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Queixa-Crime (XVI EXAME)

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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
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QUEIXA-CRIME 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente assunto tem muita importância para a prática penal. Em virtude disso, 
inicialmente, será abordado a ação penal de forma ampla, adotando a classificação das 
ações penais quanto à titularidade do direito de ação para, posteriormente, ser 
ingressado na peça inicial acusatória da ação penal privada, que é a queixa-crime. 
 
2. AÇÃO PENAL PÚBLICA 
 
2.1. Ação penal pública incondicionada 
 
 A ação penal é o meio pelo qual se provoca o ente estatal através do exercício da 
jurisdição para solucionar uma lide composta por um conflito de interesses. Ou seja, o 
Estado NÃO vai atrás das lides, sendo a jurisdição penal inerte por natureza. 
 A ação penal pública incondicionada é aquela em que o Ministério Público é o 
titular do direito de ação e não necessita da manifestação de vontade de quem quer que 
seja para oferecer a denúncia, bastando, no caso concreto, a existência da justa causa, ou 
seja, prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria ou participação, e 
das demais condições da ação. 
 As provas nos dão certeza de que um fato ocorreu, já os indícios são indicativos 
acerca dos fatos. 
 A regra geral é a de que os crimes sejam motivadores de ação penal pública 
incondicionada, e quando a lei silenciar sobre o tipo de ação penal que o crime motiva a 
ação penal será pública incondicionada. Já para o crime ser motivador de ação penal 
pública condicionada ou ação penal privada deve haver expressa disposição legal, como 
bem elucida o art. 100 do Código Penal. 
 A denúncia é a peça inicial da ação penal pública incondicionada, procedida pelo 
MP, na regra geral (art. 46 do CPP), no prazo de 5 dias estando o réu preso e 15 dias 
estando o réu solto, porém o prazo é impróprio, não existindo preclusão para o 
 
 
 
 
 
 
 
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oferecimento da denúncia. Da mesma forma, o MP NÃO sofre decadência do direito de 
ação. 
 Ex: Imagine um homicídio simples, no qual o MP tem prazo de 5 dias ou 15 dias 
para oferecer denúncia e não a oferece no prazo legal, mesmo após o prazo, ainda que 
10 anos depois (desde que o crime não esteja prescrito), poderá ainda o MP oferecer a 
denúncia, pois o prazo não preclui e o MP não sofre decadência. 
 
 OBS.: Juiz não pode iniciar um processo de OFÍCIO, valendo salientar que o 
processo criminal instaura-se com o RECEBIMENTO da denúncia. Assim, não é o 
simples oferecimento da peça acusatória que faz surgir o processo, pois o juiz pode 
rejeitar a denúncia ou queixa ou recebê-la. 
 
 DICA MUITO IMPORTANTE: O entendimento dominante estabelece que não 
mais existe a obrigação do Ministério Público em denunciar, mas sim em manifestar-
se. Ou seja, ao ser comunicado formalmente da ocorrência de um delito, como por 
exemplo, pelo recebimento dos autos do inquérito policial, o Ministério Público deverá 
manifestar-se, formando o que chamamos de opinio delicti. 
 
 Assim, recebidos os autos de inquérito ou outras peças de informação, o MP 
DEVERÁ oferecer denúncia OU devolver os autos à delegacia para a continuidade das 
investigações OU requerer o arquivamento. 
 
2.2. Ação penal pública condicionada 
 
 A ação penal pública será condicionada nas hipóteses expressamente previstas 
em lei, existindo duas modalidades, quais sejam, ação penal condicionada à requisição 
do Ministro da Justiça ou à representação do ofendido. Elas serão devidamente 
analisadas a seguir. 
 
a) Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Hoje as hipóteses desta ação são muito poucas e se restringem às seguintes 
situações: 
• Crimes praticados contra a honra do Presidente da República ou Chefe de 
Governo Estrangeiro (art. 141, I, c/c, art. 145, parágrafo único, CP) 
• Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. (art. 7º, § 3º, 
b, CP) 
 
 OBS.: Se o crime for de ação penal condicionada à requisição do Ministro da 
Justiça, sem o requerimento desta autoridade não existe ação, sendo tal requerimento 
uma condição específica de procedibilidade. Porém, vale lembrar que o requerimento 
não obriga a propositura da ação penal. Além disso, tal requerimento é irretratável, ou 
seja, o Ministro da Justiça não é obrigado a oferecer o requerimento, mas oferecendo 
não caberá retratação. Vale ressaltar, também, que não existe prazo para o Ministro 
ingressar com o requerimento, ele pode ingressar a qualquer tempo desde que não tenha 
ocorrido a prescrição criminal. 
 
 b) Ação penal pública condicionada à representação do ofendido. 
 
 Neste tipo de ação penal o promotor de justiça só poderá oferecer denúncia se 
houver a representação do ofendido, funcionando esta, também, como uma condição 
específica de procedibilidade. Esta representação, vale lembrar, é uma manifestação de 
vontade do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de que seja o fato objeto 
de processo. 
 A representação é despida de maiores rigores formais, podendo ser feita 
oralmente ou por escrito perante a autoridade policial, o órgão do Ministério Público ou 
o juiz, nos termos do art. 39 do CPP. 
 Porém, uma vez feita a representação o Ministério Público não está obrigado a 
oferecer denúncia, pois devem estar presentes as demais condições e requisitos para a 
propositura da ação penal, dentre os quais a justa causa. O que obriga o MP ao 
oferecimento da denúncia é a presença de todas as condições da ação. 
 Além disso, o ofendido não está obrigado a representar, porém se ele for 
representar deve fazê-lo no prazo decadencial de 6 meses contados do conhecimento 
 
 
 
 
 
 
 
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da autoria do delito, nos termos do art. 38 do Código de Processo Penal. Ou seja, a 
representação deverá ser procedida no prazo de seis meses a contar do momento em que 
o querelante souber quem foi o autor da prática delitiva. Não sendo oferecida a 
representação dentro do prazo de seis meses contados da data em que se soube quem era 
o autor do fato (regra geral), a decadência implicará na extinção da punibilidade em 
favor do agente, na forma do art. 107, IV do Código Penal. 
 
