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Diagnóstico por imagem - ABDOME

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Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 1
�
Aula 1) Métodos imagem e 
solicitação exames - Thaís 
Ribeiro Garcia
CONSIDERAÇÕES SOBRE SOLICITAÇÕES DE EXAMES DE 
IMAGEM
1. Escolha do método: escolher o método de imagem adequado para investigação 
da suspeita clínica levando em conta: faixa etária, exposição a radiação ionizante, 
contra-indicação à contraste iodado ou paramagnético.
2. Preenchimento do pedido médico: indicação clínica (colocar o raciocínio).
3. Aspectos éticos: É vedado ao médico: praticar concorrência desleal com outro 
médico; Deixar de fornecer a outro médico informações sobre o quadro clínico do 
paciente, desde que autorizado por este ou por seu representante legal.
MÉTODOS DE IMAGEM
Radiografia: método para avaliação inicial de abdome agudo;
USG: avaliação inicial de dor abdominal;
TC: avaliação de litíase urinária (TC sem contraste), abdome agudo, estadiamento 
de neoplasias;
PET-CT: dx, estadiamento e seguimento de neoplasias;
RM: caracterização de hepatopatias parenquimatosas e nódulos hepáticos, lesões 
adrenais, renais e outras.
TERMINOLOGIA USADA NA DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 2
1) RADIOLOGIA CONVENCIONAL:
Radiotransparente ou radioluscente (mais preto); Radiodensa ou radiopaca (mais 
branco).
2) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC):
Hipodensa (atenuação baixa e negativa); Hiperdensa; Isodensa; Densidade mista 
ou heterogênea; Se contraste: Hipercaptante/hipervascular; 
Hipocaptante/hipovascular.
3) USG:
Anecóico (bem preto); Hipoecóico/hipoecogênico; 
Ecogênico/hiperecóico/hiperecogênico (bem branco); Isoecóico/isoecogênico.
OBS: cálculos, calcificações, ossos e gases são ecogênicos com grande ↓ som, 
produzindo sombra acústica posterior.
4) RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM):
Isointensa; Hipointensa; Hiperintensa ⇒ P/ todas, devemos falar se é em T1 ou T2
OBS: Calcificações e gases, pelas propriedades físicas, produzem imagens que se 
caracterizam pela ausência de sinal.
RADIOGRAFIA SIMPLES
Indicações frequentes:
1. Pesquisa cálculo (pcte precisa fazer preparo intestinal prévio): 90% radiopacos, 
S=50%.
2. Avaliação incial dor abdominal: apesar informações limitadas, existem situações 
úteis: Suspeita clínica de obstrução intestinal; Suspeita AA perfurativo 
(pneumoperitôneo); Localização de corpo estranho ingerido.
Incidências:
Decúbito dorsal: avaliar distribuição gasosa; Ortostática: avaliar níveis líquidos; 
Decúbito lateral com raios horizontais: avaliação de pneumoperitôneo.
OBS: Avaliação abdome agudo (AA): 
solicitar sempre 3 posições: decúbito 
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 3
dorsal, posicionamento ortostático e 
radiografia do tórax (avaliar bases de 
pulmões pra ver se alguma patologia 
está ocasionando dor abdominal, como 
PNM em base de pulmão).
RADIOGRAFIA CONTRASTADA
Radiografia Esôfago, Estômago e 
duodeno (REED): É uma radiografia 
dinâmica em que o paciente deglute 
o contraste baritado. Avalia 
morfologia, dinâmica e elasticidade 
parietais.
Trânsito intestinal: Avalia 
morfologia, dinâmica e elasticidade 
parietais de alças delgadas. 
Constraste baritado. Indicações: DII 
(dça Crohn, retocolite ulcerativa), 
diarreia, constipação.
Enema/clister opaco: Avalia 
morfologia, dinâmica e elasticidade 
parietais do cólon. O contraste 
baritado é administrado via retal 
(injeta ar e contraste). Evita-se usar 
na diverticulite aguda, pois ↑ risco 
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 4
perfuração. Indicações: CA, tumores, 
colite, volvo, pólipos...
