Buscar

etapa_3_-_gestao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO, ATIVIDADES 
E IMPLEMENTAÇÃO 
DE POLÍTICAS DE 
RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL
ETAPA 3
Autor
Liz Ehlke Cidreira
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano Torres
Edição Gráfica e Revisão
UNIASSELVI
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
1 MARCOS REGULATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE EM 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Prezado aluno, nesta últ ima etapa do curso, conheceremos um 
pouco mais sobre gestão, atividades e implementação de políticas de 
responsabilidade socioambiental, conhecendo sobre os marcos regulatórios 
de sustentabilidade em instituições financeiras, risco ambiental para os 
bancos, gestão de risco socioambiental nas instituições financeiras e principais 
atividades desenvolvidas pelas instituições bancárias.
As instituições bancárias e financeiras, aos poucos, foram obrigadas a 
internalizar os problemas ambientais, pois, inicialmente necessitavam evitar a 
responsabilização ambiental por danos causados por seus clientes, os quais 
recebiam fomento dos bancos para suas atividades. Algumas informações 
históricas remetem aos primeiros contatos das instituições financeiras com a 
responsabilidade civil ambiental. Segundo Chaves e Sumar (2015), o primeiro 
contato das instituições financeiras com a responsabilidade civil ambiental 
ocorreu em razão do derramamento de resíduos tóxicos em bens imóveis 
recebidos como garantia de empréstimos nos Estados Unidos.
A criação da CERCLA (Comprehensive Environmental Response, 
Compensation, and Liability Act) em 1980, ou seja, Lei de Responsabilidade, 
Compensação e Resposta aos Impactos Ambientais Globais, uma Lei Federal 
dos EUA também conhecida como Superfundo, trouxe o conceito de partes 
potencialmente responsabilizáveis (PRPs), sendo ele: “proprietário e operador 
da área à época da contaminação, responsáveis pelo gerenciamento e para 
GESTÃO, ATIVIDADES
E IMPLEMENTAÇÃO 
DE POLÍTICAS DE 
RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL
ETAPA 3
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
destinação dos resíduos perigosos e o transportador de resíduos, quando este 
tiver selecionado a área para a destinação de resíduos perigosos” (CHAVES; 
SUMAR, 2015, s.p.).
No tocante aos proprietários e financiadores de projetos em de áreas 
com atividade de risco ambiental, a CERCLA define que não estariam 
englobados nessa classificação (e, portanto, não responsáveis) aqueles que, 
sem se envolver no dia a dia do gerenciamento da atividade, possuíssem 
interesse sobre a propriedade (indicia of ownership) apenas com o intuito 
de garantir seu investimento (security interest). Considerando que, como 
regra geral, os agentes financiadores não participavam do gerenciamento 
direto das atividades financiadas, aparentemente, estariam excluídos da 
responsabilização (CHAVES; SUMAR, 2015).
Porém, Tosini (2005, p. 5) informa que “embora a CERCLA tenha criado 
exceções para proteger as instituições financeiras financiadoras, ocorreram 
nos EUA, algumas decisões judiciais que responsabilizaram os bancos pela 
reparação de danos ambientais causados pelos destinatários de créditos”. A 
mesma autora ainda informa que a Comissão Europeia, em 1989, também 
emitiu uma diretiva sobre responsabilidade civil para danos ambientais e, 
nesta diretiva, constava a responsabilização tanto do produtor quanto do 
atual controlador, havendo a possibilidade dos financiadores se enquadrarem 
na última condição. 
Na sequência, no ano de 1990, foi julgado o caso United States vs. 
Fleet Factors Corporation, o primeiro de uma série de processos judiciais 
em que a Corte Americana analisava a responsabilidade dos bancos pela 
reparação ambiental. A Corte decidiu interpretar extensivamente o disposto 
na CERCLA indicando que, para fins de responsabilização do financiador, 
não seria necessário que este tivesse envolvimento diário com a gerência 
da atividade em operação, mas apenas envolvimento suficiente para, em 
tese, ser capaz de influenciar as decisões sobre a disposição de resíduos 
perigosos, caso desejasse. O caso era pedido do governo para remediação 
de área contaminada por indústria têxtil (Swainsboro Print Works) e, por isso, 
a ação foi proposta tendo como réus a indústria e o banco, sendo que este 
mantinha, em seu favor, garantia real sobre a propriedade e os equipamentos 
(Fleet Factors Corporation) (CHAVES; SUMAR, 2015).
Segundo Chaves e Sumar (2015), essa decisão derrubou a segurança 
jurídica que a CERCLA oferecia às instituições financeiras, tendo em vista que 
não trouxe critérios objetivos suficientes para uma interpretação razoável do 
grau de ingerência que permitiria a responsabilização da instituição financeira 
como responsável indireta nessa relação. Em razão disso, houve uma crise 
com retração na oferta de crédito, que culminou, em 1996, com mudança 
na redação da CERCLA, restringindo o alcance da responsabilidade do 
financiador, com o estabelecimento de critérios mais objetivos e obrigações 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
e atribuições rígidas a serem obedecidas pelas instituições financeiras (nos 
momentos de pré-contratação de financiamentos e pré e pós-aquisição de 
ativos), sob pena de sua corresponsabilização.
Tosini (2005, p. 5-6) informa que:
No ano de 1992, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) 
criou uma iniciativa para as instituições financeiras, que passou a ser conhecida 
por UNEP-FI, promovendo-se a integração de todas as recomendações sobre 
aspectos ambientais para operações e serviços do setor financeiro. A iniciativa 
teve também como objetivo promover investimentos do setor privado em 
tecnologia e serviços para melhoria do meio ambiente. A meta do UNEP-FI era 
atingir o mais amplo espectro de instituições financeiras, bancos comerciais 
e de investimentos, gerenciadores de ativos, bancos de desenvolvimento 
e agências multilaterais. Nesse mesmo ano, a UNEP e mais cinco bancos - 
NatWest Bank, Deutsche Bank, Royal Bank of Canada, Hong Kong & Shanghai 
Banking Corporation and Westpac Banking Corporation - prepararam um termo 
de compromisso, Declaração Internacional dos Bancos para o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento Sustentável. Até o final de 1992, 23 bancos comerciais 
já haviam assinado a declaração. Em dezembro de 2004, 163 instituições 
financeiras de todo o mundo já eram signatárias da Declaração do UNEP.
