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Sistema Nervoso Autônomo

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Sistema Nervoso Autônomo
Nathália Souza 
As drogas podem ser colinérgicas ou adrenérgicas, são drogas importantes para a terapia intensiva. 
O sistema nervoso é dividido em central e periférico. O SNP é dividido em autônomo (involuntário) e somático (voluntário). O SNP autônomo pode ser dividido em simpático, parassimpático e entérico.
O SNA comanda a musculatura lisa, a cardíaca e algumas glândulas, controla ações involuntárias, sendo dividido em parassimpático e simpático. 
SNA simpático (toracolombar)
As fibras nervosas partem da musculatura torácica e lombar, sendo as primeiras curtas e as segundas longas, na primeira sinapse, há ativação do receptor nicotínico por meio da acetilcolina, na segunda ativação de um receptor adrenérgico (alfa-1, alfa-2, beta 1, beta 2 ou beta 3), por meio da noradrenalina. 
Vai ter distribuição ampla, maior ramificação, resposta fisiológica difusa, gânglios mais distantes dos órgãos, uma fibra pré-ganglionar curta e uma pós-ganglionar longa. 
A síntese de catecolaminas é feita a partir da tirosina. 
Tirosina -> enzima tirosina hidroxila -> DOPA -> enzima dopa descarboxilase -> dopamina -> enzima dopamina-B-hidroxilase -> norepinefrina -> enzima feniltanolamina n-metiltransferase. 
A feniltanolamina-n-metiltransferase só está presente na medula adrenal, as catecolaminas sofrem ação da enzima COMT e as monoaminas da MAO. É por isso que nenhuma dessas substâncias devem ser administradas por via oral, como essas classes de enzimas são abundantes nos enterócitos e nos hepatócitos, essas substâncias seriam digeridas antes que chegassem à corrente sanguínea (biodisponibilidade = 0). 
SNA parassimpático (craniosacral)
As fibras nervosas partem do encéfalo ou da medula sacral, sendo as primeiras longas e as segundas curtas, nas duas sinapses há liberação de acetilcolina, mas os receptores da primeira são nicotínicos e os da segunda são muscarínicos (M1, M2, M3, M4 ou M5). 
O SNP simpático refere-se a luta ou fuga, já o SNP parassimpático é referente ao repouso e digestão. 
O SNP autônomo vai ter uma fibra pré-ganglionar e uma pós-ganglionar, e passa por um gânglio autônomo. 
O neurotransmissor no gânglio para as vias simpáticas e parassimpáticas é a acetilcolina, mas na fenda o neurotransmissor é diferente vamos ter noradrenalina ou adrenalina e acetilcolina respectivamente. 
Sistema nervoso autônomo parassimpático 
Distribuição mais restrita, menor ramificação, resposta fisiológica localizada, gânglios próximos dentro do órgão, fibra pré-ganglionar longa, pós-ganglionar curta, porque fica perto do local de ação. 
A maior parte das drogas utilizadas para ele não possuem seletividade por um tipo de receptor muscarínico, atuando em vários deles. 
A acetilcolina não pode ser usada na terapêutica, visto que seria degradada pela colinesterase ainda nos vasos periféricos, não atingindo os órgãos centrais para promover os seus efeitos. 
Transmissão colinérgica 
As fibras parassimpáticas partem do encéfalo (nervos cranianos) e da medula sacral (craniosacral) sendo que os gânglios se encontram perto dos tecidos. 
A acetilcolina é o neurotransmissor liberado tanto nos gânglios parassimpáticos como nos órgãos efetores, a recaptação neuronal dessa na fenda sináptica não é efetiva como a da noradrenalina, o que faz com que o mecanismo preferencial para a remoção de seus excessos seja a degradação pela acetilcolinesterase, e posterior receptação da colina, um dos produtos desse processo. 
Etapas na transmissão neuroquímica
1. Síntese do transmissor.
2. Armazenamento.
3. Liberação de um potencial de ação.
4. Interação do transmissor com os receptores na célula efetora (alteração-resposta). 
5. Remoção rápida do transmissor da vizinhança dos receptores. 
6. Recuperação da célula efetora ao estado inicial.
Vamos ter a fibra colinérgica, na fenda pré-sináptica temos: acetil-CoA + colina que pela presença da colina acetiltransferase vão formar a acetilcolina, que vai ser liberada por exocitose na fenda sináptica, na fenda temos a enzima acetilcolinesterase que vai quebrar essa acetilcolina em colina e acetato. 
