendizagem, e que pela lógica deveriam ter mais oportunidades de participarem 
dessas aulas, interagindo com as outras, procurando desenvolver e aperfeiçoar 
suas qualidades não estão inseridos nesse programa. Segundo Maluf, a autora 
descreve sobre a responsabilidade de renovação do professor: 
 
Todo educador tem ampla responsabilidade na renovação das 
práticas educativas, pois ela, na medida do possível, faz surgir novas 
práticas educativas propondo novas intenções educativas de 
desenvolvimento, só alcançáveis por meio dele mesmo.(2008, p.41) 
 
 
Portanto, entendemos que quando confrontamos com um problema, e ele 
está prejudicando alguém, é preciso repensar sobre essas ações, e se for preciso, 
que promova uma renovação ou mudança. É preciso mudar e inovar o algo que 
não está dando certo, para que possa haver transformação, e ela a princípio poderá 
trazer ótimos benefícios. Como, partindo do pressuposto da modificação dos 
jogos, que há muito tempo estão presentes nas aulas de Educação Física. Sobre 
essa transformação Soler informa: 
 
Será que os jogos de que necessitamos são estes, ou é chegada a hora 
de transformarmos o jogo da escola, para tentar, a partir disso, criar 
uma nova cultura, pois lembro aqui que o principal papel da escola é 
o de transformar a realidade[...] E a realidade que temos hoje, será 
que não necessita ser transformada?(2003, p.36) 
 
 
2. Jogos Cooperativos: Jogo de transformação... 
 
Alguns profissionais têm receio do renovo, prefere continuar na mesmice, 
sai ano entra ano, a mesma coisa, não muda nada, nenhuma criatividade, com essa 
atitude quem sairá prejudicada será a criança, pois a mesma não terá oportunidade 
de vivenciar outra prática de atividade física, a não ser o jogo competitivo. 
Segundo Maluf (2008, p.43) “cabe ao educador diversificar seus métodos de 
ensino e fazer das aulas momentos significativos”. Para que ocorra uma 
transformação é necessário que o professor acredite no seu potencial e vá em 
busca de mudança, e que elas sejam imprescindíveis na vida das crianças. Pois 
mudando as características da maneira de jogar, haverá um salto quantitativo de 
alegria e prazer no comportamento e aprendizado. Soler comenta sobre o ato de 
divertir durante o jogo: “Muitas pessoas inclusive acreditam que a graça do jogo 
está na competição, quando sabemos que para a criança tanto faz competir ou 
cooperar; o que ela quer é se divertir.”(2003, p.20) 
Essa diversão deve estar presente em todas as aulas propostas pelos 
professores. Esses profissionais da educação serão os responsáveis para propor 
essa alegria, é a transformação dos jogos competitivos em jogos cooperativos, 
pois as características deles é a lúdicidade, o prazer de jogar e ser solidário com os 
outros participantes. 
 
E para que ocorra essa transformação é muito prático, o professor deve 
escolher um jogo competitivo e eliminar durante esse jogo o momento da 
competitividade, tendo como objetivo o grupo, não valorizando o primeiro lugar, 
mas sim a participação de todos. Durante o desenrolar das aulas ou na aplicação 
dos jogos, o professor poderá pedir aos alunos que dêem as suas sugestões sobre 
os jogos. A opinião deles com certeza, irá proporcionar melhor planejamento das 
aulas e também haverá maior interação entre professor e aluno, esta integração 
será mais consistente e participativa entre os dois. Foi descrito abaixo um jogo 
competitivo denominado como estafeta, e logo após o mesmo jogo, só que ele foi 
adaptado (transformado), para o jogo cooperativo: 
 
2-1. Enunciado do Jogo Estafeta: 
 
• Material: duas cadeiras 
• Descrição do jogo competitivo (estafeta): Formar duas colunas, com 06 
ou mais crianças em cada uma delas, de frente a uma cadeira com uma 
distância pré-estabelecida pelo professor, uma das crianças deverá ficar 
sentada de frente a sua coluna (equipe). 
• Desenvolvimento do jogo: Ao sinal do professor, o primeiro aluno de cada 
coluna sairá correndo na direção da cadeira, este deverá tocar na mão do 
outro que está sentado, logo após tocar na mão deve sentar, o aluno que 
está sentado vai correndo em direção da coluna tocar na mão do segundo 
aluno que se encontra na coluna. Ao ser tocadoele vai correndo o mais 
rápido possível na direção da cadeira, cujo local tem um aluno sentado, e 
assim sucessivamente até que todos concluem o jogo. Ele termina quando 
o mesmo aluno que começou sentado voltar a sentar novamente. O 
objetivo desse jogo é constatar qual a equipe que completará a prova em 
menos tempo, vencendo quem concluir primeiro. 
 