Segundo a UNEP-FI, a Declaração de Compromisso do PNUMA por 
Instituições Financeiras sobre o Desenvolvimento Sustentável representa a 
espinha dorsal da Iniciativa. Ao assinar a Declaração, as instituições financeiras 
reconhecem abertamente o papel do setor de serviços financeiros em tornar 
nossa economia e estilos de vida sustentáveis e se comprometem com a 
integração de considerações ambientais e sociais em todos os aspectos de 
suas operações. Conheça a Declaração Internacional dos Bancos para o 
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, traduzido para português, 
em: https://www.unepfi.org/fileadmin/statements/fi/fi_statement_pt.pdf. 
Desde os marcos históricos explanados anteriormente, diversos países 
começaram a aderir a questão ambiental do ponto de vista socioeconômico 
e, seguindo o ritmo dos demais, o Brasil não ficou atrás.
No Brasil, a Lei Federal n° 6.938/81, conhecida como Política Nacional 
do Meio Ambiente (PNMA), iniciou a proteção, do ponto de vista legal, 
ao meio ambiente e estabeleceu, em relação às instituições financeiras, 
a obrigatoriedade de exigência do licenciamento ambiental dos projetos 
financiados. Além disto, o referido diploma legal estabeleceu a responsabilidade 
civil objetiva do poluidor direto e indireto por danos ambientais. Nesta esteira, 
surgiram discussões sobre a possibilidade de responsabilização civil das 
instituições financeiras, na qualidade de poluidores indiretos, na hipótese de 
os projetos por elas financiados causarem danos ao meio ambiente (CHAVES; 
SUMAR, 2015).
CURSO LIVRE – ANÁLISEDE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Dessa maneira, a Lei Federal n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe 
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de 
formulação e aplicação, e dá outras providências. Em seu artigo 12, a Lei 
faz menção à utilização do licenciamento ambiental, seguindo os padrões 
CONAMA, e informa que:
Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais 
condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao 
licenciamento, na forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos 
critérios e dos padrões expedidos pelo CONAMA. 
Parágrafo único. As entidades e órgãos referidos no caput deste artigo deverão 
fazer constar dos projetos a realização de obras e aquisição de equipamentos 
destinados ao controle de degradação ambiental e a melhoria da qualidade 
do meio ambiente.
Já em seu artigo 14, a Lei faz menção às medidas às penalidades que 
podem ser sofridas em caso de não cumprimento das medidas de prevenção 
ou correção dos danos, redigindo o texto da seguinte maneira:
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual 
e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou 
correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade 
ambiental sujeitará os transgressores:
[...]
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimentos oficiais de crédito;
[...]
§ 3º Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da 
perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa 
ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, 
cumprimento resolução do CONAMA.
Cabe ressa l tar que um dos inst rumentos da PNMA remete ao 
licenciamento ambiental, o qual é definido e exigido pela Resolução CONAMA 
nº 237, de 19 de dezembro de 1997, conforme demonstram os trechos a 
seguir, respectivamente.
Segundo a PNMA: 
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
[...]
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente 
poluidoras;
[...]
Ar t . 10. A construção, insta lação, ampl iação e funcionamento de 
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva 
ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar 
degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. 
Segundo a CONAMA nº 237: 
Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação 
e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambienta is , consideradas efet iva ou potencia lmente poluidoras ou 
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, 
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas 
aplicáveis ao caso.
[...]
Art. 2º - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação 
e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como 
os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental , dependerão de prévio l icenciamento do órgão ambiental 
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
Retomando os fatos históricos, o Brasil, seguindo os passos dos eventos 
ocorridos no mundo, também partiu rumo à inserção da sustentabilidade 
corporativa do setor financeiro. Segundo Braga (2014, p. 18), a elaboração 
dos instrumentos sustentáveis no financiamento no Brasil tem início com o 
Protocolo Verde, cujo objetivo principal é o fomento de políticas e práticas 
socioambientais multiplicadoras que sirvam de exemplo de desenvolvimento 
sustentável para as instituições concedentes de crédito oficial.
Dessa maneira, originou-se, em 1995, um grupo de trabalho do Governo 
Federal com o propósito de preparar uma proposta que contivesse diretrizes 
e estratégias para colaborar na gestão ambiental em instituições financeiras 
federais. Os bancos participantes foram: Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Banco do Estado da 
Amazônia (Basa), Caixa Econômica Federal (Caixa) e Banco do Nordeste do 
Brasil (BNB) (BRAGA, 2014).
Da formação deste grupo foi originado o Protocolo Verde, anteriormente 
citado. Porém, no ano de 2008, o Protocolo Verde foi revisado e ratificado sob 
a denominação Protocolo de Intenções pela Responsabilidade Socioambiental, 
para atender às demandas sociais e ambientais que ocorreram desde 1995. 
Divulgado pelo Banco do Brasil ([2021c], p. 2), a cláusula primeira de uma 
das versões do protocolo, informa que: 
O presente PROTOCOLO tem por objeto estabelecer a convergência de 
esforços para o empreendimento de políticas e práticas bancárias que sejam 
precursoras, multiplicadoras, demonstrativas ou exemplares em termos de 
responsabilidade socioambiental e que estejam em harmonia com o objetivo 
de promover um desenvolvimento que não comprometa as necessidades 
das gerações futuras a partir da atualização dos compromissos previstos no 
Protocolo Verde, firmado em 1995.