 ATENÇÃO! Se a vítima for menor de idade, e o seu representante legal não 
oferecer a queixa crime ou a representação, quando a vítima completar os 18 anos ela 
terá seis meses, a partir daquela data (dos seus 18 anos) para exercer o direito. 
 
 O mesmo ocorre quando os interesses do representado são conflitantes com os 
interesses do representante, abrindo o prazo de 6 meses para o curador especial a partir 
da data de sua nomeação (art. 33 do CPP). 
 
 OBS.: Lembre-se que o prazo decadencial é considerado pela doutrina como um 
prazo próprio, sendo de grande importância a diferenciação entre prazo próprio e prazo 
impróprio: 
 
Prazo Próprio – são os que sofrem preclusão, como os decadenciais. 
Ex. exercício do direito de representação. 
 
Prazo Impróprio – são aqueles que não sofrem preclusão. 
Ex. prazo para oferecer a denúncia pelo MP. 
 
 DICA! Deve-se estar atento à análise sobre se o prazo é PROCESSUAL PENAL 
ou PENAL, uma vez que a contagem dos mesmos se dá de forma distinta. 
 
 Contagem de prazosPROCESSUAIS PENAIS, aos quais se aplica o art. 798 do 
CPP: 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos 
e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia 
feriado. 
§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, 
porém, o do vencimento. 
§ 2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo 
escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida 
aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr. 
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-
se-á prorrogado até o dia útil imediato. 
§ 4º Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, 
força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária. 
§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a) da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela 
estiver presente a parte; 
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca 
da sentença ou despacho. 
 
 Contagem de prazos PENAIS, com aplicação do art. 10 do CP: 
 
Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-
se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 
 
 OBS.: A contagem dos prazos de PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA, PRISÃO E 
CUMPRIMENTO DE PENA é feita na forma do art. 10 do CP, são, portanto, 
prazos penais! E devemos incluir o dia do início e excluir o dia do final. Da mesma 
forma, não importa se o primeiro e o último dia é ou não útil, isso não faz 
diferença. 
 Exemplo: Imagine que em um crime de ação penal privada, a vítima tenha 
tomado conhecimento da autoria do fato no dia 24 de dezembro de 2012, portanto, um 
feriado forense. O fato se ser feriado não importa, pois como o prazo decadencial é um 
 
 
 
 
 
 
 
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prazo penal, o dia do início é incluído e não importa se é útil ou não. Assim, o primeiro 
dia é o próprio dia 24/12/2012. A queixa tem que ser oferecida dentro do prazo 
decadencial de seis meses (art. 38 do CPP). 
 Contando-se 6 meses a partir de 24/12/2012 observamos o seguinte: 
janeiro = 1 mês 
fevereiro = 2 meses 
março = 3 meses 
abril = 4 meses 
maio = 5 meses 
junho = 6 meses 
 
 Ou seja, o prazo decadencial vencerá em junho de 2013. Como a vítima 
conheceu da autoria em 24/12/2012, completam-se 6 meses em 23/06/2013 (porque 
devemos contar os seis meses e excluir o dia do final). 
 O problema é que dia 23/06/2013 cai em um domingo, e o prazo decadencial não 
se prorroga, assim, a queixa terá que ser oferecida até a sexta-feira anterior, dia 21, 
pois se for oferecida na segunda já terá ocorrido a decadência do direito de queixa. 
 
 DICA! Natureza jurídica da representação e da requisição nos crimes de ação penal 
pública condicionada: 
 
 Nas infrações de ação penal pública condicionada, o Ministério Público somente 
poderá oferecer a denúncia se presente, além das condições genéricas para o exercício 
do direito de ação, mais um requisito, consistente na representação do ofendido (ação 
penal pública condicionada à representação) ou na requisição do Ministro da Justiça 
(ação penal pública condicionada à requisição). 
 Assim, representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça são 
condições específicas de procedibilidade. 
 A representação do ofendido nada mais é que uma manifestação inequívoca de 
vontade, que independe de maiores formalidades, podendo ser extraída, por exemplo de 
um simples depoimento da vítima em sede policial. 
 
 
 
 
 
 
 
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 A representação, da mesma forma que a queixa-crime nas infrações de ação 
penal privada, sujeita-se ao prazo decadencial de 6 meses previsto no art. 38 do CPP, 
que deve ser contado a partir da data em que a vítima vem a saber quem foi o autor do 
fato. 
 A representação é retratável até o oferecimento da denúncia, sendo ainda 
possível a retratação da retratação, desde que dentro do prazo decadencial de 6 meses, 
ressalvadas as hipóteses de infrações de menor potencial ofensivo quando, por força do 
parágrafo único do art. 74 da Lei 9.099/95, a composição civil dos danos levaria à 
renúncia ao direito de representação e, para muitos, extinção da punibilidade. 
 A requisição do Ministro da Justiça, no entanto, é irretratável e não se sujeita a 
prazo decadencial, conforme entendimento doutrinário dominante. Outrossim, devemos 
lembrar que nem a representação, nem a requisição do Ministro da Justiça, vinculam o 
Ministério Público, que formará a opinio delicti em razão da presença ou ausência das 
condições da ação. 
 Outra característica da representação é a de que ela é retratável, ou seja, a pessoa 
pode representar e depois voltar atrás. A retratação da representação, na regra geral, não 
carece de fundamentação, inclusive, é possível a retratação da retratação. Entretanto, 
como bem elucida o art. 25 do CPP, pode haver a retratação até o oferecimento da 
denúncia. Logo, a representação do ofendido é irretratável depois do oferecimento da 
denúncia. 
 Por fim, ainda em relação ao tema representação, vale elucidar que esta somente 
poderá ser oferecida pelo: 
 
• Ofendido 
• Representante legal – age em nome da vítima que é viva, porém incapaz. 
• Sucessor processual – se o ofendido for falecido ou declarado ausente por decisão 
judicial, a substituição ou sucessão processual segue a regra do CADI (Cônjuge, 
Ascendente, Descendente e Irmão). 
 
