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Diuréticos: Tipos e Indicações

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Nathália Souza 
São fármacos que aumentam o volume urinário, estimulando a excreção de água e íons, como sódio, potássio e cloreto. Diuréticos
Os diuréticos diminuem a volemia e aumentam a diurese e a osmolaridade do filtrado. 
Agentes que aumentam o débito urinário (taxa do fluxo de urina). Aumento da eliminação de Na+ e água do organismo. 
· Vai diminuir o retorno venoso.
· Diminuir a volemia. 
· Diminui o volume sistólico. 
· Diminui o debito cardíaco. 
· Aumento da eliminação de sódio e água do organismo. 
Utilizado para 
- Hipertensão arterial sistêmica, 
- Emergência hipertensiva,
- Insuficiência cardíaca aguda e crônica,
- Síndrome nefrótica,
- Cirrose hepática.
Existem diversas subclasses: 
· Diuréticos de alça: os principais representantes são os fármacos Furosemida (Lasix é o nome comercial) e Bumetanida.Co-transporte de Na+, K+ e Cl-. No ramo ascendente da alça de Henle vamos ter a inibição do transportador de sódio, potássio e cloreto. Vai diminuir 25% da absorção de sódio, e consequentemente de Cl- e de K+, essa inibição da reabsorção faz com que esses íons puxem água.
 O seu local de ação é no ramo ascendente da alça de Henle. Eles são diuréticos potentes, ou seja, conseguem excretar até 25% do aumento da excreção de sódio. Além disso, são diuréticos de alto limiar, gerando elevado fluxo urinário durante o dia. Por esse motivo, é recomendado que o paciente utilize o fármaco no período da manhã, considerando que de noite o paciente não vai conseguir dormir devido a intensa vontade de urinar. O seu pico de concentração máxima é atingido cerca de 1 hora após a ingestão. A ação diurética é baseada na inibição da reabsorção do sódio e do cloro, e esse mecanismo ocorre por bloqueio do sítio carreador do cloreto. 
Sua administração ocorre por via oral de forma injetável, tem intensa ligação proteica e o seu metabolismo ocorre no fígado. 
É importante saber que todo diurético, com exceção do osmótico, precisam ser secretados no túbulo a partir do TCO (transportador cationico orgânico). No caso da Furosemida, ela é transportada pelo TCO e vai em direção a alça de Henle, chegando lá a droga bloqueia o sítio carreador do cloreto. Após isso, ocorre um aumento da concentração de íons na alça e consequentemente de água (porque os íons puxam água), através de osmose. Por esse motivo que aumenta de maneira significativa a vontade de urinar. 
Essa subclasse pode causar hipocalcemia no paciente, que é a perda de potássio e alcalose metabólica. Além disso, pode ter competição com outros fármacos pelo TCO. Pode causar também como efeitos colaterais, hipovolemia, hipotensão, alcalose metabólica e ototoxicidade (zumbido). 
O seu uso requer cautela, mas comumente os protocolos terapêuticos fazem combinações dele com outras drogas. Os principais usos são para edema pulmonar agudo, insuficiência cardíaca crônica (com edema), ascite causada por cirrose hepática, síndrome nefrótica e insuficiência renal. 
Obs: na terapia de hipertensão, os diuréticos tiazidicos são preferíveis.
· Diuréticos tiazidicos: tem mecanismo de ação de inibir o co- transporte de Na+ e Cl-. As principais drogas são os Hidroclorotiazida (Clorana nome comercial) e Clortalidona. Também são considerados diuréticos potentes. O seu mecanismo ocorre a partir da redução da reabsorção do cloro e sódio no sítio de co-transporte Na-Cl, das regiões iniciais do túbulo contorcido distal. Essa ação resulta numa diurese menos intensa se comparada com aquela obtida com o uso da Furosemida. Esse grupo de diuréticos ocupa lugar de destaque na terapia para hipertensão. É um medicamento utilizado por via oral e seu uso clínico é para hipertensão arterial, insuficiência cardíaca compensada e diabetes insipudus nefrogênica. Vão inibir a reabsorção de Na + em 5%, inibe a reabsorção de K+ e Cl-. 
· Diuréticos poupadores de K+: as drogas representantes são a Espirolactona, Amilorida e Triantereno. É uma classe de diuréticos considerada fraca e ele age no túbulo coletor. A Espirolactona inibe o receptor de aldosterona e isso faz com que o sódio não entre na célula, impedindo também a entrada de água. Com menor influxo de sódio, ocorre menor saída de potássio e por esse motivo é considerado poupadores de potássio. Como a aldosterona aumenta a reabsorção de sódio, é um bloqueador de canal de sódio, antagonista de receptores mineralocorticoides (aldosterona). É indicado em casos de hiperaldosteronismo primário (Espirolactona), insuficiência cardíaca (Espirolactona), acne (Espirolactona). 
Como reações adversas temos: hipercalemia, distúrbios menstruais e disfunção erétil. 
· Diuréticos osmóticos: o principal representante é o Manitol. Atua no túbulo proximal, no ramo descendente da alça de Henle, e no final do TD e ductos coletores. Mas não é muito utilizado para a hipertensão, mas é utilizado para reduzir o acúmulo de líquidos poupando os íons. Quando o Manitol passa por um tecido edemaciado, ele atrai água do tecido para dentro do vaso e isso é chamado de expansão de volume, podendo aumentar a pressão arterial. Quando esse volume chega junto com o Manitol nos túbulos, o fármaco é filtrado e isso aumenta o gradiente osmótico ao longo de todo túbulo renal (já que nesse local ele não consegue ser reabsorvido). Quando ele atinge o túbulo coletor, toda água que está junto com ele vai embora junto. Ou seja, aumenta a excreção de água sem necessidade de alterar os eletrólitos. 
Alguns pacientes, dependendo do caso, pode fazer uso de medicamentos que combinam mais de uma dessas sub classes.

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