A exocitose no neurotransmissor ocorre através de um potencial de ação que libera Ca2+ e vai promover a exocitose. 
Os receptores colinérgicos são: muscarínicos e nicotínicos. Os muscarínicos são de ações parassimpáticas e os nicotínicos estão nos gânglios autonômicos e nas junções neuromusculares. 
1. Receptores muscarínicos são do tipo metabotrópicos e existem vários subtipos: M1, M2, M3, M4, M5. 
M1, M3 e M5 que são potencial excitatório pós sináptico. 
M2 e M4 potencial inibitório pós sináptico. 
São acoplados a proteína Gq, ativam a fosfolipase C, IP3 DAG e liberação de Ca2+ para causar exocitose de neurotransmissor. A via inibitória vai ser com receptor do tipo Gi que inibe a adenilato ciclase. Os receptores muscarínicos de acetilcolina medeiam os efeitos da ACh nas sinapses parassimpáticas pós-ganglionares. O sistema nervoso central, células parietais gástricas, coração, musculatura lisa, glândulas (secreção). 
Receptores M1: atuam no SNC, células parietais gástricas, receptor acoplado a proteína Gq com ativação de fosfolipase C, DAG e IP3 e Ca2+. Vão estar relacionados aos efeitos excitatórios da ACh. É encontrado no SNC e no estômago (células parietais), estimulando o SNC e a produção HCl. 
Receptores M2: coração e músculo liso, são receptores acoplados a proteína Gi, com inibição da adenilatociclase, reduz a quantidade de AMPc, ativa os canais de K+, vai causar redução da força de contração do coração e redução da FC, efeitos inibitórios da acetilcolina. Vai causar hiperpolarização, inibição neural e inibição cardíaca. Promove diminuição da FC e aumento da excreção urinária, é encontrado no coração e no esfíncter urinário interno. 
Receptores M3: localizados nas glândulas secretoras, músculo liso, receptor acoplado a proteína Gq que ativa a fosfolipase C e libera IP3 e DAG, vai ocorrer secreção glandulares e contração muscular, vai ser acetilcolina com efeitos estimulatórios. Promove contração muscular e aumento da secreção glandular. 
A musculatura lisa vascular só apresenta receptores adrenérgicos, mas receptores M3 são encontrados no endotélio vascular. 
1. Receptores nicotínicos são ionotrópicos (ligados aos canais de Na+), são sempre excitatórios e existem dois tipos: N1 e N2.
N1: presente nos músculos esqueléticos. 
N2: presente nos gânglios autonômicos. 
 Estão diretamente acoplados aos canais iônicos, medeiam a transmissão sináptica excitatória e rápida (rápida porque é um receptor ionotrópico), localiza-se nas junções neuromusculares, nos gânglios autônomos e em vários locais do SNC. Os receptores de acetilcolina musculares e neuronais diferem na sua estrutura molecular e farmacológica.
Agonistas colinérgicos 
1. Drogas colinérgicas de ação direta: 
São as que atuam diretamente sobre os receptores muscarínicos, não precisando da acetilcolina, apresentam baixa especificidade pelos receptores, e por isso promovem muitos efeitos colaterais e não são tão utilizadas na clínica. 
Mimetizam os efeitos da estimulação dos neurônios colinérgicos, atuando diretamente em receptores da ACh. São acetilcolina, betanecol, carbacol, pilocarpina e muscarina. O mecanismo de ação é, se ligar aos receptores muscarínicos, seus efeitos vão ser equivalentes aqueles dos impulsos nervosos parassimpáticos pós-ganglionares. 
Atuam no músculo liso, nas glândulas e no sistema cardiovascular. É utilizado em humanos. 
Pilocarpina é para tratamento de glaucoma. 
Betanecol usado para estimular a bexiga atônica principalmente após o parto. (deve ser um M2 inibitório). 
