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Antropologia 3

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Questão 1/10 - Antropologia
Leia o trecho a seguir:
“O site oficial da Funai classifica uma terra indígena como “porção do território nacional, de propriedade da União” e monitorada por órgãos federais, “habitada por um ou mais povos indígenas” e “por ele(s) utilizada para suas atividades produtivas”.
É considerada “necessária à reprodução física e cultural” dos indígenas, “segundo seus usos, costumes e tradições”. A Funai ainda diz que ela é “imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários” ao bem-estar desses povos — uma referência à conservação das florestas.
O reconhecimento e regularização das terras indígenas no Brasil são feitos pelo Executivo federal. Até 2018, a Funai era o órgão responsável por identificar e realizar a demarcação de novas terras indígenas — que eram então homologadas, por decreto, pela Presidência da República. No atual governo, a demarcação ficará sob o Ministério da Agricultura.”
Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/01/11/O-que-s%C3%A3o-terras-ind%C3%ADgenas.-E-qual-a-autonomia-de-seus-ocupantes
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Antropologia, assinale a alternativa que expõe, corretamente, os elementos que devem ser pautados para o reconhecimento de povos indígenas no Brasil:
Nota: 10.0
	
	A
	Laços de pertencimento, ligações econômica e de amizade.
	
	B
	Laços de pertencimento, parentesco, ligação sócio-econômica.
	
	C
	Produção agropecuária, extrativista e que configure dependência econômica do solo.
 
	
	D
	Vinculação com o território, laços de pertencimento entre os membros do grupo, ligação sócio-histórica, presença de elementos de vinculação cultural.
Você acertou!
A Constituição reconheceu o direito de posse dos povos originários aos territórios tradicionalmente ocupados, criando instrumentos legais para a política de demarcação de terras. Vale destacar que, apesar de caber ao antropólogo o laudo final, reconhecendo a etnicidade indígena, o critério principal para tanto é o de autodeterminação, o qual consiste na construção de uma identidade coletiva que apresenta elementos de diferenciação em relação à sociedade nacional. Tal construção deve ser pautada em elementos como:  • laços de pertencimento entre os membros do grupo, fortemente associados às relações de parentesco e vizinhança, as quais envolvem a consanguinidade, mas também se referem às relações de aliança, estabelecidas entre grupos baseados no casamento;  • aspectos que permitam estabelecer uma ligação sócio-histórica com o território pleiteado, o qual não precisa ser necessariamente aquele ocupado desde o período pré-colombiano, pois são considerados as migrações e os aldeamentos consequentes da colonização;  • o fato de que a vinculação do território ainda requer a presença de elementos de vinculação cultural, ou seja, determinados lugares são dotados de significados simbólicos, rituais que dão sentido à organização do grupo.
 
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 6.
	
