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Enfermidades Infecciosas Associadas a Transtornos Reprodutivos em Suínos - Laravet.studies

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 O sucesso na criação de suínos está baseado na 
saúde e na reprodução dos animais. 
 A reprodução é considerada um dos pontos mais 
críticos da suinocultura e exige cuidados e assistência 
constantes para garantir o sucesso em todo ciclo 
produtivo. 
 Enfermidades associadas à distúrbios reprodutivos 
resultam em severo impacto econômico. 
 Anestro; 
 Retorno ao estro; 
 Mortalidade embrionária e fetal (de origem 
infecciosa ou não infecciosa). 
 A mortalidade embrionária ocorre até os 35 dias de 
gestação: 
 Resulta em absorção dos embriões. 
 A mortalidade fetal ocorre após os 35 dias de 
gestação, quando já se iniciou a ossificação dos 
conceptos. 
 Dos 35 até os 90 dias: fetos mumificados; 
macerados 
 Após os 90 dias: natimortos. 
A maioria dos problemas que evolvem as falhas reprodutivas 
na criação de suínos é de natureza infecciosa
 
 
(contemplada no PNSS – Brasil, 2009): 
 
 Causa grandes perdas econômicas: 
 Morbidade alta - entre 50 a 80%; 
 
: perda da libido, aborto, 
endometrite, orquite e infertilidade; 
 Repercussão no comércio internacional - está 
inclusa na lista da Organização Mundial de Saúde 
Animal (OIE, 2014). 
 Consequências sanitárias graves - importante 
. 
 Bovinos, suínos, caprinos, ovinos, homem, cães e até 
animais marinhos (focas, golfinhos, baleias e leões 
marinhos). 
 Bactérias do gênero Brucella da família Brucellaceae 
 Pertencem à classe Proteobacteria, são gram-
negativas, intracelulares facultativas, imóveis e não 
esporuladas. 
 
 Suínos - Brucella suis - ocorre também em outras 
espécies animais. 
 É subdividida em 5 sorotipos, sendo que o suíno é o 
hospedeiro mais freqüente para os sorotipos 1 e 3. 
A B. abortus também pode infectar os suínos, 
porém é menos patogênica 
 Brucella suis induz a inflamação crônica dos órgãos 
reprodutivos. 
 A brucelose está associada à infertilidade e ao 
aumento da taxa de mortalidade de leitões, podendo 
alcançar índices de até 80%. 
 A mortalidade é insignificante em animais adultos. 
No entanto, porcas e varrões perdem seu valor 
podendo ser descartados devido à esterilidade. 
 Suínos podem apresentar B. suis nas 
@Laravet.studies 
 
 
 
 
 Varia de 5 a 60 dias 
 Mais frequentemente entre 1 a 2 meses , 
dependendo da via de infecção, suscetibilidade do 
animal e carga bacteriana. 
 Pode haver alta taxa de mortalidade durante o 
primeiro mês de vida; 
 Em alguns casos, verifica-se a morte dos leitões mais 
fracos durante as horas iniciais após o parto. 
 Retorno ao cio tardio: após a cobertura ou 
inseminação, haverá um retorno ao cio tardio, entre 
5 à 8 semanas 
 no momento de não 
formação óssea em média, aos 35 dias de gestação. 
Porém, pode ocorrer em qualquer período da 
gestação; 
 
 Irregularidade no ciclo estral por endometrite: 
 Podem apresentar baixa concepção; . 
 
 purulento e/ou 
sanguinolento. 
 - inflamação dos testículos uni ou bilateral 
com a contaminação do sêmen - , 
seguida de esterilidade.
 Ocasionalmente pode ocorrer incoordenação, 
claudicação e paralisia dos posteriores, artrite e 
osteomielite.
 A taxa de recuperação de machos é baixa e, uma 
vez infectados, perpetuam a doença no plantel.
 Os suínos infectados apresentam 
, sendo que os 
sinais clínicos podem ser transitórios e a morte é de 
rara ocorrência. 
 