2-2. Descrição do mesmo Jogo Competitivo (Estafeta) Adaptado 
(Transformado) Para Jogo Cooperativo: 
. 
 
• Material: uma cadeira, aparelho de som, CD(música infantil). 
• Descrição: Formar uma coluna com seis ou mais alunos, de frente a uma 
cadeira com distância pré-estabelecida pelo professor, uma das crianças do 
grupo deverá ficar sentada na cadeira de frente a sua coluna. 
• Desenvolvimento do jogo: O professor colocará uma música, e ao iniciar 
esta musica, o primeiro aluno sai correndo até a cadeira onde tem um 
aluno sentado, toca na mão dele e após tocar deverá sentar, e quem estava 
sentado e foi tocado deve sair correndo indo em direção à coluna, tocar na 
mão do primeiro aluno e este sai correndo em direção a cadeira ...e assim 
sucessivamente, até que todos participem. O objetivo desse jogo é que 
todos joguem sem a necessidade de se ter um vencedor. O jogo termina 
quando todos executarem a atividade antes da música terminar. 
 
Mencionando os jogos cooperativos é importante tecer um breve 
comentário sobre sua origem e evolução no Brasil. O tema Jogos Cooperativos 
começou a ser pesquisado em 1950 nos Estados Unidos, por Ted Lentz. Porém 
essa temática começou a ser estudado sistematicamente por Terry Orlick, da 
Universidade de Ottawa, no Canadá, pesquisando a relação entre o jogo e 
sociedade. 
No Brasil, o professor Fábio Otuzi Brotto, é considerado o precursor dos 
jogos cooperativos, procurando com os seus trabalhos de pesquisas difundir e 
proporcionar esses jogos aos professores , que admiram essa prática e que tem o 
interesse em aplicá-los nas aulas de Educação Física. 
Portanto, do momento em que o profissional passa a ter conhecimento do 
novo, e isso vai contribuir na formação integral das crianças, então está na hora de 
mudança. 
Para que possa haver essa mudança e ser agradável, deve começar pelo 
ambiente escolar, oferecendo nas aulas de Educação Física a inovação. É preciso 
inovar a prática dos jogos, inserindo os jogos cooperativos e procurar adequá-los 
a todos, cujo objetivo é ensinar a jogar com todos e não contra os outros, não 
tendo vencedores, mas que todos possam vencer. Soler esclarece sobre esse 
vencer: “[...] um jogo, quando é utilizado de forma a ensinar, deve trazer em seu 
 
conteúdo elementos que permitam á criança entender para que serve, e cabe ao 
professor estar informando isso.”(2003, p.40) 
Acreditamos que o momento em que estamos vivendo, com a 
modernização a todo vapor, a tecnologia cada dia mais avançada, e com as 
crianças deixando de brincar nas ruas, algumas assumindo compromissos muito 
cedo, porque elas além de ter o período normal de aula, algumas têm outras 
atividades, frequentam cursos de línguas estrangeiras no contra-turno ou fazem 
cursos de aperfeiçoamentos, por exemplo: informática, música, artes etc.., sem 
computar que precisam ter por dia um período de estudo em casa, onde revê e 
estuda as matérias do dia. Assim, com boa parte do dia tomada por obrigações e 
tarefas, restando pouco tempo para brincar, então esse é o momento da escola 
ofertar a essas crianças condições de ampliarem as suas habilidades e 
participarem com entusiasmo, vivendo a praticidade de jogar, em que aumenta o 
seu bem-estar e melhora a auto-estima. 
Essa alegria deve ser contagiante entre eles, depende somente do professor 
para desenvolver essa prática, externando a todos a ação dos jogos cooperativos 
nas aulas de Educação Física, que por meio dela algumas habilidades serão 
desenvolvidas. Soler cita algumas dessas habilidades que com a prática dos jogos 
poderão progredir: 
Habilidades intelectuais: imaginar, perguntar, concentrar, decidir e 
adivinhar. 
Habilidades interpessoais: encorajar, explicar, entender, retribuir e 
ajudar. 
Habilidades em relação aos outros: respeito, apreciação, paciência, 
positivismo e apoio. 
Habilidades físicas: falar, ouvir, observar, coordenar e escrever. 
Habilidades pessoas: alegria, compreensão, discrição, entusiasmo e 
sinceridade. (2003, p.49) 
 