Urografia excretora: Avalia litíase, 
hidronefrose e malformações TU (o 
contraste iodado é administrado na 
veia).
Uretrocistografia miccional e 
retrógrada: avalia morfologia ureteral, 
capacidade e trabeculado vesical, refluxo 
vésico-ureteral (muito usado em crianças). 
Consiste na realização de radiografias 
durante a adm de contraste iodado pela 
uretra (fase retrógrada) e, 
posterioremente, após a bexiga cheia pelo 
contraste, durante o esvaziamento da 
bexiga (fase miccional).
ULTRASSONOGRAFIA (USG)
Indicações: Avaliação dor abdominal; AA; Método escolha p/ avaliação da vesícula 
biliar; Litíase urinária; Avaliação da próstata e vesículas seminais; Avaliação útero e 
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 5
anexos (USG transvaginal).
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)
Tomografia sem contraste: avaliação de litíase urinária, dor abdominal em 
pacientes com contra-indicação à injeção de meio de contraste.
Tomografia com contraste: avaliação de dor abdominal, trauma, estadiamento de 
neoplasias.
Tomografia com contraste trifásico: nesse caso temos as 3 fases (fase arterial, 
portal e excretora). Avaliação de lesões hepáticas focais.
Angiotomografia arterial/venosa: avaliação de aneurismas e estenoses 
vasculares.
Vesícula biliar com cálculos fazendo sombra 
acústica posterior e lama biliar (líquido mais 
espesso na parte baixa). Cálculo na parte proximal do ureter (seta 
branca). Tem hidronefrose, o que causa 
dilatação da pelve e dos cálices renais por 
obstrução do fluxo.
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 6
Esse paciente tem um fígado com esteatose 
(normal não é desse jeito). Na fase arterial (30 
segundos pós adm) temos contraste na aorta 
abdominal e vemos uma discrapância na 
relação cortico-medular renal (cores 
diferentes). Na portal (60 segundos pós adm) 
o contraste na aorta já não está tão brilhoso e 
o rim já está mais homogêneo quanto a cor. 
Na excretora (minutos após a adm), que é a 
fase mais tardia, o contraste já está mais no 
centro do rim (no sistema excretor).
Bolinha radiodensa distal no ureter, 
causando dilatação ereteral a montante e 
dilatação da pelve.
Essa seria uma fase portal. Parênquima renal 
foi dilacerado pelo trauma e não contrastou.
Sem contraste vemos nódulos hipodensos 
no fígado. Já na última fase vemos que os 
nódulos se encheram com o contraste (era 
um hemangioma hepático).
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 7
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)
Sem/com contraste paramagnético 
(gadolíneo): Uso em pacientes com 
contraindicação à realização de TC.
RM com contraste trifásico: Fase arterial, portal e excretora. Avaliação de lesões 
hepaticas focais.
Angioressonância: Avaliação de 
estenose da artéria renal e 
aneurismas de aorta, em pacientes 
com contra-indicação à TC
Na foto da esquerda só temos ateromatoses na parede do vaso, pela idade do paciente.
Nesse caso era um hemangioma hepático, o 
nódulo vai se enchendo de contraste com o 
avanço de cada fase.
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 8
ColangioRM: avaliação da árvore 
biliar.
De cima para baixo vemos a aorta abdominal, 
que se bifurca em ilíaca comum dos dois 
lados. A ilíaca comum se bifurca em ilíaca 
interna e externa.
Muito usada para vermos malformações e 
variações anatômicas das vias biliares. Mais 
acima (como se fosse galhos de árvores) 
seriam os ductos intra-hepáticos, que se 
juntam para formar o ducto hepático comum. 