Metacolina aumenta a motilidade gástrica (deve ser um M1 que excita as células parietais gástricas). 
Esses medicamentos são contra indicados para pacientes asmáticos, devido aos seus efeitos broncoconstritores indesejados. Contraindicado para pacientes com asma. 
Efeitos colaterais e contraindicações: são essencialmente caracterizados pela exacerbação do SNP, aumento da sudorese, cólicas abdominais, aumento da secreção salivar,hipotensão e bradicardia, úlceras pépticas. 
1. Drogas colinérgicas de ação indireta:
São as que promovem um aumento da acetilcolina na fenda sináptica, por diminuírem a ação da acetilcolinesterase, existem dois tipos e em ambos os grupos algumas substâncias tóxicas e outras com fim terapêutico. 
Carbamatos: inibidores reversíveis das acetilcolinesterases, agentes de curta duração. Vão ter como representantes, fisostigmina ou eserina, neostigmina, piridostigmina, ambenônio, edrofônio, carbaril (inseticida usado na jardinagem). Podem provocar efeitos muscarínicos e nicotínicos. Aumento dos estímulos que chegam até os gânglios simpáticos (há promoção de aumento das respostas simpática, mas muito maior da parassimpática, em estruturas como vasos, a ausência de receptores parassimpáticos faz com que esses fármacos estimulem apenas a resposta simpática- vasoconstrição. 
São utilizados como antiparasitários, para o tratamento de glaucoma entre outras. 
Organofosforados: inibem de modo irreversível as acetilcolinesterases, devido a formação de complexos estáveis, agentes de longa duração. Ex: tabum, sarim, somam (gases dos nervos), paraoxon, paration, melation, (inseticidas) ecotiofato (o único usado na clínica). O mecanismo de ação é a inibição irreversível da acetilcolinesterase por uma ligação covalente. 
O único antígeno capaz de quebras as ligações covalentes feitas pelos organofosforados e a pralidoxina. 
São os principais de uso terapêutico e o aldicarbo “chumbinho” é o mais comum entre os carbamatos tóxicos. 
Os efeitos muscarínicos podem ser controlados com doses adequadas de agentes antimuscarínicos como a atropina. Intoxicações por organofosforados podem-se utilizar também reativadores das colinesterases como palidoxima que reativa a enzima. 
Os efeitos farmacológicos serão: acumular acetilcolina na fenda sináptica devido a inibição da enzima acetilcolinesterase. Podem provocar uma resposta em todos os receptores colinérgicos do corpo, incluindo os muscarínicos e os nicotínico, atuando então na junção neuromuscular, no sistema respiratório, sistema cardiovascular, glândulas exócrinas e olhos (aplicação tópica). 
Podem ser usados para a medicina humana e para medicina veterinária, são os representantes: antiparasitários (triclofon), glaucoma, miastenia grave, atonia da bexiga, reversão do bloqueio neuromuscular. 
Efeitos colaterais: decorrentes do acúmulo de ACh em todas as terminações nervosas colinérgicas (estímulos de receptores nicotínicos e muscarínicos). 
Antagonistas colinérgicos parassimpáticos 
São os chamados de anticolinérgicos muscarínicos, ou antagonistas competitivos de receptores muscarínicos. 
Mecanismo de ação vai ser: antagonistas competitivos de receptores muscarínicos M1, M2, M3, M4. 
Exemplos como atropina, escopolamina ou hioscina (buscopam, veratropan), hematropina (espasmo luftal), ipatrópio (broncodilatador antiasmático). 
Atropina: é muito potente, porém pouco específica e com um baixo IT, causando muitos efeitos colaterais, como o sono (por atravessar a BHE) apresenta uso hospitalar excessivo. 
Escopolamina: é menos potente, porém mais específica para os receptores viscerais, causando menos efeitos colaterais, passa um pouco pela BHE, podendo causar um pouco de sono. 
Ipratrópio: é menos potente, porém mais seguro e mais específico para os receptores das vias respiratórias, é muito utilizado em inalação de crianças, para ajudar na dilatação dessas vias. 
Obs: em níveis tóxicos, a atropina pode causar convulsões (causada pela própria intoxicação). 