	E
	Vinculação com as cidades, cultura e modos de reprodução social urbanos, consanguinidade com pessoas advindas ne outros países, vinculação cultural exterior.
Questão 2/10 - Antropologia
Considere o trecho a seguir:  
“A construção da nação brasileira está estruturada, entre outras coisas, a partir do mito da democracia racial. Uma parcela expressiva da sociedade brasileira compartilha a crença de ter construído uma nação, diferentemente dos Estados Unidos e da África do Sul, por exemplo, não caracterizada por conflitos raciais abertos. Além disso, imagina-se que em nosso país as ascensões sociais do negro nunca estiveram bloqueadas por princípios legais tais como os conhecidos Jim Crow e o Apartheid dos referidos países. Para os que imaginam e advogam a singularidade paradisíaca brasileira, isto significa dizer que o critério racial jamais foi relevante para definir as chances de qualquer pessoa no Brasil. Em outras palavras, ainda é fortemente difundida no Brasil a crença de que a cultura brasileira antecipa a possibilidade de um mundo sem raças.” 
Fonte: BERNARDINO, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos, 2002, vol.24, n.2, pp.247-273. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2002000200002&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1678-4650.  https://doi.org/10.1590/S0101-546X2002000200002.
Levando em conta os conteúdos discutidos na disciplina de Antropologia e a contextualização acima, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta sobre o significado do mito das três raças.
I. A ideia de que o povo brasileiro seria visto como acolhedor.
II. A noção de que as três raças (brancos, negros e indígenas) viveram de forma pacífica em toda a história.
III. A ideia de que o povo brasileiro é, de fato, um povo acolhedor, e que nunca houve, segundo Roberto DaMatta, processos desiguais na sociedade.
IV. A ideia de integração e miscigenação que passa a impressão de que esses povos se encontraram de forma natural e o resultado dessa conjunção foi benéfica a todos, o que seria um mito.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	As afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
Em um passado não tão distante, imperava a ideia de que o racismo não era uma marca brasileira e que o convívio das três raças formadoras do Brasil era harmonioso. Havia a ideia de que o povo brasileiro seria visto como acolhedor, capaz de receber todos os grupos e etnias que aqui convivem em plena integração.  Já vimos, neste capítulo, que a noção de povo brasileiro foi pautada na ideia de três raças fundadoras do Brasil (brancos, negros e indígenas), considerando-se elementos de ordem biológica e, posteriormente, cultural. Da maneira como é tratada, essa ideia transmite a impressão de que esses povos se encontraram de forma “natural” e que o resultado dessa conjunção foi benéfica a todos. Como apontou DaMatta (1984), o mito esconde os processos desiguais que resultaram na subordinação de outros povos em uma estrutura colonial hierarquizada e desigual.  O sistema colonial era constituído por uma hierarquia, na qual brancos, negros e índios tinham seu lugar na ordem social. No entanto, toda hierarquia, como bem observou DaMatta (1984), é sustentada por polos opostos, embora entre eles haja uma infinidade de gradações intermediárias que podem ocupar posições diferentes de acordo com a situação. Por exemplo, no caso do regime de apartheid15, brancos e negros tinham posições bem definidas, sendo impossível transitar entre elas: havia lugares/espaços específicos para ambos. Já em um sistema hierárquico, existem outras interpretações para definir se um sujeito é negro ou branco, o que depende de alguns atributos, que podem ser físicos (como a cor da pele ou as características do cabelo), sociais (grau de instrução, parentesco ou compadrio) ou, ainda, econômicos (situação financeira). É o que chamamos de posição relacional, não fixa em uma ordem rígida.
 
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 4.
	
	E
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Questão 3/10 - Antropologia
“O ‘brasil’ com o b minúsculo é apenas um objeto sem vida, autoconsciência ou pulsação interior[...] o Brasil com B maiúsculo é algo muito mais complexo. É país, cultura, local geográfico, fronteira e território [...], e também casa, pedaço de chão calçado com o calor de nossos corpos, lar, memória e consciência de um lugar com o qual se tem uma ligação especial, única, totalmente sagrada.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DaMatta, Roberto. “O que faz do brasil, Brasil?” Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 8.
Considerando o livro-base Teoria e Prática em Antropologia, sobre as características que definemo ethos do Brasil, assinale a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	O caráter predominantemente individualista.
	
	B
	O princípio igualitário-cristão.
	
	C
	A burocracia do estado.
	
	D
	O autoritarismo do estado dinástico.
	
	E
	A importância das relações pessoais.
Você acertou!
O Brasil, embora se pense enquanto uma sociedade moderna e, portanto, igualitária e individualista é marcado pela preeminência de valores tradicionais (pautados nos laços pessoais). Na sociedade brasileira é atribuído grande valor às relações pessoais. Para DaMatta, a construção e a manutenção de vínculos pessoais permite a manutenção da mobilidade social, ou seja, a capacidade de transitar por diferentes espaços. A preferência por relações sociais, em lugar de optar pelo anonimato do individualismo (a) e do igualitarismo (b) é o que caracterizaria um ethos propriamente brasileiro. O aparelho do Estado, sem dúvida é burocrático (c), mas com as relações certas é possível “driblar” a burocracia. O mesmo ocorre com o período de autoritarismo do estado (d), cujo peso recai apenas para aqueles que não possuem relações adequadas. Se as regras não valem para todos, não é possível, no Brasil, pensar em uma sociedade igualitária. (livro-base, p. 164)
Questão 4/10 - Antropologia
Leia o trecho a seguir:
"Ao analisar comparativamente o racismo nos Estados Unidos e no Brasil, Roberto DaMatta (1984) destacou importantes diferenças entre os dois sistemas. Nos dois países, a questão racial parece ter se desenvolvido de modo oposto: enquanto nos Estados Unidos a distinção absoluta entre negros e brancos desconsidera a existência do mestiço, no Brasil, o mestiço não apenas existe como também é glorificado na pintura, na música, na literatura e etc. A imagem que o Brasil tem de si mesmo é a de um país mestiço".
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016. p. 144.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Antropologia, analise as afirmações abaixo: 
I. A identidade mestiça está na base da formação social e cultural brasileira, sendo compreendida como a fonte de toda a criatividade brasileira.
II. No processo de formação da identidade mestiça brasileira todas as qualidades atribuídas a cada raça são tratadas como naturais, promovendo a consolidação de uma organização social igualitária.
III. O mito das três raças e a presença do mestiço em nossa cultura formam o triângulo racial brasileiro, cuja configuração leva à constatação da democracia racial brasileira.
Agora, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmações I e II estão corretas.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação I está correta.
Você acertou!
Essa alternativa está correta porque de acordo com o livro base da disciplina a identidade mestiça está na base da formação social e cultural brasileira, sendo compreendida como a fonte de toda a criatividade brasileira. Isso acontece pela valorização da identidade mestiça e pelo destaque aos atributos positivos como naturais. Porém, esse processo acaba por mascarar um quadro de dominação e subjugação mais amplo e problemático que sustenta um ordem desigual. Logo, as afirmações II e III estão incorretas, uma vez que o mito das três raças e a presença do mestiço em nossa cultura formam o triângulo racial brasileiro, cuja configuração leva a constatação da hierarquia racial Brasileira.
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016. p. 145-146.
	