 Depois de oferecida a representação deve haver justa causa para que o MP possa 
oferecer a denúncia, ou seja, deve haver prova da materialidade do crime e indícios 
 
 
 
 
 
 
 
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suficientes de autoria ou participação para que, após a representação, o MP possa 
oferecer a denúncia. 
 Justa Causa é a existência de lastro ou suporte probatório mínimo (prova da 
existência do crime e indícios suficientes de autoria) extraído de peças de informação, 
de forma a se evitar uma acusação temerária. Sobre a justa causa: 
 
Não nos parece correta a afirmação de que para a sua 
admissibilidade basta que a denúncia esteja lastreada em prova da 
autoria e materialidade. Se examinarmos tais elementos ao nível da 
dogmática Penal, vamos constatar que autoria e materialidade não 
chegam sequer a configurar um juízo de tipicidade, na medida em que 
as normas Penais incriminadoras têm outros elementos essenciais, quer 
subjetivos, descritivos ou normativos. 
(…) Não basta que, formalmente, a denúncia (…) impute ao réu 
uma conduta típica, ilícita e culpável. Isto satisfaz o aspecto formal da 
peça acusatória, mas para o regular exercício da ação pública se exige 
que os fatos ali narrados tenham alguma ressonância na prova do 
inquérito ou constante das peças de informação. Em outras palavras, a 
acusação não pode resultar de um ato de fé ou de adivinhação do autor 
da ação penal. Tudo que de essencial ele descrever na denúncia deve 
estar respaldado na prova do inquérito, ainda que de forma frágil ou 
incompleta. (JARDIM, Afrânio Silva. Direito Processual Penal. 
Estudos e Pareceres. 11ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002. pp. 97-8) 
 
3. AÇÃO PENAL PRIVADA 
 
3.1. Queixa-crime 
 
 Em certos casos previstosem lei, a publicidade inerente aos atos processuais de 
alguns crimes seria mais prejudicial do que o próprio fato ou ainda que a própria 
impunidade do agressor, por esta razão, por critérios de política criminal, existe a ação 
penal privada, tendo como titular o particular ofendido. 
 
 
 
 
 
 
 
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 A queixa-crime é a peça inicial da ação penal privada, promovida pelo ofendido 
ou por quem tenha qualidade para representá-lo. Caso o ofendido venha a falecer, ou 
seja declarado ausente por decisão judicial, o direito de queixa será transmitido a seus 
sucessores processuais, seguindo a sequência do CADI (cônjuge, ascendente, 
descendente e irmão), nos termos do art. 31 do Código de Processo Penal. 
 Por se tratar de uma petição inicial em matéria criminal, deve conter todos os 
requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, também exigidos no oferecimento da 
denúncia, ou seja, imputação do crime, pedido de condenação, qualificação do acusado 
e, quando necessário, rol de testemunhas. 
 No que se refere ao prazo da queixa-crime, salvo expressa previsão legal em 
contrário, a queixa deverá ser oferecida no prazo de seis meses a contar do momento 
que o ofendido tomou ciência da autoria do delito, sob pena de decadência (art. 38 do 
CPP). Ou seja, a queixa-crime possui prazo próprio para ser oferecida, existindo o prazo 
decadencial de 6 meses a contar do momento em que a vítima toma ciência da autoria 
do delito. 
 Os crimes que preveem ação penal privada estão expressamente previstos em lei. 
Quando o Código for silente, o crime será de ação penal pública incondicionada. 
 A queixa-crime é peça privativa de advogado e tem 2 características 
elementares: 
 
• Não obrigatoriedade ou discricionariedade – a vítima move a queixa-crime se quiser, 
pode haver, inclusive, a renúncia ao direito de queixa de forma expressa ou tácita contra 
todos os ofensores. A isto se dá o nome de oportunidade ou conveniência, princípio 
regente da ação penal privada. 
 
• Indivisibilidade – a queixa é indivisível, ou seja, a queixa contra qualquer um dos 
autores do crime obrigará o processo contra todos. Caso exista renúncia ao direito de 
queixa em relação a um dos autores do delito, esta renúncia se estenderá a todos (arts. 
48 e 49 do CPP). 
 
 OBS.: A ação penal privada é discricionária na propositura e também discricionária 
durante o processo. Por isso, após oferecida a queixa-crime, a vítima poderá desistir da 
 
 
 
 
 
 
 
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pretensão deduzida, ou seja, poderá desistir do processo, e poderá fazê-lo através do 
perdão ou através da perempção. 
 
 É importante lembrar que o perdão do ofendido também goza de 
indivisibilidade, pois o perdão oferecido a um dos autores do delito, a todos se 
estenderá. Todavia o perdão configura-se como ato bilateral, pois o acusado deve aceitá-
lo. Existindo uma pluralidade de acusados, caso um ou alguns deles não aceitem o 
perdão ofertado, o processo seguirá contra estes, mas será extinto em favor dos que 
acataram o perdão. O perdão do ofendido, da mesma forma que a perempção, funciona 
como causa extintiva de punibilidade. 
 
3.2. Modalidades de ação penal privada 
 
 Existem as seguintes modalidades de ação penal privada: 
 
 a) Propriamente dita ou exclusiva – é aquela que, desde o início, o crime 
procede-se mediante queixa e está previsto expressamente no tipo penal. Este tipo de 
ação penal privada pode ser proposta pela vítima, representante legal ou sucessor 
processual. 
 
 b) Personalíssima – é aquela que não admite representação legal, nem 
substituição processual. Só quem pode mover a ação privada é a vítima. Só existe um 
crime motivador de ação penal personalíssima que é o induzimento a erro essencial ou 
ocultação de impedimento para o casamento (art. 236 do Código Penal). Este crime 
ocorre nos casos em que um dos cônjuges casa com outrem sem prestar uma informação 
essencial, havendo o induzimento a um erro essencial. Neste caso, SOMENTE o 
cônjuge que tenha sido ofendido é que pode propor a ação. Para esta ação penal, há uma 
condição específica, a anulação do referido casamento. 
 
 c) Alternativa ou Secundária – manifesta-se nos crimes contra a honra de 
servidor público em razão das funções que estes exercem. Nestes crimes existem duas 
 
 
 
 
 
 
 
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ações penais possíveis, ação penal pública condicionada à representação ou ação penal 
privada. 
 