Essas drogas possuem muitos usos terapêuticos, porém podem causar efeitos colaterais, como a xerostomia, as taquiarritmias e a retenção urinária. 
O tratamento para a intoxicação por esses antagonistas é realizado com carbamatos (anticolinesterásicos). 
Efeitos farmacológicos 
- SNC: atropina produz excitação, escopolamina produz depressão. 
- Sistema cardiovascular: aumento da frequência cardíaca. 
- Trato gastrointestinal: redução da secreção e da motilidade gástrica. Agentes antiespasmódicos para distúrbios do GI, utilizado no tratamento de úlcera péptica. 
- Secreções: redução da secreção pelas glândulas, salivares, sudoríparas, lacrimais e brônquicas. 
- Músculo liso: broncodilatação, relaxa o músculo liso do aparelho urinário. 
- Olhos: midríase, cicloplegia (paralisia da acomodação visual). 
Junção neuromuscular 
O controle nervoso voluntário dos músculos esqueléticos se dá por meio da acetilcolina, a qual se liga aos receptores nicotínicos da musculatura. 
Os bloqueios de junção neuromuscular são muito utilizados para evitar que o paciente realize movimentos durante intubações, cirurgias que envolvem a musculatura abdominal entre outros procedimentos (ex: eletrochoque) essas também podem ajudar a diminuir as dosagens dos anestésicos gerais. Existem dois tipos de bloqueio. 
Usos terapêuticos
Medicação pré-anestésica: diminuem a secreção nas vias respiratórias, produzida pelos anestésicos gerais, broncodilatador, inibidor de reflexos vagais. 
Tratamento por intoxicação pelos anticolinesterásicos: diminuição da bradicardia, antagoniza o aumento da secreção nos brônquios. 
Efeitos colaterais 
Em doses altas promovem ressecamento da boca, aumento da frequência cardíaca e o uso prolongado pode levar uma retenção urinária. 
Intoxicação por atropina: paralisia generalizada dos órgãos e tecidos inervados pelo parassimpático (inibe a acetilcolina), tratamento sintomático por fisostigmina (anticolinesterásico).
Antagonistas dos receptores nicotínicos 
Bloqueadores neuromusculares. Existem dois tipos os não despolarizantes e os despolarizantes. 
Não despolarizantes: pancurônio, atracúrio. 
Despolarizantes: succinilcolina. Vai ter como efeitos adversos a liberação de histamina, taquicardia, hipotensão, broncoespasmo, hipercalemia, hipertermia maligna, efeito residual prolongado. 
Os bloqueadores neuromusculares são fármacos complementares em anestesiologia e terapia intensiva, interrompem a transmissão nervosa entre o terminal nervoso e a fibra muscular esquelética. 
Vão ter como finalidade: facilitar a intubação traqueal, facilitar técnicas cirúrgicas com o relaxamento muscular e imobilidade e corrigir laringo e broncoespasmo. Também é complementar a terapêutica de convulsões, diminuir a dosagem de anestésicos gerais e facilitar a respiração controlada mecânica. 
10. Bloqueio despolarizantes: simula a ação da ACh causando abertura de canais iônicos, esses canais são abertos gerando uma corrente de Na+, mas não é substrato específico para a acetilcolinesterase, um exemplo é a droga succinilcolina. 
São fármacos que simulam a ação da acetilcolina na fenda sináptica da placa motora, causando a abertura dos canais iônicos. A diferença é que esses são muito resistentes a acetilcolinesterase e, por isso, ficam muito tempo na fenda, mantendo a sua estimulação sobre os canais de Na+ e mantendo-nos inativados por alguns segundos a mais do que a Ach faria (basicamente, esses fármacos causam aumento do período refratário das fibras musculares em questão, o que causa o efeito bloqueador esperado). 
O único fármaco desse tipo presente no Brasil é a succinilcolina, a qual apresenta uma ação momentânea (de 2 segundos) isso é muito interessante, por exemplo, para a realização da intubação, visto que, caso o procedimento não dê certo, é só parar de administrar o medicamento que o paciente voltará a contrair a musculatura rapidamente. 