(formas horizontal e vertical) 
 Através do contato com sêmen contaminado ou 
restos fetais; 
 Ingestão de alimentos ou água contaminados por 
descargas vulvares, ou pela ingestão de fetos 
abortados e membranas fetais; 
 Da fêmea para o feto. 
 Digestiva e genital. 
 Conjuntiva e nasal 
Histórico, sinais e sintomas e exames laboratoriais 
 Isolamento: cultivo a partir de gânglios linfáticos 
mandibulares, gastrohepático e ilíaco externo, de 
fetos abortados e seus envoltórios, corrimentos 
vaginais e epidídimo. 
 PCR 
 Sorologia: 
 Aglutinação rápida em placa; 
 Soroaglutinação lenta; 
 2-Beta Mercaptoetanol; 
 AAT (Prova do Antígeno Acidificado 
Tamponado) - Card test (prova com antígeno 
acidificado) – Teste de Rosa Bengala; 
 Elisa 
 (obrigatório 
sacrificar o animal)
 antimicrobianos não são eficientes para a 
eliminação de B. suis e da condição de portador. 
 Vacina capaz de imunizar suínos contra B. suis: 
nenhuma foi efetiva; 
 Vacinas contra B.abortus não apresentam bons 
resultados no controle da brucelose suína; 
 Devem ser feitas as 
, já que 
disponível para a Brucella suis; 
 Granja com alta prevalência deve promover o 
sacrifício de todos os suínos, com limpeza, 
desinfecção e vazio sanitário (repopulação só após 6 
meses); 
 Em áreas endêmicas, deve ser realizada a sorologia a 
cada 3 meses; não endêmicas, 6 meses; 
 A granja deve possuir uma quarentena para os 
reprodutores vindos de fora; 
 Granjas certificadas (compra de sêmen); 
 : atenção à sanidade dos 
reprodutores e à localização da Central de IA. 
O plantel é considerado livre de brucelose suína quando 
possui assistência veterinária oficial além do atestado de 
animais livres de brucelose por três anos consecutivos. 
A doença é considerada ocupacional em humanos: 
 Pessoas que trabalham com manipulação de animais 
infectados e seus tecidos, em especial os granjeiros, 
veterinários, trabalhadores de matadouros e 
laboratoristas. 
 
 Por : inalação de bactérias 
em ambientes contaminados; 
 Pela : ingestão de alimentos 
contaminados 
 É conhecida como Febre de Malta, Febre Ondulante, 
Febre do Mediterrâneo ou Doença das Mil Faces nos 
humanos. 
 início agudo ou insidioso, caracterizado 
por febre contínua, intermitente, de duração 
variável, fadiga, perda de peso, dor de cabeça, 
anorexia e sudorese profusa. A endocardite brucélica 
e a neurobrucelose causa a maioria das mortes. 
 Uso de equipamentos de proteção individual; 
 Afastamento do abate de animais 
sorologicamente infectados 
 O que não ocorre no abate clandestino: exposição 
constante e contato direto com animais, seus órgãos, 
carcaças e distribuição ao consumo de carnes sem 
fiscalização sanitária, expondo os consumidores a 
doenças. 
Devido a falta de vacina para humanos, o desafio atual e 
permanente é erradicar a brucelose animal. Para tanto é necessário 
a fiscalização e vigilância sanitária nos animais. 
Parvovirose suína: 
, presente em granjas comerciais em todos os 
continentes; 
 Descrita como uma das causas mais importante de 
; 
 Não é zoonose. 
 DNA não envelopado da família Parvoviridae. 
 Parvovírus Suíno (PVS ou do inglês PPV - 
Porcine Parvovirus) 
 a solventes de gorduras, como éter e 
detergente. 
 Os sinais de falhas reprodutivas podem ser diversos. 
 Presença de 
: 
 Essa mumificação irá ocorrer em diferentes 
estágios de desenvolvimento, devido à 
disseminação lateral e lenta 
 Irá expelir os fetos mumificados ou ocorrerá a 
absorção 
 : atraso da 
data do parto de no mínimo 1 semana. 
 : o tempo 
entre o parto de um leitão e outro é, em média, de 
15 minutos; quando a fêmea está contaminada, o 
intervalo passa para 30 à 40 minutos; 
 
 Distúrbios em fêmeas primíparas; 
 pode ocorrer caso haja a 
absorção de todos os embriões. 
 
 
 
 A fêmea irá parir no máximo 6 leitões, sendo que 
o normal são, em média, 12 leitões viáveis. 
 
 Os reprodutores não apresentam sinais clínicos, 
porém, quando infectados, disseminam vírus para as 
fêmeas via monta natural ou inseminação artificial, 
além da eliminação do vírus por fezes e secreções 
 Transmitem para as fêmeas 
 A eliminação do vírus se dá pelas 
 até 2 semanas após a infecção 
 Pelo sêmen e nas baias pode resistir por até 4 
meses. 
(formas horizontal e vertical) 
 Através da ingestão da placenta durante o parto, 
por contato oronasal com fezes e secreções 
contaminadas, por sêmen e secreções vaginais 
contaminados. 
 Da mãe para a leitegada via intrauterinaObservação dos sinais e sintomas reprodutivos, além de 
exames laboratoriais 
 : presença de útero com fetos 
mumificados, com necrose focal, fetos com edema, 
hemorragia ou dilatação de vasos sanguíneos da 
superfície. 
 
 Será feito o isolamento a partir de fetos 
mumificados, envoltórios fetais e útero de fêmeas 
abatidas mantidas em refrigeração. 
 Imunoflorescência direta, HA (Hemaglutinação), HI 
(Inibição de Hemaglutinação), PCR (Reação em 
Cadeia da Polimerase) e Elisa (Ensaio de 
Imunossorvente Ligado a Enzima) 
 : não há como diferenciar animais positivos por 
infecção natural dos animais positivos por vacinação 
nos exames sorológicos. Se os animais foram 
vacinados, enviar fetos e natimortos, para que seja 
pesquisada a presença do vírus. 
 
 para outras 
enfermidades que podem comprometer o sistema 
reprodutivo: 
 Como Peste Suína Clássica, Leptospirose, Doença 
de Aujeszky, Brucelose... 
 (mas não é 
obrigatório sacrificar o animal)
 : ideal que seja feita com 30 dias de 
antecedência da introdução para a reprodução para, 
assim, prevenir problemas desde o primeiro parto; 
 Cuidado com a introdução de novos animais; 
 : a literatura indica promover contato 
entre fêmeas mais velhas e recém- introduzidas 
antes da reprodução. 
 