 OBS.: A ação penal alternativa ou secundária possui, inclusive, expressão na 
jurisprudência do STF, haja vista a Súmula 714 que prevê a legitimidade concorrente do 
ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do 
ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do 
exercício de suas funções. 
 
 d) Privada subsidiária da pública – inicialmente deve-se estar diante de uma 
hipótese em que originalmente o crime era de ação penal pública, podendo ser 
incondicionada ou condicionada, no qual o Ministério Público nada fez, quedou-se 
inerte. Sabemos que o MP é regido pelo princípio da obrigatoriedade, o que significa 
que deverá, recebendo os autos de inquérito ou outras peças de informação, manifestar-
se, formando a opinio delicti, decidindo pelo oferecimento da denúncia, devolução dos 
autos à delegacia ou requerer o arquivamento. A inércia do MP não é compatível com o 
princípio da obrigatoriedade que rege a ação penal pública e, por isso, ficando ele inerte, 
ou seja, quando não apresenta nenhum tipo de manifestação no prazo legal (art. 46 do 
CPP), será possível o oferecimento, por parte da vítima, da queixa subsidiária. 
 
 LEMBRE-SE: não será cabível a ação penal privada subsidiária da pública caso o 
MP se manifeste, assim, se o MP oferecer denúncia, requerer o arquivamento ou 
devolver os autos do inquérito para a delegacia não será possível o oferecimento da 
queixa subsidiária. 
 
 A queixa subsidiária pode ser intentada por representante legal (no caso de 
vítima menor ou incapaz a qualquer título) ou pelo sucessor processual (em caso de 
morte da vítima), valendo ressaltar que a figura do sucessor deve respeitar a ordem 
prevista no art. 31 do CPP (CADI: cônjuge, ascendente, descendente, irmão). 
 
 Ressalte-se que qualquer dos agentes tem legitimidade para propor a referida a 
ação e, comparecendo mais de uma pessoa com direito de queixa, aplica-se o constante 
 
 
 
 
 
 
 
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no art. 36 do Código de Processo Penal, sendo a ordem de preferência, mas não uma 
ordem de vontades. 
 
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de 
queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais 
próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, 
entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante 
desista da instância ou a abandone. 
 
 Sobre a sucessão processual: 
 
(…) caso o ofendido morra ou seja considerado ausente por 
decisão judicial, autoriza a lei que familiares (parentesco biológico ou 
civil) prossigam no intuito de ajuizar ação penal contra o agressor ou 
dar continuidade, caso ela já tenha sido proposta. O rol deste artigo é 
taxativoe segue exatamente a ordem dada: em primeiro lugar, o 
cônjuge, passando, em seguida, ao ascendente, descendente e irmão. 
Em caso de omissão de um ou recusa, o legitimado seguinte pode optar 
pela propositura da ação. Havendo discordância, prevalece o intuito 
daquele que pretende ingressar em juízo. (NUCCI, Guilherme de 
Souza. Código de processo penal comentado. – 13ª ed. rev. e ampl. – 
Rio de Janeiro: Forense, 2014. p. 123) 
 
 OBS.: Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP intervirá em todos os 
termos do processo, podendo ainda, na forma do art. 29 do CPP, propor prova, recorrer 
de decisões interlocutórias, repudiar a queixa e oferecer denúncia substitutiva, aditar a 
queixa (hipótese na qual se formará um litisconsórcio ativo, no qual o MP atuará como 
assistente litisconsorcial), ou ainda, em caso de negligência do ofendido, retomar a ação 
como parte principal. Mas o que seria a “negligência” que autorizaria o MP a “retomar a 
ação”? Em crimes de ação penal pública não existe possibilidade de perdão ou de 
perempção, portanto, negligência seria tentar dar margem a qualquer um destes 
 
 
 
 
 
 
 
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institutos, incompatíveis com crimes de ação penal pública. Nestes casos, o MP 
reassume o polo ativo da ação e a vítima é excluída da relação processual. 
 
 DICAS!!! Vale ressaltar que não existe perempção nas ações penais privadas 
subsidiárias da pública, já que esta hipótese de causa extintiva de punibilidade é 
exclusiva para as ações penais que são essencialmente privadas. 
 
 A queixa subsidiária possui prazo de 6 meses a partir do momento que findar o 
prazo de manifestação do Ministério Público e houver inércia deste. 
 Oferecida a queixa subsidiária, o Ministério Público poderá aditar a queixa, 
repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, 
fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência 
do querelante, retomar a ação como parte principal, tudo em conformidade com o art. 29 
do Código de Processo Penal. 
 
 OBS.: Cuidado com o instituto do perdão do ofendido, o mesmo acarreta extinção 
da punibilidade, mas não gera responsabilidade penal do agente. É uma decisão “de 
mérito”, mas não “com mérito”. Significa dizer que a decisão, embora faça coisa 
julgada material, não reconhece a responsabilidade penal do indivíduo, pois o juiz não 
está condenando nem absolvendo. O juiz não chegou a apreciar o pedido. O processo 
apenas é extinto e é também extinta a punibilidade, na forma do art. 107, V, CP. 
 
 Em relação ao perdão, lembre-se: 
 Não cabe perdão na ação penal privada subsidiária da pública. 
 O perdão é indivisível – o perdão oferecido para um estende-se aos demais, com 
fundamento no art. 51 do Código de Processo Penal. 
 É ato bilateral – o perdão só vai existir se houver anuência do querelado, 
portanto, ele tem que ser aceito. Por isso, quando o perdão é oferecido a um dos 
querelados, a oferta se estenderá a todos, mas somente produzirá efeitos em relação aos 
que o aceitarem. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Havendo pluralidade de querelados e um deles não aceitar o perdão, o processo 
se extingue para aqueles que o aceitaram, mas continuará para os demais, com 
fundamento no art. 51 do Código de Processo Penal. 
 