Adicionalmente, em 2009, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), 
órgão de representação oficial dos bancos privados e de capital misto, 
firmou o protocolo de intenções com o Ministério do Meio Ambiente, do 
que derivaram adesões de bancos privados às premissas de desenvolvimento 
sustentável.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Analisando as iniciativas a nível mundial, cabe fazer um adendo sobre os 
Princípios do Equador. Guimarães (2015) informa que em junho de 2003, os 
dez maiores bancos, responsáveis por cerca de 30% do total de investimentos 
em financiamentos internacionais de projetos em todo o mundo (ABN 
Amro, Barclays, Citigroup, Crédit Lyonnais, Crédit Suisse, HypoVereinsbank, 
Rabobank, Royal Bank of Scoland, WestLB e Westpac), anunciam a adoção 
de um novo acordo de autorregulação bancária, denominado “Princípios do 
Equador”. O pacto estabeleceu padrões de gerenciamento de risco para as 
Instituições Financeiras, tendo como pilar a implementação de requisitos 
socioambientais nas políticas de concessão de crédito. Com a assinatura do 
acordo, os bancos assumiram voluntariamente o compromisso de avaliar os 
projetos de financiamento (Project Finance) de valores superiores a US$ 50 
milhões, classificando cada um deles de acordo com o potencial de risco 
socioambiental e exigindo o atendimento a padrões de sustentabilidade como 
condições para o fornecimento de recursos.
Tais padrões foram baseados em um processo de avaliação que 
categoriza os impactos socioambientais de acordo com três categorias 
(GUIMARÃES, 2015, p. 39):
• Categoria A (alto risco): Projetos com significativo potencial adverso 
de impactos socioambientais, podendo ser amplos, imprevisíveis ou 
irreversíveis;
• Categoria B (médio risco): Projetos com limitado potencial adverso de 
impactos socioambientais em pequena escala, geralmente em locais 
específicos, em grande parte reversíveis e prontamente tratados através 
da mitigação; e
• Categoria C (baixo r isco): Projetos com mínimo/nenhum impacto 
socioambiental.
Cabe relembrar que no ano de 2014, o Banco Central do Brasil incorporou à 
regulação do SFN o tema socioambiental, por meio da Resolução nº 4.327/2014, 
que dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no estabelecimento e na 
implantação da Política de Responsabilidade Socioambiental pelas instituições 
financeiras e seus respectivos planos de ação, contemplando uma estrutura 
clara de governança, o fortalecimento da gestão de riscos e oportunidades, a 
expansão e a qualidade do crédito. Seguindo na mesma linha, em agosto de 
2014, a entidade publicou o Normativo de nº14 no Sistema de Autorregulação 
Bancária (SARB) formalizando procedimentos mínimos para o cumprimento 
da Resolução nº 4.327/2014 e orientando as práticas socioambientais de 
seus signatários nos negócios e nas relações com as partes interessadas 
(FEBRABAN, 2017).
Dessa maneira, desde então, a governança do tema socioambiental na 
FEBRABAN está concentrada na Comissão Setorial de Responsabilidade Social 
e Sustentabilidade (CRSS), da qual participam 30 instituições, representando 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
cerca de 80% do total dos ativos do setor bancário, com reporte à Diretoria 
Executiva da Federação. Além disso, com base nos protocolos firmados pelos 
bancos, as instituições possuem o dever de contribuir para o aperfeiçoamento 
e a construção de soluções para os desafios socioambientais do século XXI, 
com a participação e a integração de ações da sociedade, estado e empresas 
em prol do desenvolvimento sustentável (BANCO DO BRASIL, [2021c]).
2 RISCOS AMBIENTAIS E SOCIOAMBIENTAIS PARA OS BANCOS
 
Conforme foi visto nas etapas anteriores, as instituições bancárias 
estão expostas a riscos que podem se traduzir em prejuízos relevantes, 
comprometer sua saúde financeira e, no limite, sua própria continuidade. 
Existem diversas classificações de risco na literatura. Porém, cada instituição 
financeira faz sua própria classificação de acordo com seu porte e nicho de 
mercado ou, ainda, em função da melhor forma de gerenciar os riscos. O 
risco está presente em qualquer operação do mercado financeiro. Risco é 
um conceito “multidimensional” que cobre quatro grandes grupos de risco: 
risco de mercado, risco legal, risco de crédito e risco operacional. Assim, os 
problemas ambientais são abordados como mais uma modalidade de risco 
presente nesses quatro grupos de risco (TOSINI, 2005).
Segundo Tosini (2005, p. 13):
Risco ambiental pode ser definido como a medida de possíveis danos que uma 
atividade econômica pode causar ao meio ambiente. A relação entre risco 
ambiental e os demais riscos enfrentados pelas empresas está fundamentada 
no ‘’Princípio do Poluidor Pagador”. Por esse princípio se busca internalizar 
os custos da degradação ambiental no processo produtivo de qualquer 
atividade econômica, a fim de evitar que apenas os lucros de uma atividade 
sejam privatizados e os custos do dano ambiental sejam socializados. Desta 
forma, risco ambiental passa a ser traduzido como custo financeiro.
Retomando alguns fatos históricos do desenvolvimento do combate 
em prol da preservação ambiental, conforme elucidado na primeira apostila, 
a primeira conferência organizada e realizada pela ONU foi a chamada 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, a qual foi 
realizada no ano de 1972, em Estolcomo, na Suécia, e que contou com a 
participação de 113 países e 250 organizações não governamentais. Como 
um dos resultados desta conferência da ONU, foi criada a Declaração de 
Estolcomo, a qual juntou diversos princípios que deveriam ser seguidos pelos 
países participantes da conferência. 
Destaca-se, neste ponto, o Princípio do Poluidor Pagador, que veio 
se tomar um dos pilares para o desenvolvimento de legislação interna e 
internacional sobre responsabilidade e compensação por danos ambientais. 
A Declaração do Rio, em seu Princípio n° 16, também adotou o Princípio 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
do Poluidor Pagador: “as autoridades nacionais devem procurar assegurar a 
internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, 
levando em conta o critério de que quem contamina deve, em princípio, arcar 
com os custos da contaminação, levando-se em conta o interesse público e 
sem distorcer o comércio e os investimentos internacionais” (TOSINI, 2005, p. 
13-14). Através deste princípio, busca-se impedir que a sociedade arque com 
os custos da recuperação de um ato lesivo ao meio ambiente causado por 
um poluidor perfeitamente identificado, sendo que, dessa forma, este deverá 
arcar com os custos de recuperação do dano causado, além de responder 
pelos seus atos através de sanções penais e administrativas.