Leptospirose: causada 
por uma Espiroqueta aeróbica - Faz parte do PNSS 
 Caracterizada principalmente por queda na taxa de 
concepção e transtornos reprodutivos como 
; 
 Causa importante prejuízo econômico em todas as 
partes do mundo; 
 Saúde pública: é 
 Bovinos, suínos e cães, por ex., podem adoecer e 
transmitir a leptospirose ao homem. 
 Diferentes sorovares de espiroquetas 
morfologicamente e fisiologicamente semelhantes, 
porém antigênica e epidemiologicamente distintos. 
 No Brasil, o agente mais comum em suínos é a 
Leptospira pomona. - 
 Os roedores e animais silvestres atuam como 
portadores das leptospiras 
 
 
 Nos suínos mais velhos a infecção é assintomática 
(sinais reprodutivos) 
 Sinais e sintomas inespecíficos como febre, icterícia, 
anorexia e hemoglobinúria. 
 Os leitões podem apresentar anemia, hemorragias 
petequiais e sufusões subserosas e submucosas, 
esplenomegalia, fígado aumentado de volume e com 
áreas amareladas irregulares, rins congestos, 
aumentados de volume, com hemorragias corticais e 
com focos necróticos acinzentados. Também podem 
apresentar hemorragias petequiais no epicárdio e 
endocárdio. Os linfonodos podem se apresentar 
edematosos. 
 Durante a fase de aleitamento: encefalite 
 Incoordenação motora e acessos convulsivos com 
movimentos de pedalagem 
 A maioria dos casos não causam icterícia; 
 Morte fetal: ocorre geralmente no terço-final da 
gestação; 
 Natimortos: o animal é bem conformado e estava 
aguardando pelo momento do parto, entretanto, 
devido ao contato com o vírus, o mesmo enfraquece 
e morre antes de ser paridos; 
 Leitões fracos: morrem poucas horas após o 
nascimento; 
 Nefrite intersticial: rins com focos brancos 
acinzentados de 1 à 3 mm na área cortical; 
 Lesões no fígado: necrose de hepatócitos e infiltração 
de células inflamatórias. 
 Lesões em fetos, natimortos e leitões doentes: irão 
apresentar edema generalizado e presença de liquido 
sanguinolento nas cavidades. 
(formas horizontal e vertical) 
 
 (intermitente), da mãe para o feto 
 Penetração ativa da leptospira pela mucosa (ocular, 
digestiva, respiratória e genital), pele 
 contato de forma direta ou indireta 
com urina de animal infectado. A porta de entrada 
habitual é a pele íntegra ou não, a mucosa oral, nasal 
e conjuntival. Inalação também pode resultar em 
infecção pelo trato respiratório. Há raras descrições 
de infecção após mordida de animal (cães). 
 Rara frequência: transmissão por contato com sangue, 
tecidos e órgãos de animais infectados, transmissão 
acidental em laboratórios e ingestão de água ou alimentos 
contaminados. A transmissão entre humanos é muito rara e 
de pouca relevância epidemiológica. 
 : febre alta, mal-estar, dor muscular, 
olhos vermelhos, tosse, cansaço, náuseas, diarreia, 
manchas vermelhas no corpo, hemorragia pulmonar, 
meningite, icterícia, i. renal e etc. 
 : cultivo de leptospira à partir de 
fetos ou urina (lembrar que a urina é intermitente, 
então corre o risco de pegar uma amostra onde não 
há o agente, mas não significa que o animal não está 
contaminado); 
 : aglutinação do soro 
 (apenas com leitura de cultura e 
antibiograma). 
 Tem por objetivo principal conter a bacteremia e 
seus efeitos nos animais clinicamente afetados, 
bem como reduzir a eliminação do agente via 
urina, sêmen e secreção vaginal dos animais 
acometidos pela. 
Estreptomicina, penicilina G, ampicilina, amoxicilina, eritromicina 
e fluoroquinolonas 
 
 Granjas certificadas (livres ou controladas), 
controle de roedores, evitar a contaminação das 
fontes de água por animais portadores, isolar e 
tratar os animais infectados; 
 O sorovar Pomona pode persistir até seis meses 
em solos saturados de umidade; 
 
 A vacina é aplicada em fêmeas antes da 
cobertura, em leitões após o desmame e em 
machos adultos (nos últimos, a cada seis meses). 
Os títulos de anticorpos resultantes da vacinação não são altos, o que 
leva a sugerir que a vacinação deve ser repetida a cada seis meses.

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