 OBS.: Perempção. O art. 60 do CPP é um artigo importantíssimo no assunto 
relacionado à ação penal privada, e traz as hipóteses de perempção (que também 
acarreta a extinção do processo e da punibilidade sem que se caracterize qualquer 
análise da responsabilidade do agente). Da mesma forma que no caso do perdão, não 
cabe perempção em hipótese de ação penal privada subsidiária da pública, tendo em 
vista que o crime é de ação penal pública. Na ação penal privada o querelante é que 
tem que adotar as diligências para o andamento processual, caso não adote, pode haver a 
perempção. 
 
 Vale salientar que a perempção deve ser decretada pelo juiz, e pode ocorrer nas 
seguintes hipóteses, todas trazidas pelo art. 60 do CPP: 
 
1ª) Se o querelante deixar de dar andamento aos atos processuais por 30 dias 
seguidos. 
2ª) Se o querelante morrer e não aparecer quem tenha qualidade para sucedê-lo 
em 60 dias. 
3ª) Se o querelante deixar de comparecer sem justificativa aos atos processuais. 
4ª) Se o querelante deixar de formular pedido de condenação nas alegações 
finais ou memoriais. 
5ª) Em sendo o querelante pessoa jurídica esta se extinguir sem deixar 
sucessores. 
 
4. ROL DE CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA E AÇÃO PENAL PÚBLICA 
CONDICIONADA 
 
4.1. Crimes de ação penal privada no Código Penal 
 
4.1.1. Crimes contra a honra 
 
 
 
 
 
 
 
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• Calúnia (Art. 138) 
• Difamação (Art. 139) 
• Injúria (Art. 140) 
 
 ATENÇÃO: 
• Injúria real é crime de ação penal pública (havendo discussão acerca da 
necessidade ou não de representação) (art. 145, caput, do CP) 
• Injúria contra o Presidente da República é crime de ação penal pública 
condicionada à requisição do Ministro da Justiça (art. 145, parágrafo único, do CP) 
• Crime contra a honra de servidor público no exercício das funções é crime de ação 
penal pública condicionada à representação, devendo ser observada a súmula 714 
do STF (art. 145, parágrafo único, do CP) 
 
4.1.2. Usurpação de propriedade particular (observar o § 3º do art. 161) 
• Alteração de limites (Art. 161 caput) 
• Usurpação de águas (Art. 161 inc. I) 
• Esbulho possessório (Art. 161 inc. II) 
 
4.1.3. Crimes contra o patrimônio 
 
 a) Do Dano 
• Dano (Art. 163) (na modalidade simples – Art. 163, caput) 
• Dano qualificado por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima 
(Art. 163, IV) 
• Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia (Art. 164) 
 
 b) Fraude à Execução (Art. 179) 
 
4.1.4. Dos crimes contra a propriedade imaterial 
• Violação de direito autoral (Art. 184 caput) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ATENÇÃO: Os §§ 1º e 2º do art. 184 são crimes de ação penal pública 
incondicionada e o § 3º de ação penal pública condicionada à representação. 
 
4.1.5. Dos crimes contra o casamento 
• Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento (Art. 236) 
 
 ATENÇÃO: é o único crime de ação penal privada personalíssima (que não admite 
representante legal ou sucessor processual) 
 
4.1.6. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 
• Exercício arbitrário das próprias razões (Art. 345) (salvo se há emprego de violência) 
 
4.2. CRIMES DE AÇÃO PENAL PRIVADA NA LEGISLAÇÃO 
EXTRAVAGANTE 
 
4.2.1. Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. (Regula direitos e obrigações relativos à 
propriedade industrial). 
 
 ATENÇÃO: Os crimes contra a propriedade industrial São de ação penal privada, 
salvo na hipótese do art. 191 da Lei nº 9.279/96, em que a ação penal será pública. 
 
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa induzir em 
erro ou confusão, armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais, 
estrangeiros ou internacionais, sem a necessária autorização, no todo 
ou em parte, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, 
insígnia ou sinal de propaganda,ou usar essas reproduções ou 
imitações com fins econômicos. 
 
4.3. CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA NO CÓDIGO 
PENAL 
 
4.3.1. Dos crimes contra a pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
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• Lesão corporal leve e culposa (Art. 129, caput, por força do disposto no art. 88 da Lei 
nº 9.099/95) 
 
 ATENÇÃO: Exceção: Lesão corporal em violência doméstica e familiar contra a 
mulher é crime de ação penal pública incondicionada. Decisão proferida pelo STF no 
julgamento da ADC 19 e ADI 4424. 
 
• Perigo de contágio venéreo (Art. 130) 
 
4.3.2. Crimes contra a honra 
 
• Calúnia (Art. 138 – somente quando praticado contra servidor público no exercício de 
suas funções, por força do parágrafo único do art. 145) 
• Difamação (Art. 139 – somente quando praticado contra servidor público no exercício 
de suas funções, por força do parágrafo único do art. 145) 
• Injúria (Art. 140 – somente quando praticado contra servidor público no exercício de 
suas funções, por força do parágrafo único do art. 145) 
 
 ATENÇÃO: Em regra, esses crimes são de ação penal privada, mas existem 
exceções. 
 
 Injúria racial (art. 140, § 3º) é crime de ação penal pública condicionada à 
representação do ofendido. 
 Na Injúria real, quando da violência resultado lesão corporal, o entendimento é o 
de que se aplica o art. 88 da Lei 9.099/95, exigindo-se a representação. 
 
4.3.3. Crimes contra a liberdade pessoal 
• Ameaça (Art. 147) 
 
4.3.4. DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DE 
CORRESPONDÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
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• Violação de correspondência (Art. 151 – em regra são crimes de ação penal 
condicionada a representação, com exceção de quem instala ou utiliza estação ou 
aparelho radioelétrico, sem disposição de disposição legal, bem como se o agente 
comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radielétrico ou 
telefônico, de acordo com o § 4º do art. 151) 
• Correspondência comercial (Art. 152) 
 
4.3.5. Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos 
• Divulgação de segredo (Art. 153 – em regra somente se procede mediante 
representação, salvo quando resultar prejuízo para a Administração Pública, neste caso a 
ação penal será incondicionada de acordo com o § 2º do art. 153). 
• Violação do segredo profissional (Art. 154) 
 
4.3.6. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
 A) Furto de coisa comum (Art. 156) 
 
 ATENÇÃO: Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não 
excede a quota a que tem direito o agente, de acordo com o § 2º do art. 156. 
 