Ainda, através do artigo nº 225, parágrafo 3°, da Constituição Federal de 
1988, também é possível identificar o Princípio do Poluidor Pagador, como 
segue:
As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados (BRASIL, 1988).
Dessa forma, de todo modo, ocorrerá dispêndio financeiro por parte do 
infrator. Tosini (2005) explica ainda que, por outro lado, os danos ambientais 
até então identificados evidenciam que o risco ambiental tem impacto sobre 
as três modalidades de risco enfrentadas pelas empresas, seja qual for sua 
atividade econômica - risco de negócio, risco financeiro e risco estratégico. 
Tendo em vista que o desempenho econômico das empresas depende direta 
ou indiretamente do gerenciamento desses riscos, depreende-se daí que, 
para obter um bom desempenho econômico, a empresa precisa, também, 
de um bom sistema de gerenciamento ambiental. Seguindo nessa linha, os 
bancos, ao serem parceiros financeiros das empresas, dependem do retorno 
financeiro destas. Assim, o risco ambiental das empresas afeta indiretamente o 
desempenho econômico das instituições financeiras, na medida em que esse 
risco pode vir a comprometer o valor dos ativos financeiros das empresas, sua 
capacidade de honrar seus empréstimos, bem como sua própria reputação 
junto à sociedade.
Para Guimarães (2015), as Instituições Financeiras (IF) deveriam ser 
consideradas como qualquer outro agente econômico sujeito à legislação 
ambiental , de modo que o cumprimento regulamentar resultasse na 
incorporação de critérios socioambientais às práticas e operações bancárias. 
Em um cenário de maior sensibilidade do setor financeiro quanto aos objetivos 
das políticas ambientais, seria possível elencar três papéis principais de uma 
“IF com compromisso ambiental”. 
A primeira delas diz respeito ao controle de prejuízos ambientais e 
pressupõe a adoção de critérios e políticas institucionais para a avaliação 
de impactos ambientais em todas as operações de crédito da instituição. A 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
instituição não deve financiar projetos de atividades com impactos negativos 
sobre o meio ambiente ou precisa exigir medidas para minimizar os danos a 
níveis aceitáveis, como condições para o financiamento (GUIMARÃES, 2015).
A segunda função está ligada às novas oportunidades de negócios para 
as IF e diz respeito à recuperação do meio ambiente. A IF deve priorizar o 
financiamento de projetos para recuperação de danos ao meio ambiente, o 
que significa o surgimento de novas linhas de crédito e produtos bancários 
para f inanciamento dos investimentos e operações correspondentes 
(GUIMARÃES, 2015).
A terceira função seria a promoção de “projetos verdes”, caracterizados 
por não apenas evitar ou controlar os danos ambientais, mas também 
por contribuir de maneira positiva para o desenvolvimento sustentável. O 
desempenho dessa função pode se dar, por exemplo, por meio do fomento 
ao uso de tecnologias de produção limpa, de eficiência energética, de 
combate à desertificação, de captação de carbono, de produção orgânica, 
dentre outros (GUIMARÃES, 2015).
Conscientes da ligação entre o setor financeiro e o meio ambiente, as 
instituições bancárias já entendem a questão ambiental como uma importante 
fonte de riscos financeiros. Isso se materializa, por exemplo, quando uma 
empresa descobre que é proprietária de um terreno contaminado ou quando 
sanções por impactos ambientais negativos comprometem a capacidade do 
credor de liquidar suas operações de crédito. Além dos riscos financeiros, os 
bancos já começaram a explorar as oportunidades de negócios na relação das 
empresascom o meio ambiente. Ao redor de todo o planeta, têm crescido os 
produtos financeiros sustentáveis, como fundos de investimentos responsáveis, 
linhas de crédito verdes e outras inovações financeiras demandadas por um 
setor produtivo que tem a sua relação com o meio ambiente questionada e 
avaliada com um rigor cada vez maior (GUIMARÃES, 2015).
Analisando todo o contexto relatado acima, pode-se perceber que são 
várias as razões pelas quais a questão ambiental está sendo efetivamente 
incorporada à gestão bancária. Segundo Guimarães (2015), tem-se os 
seguintes exemplos: 
• Ecoeficiência: economia nas atividades internas, por meio da racionalidade 
no uso de papel, água, combustíveis etc.
• Atendimento da demanda de clientes e consumidores: a sociedade passou 
a exigir que a RSA seja um valor incorporado a todas as áreas e setores da 
economia, inclusive nos empréstimos e investimentos do setor financeiro.
• Redução dos riscos associados à concessão de créditos: impactos 
socioambientais negativos podem afetar a capacidade de pagamento dos 
beneficiários do crédito bancário.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
• Minimização de perdas ligadas à reputação: a ligação da imagem do banco 
com empreendimentos que promovem danos socioambientais pode resultar 
em boicotes, perda de clientes e degeneração do valor de mercado da 
instituição.
• Gestão de riscos legais: a instituição bancária convive com a possibilidade 
de ser obrigada a assumir custos de reparação ambiental ou de indenizar 
danos a terceiros afetados, caso sejam apontados como corresponsáveis 
ou tenham negligenciado requisitos ambientais para o deferimento dos 
financiamentos.
• Oportunidade de negócios: para a instituição financeira, os novos produtos 
verdes, como as linhas de financiamentos para empreendimentos sustentáveis, 
são oportunidades para impulsionar o seu resultado financeiro. A construção 
de uma identidade que se harmonize com o desenvolvimento sustentável 
pode promover vantagens competitivas e fortalecimento no mercado.
O risco ambiental está presente, direta ou indiretamente, em todas 
as atividades econômicas relacionadas com o aproveitamento, produção, 
transformação industrial e comercialização de recursos naturais, especialmente 
naquelas onde se agrega valor aos produtos comercializados ou produzidos. 
Existem três principais dimensões do risco ambiental que podem se exprimir 
no âmbito dos processos de concessão de crédito pelas instituições bancárias. 