Existem muitos possíveis efeitos colaterais, principalmente a bradicardia e a hipertermia maligna (essa é causada pelo grande deslocamento de Ca 2+ para o interior da célula, o qual promove alterações mitocondriais o tratamento é feito com dantrolene. 
Como efeitos colaterais temos: bradicardia, hipercalemia, hipertensão intra-ocular e cerebral mialgia pós-operatória, paralisia prolongada, hipertermia maligna.
10. Bloqueio adespolarizante: causados por agentes que possuem afinidades pelos receptores colinérgicos, porém não provocam alterações conformacionais. 
Antagonista nicotínicos, competindo com a acetilcolinapela ligação com esses receptores, apresentam ação mais longa do que a succinilcolina (20 min). Os fármacos dessa classe são chamados de CURARES, sendo os principais o pancurônio, rocurânio e atracúrio. Todos administrados por via EV, apresentam seletividade pelos receptores nicotínicos, mas essa dose-dependente em doses muito altas, esses podem bloquear também os gânglios autonômicos (receptores N2). 
São muito utilizados para o controle da ventilação. 
Caso seja necessário interromper os seus efeitos, apenas parar de admnistrá-los não é suficiente, devido ao longo tempo de ação que apresentam- é necessária a utilização de carbamatos para aumentar Ach na placa motora, sendo preciso associá-los a um anticolinérgico como a atropina, para evitar efeitos do aumento da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos.
IMPORTANTE: a miastenia grave é uma doença autoimune que faz com que o indivíduo produza fatores que inibam os receptores nicotínicos da placa motora, para evitar que o paciente deixe de conseguir contrair a musculatura esquelética, deem ser administradas, além dos imunossupressores, os anticolinesterásicos, para que a Ach na fenda aumente e essa possa promover seus efeitos de estimulação. 
Temos drogas de ação curta: mivacúrio. Ação intermediária atracúrio, vecurônio e rocurônio, ação longa galamina, pancurônio e pipecurônio. 
Descurarização: inibição da colinesterase plasmática com a finalidade de aumentar a concentração da ACh na fenda sináptica. A droga utilizada é a neostigmina anticolinesterásico que apresenta atividade nicotínica e muscarínica, seu uso deve ser precedido de um anticolinérgico. 
Sistema nervoso autônomo adrenérgico 
Os receptores adrenérgicos são metabotrópicos, sendo que cada um está ligado a uma proteína G diferente. 
1. Os receptores alfa-1, a, b e d: estão acoplados a proteína Gq, a qual promove a ativação dos segundos mensageiros DAG e IP3, a partir da estimulação da fosfolipase C, e consequentemente abertura de canais de Ca 2+, ao serem estimulados promovem, vaso constrição, midríase, contração uterina e contração dos esfíncter. 
1. Os receptores alfa-2 a, b e c: estão acoplados a proteína Gi, a qual inibe a adenilato ciclase, que faz com que o AMPc diminua e, por consequência, que haja abertura de canais de K+ e fechamento dos canais de Ca 2+, com hiperpolarização da membrana celular. Ao serem ativados promovem inibição da liberação de norepinefrina e de acetilcolina, inibição da liberação de insulina 
1. Os receptores beta (beta 1, 2, 3): estão acoplados a proteína Gs a qual promove ativação de AMPc por estimulação da adenilato ciclase e, por consequência, de PKA, a qual estimula a abertura dos canais de Ca 2+. Existem 3 subtipos 
B1: estão presentes no coração, onde estimulam o aumento da FC e da força de contração, e nos rins, onde estimulam a secreção de renina. 
B2: estimulam a contração cardíaca, a vasodilatação, a diminuição da motilidade do TGI, o relaxamento uterino, a broncodilatação, a glicogenólise (fígado e músculos esqueléticos) e a liberação de insulina pelo pâncreas. 
B3: estimula a glicogenólise (fígado e musculatura esquelética), a liberação de insulina e lipólise.
1. Síntese de norepinefrina, a hidroxilação da tirosina é a etapa limitante da velocidade de síntese. 
1. A captação em vesículas de armazenamento, a dopamina entra na vesícula e é convertida em norepinefrina. A noradrenalina é protegida de degradação em vesículas, o transporte para a vesícula é inibido pela reserpina. 