	D
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
	
	E
	Apenas a afirmação III está correta.
Questão 5/10 - Antropologia
“Quando um deputado brasileiro troca de partido, raramente se fala de traição. O mesmo não ocorre com o torcedor que troca de time de futebol. Este é, em geral, chamado de vira-casaca, termo que designa alguém que trocou de lado e que, portanto, não é muito confiável. Por que a troca de lado é aceita na política, esfera que decide a vida de milhares de pessoas, mas é mal vista num esporte?”
Após esta avaliação, caso queira ver o texto integralmente, ele está disponível em: OLIVEN, Ruben George. Futebol e identidade social: uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes. Horizontes antropológicos. Porto Alegre, v. 8, n. 17, p. 269-270,  Jun.  2002, p. 269.
Considerando o livro-base Teoria e Prática em Antropologia, sobre a importância da obra de Roberto DaMatta para a antropologia brasileira, assinale a alternativa correta;
Nota: 10.0
	
	A
	Foi o primeiro cientista social a produzir uma análise marxista sobre a desigualdade social brasileira.
	
	B
	Foi pioneiro ao apontar grandes temas (sociológicos) a partir de uma perspectiva antropológica.
Você acertou!
“Roberto DaMatta é uma de nossas principais fontes de inspiração, pois foi ele que, a partir de uma abordagem antropológica, pensou o Brasil numa escala sociológica, influenciando gerações de pesquisadores que abordaram temas como: moral, ética, corrupção, coronelismo, patronagem e violência” (livro-base, p.162). A alternativa (a) está errada, pois em uma geração antes de DaMatta já haviam obras consistentes sobre as origens históricas do Brasil, como Casa Grande & Senzala (Gilberto Freyre). As alternativas (c) e (e) estão erradas, pois o autor sempre partiu de abordagens próprias da antropologia. A utilização de elementos presentes na sociedade brasileira, como o malandro e o carnaval não romantiza o país, mas toma esses elementos como modelos ideias para compreender uma determinada forma de pensar e viver, assim a alternativa (d) também é falsa.
	
	C
	Tratou de temas clássicos da antropologia com ferramentas próprias da sociologia e psicologia.
	
	D
	Formulou uma visão romantizada do Brasil ao abordar temas como o carnaval, o malandro e a natureza.
	