Os riscos, fazendo alusão à questão ambiental, são:
• Risco de Crédito: o risco ambiental se expressa como risco de crédito 
nas instituições financeiras quando as operações de crédito estão sujeitas 
a perdas decorrentes de eventuais impactos ambientais produzidos por 
um cliente bancário. As perdas podem se materializar quando o evento 
ambiental atinge os lucros, a alavancagem, o fluxo de caixa, as garantias 
oferecidas ou simplesmente a imagem do cliente bancário tomador de 
crédito, interferindo em sua capacidade para liquidar integralmente os 
compromissos assumidos com o credor.
• Risco Legal: de acordo com o Banco Central do Brasil, está relacionado à 
inadequação ou deficiência em contratos firmados pelas instituições financeiras, 
bem como pelas punições por descumprimentos das regras legais e pelas 
indenizações por danos a terceiros originados das atividades desenvolvidas 
pelas instituições. Os impactos ambientais podem ser fontes de obrigações 
legais causadoras de perdas financeiras para os fornecedores do crédito.
• Risco Reputacional ou de Imagem: pode ser considerado como uma 
subclassificação do risco operacional e é representado por possíveis impactos 
decorrentes de um evento específico, que podem afetar negativamente 
a percepção acerca da confiabilidade da instituição, da qualidade de 
seus serviços, de suas práticas de gestão ou de sua credibilidade de uma 
maneira geral. Essa percepção negativa da corporação pode se disseminar 
pelos seus empregados e clientes, mercados financeiros, acionistas, 
investidores, governo ou reguladores. Por essa razão, o risco de imagem 
(ou reputacional) pode ser considerado o pior tipo de risco ao qual está 
exposta uma instituição financeira.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Segundo Guimarães (2015, p. 59), as consequências de impactos 
ambientais negativos produzidos pelas atividades beneficiárias do crédito 
podem ser ilustradas pela Figura 1, que aponta vias pelas quais as implicações 
financeiras podem surgir para os bancos credores.
FIGURA 1 – EXPRESSÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS DECORRENTES DA CONCESSÃO DE CRÉDITO
FONTE: Guimarães (2015, p. 59)
Descrição da imagem: a Figura aponta as vias pelas quais as implicações financeiras podem surgir para os bancos 
credores.
3 GESTÃO DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS
 
Conforme descrito pela Febraban (2015), a Resolução nº 4.327/14 do 
Banco Central, que dispõe sobre “as diretrizes que devem ser observadas 
no estabelecimento e na implementação da Política de Responsabilidade 
Socioambiental pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas 
a funcionar pelo Banco Central”, é o resultado da compreensão de novas 
variáveis de riscos discutidas nos últimos anos pelo setor financeiro e 
seu principal órgão regulador. Dessa maneira, cada instituição deverá 
previamente avaliar seu foco de atuação. A importância de seus variados 
negócios e respectivos riscos, seu planejamento estratégico, sistemas e 
processos de gestão, habilitando-se, assim, para desenvolver sua Política de 
Responsabilidade Socioambiental.
Com o objetivo de criar um posicionamento setorial sobre o tema, e dar 
suporte aos bancos na integração das questões socioambientais, a FEBRABAN 
desenvolveu também um normativo específico para o tratamento do tema. 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
O Normativo SARB n° 14 prevê diretrizes e procedimentos para as práticas 
socioambientais das instituições financeiras nos seus negócios e relações 
com partes interessadas, além de apresentar seis passos importantes para 
construção da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA).
Porém, antes deste tema ser relatado, vale a pena analisar os gráficos a 
seguir, os quais foram retirados do site “Guia dos Bancos Responsáveis” (GBR). 
O GBR é uma iniciativa de uma coalizão de organizações da sociedade civil 
brasileira liderada pelo Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e 
possui o objetivo de avaliar o grau de comprometimento dos maiores bancos 
brasileiros com diversos temas de relevância social e ambiental. A iniciativa 
faz parte do Fair Finance International (FFI), uma rede internacional que visa 
o fortalecimento do compromisso das instituições financeiras com padrões 
sociais, ambientais e de governança.
Segundo o site do GBR (2021), o projeto Guia dos Bancos Responsáveis 
tem como objetivo analisar a responsabilidade socioambiental dos bancos 
a partir da ótica de suas carteiras de crédito e investimentos – ou seja, para 
quais empresas eles destinam o seu próprio dinheiro e de seus clientes. 
Estes informam que entendem a responsabilidade socioambiental de uma 
organização como sua responsabilidade em relação aos impactos das 
decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Essa responsabilidade 
deve ser fomentada através de um comportamento transparente e ético, que 
contribua para o desenvolvimento sustentável.
Conheça mais sobre o GBR e analise a pontuação geral e a pontuação 
dos bancos, acessando os dados de cada um dos bancos individualmente, 
classificados pelo GBR através do site: https://guiadosbancosresponsaveis.
org.br/bancos/temas/meio-ambiente/.
Portanto, ao analisar os dados disponibilizados pelo GBR em 2021, foram 
destacados dois gráficos principais. O primeiro, Figura 2, faz referência ao 
grau de responsabilidade social e ambiental dos bancos, e, com base nos 
resultados dos anos de2020 e 2021, trouxe dados, através de um ranking, 
mostrando qual dos principais brancos possui um comprometimento maior 
com a responsabilidade social e ambiental. Já o segundo gráfico, Figura 3, 
ilustra como é o ranking de pontuação dos bancos em consideração ao meio 
ambiente. Analise os gráficos a seguir. 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
FIGURA 2 – GRAU DE RESPONSABILDIADE SOCIAL E AMBIENTAL DOS BANCOS
FONTE: <https://guiadosbancosresponsaveis.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2021.
Descrição da imagem: gráfi co que ilustra o ranking de responsabilidade social e ambiental dos bancos. 
FIGURA 3 – PONTUAÇÃO DOS BANCOS EM MEIO AMBIENTE
FONTE: <https://guiadosbancosresponsaveis.org.br/>. Acesso em: 16 abr. 2021.
Descrição da imagem: gráfi co que ilustra o ranking de pntuação ambiental dos bancos. 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
Ao retomar sobre a gestão do risco socioambiental pelas instituições, 
o Guia Prático da Febraban estabeleceu seis passos importantes para a 
construção das Políticas de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) por 
parte dos bancos. A Figura 4 ilustra esses passos.