Quando eles se juntam com o ducto cístico 
se torna o ducto hepatocolédoco. Esse 
último se insere no duodeno juntamente com 
o ducto pancreático. Nesse caso temos uma 
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 9
CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DE CONTRASTE IODADO
EFEITOS ADVERSOS: Nefropatia induzida por contraste (efeito tóxico direto nos rins); 
Reações anafiláticas/alergóides (choque, edema de laringe, broncoespasmo...); Crise 
tireotóxica; Interações medicamentosas (metformina) → quando o paciente usa 
metformina tem que suspender esse uso para poder fazer o contraste.
PROFILAXIA:
Temos ainda um questionário para saber possíveis problemas que possam 
contraindicar o uso do contraste pelo paciente:
bolinha preta no colédoco distal (um mini 
cálculo). Ele está causando uma dilatação do 
colédoco.
Aula 1) Métodos imageme solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 10
CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DE CONTRASTE 
PARAMAGNÉTICO
É o que usamos na RM. Ele é chamado de paramagnético ou gadolíneo.
EFEITOS ADVERSOS: Fibrose sistêmica 
nefrogênica (muito raro); Reações 
anafiláticas/alergóides (choque, edema 
de laringe, broncoespasmo...). Bem 
menos frequente do que o iodado.
Super incomum, mas quando acontece é em paciente com Insuficiência renal aguda 
(ClCr < 30ml/min). Causa edema e depois fibrose da pele (subcutâneo). Ela pode se 
extender para órgãos internos e levar a morte. Nunca houve nenhum caso no Brasil até 
o momento!!!
PROFILAXIA:
Aula 1) Métodos imagem e solicitação exames - Thaís Ribeiro Garcia 11
Agendar para coincidir com o dia da hemodiálise, caso o paciente seja dialítico. Assim, a diálise 
retira o contraste do paciente.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 1
�
Aula 2) Anatomia por imagem 
abdome e rotina avaliação RX - 
Thaís Ribeiro Garcia
RADIOGRAFIA SIMPLES
Incidências: Ortostatismo; Decúbito dorsal; Decúbito lateral com raios horizontais (boa 
p/ ver pneumoperitôneo).
❓O que podemos observar na radiografia simples?
Distribuição gasosa → calibre das alças de intestino delgado e grosso; presença 
de níveis hidro-aéreos;
Sombras renais → eixo e tamanho;
Linhas referenciais do abdome → psoas; linha de gordura pré-peritoneal;
Visceromegalias ou massas → fígado, baço; rechaço (descolamento) alças 
intestinais (algumas massas, p ex, podem empurrar os órgãos);
Gradil costal e partes ósseas → costelas, corpos vertebrais, tecido subcutâneo;
Calcificações patológicas → definir etiologia, anatomia radiográfica (saber de qual 
órgão se trata a calcificação).
Estômago: Sempre devemos observar. Se o paciente está em ortostase, veremos 
a bolha gástrica (nível hidroaéreo);
Intestino delgado: Comum observarmos 2 ou 3 alças de delgado sem distensão; 
Diâmetro máximo esperado é de 3 cm; Ocasionalmente observamos níveis 
hidroaéreos em 2 ou 3 alças.
Intestino grosso: Com frequência se observa gás no intestino grosso, sigmóide e 
reto; Não se observa nível hidroaéreo em alças de intestino grosso.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 2
❓Onde não se deve encontrar coleções gasosas? Sistema biliar, intraperitoneal ou 
paredes alças.
DISTRIBUIÇÃO GASOSA
A anatomia radiográfica das alças do intestino delgado é diferente da anatomia do cólon 
(ascendente, flexura hepática, transverso, flexura esplênica e descendente).
Observar que o normal é ver o gás no lúmen 
intestinal, e não na parede.