 B) Do estelionato e outras fraudes 
• Outras fraudes (Art. 176 – Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, 
conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena, de acordo com o parágrafo único). 
 
 ATENÇÃO: Nos crimes contra o patrimônio, previstos no Título II, somente se 
procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em 
prejuízo: do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; de irmão, legítimo ou 
ilegítimo; de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita, de acordo com o art. 172, 
salvo se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave 
ameaça ou violência à pessoa, bem como não se aplica ao estranho que participa do 
crime e se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) 
anos, de acordo com o art. 183, I, II e III. Isso é chamado de Escusas absolutórias. 
 
 
 
 
 
 
 
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4.3.7. DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL 
• Violação de direito autoral quando praticada através de cabo, fibra ótica, satélite, 
ondas etc, o crime será de ação penal pública condicionada à representação (Art. 184, § 
3º, c/c art. 186, IV, do CP) 
 
 ATENÇÃO: Quando a violação for de fonograma ou videograma (art. 184, §§ 1º e 
2º), o crime é de ação pública incondicionada (art. 186, II, do CP). 
 
4.3.8. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
• Estupro (Art. 213) 
• Violação sexual mediante fraude (Art. 215) 
• Assédio sexual (Art. 216-A) 
 
 ATENÇÃO: 
• Estupro praticado contra menor de 18 anos ou vulnerável é de ação pública 
incondicionada (art. 225, parágrafo único, do CP) 
• Estupro praticado mediante violência real é crime de ação pública incondicionada 
(Súmula 608 do STF) 
 
5. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES PARA O OFERECIMENTO DA QUEIXA 
CRIME 
 No que se refere ao prazo da queixa-crime, salvo expressa previsão legal em 
contrário, a queixa deverá ser oferecida no prazo de seis meses a contar do momento 
que o ofendido tomou ciência da autoria do delito, sob pena de decadência (Art. 38 do 
CPP c/c art. 103 do CP). Ou seja, a queixa-crime possui prazo próprio para ser 
oferecida, existindo o prazo decadencial de 6 meses a contar do momento em que a 
vítima toma ciência da autoria do delito. 
 O oferecimento de queixa crime dependerá da observância de uma série de 
requisitos: 
 
5.1. A competência para o processo e julgamento 
 
 
 
 
 
 
 
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 Os crimes de ação penal privada têm foro de eleição, o que significa dizer que a 
competência territorial é de escolha do ofendido quando do oferecimento da queixa. A 
vítima/ofendido poderá escolher entre oferecer a queixa no lugar da infração ou no 
domicílio do réu (art. 73 do CPP). 
 Quanto à competência em razão da natureza da infração, os crimes de ação penal 
privada são hoje, em maioria, infrações com pena máxima de até dois anos, portanto, é 
muito provável a competência dos Juizados Especiais Criminais. 
 Mas CUIDADO! Provável não significa necessário! Para o oferecimento da 
queixa-crime, será necessário verificarmos a pena máxima do crime praticado, e do qual 
será acusado o querelado, e, em sendo esta de até dois anos (inclusive) a competência 
será do juizado especial criminal do local em que foi praticada a infração (art. 63 da Lei 
nº 9.099/95). 
 Mas se a infração tiver pena máxima superior a dois anos, ou se forem dois ou 
mais crimes cujas penas somadas ultrapassem o patamar de dois anos, a competência 
será de uma das Varas Criminais da Comarca em que se consumou a infração (art. 70 do 
CPP) ou do domicílio do réu, que, como dito, é foro de eleição na ação penal privada 
(art. 73 do CPP). 
 Lembre-se ainda que pode ocorrer um crime de ação penal privada no âmbito da 
violência doméstica e familiar contra a mulher, e, neste caso, a competência será dos 
Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
 Da definição da competência dependerá o endereçamento de sua queixa. 
 
5.2. A legitimidade para o exercício do direito de queixa 
 
 Reparem que o legitimado para o exercício do direito de queixa é a vítima, que 
pode ou não ser plenamente capaz. Para o oferecimento da queixa é preciso que a vítima 
possua 18 (dezoito) anos, pois o CPP trabalha com idade cronológica. Se a vítima for 
menor de 18 ou incapaz, a queixa deverá ser oferecida através do seu representante 
legal. Da mesma forma, é possível que a vítima tenha falecido. Neste caso, o direito de 
queixa passará a um dos sucessores. 
 
 
 
 
 
 
 
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 Ao elaborar a queixa devemos também estar atentos à legitimidade “ad causam” 
e ad processum, bem como à possibilidade da sucessão processual do art. 31 do CPP. 
 
 Assim: 
 
 Caso seja a própria vítima a oferecer a queixa: 
 
 NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira 
de identidade nº_____, inscrito no CPF sob o nº_____, residência e domicílio, por seu 
advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em 
conformidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência 
oferecer… 
 Em caso de vítima menor ou por outro motivo incapaz: 
 NOME DA VÍTIMA, menor (ou incapaz), neste ato representada por NOME 
DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº_____, inscrito no CPF sob o nº_____, residência e domicílio, 
por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em 
anexo, em conformidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa 
Excelência oferecer… 
 
 Caso seja um dos sucessores (CADI) a oferecer a queixa: 
 
 NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº____, inscrito no CPF sob o nº___, residência e domicílio, por 
seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, 
em conformidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa 
Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo Penal, oferecer… 
 
 ou 
 
 NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº____, inscrito no CPF sob o nº___, residência e domicílio, por 
 
 
 
 
 
 
 
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seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, 
em conformidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa 
Excelência oferecer… 
 
 (NESTE CASO, ANTES DOS FATOS INCLUIR UMA PRELIMINAR 
EXPLICANDO QUE A VÍTIMA MORREU E QUE O QUERELANTE OFERECE A 
QUEIXA NA FORMA DO ART. 31 DO CPP.) 
 