	E
	Aproximou-se da ciência política ao tratar de temas ligados ao aparelho e às festividades do Estado Nacional.
Questão 6/10 - Antropologia
Leia o texto a seguir:
“Dumont se dedicou à análise de numerosos problemas relativos ao estatuto da oposição e convivência entre esses princípios em diferentes contextos históricos ou à própria história da constituição da forma paradoxal de holismo em que consiste o individualismo, com questões históricas mais precisas como a do “renunciante” indiano enquanto “indivíduo”, a do “individualismo fora do mundo” da Europa medieval ou a das “perversões” da hierarquia em certas combinações sociais (como as do racismo e do nazismo do século XX).”
Fonte: DUARTE, Luiz Fernando Dias. O VALOR DOS VALORES: LOUIS DUMONT NA ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA. Sociologia & Antropologia [online]. 2017, vol.7, n.3, pp.735-772. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752017000300735&lng=en&nrm=iso>. ISSN 2238-3875.  https://doi.org/10.1590/2238-38752017v734.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Antropologia, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que contém características corretas sobre o modelo individualista de Dumont a respeito da interpretação da ideologia em uma sociedade:
I. É o modelo historicamente construído no Ocidente.
II. A ênfase não está no todo, mas sim, nas partes (indivíduos ou grupos sociais).
III. Nesse modelo, todos os indivíduos são considerados iguais, pois cada um é concebido como uma encarnação da sociedade inteira.
IV. É o modelo predominante em sociedades tradicionais, em especial, na sociedade indiana. A individualidade pressupõe que a ênfase é dada à totalidade, não às partes.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
Você acertou!
Dumont foi um antropólogo francês que propôs uma interpretação da ideologia moderna de modo comparativo, partindo do seu oposto, a hierarquia. Em sua obra, o estudo da sociedade indiana mostrou ser uma importante ferramenta,pois permitiu um distanciamento do Ocidente, para olhar de modo analítico aquilo que antes era natural. Dumont (2008) estabeleceu dois modelos sociais e ideológicos distintos, sendo um deles o individualista. Trata-se de um modelo historicamente construído no Ocidente, e sua ênfase, ao contrário da hierarquia, não está no todo, mas nas partes (indivíduos ou grupos sociais). Nesse modelo, todos os indivíduos são considerados iguais, pois cada um é concebido como uma encarnação da sociedade inteira. A ideologia individualista pressupõe que a sociedade é constituída por um conjunto de indivíduos.  DaMatta aplicou o modelo de Dumont para analisar a sociedade brasileira. Segundo DaMatta (1985), enquanto países como os Estados Unidos e a França obedeciam à lógica individualista, o Brasil seria um híbrido, combinando elementos individualistas e hierárquicos.
 
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 5.
	
	E
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
Questão 7/10 - Antropologia
Leia o trecho a seguir:
“Dumont foi um antropólogo francês que propôs uma interpretação da ideologia moderna de modo comparativo, partindo do seu oposto, a hierarquia. Em sua obra, o estudo da sociedade indiana mostrou ser uma importante ferramenta, pois permitiu um distanciamento do Ocidente, para olhar de modo analítico aquilo que antes era natural. Dumont (2008) estabeleceu dois modelos sociais e ideológicos distintos:  o hierárquico e o individualista.”
Fonte: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 5.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Antropologia, assinale a alternativa que expõe, corretamente, o diagnóstico realizado por Roberto DaMatta acerca da sociedade brasileira a partir das categorias de Dumont:
Nota: 10.0
	
	A
	O Brasil obedece somente à lógica hierárquica.
	
	B
	O Brasil obedece somente à lógica individualista.
	
	C
	O Brasil seria um híbrido, somado à democracia racial.
	
	D
	O Brasil seria um híbrido, combinando elementos individualistas e hierárquicos.
Você acertou!
DaMatta aplicou o modelo de Dumont para analisar a sociedade brasileira. Segundo DaMatta (1985), enquanto países como os Estados Unidos e a França obedeciam à lógica individualista, o Brasil seria um híbrido, combinando elementos individualistas e hierárquicos. Formalmente, no Brasil, o Estado, a Constituição e todos os modelos oficiais foram elaborados seguindo valores ocidentais – modernos e individualistas. No entanto, as relações entre as pessoas são hierárquicas e tradicionais. O resultado é a navegação do brasileiro entre esses dois modelos, para os quais DaMatta (1985) utilizou a metáfora da rua e da casa.  A rua representa esse modelo impessoal e individualista, ao passo que a casa encarna o universo da rede de relações pessoais no interior da qual o sentido de pertencimento ao todo é possível. Nessa leitura do Brasil, o mundo da rua não é confortável, tanto que as redes de relações às quais pertencemos são acionadas sempre que possível. Daí as estratégias de aproximação com estranhos, procurando-se elementos de afinidade.  A valorização das relações pessoais no Brasil tem raízes históricas, sendo um dos únicos modos de navegação social possíveis na sociedade colonial. Aqui, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, a mobilidade foi atrelada não à igualdade de condições, mas às relações da pessoa com aqueles mais bem posicionados social e economicamente.
 