PNEUMATOSE INTESTINAL: Nesse caso 
temos ar dentro da parede do intestino, o que 
é patológico. É um sinal de sofrimento de 
alça. Por ex: enterocolite necrotizante.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 3
SINAL EMPILHAMENTO DE MOEDAS: Vemos 
incidência ortostática na direita e decúbito na 
esquerda. No decúbito vemos que as alças 
estão dilatadas (no intestino delgado), 
pensamos então em caso obstrutivo. Nesse 
caso pensamos em alças jejunais, pois as 
alças distendidas são mais superiores, se 
fosse mais inferior seria ileal.
Mesma paciente do caso anterior. Vemos que 
tem alças realmente dilatadas, mas as partes 
do íleo estão normais, o que confirma que a 
obstrução está de fato entre as alças jejunais 
e íleo.
Mesma paciente do caso anterior. No cólon 
descendente vemos que tem uma 
descontinuidade do gás, o que nos chama 
atenção para uma possível obstrução.
Mesma paciente do caso anterior. Vemos 
então que se tratava de um tumor (uma 
neoplasia colônica), o que bate com a 
história do paciente.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 4
� AA obstrutivo: dilata à montante (atrás) da obstrução e colaba à jusante 
(frente).
SOMBRAS RENAIS
Analisar: Observar eixo longitudinal dos rins (ver se não está rodado); Averiguar 
tamanho normal (10 a 13 cm); Procurar por calcificações que sugiram litíase;
Não é normal ver gás intraperitoneal, parede 
intestinal e nem no sistema porta. Nessa 
imagem acima vemos ramificações com ar no 
sistema porta na topografia do fígado (normal 
é todo branco). Nesse caso é um portograma 
com ar.
Pode ser por trauma, p ex (perfuração de 
víceras ocas). Há ar abaixo do diafragma lado 
D (cuidado pra não confundir, pois do lado E 
temos a bolha gástrica).
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 5
LINHAS REFERENCIAIS DO ABDOME
VISCEROMEGALIAS OU LESÕES EXPANSIVAS ABDOMINAIS
Analisar: ↑ vísceras abdominais; Massas radiopacas que podem traduzir neoplasias de 
vísceras ocas ou órgãos sólidos.
Do lado esquerdo é RX simples e do lado 
direito é urografia excretora. Temos um 
cálculo coraliforme (desenha os cálices) no 
RX. Na urografia avaliamos o eixo, tamanho e 
está tudo normal, nesse caso.
LINHA DO PSOAS. Do lado E é TC e D é RX 
simples. A referência que mais usamos é a 
do psoas. Na radiografia vemos uma 
interface entre a gordura e o músculo psoas 
(linha do psoas). Observamos também a linha 
pré peritoneal (entre musculo da parede 
abdominal e a gordura peritoneal).
Observando apenas o Raio x (da direita), 
vemos que do lado E a linha do psoas está 
visivel e do lado D não. Esse caso, o paciente 
estava com um quadro de apendicite, o que 
faz com que a gordura peritoneal perca a sua 
densidade normal (pelo processo de 
infiltração inflamatória), fazendo com que a 
linha do psoas não fique visível.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 6
PARTES ÓSSEAS
Na figura da E o fígado bastante aumentado, ele vai até a FID (toda área branca do lado direito, 
radiodensa). Na da D, o baço está aumentado, empurrando o estômago para medial.
Área branca radiopaca da flanco esquerdo. 
Era um lipossarcoma.
Suspeita de fecaloma. Não temos gás nas 
alças intestinais, além de que o calibre está 
bem aumentado.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 7
CALCIFICAÇÕES ABDOMINAIS PATOLÓGICAS
Analisar: Localização da calcificação; Perceber o padrão de calcificação apresentado; 
Inferir quais órgãos apresentam calcificações compatíveis.
Temos que observar: gradil costal, coluna vertebral, ossos da pelve. Nesse caso temos 
escoliose e osteófitos (são alterações degenerativas).
As vértebras estão muito radiodensas. Eram 
metástases de uma neoplasia prostática.
Vemos margens destrutivas nas asas ilíacas. 
Eram lesões líticas do mieloma múltiplo (na 
asa ilíaca direita).
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 8
Calcificação na fossa ilíaca direita. 