FIGURA 4 – 6 PASSOS PARA A PRSA
FONTE: Febraban (2015, p. 5)
Descrição da imagem: a imagem ilustra os 6 passos principais para a construção da PRSA por parte das instituições 
fi nanceiras. 
Segundo o Guia (FEBRABAN, 2015), tem-se os seguintes passos:
• PASSO 1: GOVERNANÇA DAS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS
A primeira exigência do Banco Central diz respeito à governança 
da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) nas instituições 
financeiras. Embora exija designação de um diretor responsável pela Política 
e seu cumprimento, é importante ressaltar que a Resolução é transversal 
e deve permear todas as áreas e níveis da organização. A governança 
deve ser compatível com o porte, estrutura e natureza dos negócios de 
cada instituição, podendo estar composta por comitês e/ou integrar os 
colegiados já existentes. É essencial, na definição da governança da PRSA, 
que se considere a transversalidade da Resolução. A diretoria responsável 
deve ter trânsito e influência sobre as áreas, especialmente por ter de tratar 
de operações que não necessariamente são sua responsabilidade. Para o 
adequado empoderamento da diretoria responsável e estrutura de governança 
da PRSA, o envolvimento da Alta Administração é fundamental, dando o 
peso institucional ao tema, atuando como mediador junto as várias áreas 
da instituição e acompanhando a implementação e os resultados da PRSA.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
• PASSO 2: PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RELEVÂNCIA 
Os temas e atividades relevantes variam para cada instituição. Por essa 
razão o BACEN, define a observância de dois princípios: Proporcionalidade 
e Relevância, os quais têm o objetivo de preservar as diferentes atuações de 
cada instituição sem comprometer a eficiência operacional. O Princípio da 
Proporcionalidade diz respeito à “compatibilidade da PRSA com a natureza 
da instituição e a complexidade de suas atividades e de seus serviços e 
produtos financeiros”. Dessa forma, as políticas, estruturas de governança 
e sistemas de gestão do risco socioambiental de cada instituição devem 
contar com capital humano, ferramentas e suporte tecnológico, códigos 
de procedimentos e práticas comerciais adequadas a complexidade de suas 
atividades e dos produtos e serviços oferecidos e às possíveis mudanças 
legais, regulamentares e de mercado.
• PASSO 3: ENVOLVIMENTO DE PARTES INTERESSADAS
O Banco Central inclui na Resolução o incentivo ao envolvimento de 
partes interessadas na construção da PRSA. Embora a definição de partes 
interessadas pelo regulador seja abrangente, entende-se que a consulta aos 
públicos de interesse indica maior transparência e observância dos riscos e 
oportunidades socioambientais pela organização. Existem diferentes formas 
de participação. Desde a comunicação de uma ação até o estabelecimento 
de parcerias e alianças, a instituição financeira pode realizar diferentes 
formas de engajamento com suas partes interessadas. A definição da forma 
vai depender essencialmente da cultura da organização, a maturidade para 
ouvir as demandas de agentes externos e a finalidade do engajamento.
• PASSO 4: POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA)
Ao abordar a Política de Responsabilidade Socioambiental, a Resolução 
deixa claro que o documento deve conter princípios e diretrizes que norteiam as 
ações socioambientais nos negócios e na relação com as partes interessadas. A 
transversalidade da PRSA em todas as áreas da instituição financeira fica evidente 
uma vez que deve estar presente nos negócios e nas relações com todos os 
públicos que possam ser afetados pela atuação da instituição (ex. clientes, 
usuários, colaboradores, fornecedores e comunidades). A PRSA deve ser um 
instrumento de gestão integrada tratando da estrutura de governança, da gestão 
do risco socioambiental, das atividades e operações que devem ser priorizadas 
de acordo com sua relevância, proporcionalidade e eficiência, integrando-se as 
demais estratégias, políticas e normativos da instituição financeira.
• PASSO 5: SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO RISCO SOCIOAMBIENTAL
A compreensão do impacto das questões socioambientais pode ocorrer 
de duas formas:
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
IMPACTOS INDIRETOS: impacto decorrente das operações de crédito, 
investimentos, seguros, e operações no mercado de capitais. Alguns dos temas 
normalmente observados pelo setor financeiro compreendem questões como: 
trabalho análogo ao escravo e mão de obra infantil; pessoas politicamente 
expostas; poluição e contaminação; licenciamento ambiental; áreas contaminadas 
ou embargadas; Estudo de Impactos Ambientais; e terras indígenas.
IMPACTOS DIRETOS: sendo uma organização, os bancos têm impactos 
decorrentes de suas atividades, como o consumo de recursos naturais, as 
relações com colaboradores, fornecedores e outros públicos de interesse. 
Além dos impactos de suas operações, as instituições financeiras também 
têm uma conexão importante com as questões socioambientais nas suas 
atividades e operações internas, que vai variar em relevância de acordo 
com o porte e modelo de negócios de cada instituição. De forma geral, as 
empresas possuem impactos quanto a: uso e gestão dos recursos naturais; 
relacionamento com colaboradores; relacionamento com fornecedores; 
relacionamento com comunidade onde atua; geração e tratamento de 
resíduos; eficiência energética; e uso de água.
• PASSO 6: PLANO DE AÇÃO
A Resolução exige ainda que, além da PRSA, as instituições financeiras 
elaborem um Plano de Ação para o cumprimento da política e integração 
das questões socioambientais as suas atividades. Para a elaboração do Plano 
de Ação, deve-se mapear gaps e ações que podem ser desenvolvidos para 
cada item da Resolução. 
4 PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS 
INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
 
Do mesmo modo que foi visto no decorrer dos estudos, as instituições 
financeiras possuem a incumbência de divulgar relatórios de sustentabilidade, 
no qual apontam as suas ações em prol da sustentabilidade e minimização 
dos riscos socioambientais. Dessa maneira, com a finalidade de explorar 
estes relatórios, foram escolhidos três bancos para verificar as atividades e 
ações mais aplicadas pelos bancos, sendo eles: Banco do Brasil, Bradesco e 
Caixa Econômica Federal. Os relatórios mais recentes divulgados remetem 
ao ano de 2019.