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 5.
	
	E
	O Brasil obedece somente à lógica hierárquica, individualista e democrática, afirmando a tese da democracia racial.
Questão 8/10 - Antropologia
Considere o fragmento de texto a seguir
“A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), nomenclatura utilizada atualmente, foi criada pelo decreto-lei n.º 926, de 10 de outubro de 1969. Reconhecida por suas anotações, a CTPS é hoje um dos únicos documentos a reproduzir com tempestividade a vida funcional do trabalhador. Assim, garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e FGTS”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está acessível em: MINISTÉRIO DO TRABALHO. Carteira de Trabalho e previdência social (CTPS). <http://trabalho.gov.br/carteira-de-trabalho-e-previdencia-social-ctps>. Acesso em: 30 jan. 2017.
Tendo como referência o livro-base Teoria e Prática em Antropologia, sobre a associação entre carteira de trabalho e cidadania no Brasil durante a década de 1930, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Relacionava-se diretamente à cidadania e às conquistas de direitos civis, políticos e econômicos.
	
	B
	Ampliou a participação do trabalhador na vida pública e política.
	
	C
	Reforçava a lógica hierárquica, já que poucas pessoas possuíam carteira de trabalho assinada.
Você acertou!
“[...] na década de 1930, a carteira de trabalho se tornou um documento que atribuía ao indivíduo o status de cidadão. Para isso, era necessário que a profissão exercida estivesse na lista das atividades regulamentadas pelo Estado. Já os trabalhadores urbanos e rurais desprovidos do registro em carteira não eram percebidos como cidadãos plenos. A correlação entre profissão e cidadania foi tão saliente que, por algum tempo, as associações profissionais podiam fazer a expedição do documento de identidade” (livro-base, p. 169). “’A carteira profissional, privilégio de uma parcela específica da população, traz em si uma concepção de cidadania que mostra a face da distinção e a marca de status. Os cidadãos da nação, assim definidos, constituem uma minoria privilegiada’” (livro-base, 165). Deste modo, a alternativa (a) está errada, pois a associação entre carteira de trabalho e cidadania consistia mais em realçar desigualdades do que marcar conquistas sociais.  Uma vez que poucas pessoas tinham acesso à carteira de trabalho, não se pode dizer que o fato ampliou a participação das pessoas na vida pública, portanto a alternativa (b) é incorreta. Na época, o sistema público de saúde era restrito e excludente, portanto a alternativa (d) é incorreta. Sobre o sistema público de saúde, consultar o Livro-base, p. 169, 150. A alternativa (e) também é falsa, pois, se o acesso à carteira de trabalho promove uma distinção de status, não pode ser pautada na lógica individualista, que pressupõe igualdade.
	
	D
	Permitiu a ampliação do sistema público de saúde a um número maior de pessoas.
	
	E
	Consistia em uma lógica individualista, pois o trabalhador era reconhecido pela sua profissão, carreira e renda.
Questão 9/10 - Antropologia
Observe atentamente a figura a seguir
Após a avaliação, caso queira acessar o conteúdo completo relativo à figura, ele está disponível em RIBEIRO, A. Teoria e prática em Antropologia. Curitiba: InterSaberes, 2017, p. 146.
Tendo como referência o livro-base Teoria e Prática em Antropologia sobre o triângulo racial brasileiro, analise as sentenças que contemplem tais fatores.
I. Evidencia uma sociedade mais igualitária, pois abre um espaço para o mestiço.
II. Descreve a importância das três raças para uma cultura híbrida, onde todos são igualmente valorizados.
III. Sintetiza a ideia de uma sociedade hierarquizada, constituída por uma série de gradações.
IV. Evidencia que as três raças não possuem posições iguais na sociedade brasileira.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
Nota: 10.0
	