Apendicolito obstrui o apêndice cecal, 
levando a uma apendicite.
TC sem contraste: pancreatite crônica (que 
dá essas calcificações grosseiras).
COLELITÍASE
FLEBÓLITOS: Calcificações na pelve, geralmente 
bilaterais com centro radioluscente (diferentemente dos 
cálculo ureterais), mas que não tem significado clínico.
É dificil de ver nessa imagem, mas temos 
calcificações serpentinosas na pelve. 
Quando vemos calcificações nesse formato 
Olhando na sombra renal vemos imagens 
radiodensas, muitas calcificações. No USG 
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 9
suspeitamos de calcificações de vasos, 
nesse caso dos vasos ilíacos (ateromatosas).
vemos sombra acústica posterior (reforçando 
ser calcificação).
Calcificações na topografia dos rins.
Deposição Ca, delimitando cálices e medulas 
renais.
Bolinha de calcio, não está na sombra renal, 
mas no caminho ureteral esquerdo.
HPB com cálculo vesical.
Aula 2) Anatomia por imagem abdome e rotina avaliação RX - Thaís Ribeiro Garcia 10
� Sistematizar a análise da radiografia simples do abd da seguinte forma: Di, 
So, Li, Vi, Pa, Ca:
Distribuição gasosa;
Sombra renal;
Linhas referenciais;
Visceromegalias ou massas;
Partes ósseas;
Calcificações.
Ferimento por projétil de arma de fogo(PAF). Vemos que é mais radiodenso do que osso, pois 
trata-se de densidade de metal (são as esquírolas metálicas).
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 1
�
Aula 3) Abdome agudo 
inflamatório - Thaís Ribeiro 
Garcia
DEFINIÇÃO
Condição clínica de dor abdominal aguda, que pode ser extrema gravidade e que na 
maioria das vezes leva à intervenção imediata cirúrgica.
CLASSIFICAÇÃO
Inflamatório; Obstrutivo; Traumático; Vascular
INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS MÍNIMAS
RX tórax: procurar por patologias do tórax; melhor incidência na busca por 
pneumoperitônio
RX simples abdome decúbito dorsal: visualização padrão de distribuição gasosa; 
visualização das linhas referenciais; visualização de massas partes moles 
rechaçando alças
RX simples abdome ortostático: observação do padrão de níveis-hidroaéreos; 
busca por coleções de gás intraperitoneais
CAUSAS AA INFLAMATÓRIO
Apendicite aguda (principal); Colecistite aguda; Pancreatite aguda; Abscesso tubo 
ovariano; Abscessos intra-abdominais
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 2
ACHADOS RADIOLÓGICOS
Íleo segmentar (alça sentinela=alça próxima que se dilata) localizando o processo 
inflamatório
Borramento das linhas referenciais do abdome
Escoliose com concavidade voltada p/ o processo inflamatório
↑ opacidade abdominal proximal ao processo inflamatório
APENDICITE AGUDA
Achados radiológicos: Cálculo no apêndice (0,5-0,6cm); Alça sentinela → Íleo ou 
ceco dilatado; Borramento da linha do psoas e da linha de gordura pré-peritoneal; 
Quadrante inferior D borrado devido a líquido e edema; Escoliose com concavidade 
voltada p/ a D
Exemplo: F, 20a, dor FID, febre e vômitos
USG: Baixo custo; Operador dependente; S= 64,9-83%; Pode ser influenciada por: 
obesidade, tempo de evolução da dça, localização apêndice, doentes não 
colaborantes; Indicado em pctes magros e crianças
Os achados ao ultrassom são:
Estrutura tubular hipoecóica em fundo cego na fossa ilíaca direita; Calibre >7mm 
(ectasia/dilatado); Não compreensível; Paredes espessas (>3mm); ↑ ecogenicidade da 
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 3
gordura circunjacente (inflamação); Líquido livre; Sensação dolorosa causada pela 
compreensão da sonda. Se apêndice for retrocecal, não conseguimos ver pelo US
TC:
Alta sensibilidade e especificidade; Avaliação de outras causas de dor abdominal; 
Radiação ionizante; Indicado em casos de ecografia inconclusiva, obesos, etc..