1. A liberação do neurotransmissor ocorre pelo influxo de cálcio, que causa a fusão da vesícula com a membrana celular, um processo denominado exocitose, a liberação é bloqueada por gunetidina. 
1. A ligação ao receptor pós-sináptico é ativada através do neurotransmissor. 
1. Remoção da noradrenalina, ela é liberada e é rapidamente captada pelo neurônio, a captação neuronal é inibida por cocaína e imipramina (antidrepressivo tricíclico).
1. Metabolismo, a noradrenalina é metilada pela COMT e oxidada pela MAO. 
Então temos:
Tirosina -> enzima tirosina hidroxilase -> DOPA -> enzima DOPA descarboxilase -> dopamina -> enzima dopamina beta-hidroxilase-> noradrenalina -> enzima feniletanolamina-n-metiltransferase -> adrenalina. 
Catecolaminas são: adrenalina, noradrenalina e dopamina. 
MAO-A vai degradar serotonina, noradrenalina e dopamina.
MAO-B vai degradar a dopamina. 
Os receptores alfa são acoplados a proteína Gq e os receptores beta são acoplados a proteína Gs. 
Agonistas adrenérgicos 
Temos receptores com baixa afinidade com alguns neurotransmissores e outros com alta afinidade. 
Sinapses adrenérgicas 
Localização dos receptores adrenérgicos 
Alfa 1- está nos vasos sanguíneos, de resistência, da pele, dos músculos, dos rins e provocam vasoconstrição. 
A ativação desses receptores aumenta a produção de DAG e IP3, levando ao aumento intracelular de íons cálcio. 
Nos vasos causa vasoconstrição, nos olhos midríase, no útero contrações, nos esfíncter contração. Atua por proteína Gq, libera IP3 e DAG e Ca 2+. 
Alfa 2- situam-se na membra pré-sináptica de terminais simpáticos. Os terminais simpáticos pré-sinápticos realizam feedback negativo, vai estar presente no tronco cerebral e outras áreas do SNC, em locais pré e pós-sinápticos reduzindo a pressão sanguínea, provoca vasodilatação em músculos lisos vasculares. 
A ativação desses receptores diminui a produção de AMPc, levando à inibição da liberação adicional de adrenalina no neurônio. 
Beta 1- aumento da força de contração, aumento da frequência cardíaca, aumento da renina nos rins, é receptor acoplado a proteína Gs então vai aumentar AMPc e PKA com fosforilação de estruturas intracelulares o que favorece o aumento da força e da frequência cardíaca. 
Beta 2- aumenta a contração do coração, vasodilatação, diminui a motilidade do TGI, relaxa o útero e nos brônquios broncodilatação. É acoplado a proteína Gs, aumenta AMPc, Ca2+, e PKA. No fígado promove glicogenólise, na musculatura esquelética glicogenólise e no pâncreas secreção de insulina. 
Beta 3- nos adipócitos temos lipólise. 
Beta- miocárdio produzindo excitação beta 1, artérias e arteríolas do músculo esquelético, brônquios, onde produzem inibição beta 2, sítios metabólicos b3. 
Alfa 1: fosfolipase C, fosfatidilinositol, canais de Ca 2+, canais de Na+; 
Alfa 2: diminuição do AMPc. 
B1, b2 e b3: adenilciclase aumento do AMPC. 
Os receptores adrenérgicos pertencem a uma superfamília dos receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos). Podendo ser Gq, Gi ou Gs. 
As drogas adrenérgicas podem ser: adrenérgicos diretos, indiretos, atuam na biossíntese, estocagem, liberação e recaptação do neurotransmissor, atuam no sistema enzimático responsável pela inativação natural do neurotransmissor, adrenérgicos misto. 
Os de ação indireta aumentam a liberação de noradrenalina nas vesículas, o de ação mista são fármacos que atuam direta e indiretamente, e os de ação direta que são fármacos que ativam diretamente o receptor. 
As drogas adrenérgicas são conhecidas como simpaticomiméticas, adrenomiméticas ou simplesmente adrenérgicas. 
Ativam os receptores beta e alfa. 