	A
	I e III apenas
	
	B
	III e IV apenas
Você acertou!
A sentença I é falsa e a sentença III, verdadeira: “DaMatta (1984), é sustentada por polos opostos, mas entre eles há uma infinidade de gradações intermediárias que podem ocupar posições diferentes de acordo com a situação. Por exemplo, no caso do regime de apartheid, brancos e negros tinham posições bem definidas, sendo impossível transitar entreelas: havia lugares/espaços específicos para ambos. Já em um sistema hierárquico, existem outras interpretações para definir se um sujeito é negro ou branco, a depender de alguns atributos, que podem ser físicos (como a cor da pele ou as características do cabelo), sociais (grau de instrução, parentesco ou compadrio) ou, ainda, econômicos (situação financeira). É o que chamamos de uma posição relacional, não fixa, em uma ordem rígida” (livro-base, p. 143).
A sentença II é falsa, e a sentença VI é verdadeira: “o Brasil, ao valorizar sua identidade mestiça, acabou por destacar atributos positivos, sendo a mistura a fonte de toda a criatividade brasileira. Chama atenção o fato de que todas as qualidades atribuídas a cada uma das três raças formadoras do Brasil são tratadas como naturais, sendo que, na realidade, tratam-se de diferenças socialmente construídas, que, como veremos, sustenta uma ordem desigual. O mito das três raças e a presença do mestiço em nossa cultura é o que forma o triângulo racial brasileiro, cuja configuração nos leva a constatar que o Brasil, longe de ser uma democracia racial é, como afirmamos, uma hierarquia” (livro-base, p. 145).
	
	C
	I e II apenas
	
	D
	II e III apenas
	
	E
	IV apenas
Questão 10/10 - Antropologia
Leia o texto a seguir:
“A contribuição analítica de Dumont se bifurca, por mais estreitamente associados que os dois rumos se encontrem em sua obra: a análise do fenômeno da distribuição diferencial do “valor”, elaborada sob a forma de uma “teoria da hierarquia” (e das “ideias-valor”), e a análise do fenômeno do individualismo, elaborada sob a forma historicamente mais precisa da “ideologia do individualismo” (em sua intrínseca relação com a cultura ocidental).
A teoria da hierarquia procura dar conta do fenômeno, considerado universal, da distribuição diferencial do valor em todas as dimensões da experiência humana (cognitiva e moralmente). Ela se manifesta sob a forma do “englobamento do contrário”, condição em que, numa determinada dimensão ou nível de alguma totalidade ou conjunto, se manifestam ao mesmo tempo relações de oposição e pertencimento entre dois elementos. A oposição hierárquica difere da “oposição distintiva” pela intrínseca diferença e contiguidade entre os elementos em um determinado nível, correspondendo a um “escândalo lógico”, transgressor da lógica da identidade e da não contradição.”
Fonte: DUARTE, Luiz Fernando Dias. O VALOR DOS VALORES: LOUIS DUMONT NA ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA. Sociologia & Antropologia [online]. 2017, vol.7, n.3, pp.735-772. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2238-38752017000300735&lng=en&nrm=iso>. ISSN 2238-3875.  https://doi.org/10.1590/2238-38752017v734.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos da disciplina de Antropologia, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que contém características corretas sobre o modelo hierárquico de Dumont a respeito da interpretação da ideologia em uma sociedade:
I. A ênfase no modelo hierárquico é dada à totalidade, não às partes.
II. É o modelo predominante em sociedades tradicionais, em especial, a indiana.
III. As pessoas não ocupam um lugar definido na ordem social, tendo elas a liberdade de escolhê-lo.
IV. Cada pessoa ou grupo ocupa um lugar definido na ordem social, as partes não ocupam os mesmos lugares, isto é, são diferentes, e é na relação entre os homens que o todo adquire sentido.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	As afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
Dumont foi um antropólogo francês que propôs uma interpretação da ideologia moderna de modo comparativo, partindo do seu oposto, a hierarquia. Em sua obra, o estudo da sociedade indiana mostrou ser uma importante ferramenta, pois permitiu um distanciamento do Ocidente, para olhar de modo analítico aquilo que antes era natural. Dumont (2008) estabeleceu dois modelos sociais e ideológicos distintos, sendo um deles o Hierárquico. Este é o modelo predominante em sociedades tradicionais, em especial, na sociedade indiana. De modo geral, podemos afirmar que a hierarquia pressupõe que a ênfase é dada à totalidade, não às partes. Cada pessoa ou grupo ocupa um lugar definido na ordem social. As partes não ocupam os mesmos lugares, isto é, estes são diferentes, e é na relação entre os homens que a sociedade (o todo) adquire sentido.
 
Referência: RIBEIRO, Alessandra Stremel Pesce. Teoria e Prática em Antropologia. Curitiba: Intersaberes, 2016, Capítulo 5.
	
	E
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.

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