Os achados tomográficos são:
Apêndice cecal dilatado (>7mm), c/ paredes espessas e captantes de contraste; 
Apendicolito; Densificação dos planos gordurosos adjacentes (inflamação); Líquido 
livre; Coleções
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 4
COLECISTITE AGUDA
Condição inflamatória da vesícula biliar, geralmente 
associado à obstrução do ducto cístico.
Causas:
Calculosa: cálculos biliares impactados
Exemplo de apendicite aguda com 
apendicolito.
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 5
Acalculosa: condições relacionadas à estase biliar como cirurgias, eventos 
cardíacos, trauma...
Anemia falciforme, Salmonela, HIV
Achados de imagem:
RX: gás ou cálculos na topografia da VB; distensão alças
ECOGRAFIA (US): exame de escolha (↑ S e E), distensão vesicular, cálculos, 
espessamento parietal, líquido perivesicular
TC: menor sensibilidade
PANCREATITE AGUDA ⇒ Clínica: dor abdominal em faixa
Há bactérias produtoras de gás (por isso o 
nome).
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 6
Condição inflamatória do pâncreas, caracterizada pela ativação de enzimas 
intrapancreáticas. Pode ser aguda ou crônica. Causas: Calculosa: cálculos impactados 
no colédoco distal; Alcóolica; HiperTG; Traumática
Achados de imagem:
RX: alça sentinela, sinal do cólon amputado
ECOGRAFIA: avaliar cálculos no colédoco e dilatação de vias biliares; menor 
sensibilidade p/ avaliação pancreática
TOMOGRAFIA: exame de escolha; ↑ volume pancreático; densificação do planos 
gordurosos peripancreáticos; necrose glandular (vista à TC com contraste); coleções e 
líquido livre. Se gás no pâncreas, sugere necrose infectada (CD=necrosectomia + 
carbapenêmicos)
COLANGIO-RM: avaliação ductal e de cálculos
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 7
DIPA (Doença Inflamatória Pélvica Aguda)
História clínica: M, jovem (<25a), com vida sexual ativa. Bactérias: Neisseria e 
Clamydia.
DIVERTICULITE AGUDA
Condição inflamatória que acontece como complicação da dça diverticular dos 
cólons/diverticulose (apenas a presença divertículos, sem microperfurações e 
inflamação). Os divertículos nada mais são que “bolsinhas” que se formam para fora da 
parede do cólon. Comum em pctes mais velhos, que se queixam de dor em FIE (”é a 
apendicite do lado E”), acometendo principalmente o sigmoide. 
Usamos classificação Hinchey. O tto é conservador se NÃO houver perfuração (graus 
0, I e II). Se graus III ou IV, a CD adequada é a cirurgia de Hartmann.
Achados imagem:
RX: gás livre intraperitoneal no caso de perfurações ou coleções localizadas de gás
TC: densificação da gordura circunjacente ao divertículo colônico
Sinal cólon amputado: corta na flexura esplênica. 
Deve-se à contração 2ª ao processo inflamatório 
pancreático.
Vemos opacidade pelve por inflamação.