6. ESTRUTURA DA QUEIXA-CRIME 
 
 
Endereçamento: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _______________________ (Regra Geral) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE _____________________ (Crimes 
tutelados pela Lei nº 9099\95 – crimes de pequeno poder ofensivo) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO 
DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA 
COMARCA DE _______________________ (Crimes e Violência Doméstica e 
Familiar contra a Mulher) 
 
Identificação do Querelante e do Querelado 
 
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, 
portador da Cédula de Identidade número _______________, expedida pela 
________________ inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda 
sob o número ___________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo 
assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem oferecer 
QUEIXA-CRIME 
com base nos artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal e art. 100, § 2º do 
Código Penal, contra NOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula 
de Identidade número ____________, expedida pela ______ inscrito no Cadastro de 
Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, 
residência e domicílio, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
1. Dos Fatos 
2. Mérito 
Demonstrar o “animus” do agente (a intenção); Indicar que a conduta do 
querelado configura o crime de ação penal privada, mencionando o crime 
nominalmente, o artigo de lei e eventuais agravantes, qualificadoras ou demais 
 
 
 
 
 
 
 
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causas de aumento de pena, caso existam; 
Demonstrar que a conduta do agente adequa-se inequivocamente a tipificação 
feita; 
3. Do Pedido 
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência 
que seja recebida a presente queixa-crime contra ___________________ (indicar 
querelado ou querelados), incurso nas penas do artigo ________________________ 
(indicar artigo tipificado e suas possíveis combinações), a fim de que seja instaurada 
contra ele a competente ação penal privada, requerendo desde já a sua citação e que 
sejam oportunamente intimadas e inquiridas as testemunhas do rol abaixo, para que ao 
final o Querelado possa ser condenado. 
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Termos em que, ouvido o ilustre representante 
do Ministério Público, pede deferimento. 
 
Comarca, Data 
Advogado 
 
Rol de testemunhas: 
1 – 
2 – 
3 – 
 
 
 NOVAMENTE! DICAS MUITO IMPORTANTES 
 
• Em se tratando de ação penal privada subsidiária da pública deve-se fundamentar a 
apresentação da queixa-crime com base nos art. 29, 41 e 44 do CPP c/c o art. 100, § 3º 
do CP; 
• Existindo mais de um querelado, deve-se fazer a identificação de todos; 
• Quando se tratar da elaboração de uma queixa-crime, devemos estar atentos a 
peculiaridades nos procedimentos dos crimes contra honra e dos juizados especiais 
criminais. Portanto, devemos também verificar se a hipótese seria da competência da 
vara criminal ou do juizado especial criminal. 
• ASSIM, para o endereçamento devemos verificar se o crime é infração de menor 
potencial ofensivo: 
 
• Em caso positivo, endereçar ao EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA 
__________________ 
 
 
 
 
 
 
 
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• Em caso negativo, endereçar ao EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________ 
• Em caso de concurso material de duas ou mais infrações de menor potencial ofensivo, 
verificar o somatório das penas máximas dos crimes e, caso o total ultrapasse DOIS 
anos, a competência será da Vara Criminal. 
 
 IMPORTANTES OBSERVAÇÕES QUANTO AO PEDIDO: 
 Se a queixa foi oferecida perante o JECrim, o procedimento será o da Lei nº 
9.099/95. 
 Consequentemente, deve ser observado se já ocorreu a audiência preliminar 
ou não. 
 Caso a audiência preliminar já tenha ocorrido, e não tenha havido 
conciliação, o pedido a ser formulado é o tradicional, ou seja: 
 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. … 
 Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
 ATENÇÃO: ESTE MESMO PEDIDO ACIMA (QUE CHAMAMOS DE 
TRADICIONAL) DEVERÁ SER UTILIZADO NO CASO DE UMA QUEIXA-
CRIME OFERECIDA PERANTE A VARA CRIMINAL, EM CRIME DIVERSO 
DO CRIME CONTRA A HONRA. 
 
 Para crimes contra a honra há um pedido específico, que será visto mais a frente. 
 Caso a audiência preliminar ainda não tenha ocorrido: 
 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência 
preliminar, na forma do artigo 72 da Lei nº 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedidopara condenar o querelado 
como incurso nas penas do art. … 
 
 
 
 
 
 
 
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 Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
 TRATANDO-SE DE CRIME CONTRA A HONRA, a queixa poderá ser 
oferecida tanto no JECrim como na Vara Criminal, dependendo da pena da 
conduta imputada. 
 Contudo, crimes contra a honra dependem sempre de uma audiência de 
conciliação prévia, prevista no art. 520 do CPP. 
 Como nos Juizados o próprio procedimento contempla um momento para 
conciliação, esta necessidade já é, de certa forma, suprida. 
 Mas, se a queixa está sendo oferecida perante uma Vara Criminal, onde 
será adotado o rito sumário, deve-se formular o pedido da seguinte forma: 
 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de 
conciliação, na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de 
impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para 
responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para 
condenar o querelado como incurso nas penas do art. … 
 Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
 OBSERVAÇÕES: 
 
• A oitiva do MP não precisaria ser requerida, mas pode ser incluída. 
• É também possível o requerimento de fixação do valor mínimo de indenização 
pelo juiz sentenciante, na forma do art. 387, IV, do CPP. 
• É também possível o pedido de condenação dos querelados nas custas e demais 
despesas do processo. 
 
7. MODELOS DE QUEIXA-CRIME 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA PERANTE OS 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, APÓS A AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA ___________ 
 
NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº _______________, inscrito no CPF sob o nº 
________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, 
conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 
do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma dos artigos 30 e 41 do 
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de ______________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
___________, inscrito no CPF sob o nº____________, residência e domicílio, pelos 
fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE 
SEU REPRESENTANTE LEGAL, PERANTE OS JUIZADOS 
ESPECIAIS CRIMINAIS, APÓS A AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO ESPECIAL 
CRIMINAL DA COMARCA _______________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO 
REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de 
 
 
 
 
 
 
 
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identidade nº _____________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, 
§ 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _______________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade 
número ___________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e domicílio, 
pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA 
FALECIDA, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS 
CRIMINAIS, APÓS A AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _______________ 
 
 
NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de 
identidade nº ___________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo Penal, na forma dos 
 
 
 
 
 
 
 