• Banco do Brasil:
Segundo o Banco do Brasil (2019), o Relatório Anual 2019 apresenta as 
principais iniciativas e resultados do período e o modo como geramos valor 
para a Empresa e para os nossos principais públicos de relacionamento: 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
acionistas, investidores, funcionários, clientes, fornecedores, parceiros, governoe sociedade. Informam também que para que as suas diretrizes estejam 
alinhadas com as demandas do mercado e dos públicos, procuram entender o 
contexto global e nacional e avaliar os impactos aos quais estamos expostos. 
Aprimorar o relacionamento com os clientes e sua experiência em negócios 
financeiros, construir uma rentabilidade sustentável aos acionistas remunerando 
o capital alocado, desenvolver soluções financeiras relacionadas à economia 
verde, aprimorar a gestão de riscos socioambientais e climáticos, fortalecer 
a governança corporativa e cultivar boas práticas em gestão de pessoas são 
objetivos presentes em nossa organização, tanto para assegurar a perpetuidade 
do negócio quanto para garantir um futuro sustentável da sociedade.
Segundo o relatório (BANCO DO BRASIL, 2019, p. 68), no tocante 
mapeamento e identificação de riscos: 
O processo contínuo de identificação de riscos tem elevada importância 
para nossa organização, conta com análise de insumos internos e externos 
e aborda de forma prospectiva os riscos incorridos. O inventário de risco 
auxilia na definição do conjunto corporativo de riscos relevantes e tem 
papel importante na gestão de riscos e capital, bem como para a gestão 
dos negócios.
A definição do inventário de riscos e de riscos relevantes baseia-se em:
• Riscos que possam impactar o atingimento dos objetivos constantes na 
Estratégia Corporativa.
• Riscos inerentes às atividades das Entidades Ligadas ao Banco do Brasil.
• Fatores de risco considerados mais relevantes e que possam impactar os 
negócios e os resultados das operações do Banco.
• Diretrizes regulatórias no Brasil e exterior.
• Preocupações da indústria bancária.
• Benchmark de instituições financeiras do Brasil e exterior.
Com relação ao risco socioambiental, o mesmo relatório informa que 
“ao incorporar fatores socioambientais nas decisões de investimento e nas 
práticas de seleção de ativos, busca-se reduzir riscos, ampliar o retorno 
financeiro e atender às expectativas dos clientes. Acreditamos também 
que a responsabilidade socioambiental proporciona resultados positivos, 
recorrentes e sustentáveis ao longo do tempo. O uso mais eficiente de 
recursos pode impactar na redução de custos; a melhor governança interferir 
positivamente na produtividade; regras ambientais, de segurança e de saúde 
reduzir externalidades negativas; e inovação nos produtos sustentáveis pode 
atrair novos clientes”.
• Caixa Econômica Federal (CEF):
Para a Caixa Econômica Federa l , segundo o seu Relatór io de 
Sustentabilidade do ano de 2019, ao longo do relatório, fazem referência 
aos pilares da Política de Responsabilidade Socioambiental, tratando sobre: 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
relacionamento e engajamento com partes interessadas; gestão de riscos 
socioambientais; gestão de práticas administrativas e da cadeia de fornecimento 
socioambientais; governança; divulgação e reporte de informações; e 
promoção do desenvolvimento sustentável. Além disso, também fazem menção 
aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no relato.
No capítulo que trata sobre Sustentabilidade e RSA, a CEF informa que “a 
gestão de todos os nossos negócios e relacionamentos com nossos públicos 
de interesse se baseia em práticas que buscam a consolidação da CAIXA como 
empresa socialmente responsável, ambientalmente correta e economicamente 
viável”. Ainda, segundo o relatório, informa que a Política de Governança 
Corporativa estabelece como princípio a Responsabilidade Socioambiental 
e orienta que a gestão e as decisões de negócios contemplem aspectos 
socioambientais e observem a responsabilidade pelos impactos de nossas ações 
e atividades na sociedade e no meio ambiente. Reforçando essas premissas, a 
Política de Responsabilidade Socioambiental ainda destaca o comportamento 
transparente e ético, bem como a busca do desenvolvimento sustentável e a 
inclusão social, que são parte da essência. Segundo o relatório:
 
Aprovada em 2015, a PRSA orienta nossa atuação na integração das 
dimensões social, ambiental e econômica na estratégia, nos negócios e em 
nossos relacionamentos. A PRSA está em consonância com as melhores 
práticas de mercado e padrões normativos nacionais e internacionais atinentes 
à responsabilidade socioambiental e sustentabilidade, e diferencia-se ao aderir-
se ao nosso papel como banco público na busca de resultados sustentáveis 
para os negócios e para o desenvolvimento do país.
No relatório são citados os seguintes itens, com relação à PRSA: 
política socioambiental de FGTS; risco climático; risco socioambiental; 
ativos; habitação; garantias imobiliárias; terrenos contaminados; operações 
de crédito e crédito rural; projetos; atendimento à regulação; salvaguardas 
socioambientais; capacitação; e fundo de compensação ambiental, dentre 
outros. Cabe destacar que o relatório indica que foi criado para aplicar 
recursos em projetos socioambientais em parceria com órgãos públicos e 
entidades privadas, o Fundo Socioambiental CAIXA (FSA CAIXA), que atua no 
desenvolvimento integrado e sustentável com foco na população de baixa 
renda. Os investimentos do FSA CAIXA contribuem para o fortalecimento da 
imagem do banco ao promover o desenvolvimento das comunidades, além 
de alavancar parcerias estratégicas que unem o poder público a entidades 
privadas sem fins lucrativos brasileiras e internacionais.
• Banco Bradesco:
 
Segundo o relatório do Banco Bradesco (2019), o Relatório Integrado 
2019 reúne as principais ações e resultados do ano em torno dos quatro pilares 
que compõem o planejamento estratégico da Organização (crescimento 
sustentável com rentabilidade, relacionamento com clientes, eficiência e 
inovação e capital humano) e dos 12 tópicos atualmente considerados por 
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
eles como os mais relevantes, apontados em nosso último processo de escuta 
a stakeholders, realizado em 2018. São eles: clientes; tecnologia e inovação; 
capital humano; mercado e concorrência; estratégia de negócios; eficiência; 
ambiente econômico; responsabilidade socioambiental; governança corporativa; 
gerenciamento de riscos; regulação e compliance; e gestão de capital.