Os estimulantes são: adrenalina, noradrenalina, dopamina, dobutamina, isoproterenol, agonista B2, fenilefrina, nafozolina e derivados. 
Os promotores da liberação de noradrenalina são: anfetamina e derivados, efedrina e derivados. 
Fármacos adrenérgicos
São os chamados de simpatomiméticos (fármacos que mimetizam a ação do SNA simpático). Podem ser de três tipos. 
Adrenérgicos diretos 
Agonista beta e alfa adrenérgico 
Adrenalina
Apesar de atuar em receptores alfa e beta tem maior afinidade pelos receptores beta (beta 2). É fotossensível, degradada pela luz, promove ação diferente pela ativação de cada tipo de receptor
Beta 2: vasodilatação de alguns leitos vasculares, que possuem esse tipo de receptor, como as coronárias e as artérias que irrigam a musculatura esquelética. 
Beta 1: aumento da frequência cardíaca e força de contração. 
Alfa 1: vasoconstrição periférica (ocorre em todos os vasos que nãoapresentam o beta 2). 
É secretada pela medula das adrenais e por tecidos cromoafins. 
Indicações: suporte hemodinâmico em situações de parada cardiorrespiratória ou estado de choque. Reações de anafilaxia ou choque anafilático, crise asmática grave e pouco responsiva as medidas terapêuticas habituais, controle de pequenas hemorragias cutâneas, em associação com anestésicos locais, de forma a promover incremento na duração do efeito analgésico. 
Apresentação: epinefrina, ampola de 1mg/1ml diluição em 4 ampolas (4ml) + SG 5% 246= solução 16 mcg/ml. A diluição deverá ser ajustada de acordo com a via de administração e indicação. 
Diluição: solução de glicose 5%, salina 0,9%, preparação estável por 24horas. 
Administração: EV direto (lentamente), EV bomba de infusão, subcutânea e intramuscular. Não infundir na mesma via do bicarbonato, utilizar equipo fotossensível. 
No coração: é um estimulante cardíaco potente, possui ação nos receptores Beta 1 adrenérgicos, é um agente crono, batmo, dromo inotrópico. 
Nos vasos sanguíneos: age nos receptores alfa 1, causando redução do fluxo sanguíneo cutâneo, mesentérico e renal. Age nos receptores beta 2, estimulando principalmente os vasos da musculatura esquelética. 
Pressão arterial: a pressão arterial média não se altera. 
Efeitos metabólicos: a ativação dos receptores alfa e beta provoca o aumento da glicemia por glicogenólise e lipólise, a secreção de insulina por estímulo beta e diminuída por estímulo alfa. 
Aumenta a frequência cardíaca e força de contração. A pressão sistólica aumenta e a pressão diastólica reduz, diminui a resistência periférica. 
A estimulação beta 2 causa broncodilatação. 
Vai ter efeitos discretos no SNC por dificuldade de ultrapassar a barreira hemato encefálica. Mas quando ultrapassa causa ansiedade, inquietação e tremores. 
Nos músculos lisos, o estímulo alfa e beta relaxa toda a musculatura intestinal, estimulo alfa contrai o piloro e o trígono vesical, estímulo beta relaxa o cárdia, estímulo beta 2 relaxa o útero gravídico e o músculo detrusor da bexiga. 
Absorção, metabolismo e excreção 
Por via subcutânea suas atividade vasoconstrictoras tornam a absorção lenta e mais ou menos uniforme, a via intramuscular torna o aporte um pouco mais rápido na circulação, é degrada pela MAO e COMT e seus metabólitos são excretados na urina. 
É utilizada para alívio do broncoespasmo, parada cardíaca e reações alérgicas graves. Como reações adversas podem varias desde tremores até palpitações e arritmias graves, taquiarritmia, aumento do lactato (aumento do metabolismo basal), tremor, alterações glicêmicas, isquemia de extremidades, renal e mesentérica (doses elevadas). 
São indicadas para PCR, alguns tipos de choque, anafilaxia, crises asmáticas graves e pequenas hemorragias. Possui uma aplicação importante, que é quando associado a anestésicos locais, prolongando seus efeitos (vasoconstrição). É mais estável em soluções ácidas (não infundir no mesmo cateter do bicarbonato). 