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28 
artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _____________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
___________, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e domicílio, pelos fatos 
e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA 
VÍTIMA, faleceu na data ___________, não havendo tempo hábil para o exercício do 
seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _______________ (indicar se 
cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma 
do art. 31 do Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA 
PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, 
ANTES DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _______________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidadenº _______________, inscrito no CPF sob o nº 
_______________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, 
conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVI EXAME DE ORDEM – 2ª FASE 
Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
29 
do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do 
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _______________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade 
número _____________, inscrito no CPF sob o nº _____________, residência e 
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na 
forma do artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, 
requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ação 
penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso 
nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE 
SEU REPRESENTANTE LEGAL, PERANTE OS JUIZADOS 
ESPECIAIS CRIMINAIS, ANTES DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _______________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME 
DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº ___________, inscrito no CPF sob o nº ___________, 
residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com 
poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo 
Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, 
 
 
 
 
 
 
 
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30 
e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de ________________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade 
número _____________, inscrito no CPF sob o nº _____________, residência e 
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na 
forma do artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, 
requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ação 
penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso 
nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA 
FALECIDA, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS 
CRIMINAIS, ANTES DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _____ JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _______________ 
 
 
NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de 
identidade nº ___________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo Penal, na forma dos 
artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
31 
em face de _________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
___________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e domicílio, pelos 
fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA 
VÍTIMA, faleceu na data ___________, não havendo tempo hábil para o exercício do 
seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _______________ (indicar se 
cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma 
do art. 31 do Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na 
forma do artigo 72 da Lei 9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, 
requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos da ação 
penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso 
nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PERANTE A VARA CRIMINAL 
 
(o mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de 
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o 
endereçamento) 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
32 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº _________, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, 
§ 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, 
inscrito no CPF sob o nº__, residência e domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos 
a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, 
ATRAVÉS DE SEUREPRESENTANTE LEGAL: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME 
DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, 
profissão, portador da carteira de identidade nº _____________, inscrito no CPF sob o 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
33 
nº ____________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme 
procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do 
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do 
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de __________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
__________, inscrito no CPF sob o nº __________, residência e domicílio, pelos fatos 
e fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de 
identidade nº _______, inscrito no CPF sob o nº _______, residência e domicílio, por 
seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, 
em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, 
na forma do art. 31 do Código de Processo Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do 
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
_________, inscrito no CPF sob o nº __________, residência e domicílio, pelos fatos e 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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34 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA 
VÍTIMA, faleceu na data ________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu 
direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar se cônjuge ou 
companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma do art. 31 
do Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o 
querelado para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o 
pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PERANTE A VARA 
CRIMINAL EM CASO DE CRIMES CONTRA A HONRA 
 
(o mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de 
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o 
endereçamento) 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
35 
NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº ___________, inscrito no CPF sob o nº __________, 
residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com 
poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo 
Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, 
e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
_________, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e domicílio, pelos fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, 
na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o 
querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, 
ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME 
DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº _________, inscrito no CPF sob o nº __________, residência 
e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 
36 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, 
§ 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ______, 
inscrito no CPF sob o nº ________, residência e domicílio, pelos fatos e fundamentos 
jurídicos a seguir expostos. 
1. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
2. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
3. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, 
na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o 
querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSORDA VÍTIMA FALECIDA: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de 
identidade nº _________, inscrito no CPF sob o nº ___________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo Penal, na forma dos 
artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME 
em face de _________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
_________, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e domicílio, pelos fatos e 
 
 
 
 
 
 
 
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fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA 
VÍTIMA, faleceu na data _______, não havendo tempo hábil para o exercício do seu 
direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, ________ (indicar se cônjuge ou 
companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma do art. 31 
do Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, 
na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o 
querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
 Lembre-se que, neste caso, estamos diante de um crime de ação penal pública no 
qual o Ministério Público descumpriu o prazo do art. 46 do CPP, permanecendo inerte. 
Assim, surge para a vítima a oportunidade de oferecer a queixa-crime subsidiária. 
 Referida queixa-crime subsidiária poderá ser oferecida perante a Vara Criminal, 
o Tribunal do Júri, os Juizados Especiais Criminais, ou mesmo o Juizado de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher, dependendo do crime praticado e da 
competência para o seu processo e julgamento. Assim, você deve estar atento à possível 
diferença no endereçamento. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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38 
 Os exemplos abaixo referem-se a uma queixa-crime subsidiária oferecida 
perante a Vara Criminal. 
 
QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº ___________, inscrito no CPF sob o nº __________, 
residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com 
poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo 
Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 29 e 41 do Código de Processo Penal, 
e art. 100, § 3º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA 
em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
_________, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e domicílio, pelos fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infração de ação 
penal pública verifica-se que o Ministério Público recebeu as peças de informação em 
___/___/_____, sendo certo que permanece inerte até a presente data. Assim, possui o 
ora querelante legitimidade para o oferecimento da presente queixa subsidiária, 
conforme arts. 5º, LIX, da Constituição Federal, 100, § 3º, do Código Penal e 29, do 
Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, 
na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o 
querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 
Rol de testemunhas: 
1. 
2. 
3. 
 
QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, 
ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
 
 
NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME 
DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº ______, inscrito no CPF sob o nº _________, residência e 
domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes 
especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem 
a Vossa Excelência, na forma artigos 29 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, 
§ 3º do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA 
em face de ___________, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número 
_________, inscrito no CPF sob o nº __________, residência e domicílio, pelos fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
1. Da Preliminar 
Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infração de ação 
penal pública verifica-se que o Ministério Público recebeu as peças de informação em 
___/___/_____, sendo certo que permanece inerte até a presente data. Assim, possui o 
ora querelante legitimidade para o oferecimento da presente queixa subsidiária, 
conforme arts. 5º, LIX, da Constituição Federal, 100, § 3º, do Código Penal e 29, do 
Código de Processo Penal. 
2. Dos Fatos 
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal 
privada. 
3. Do Direito 
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta. 
4. Do Pedido 
DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, 
na forma do artigo 520 do Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de 
conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos 
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o 
querelado como incurso nas penas do art. …. 
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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40 
Comarca, data. 
Advogado, OAB. 
 
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