Aula 3) Abdome agudo inflamatório - Thaís Ribeiro Garcia 8
CASOS MAIS RAROS ⇒ Comum em pctes com DM (bactérias 
produtoras de gás)
CISTITE ENFISEMATOSA
PIELONEFRITE ENFISEMATOSA
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 1
�
Aula 4) Abdome agudo 
obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia
ROTINA BÁSICA DE AVALIAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO AA OBSTRUTIVO
MECÂNICO: frequentemente são segmentares, com dilatação à montante da 
obstrução ⇒ Gástrico; Delgado; Grosso
FUNCIONAL: distensão difusa das alças intestinais (intra ou extra-abdominais). Ex.: 
Peritonite por apendicite
CAUSAS MECÂNICAS
CAUSAS DE AA OBSTRUTIVO: INTESTINO DELGADO
As causas de AA obstrutivo no intestino delgado são:
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 2
Bridas (principais); Hérnias (Spiegel, p ex); Malformações; Tumores; Emaranhado 
de Áscaris; Corpo estranho; Bezoares (comer cabelo); Cálculo biliar (íleo biliar)
Os achados radiológicos são:
Dilatação de alças de delgado; ↓ calibre das alças de intestino grosso; Presença de 
níveis hidroaéreos (acima de 2 ou 3)
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 3
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 4
CAUSAS DE AA obstrutivo: INTESTINO GROSSO
As causas de AA obstrutivo no intestino grosso são:
Tumores; Torções (volvo); Processos inflamatórios; Intussuscepção
Os achados radiológicos são:
Dilatação de alças do cólon c/ grandes acúmulos de gás
� Atenção: diâmetro de alça de cólon >9cm indica rotura iminente
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 5
CAUSAS FUNCIONAIS
� AA funcional NÃO é uma obstrução verdadeira!!!
Íleo localizado: Dilatação de alça de intestino delgado próxima a um processo 
inflamatório
Íleo reflexo (íleo difuso): Distensão difusa de alças devido a causa extra-abdominal 
(PNM, IAM, politrauma)
Íleo paralítico (íleo difuso): Distensão difusa de alças devido a causa intra-abdominal 
(DHE, apendicite, pancreatite, cólica nefrética, etc...
Sinal do grão de café ou U invertido ⇒ Volvo.
Intussuscepção: sinal do alvo (intestino 
grosso).
SINAL DA MAÇÃ MORDIDA: suspeita de malignidade.
Aula 4) Abdome agudo obstrutivo - Thaís Ribeiro Garcia 6
RESUMINDO...
Aula 5) Abdome agudo traumático, vascular e perfurativo - Thaís Ribeiro Garcia 1
�
Aula 5) Abdome agudo 
traumático, vascular e 
perfurativo - Thaís Ribeiro Garcia
ABDOME AGUDO TRAUMÁTICO
Conjunto de repercussões agudas clínico-cirúrgicas decorrente de trauma abdominal 
(fechado ou aberto) ⇒ 25% vítimas de trauma necessitarão de exploração abdominal
RADIOGRAFIA: não é o melhor exame para estudar vísceras (USG e TC)!!
Mostra gás intraperitoneal livre (pneumoperitônio); Fratura de arcos costais, vértebrasou bacia; Localiza PAF (projétil arma fogo) ⇒ Vemos a bala ou as espírulas metálicas 
(fragmentos de bala); Alterações da transparência abdominal sugerem possibilidade de 
líquido livre intra-abdominal 
📍 Menor sensibilidade na detecção de lesões.
USG:
Detecta líquido livre intra-abdominal e sinais de rotura de vísceras sólidas (baço e 
fígado)
📍 Examinador dependente; Limitada pelo gás no tubo digestivo e enfisema 
subcutâneo (faz sombra acústica posterior); Muito usado no PS (já que pcte instável 
não pode ir para TC).
TC: excelente para o AA traumático!! Precisa ter contraste, salvo contraindicações!!
Localiza traumatismos viscerais; Identifica líquido livre intra-abdominal e 
retroperitoneal; Identifica coleções gasosas livres intraperitoneais
📍 Necessidade de remover o pcte; Uso de contraste iodado; Pcte 
hemodinamicamente estável; Pcte tem que estar cooperativo.