O relatório informa que no Bradesco, a sustentabilidade está entre os 
direcionadores estratégicos da Organização. A gestão de aspectos ambientais, 
sociais e de governança é fundamental para a perenidade e o crescimento 
do Bradesco em um contexto cada vez mais dinâmico e desafiador. “Ao 
buscarmos gerar valor compartilhado e de longo prazo para investidores, 
funcionários, fornecedores, clientes e a sociedade, também contribuímos 
para o desenvolvimento sustentável do País” (BRADESCO, 2019, s.p.).
 
Ainda, com o objetivo de aprofundar a implementação da Resolução nº 
4.327, “estruturamos um plano composto por iniciativas de curto, médio e 
longo prazos, nas seguintes frentes: capital humano; clientes; fornecedores; 
gestão ambiental; institucional/gestão; partes interessadas; produtos e 
serviços; e risco socioambiental. O relatório ainda cita os seguintes temas: 
mudanças climáticas; negócios sustentáveis; soluções personalizadas para 
o atacado; e Amazônia.
Ao citar o gerenciamento de riscos socioambientais, informa que a 
Norma de Risco Socioambiental do Bradesco estabelece processos de 
gerenciamento de riscos, incorporando critérios ambientais, sociais e de 
governança no âmbito das atividades do Grupo, no desenvolvimento e oferta 
dos produtos e serviços e na gestão dos empreendimentos imobiliários 
por meio da identificação, avaliação, classificação, controle e mitigação 
desses riscos. A norma ainda prevê a avaliação da ética de responsabilidade 
socioambiental nas relações com fornecedores, clientes e parceiros de 
negócios, nas transações envolvendo doações e patrocínios, na gestão de 
contratos e de investimentos, além de repudiar toda e qualquer forma de atos 
discriminatórios, assédio de qualquer natureza, trabalhoinfantil e análogo 
ao escravo e exploração sexual (BRADESCO, 2019).
Por fim, cabe destacar que a maioria dos bancos encontra-se atendendo 
as normas citadas durante todo o nosso estudo. É possível acessar no site 
de cada uma das instituições financeiras os resultados e os locais onde estes 
estão investindo nas questões socioambientais.
REFERÊNCIAS 
BANCO DO BRASIL. Protocolo verde. [2021c]. Disponível em: https://www.
bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/ProtocoloVerde.pdf. Acesso em: 17 abr. 2021.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
BANCO DO BRASIL. Relatório de Sustentabilidade. 2019. Disponível em: 
https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/sobre-nos/sustentabilidade#/. 
Acesso em: 17 abr. 2021.
BRADESCO. Relatório de Sustentabilidade. 2019. Disponível em: https://
banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/index.shtm. Acesso em 
16 abr. 2021.
BRAGA, C. O. S. Protocolo verde: as instituições financeiras e a promoção 
da sustentabilidade ambiental no Brasil. Recife: 168 folhas, 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 1988. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 3 abr. 2021.
BRASIL. Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Política Nacional do 
Meio Ambiente. 1981. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L6938compilada.htm. Acesso em: 13 mar. 2021.
BRASIL. Resolução CONAMA nº 237 de, 19 de dezembro de 1997. 1997. 
Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.
html. Acesso em 12 mar. 2021.
BRASIL. Resolução nº 4.327, de 25 de abril de 2014. 2014. Disponível em: 
https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2014/pdf/res_4327_v1_O.pdf. 
Acesso em: 3 abr. 2021.
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Relatório de Sustentabilidade. 2019. 
Disponível em: https://www.caixa.gov.br/sustentabilidade/Paginas/default.
aspx. Acesso em: 16 abr. 2021.
CHAVES, V. F.; SUMAR, C. C. A Responsabilidade Civil Ambiental das Instituições 
Financeiras. Revista Estação Científica – Centro Universitário Estácio de Juiz de 
Fora Edição Especial. In: VII Seminário de Pesquisa da Estácio e III Jornada de 
Científica da UNESA. 2° semestre – 2015. Disponível em: https://portal.estacio.
br/media/4622/a_responsabilidade_civil_ambiental_das_instituico%C2%B5es_
financeiras.pdf. Acesso em: 30 maio 2021. 
FEBRABAN. Guia prático para elaboração e implementação de política de 
responsabilidade socioambiental. 2015. Disponível em: https://cmsportal.
febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/GUIA%20PRATICO%20PRSA.pdf. 
Acesso em: 2 abr. 2021.
FEBRABAN. Normativo SARB 014/2014. 2014. Disponível em: http://cms.
autorregulacaobancaria.com.br/Arquivos/documentos/PDF/Normativo%20
014%20SITE.pdf. Acesso em: 2 abr. 2021.
CURSO LIVRE – ANÁLISE DE RISCO SOCIOAMBIENTAL NAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS
FEBRABAN. O sistema financeiro nacional e a economia verde: 
mensurando recursos financeiros alocados na Economia Verde. 2. ed. 2017. 
Disponível em: https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/
PDF/Mensurando_recursos%20FINAL%20PT.pdf. Acesso em: 13 abr. 2021.
GBR. Guia dos bancos responsáveis. 2021. Disponível em: https://
guiadosbancosresponsaveis.org.br/. Acesso em: 15 abr. 2021.
GUIMARÃES. G. L. E. Gerenciamento do risco socioambiental nas 
instituições financeiras bancárias no Brasil. 2015. Dissertação (Mestrado em 
Desenvolvimento Sustentável) - Centro de Desenvolvimento Sustentável da 
Universidade de Brasília, Brasília - DF.
TOSINI, M. F. C. Risco Ambiental para as Instituições financeiras. São Paulo: 
Annablume, 2006, p. 21-24.
UNEP-FI. Declaração UNEP-FI. 1992. Disponível em: https://www.unepfi.
org/about/unep-fi-statement/. Acesso em: 13 abr. 2021.

Outros materiais