Todas as habilidades descritas acima será possível exercitá-las, desde que 
haja aulas com conteúdos sistemáticos voltados aos jogos cooperativos, levando a 
criança a jogar com prazer. 
Até parece um sonho, mas ele não está longe, as crianças podem nas aulas 
de Educação Física, participar e executar as atividades dos jogos com alegria. 
Toda essa alegria será refletida nos movimentos motores, externando a todos o 
prazer que ela está sentindo naquele momento, por meio da ludicidade dos jogos 
cooperativos, e o facilitador deve ser o responsável de propor esse ambiente 
 
descontraído e harmonioso, entende-se que com a execução de atividade de 
cooperação as aulas terão mais qualidade. 
 
Considerações Finais 
 
Os Jogos Cooperativos, enquanto ação pedagógica de jogar com o outro, 
proporciona um aprendizado de companheirismo e solidariedade para com o 
próximo, cujo, os elementos são primordiais para o processo educativo, 
propiciando entretenimento às aulas, levando-a na Educação Física escolar a ser 
motivada a aprender jogando. 
Contudo, torna-se imprescindível ao educador uma postura de renovação 
das práticas educativas necessárias à formação motora integral da criança na 
Educação Física. De acordo com Borges, ele comenta sobre essa postura que o 
professor deve ter “ A criança está nas mãos do professor e este, portanto, tem a 
responsabilidade de lhe proporcionar boas condições para que se desenvolva 
integralmente.”(2002, p.137). E por meio dessa atitude em relação ao aluno, 
venha criar uma junção de interação entre o educador e o educando. 
Compete ao professor conhecer quais as faixas etárias das crianças com as 
quais irá trabalhar, para elaborar o plano de ação compatível com as suas 
habilidades, podendo assim desenvolver uma metodologia compatível aos seus 
interesses. 
Na Educação Física escolar é necessário a criança ter o hábito de 
comunicar-se constantemente com as outras crianças, com o professor, e todos 
aqueles que estão ao seu redor, deve conduzi-la e instiga-la para participar, 
interagir e vivenciar as práticas propostas. 
O professor deve guiar a criança, a cada aula, numa ação contínua, no 
encanto que as levará ao conhecimento e as dimensões que perpassam o seu 
desenvolvimento, num espaço de tempo muito curto, a um aprendizado 
satisfatório e contagiante que é a descoberta e a participação ativa nos jogos 
cooperativos. 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
ABEC – UNIVAR FACULDADES UNIDAS DO VALE DO ARAGUAIA: 
Elaborando Trabalhos Científicos – Normas para apresentação e elaboração. 
Barra do Garças – MT: Editora ABEC, 2008. 
 
BORGES, Everton Cardoso. TEORIA E PRÁTICA: a sistematização do 
basquetebol no ensino aprendizagem. Barra do Garças – MT: Panorâmica-
ICLMA/UFMT. v.1, n.5, p.125-145, jan/jun, 2002. 
 
FERREIRA, Vanja. Educação física, recreação, jogos e desportos. Rio de 
Janeiro: Sprint, 2003. 
 
FREIRE, João Batista. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas, SP: Autores 
Associados, 2002. (Coleção educação física e esportes) 
 
MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas para Educação Infantil: 
conceitos, orientações e práticas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. 
 
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Coletivo de 
autores. São Paulo: Cortez, 1992. (Coleção magistério 2º grau. Série formação do 
professor) 
 
OLIVEIRA,Vitor Marinho de. O que é educação física. 1, ed. São Paulo: 
Brasiliense, 1983. (Coleção primeiros passos; 79) 
 
SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. 2,ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. 
 
______________. Jogos cooperativos para educação infantil. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2003.

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