ÓRGÃOS FREQUENTEMENTE LESIONADOS (por rotura):
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Diafragma ⇒ Nível hidroaéreo no tórax (indica que tem alça intestinal que 
ultrapassou o diafragma)
Fígado e Baço ⇒ Vísceras mais lesadas em traumas fechados
Rim
Víscera oca ⇒ mais frequente é o delgado
Bexiga / uretra
RX: fratura arco costal HD TC com contraste (fase portal): laceração 
lobo hepático D (geralmente começa na 
periferia para o centro). Escrever no laudo 
até onde se extende, se houve ou não 
acometimento de vasos, hematomas e 
coleções na cápsula de Glisson.
TC: laceração hepática ⇒ imagem alongada, 
hipodensa, partindo da periferia para o 
TC: laceração hepática importante ⇒ nesse 
caso, a laceração chegou até o hilo hepático. 
Além disso, há hematoma peri-hepático 
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centro. É hipoatenuante, mal definida e 
começa na periferia.
subcapsular (acometeu a cápsula de 
Glisson).
Fratura no 11º arco costal esquerdo.
Contraste oral x Venoso x Janela óssea, 
nessa ordem. Hematoma subcapsular e 
laceração esplênica. Temos também um 
derrame pleural.
Rotura do diafragma: herniação de conteúdo 
abdominal para o tórax E.
Tórax tomado por conteúdo intra-abdominal.
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BEXIGA: precisa de fase excretora da TC 
contrastada ⇒ Nota-se extravasamento de 
contraste para cavidade pélvica e para SC 
(por fístula).
PNEUMOPERITÔNIO: trauma de vísceras 
ocas.
PNEUMOPERITÔNIO IMPORTANTE (ar 
subfrênico) + SINAL DE RIGLER (conteúdo 
gasoso circundando as alças intestinais). SINAL DE RIGLER: pneumoperitônio 
importante, por trauma.
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ABDOME AGUDO VASCULAR ⇒ Aqui focaremos na isquemia 
mesentérica!!
ASPECTOS GERAIS:
Condição alta mortalidade (atenção especial com idosos); Dx extremamente difícil: dor 
abd sem sinais clássicos de irritação peritoneal; Arterial: trombótico ou embólico 
(coração, como FA); Venoso
ACHADOS DE IMAGEM:
RX: distensão gasosa fixa; pneumatose intestinal (ar dentro da parede intestinal) e 
gás no sistema porta ⇒ Sinais tardios da isquemia mesentérica (ar produzido pelas 
bactérias anaeróbias, produtoras de ar)
USG: demostração do trombo na VMS
TC com contraste: falha de enchimento (trombo dentro da artéria mesentérica); 
pneumatose intestinal; gás no sistema porta
ESPÍRULAS METÁLICAS: são esses 3 pontinhos bem radiopacos, resultantes do projétil de 
arma de fogo (PAF).
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No fígado podemos ter áreas com a mesma densidade do ar. Existem 2 opções:
Como está no sistema porta, eu chamo de AR NO SISTEMA PORTA ⇒ Ar é mais 
periférico
Se o ar estivesse no sistema biliar, eu chamo de AEROBILIA ⇒ Ar é mais central
Obstrução artéria mesentérica superior: 
grande distensão alças intestinais e níveis 
hidroaéreos.
Falha de enchimento dentro do vaso ⇒ 
TROMBO na a. mesentérica superior.
ALÇA COM SOFRIMENTO: parede intestinal 
espessada + líquido livre na cavidade.
1ª imagem) RX: dilatação importante difusa; 
2ª imagem) TC: ar no sistema porta e 
pneumatose intestinal (ocorre por bactérias 
anaeróbias produtoras de gás). 
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ABDOME AGUDO PERFURATIVO ⇒ Ruptura de víscera oca 
(úlcera perfurada).
� Suspeita de perfuração: Ar fora da cavidade + Líquido fora da cavidade.
Pneumoperitônio importante circundando as 
alças intestinais e órgãos abdominais.
Distensão alças abdominais. Na TC (2ª 
imagem) vemos a perfuração da parede, que 
ocorreu por um espinho de origem alimentar 
(espinho peixe). 
Líquido espesso (sangue) livre na pelve.

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