A administração é endovenosa, subcutânea, intramuscular e inalatória, a via oral não pode ser utilizada porque a biodisponibilidade seria zero (enterócitos e hepatócitos apresentam a enzima MAO). 
Reações adversas: taquicardia, aumento do lactato (devido ao aumento do metabolismo), tremores, glicogenólise e isquemia de extremidades (como nos vasos periféricos só existem receptores alfa 1, a adrenalina estimula a vasoconstrição deles). 
Noradrenalina 
É o mediador químico das fibras pós-ganglionares do sistema simpático, também pode ser conhecida como Levarterenol e norepinefrina. 
Atua sobre os receptores alfa, mas também sobre os beta 1, como sua maior afinidade é pelos receptores alfa 1, é considerado o mais potente dos vasoconstritores.
Devido a essa alta capacidade de promover vasoconstrição, não é associada aos anestésicos locais, devido ao risco de isquemia. Também é fotossensível, apresenta uma meia-vida de 1 a 2 minutos, assim como a adrenalina. 
Precisa ser administrada em vasos centrais (veias de grande calibre) e em soluções ácidas. 
É um potente estimulador alfa 1 de meia vida curta e fácil titulação. Vai ser um agonista alfa 1, alfa 2 e beta 1. Excelente efeito vasopressor e pouco efeito cardíaco. 
Degradação estrutural, oxidação acelerada por calor, luz, oxigênio, pH elevado. Quanto maior o pH menor a estabilidade. 
Evitar diluição em salina de 0,9% (pH 4,5 a 7,0) pode ocorrer oxidação. Solução glicosada de 5% (pH 3,5 e 6,5) não infundir na mesma via do bicarbonato. 
No coração: aumento da pressão sistólica e diastólica, aumento da resistência periférica e aumento da pressão média, débito cardíaco cai ou permanece inalterado, redução do fluxo cardíaco para os rins, fígado e músculo esquelético. Induz a bradicardia reflexa, causa aumento da pressão sistólica e diastólica, contrai todos os vasos sanguíneos causando aumento da resistência periférica. 
Os efeitos no SNC são menos evidentes do que os observados na adrenalina. 
A ativação de alfa receptores proporciona o aumento da glicemia, músculo liso não vascular e efeitos muitos discretos sem relevância. 
Absorção, metabolismo e excreção 
Por via subcutânea suas atividades vasoconstrictoras tornam a absorção lenta e mais ou menos uniforme, é degrada pela MAO e COMT e seus metabólitos são excretados na urina.
Existem 2 tipos 
Bitartato de norepinefrina-1 ampola de 4mg/4ml. Hemitartarato de norepinefrina- 1 ampola de 8mg/4mg. 
Solução glicosada a 5%, dextrose a 5% ou em solução de cloreto de sódio mais dextrose a 5%, estável por 24 horas, utilizar equipo fotossensível. 
Cuidados, administrar em acesso venoso central, veia jugular interna, veia subclávia, e veia femoral. 
Cuidados, evitar acesso venoso periférico risco de necrose tecidual e isquemia de membro, mas em emergência fossa antecubital e jugular externa, infusão inferior a 4 horas. 
Reações adversas, necrose isquêmica de rins, leitos mesentéricos e extremidades, insuficiência renal aguda, arritmias cardíacas, devido a vasoconstrição. 
Isoproterenol 
É uma catecolamina sintética, é o mais potente beta-adrenérgico das catecolaminas. 
No coração: redução da pressão média pela discreta elevação sistólica e evidente queda da diastólica, débito cardíaco é incrementado pelos efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos, o fluxo sanguíneo vascular esquelético se eleva acentuadamente, causa vasodilatação, mas aumenta bastante a frequência e a força de contração cardíaca, causa significativa diminuição da resistência periférica e acentuada diminuição da pressão diastólica, com moderado aumento da pressão sistólica. 
A glicogenólise e a hiperglicemia é menos pronunciada, ocorre lipólise comparável à que ocorre com a adrenalina, pela estimulação beta nas células pancreáticas ocorre aumento da liberação da insulina. 
Usada para asma brônquica, bloqueio átrio-ventricular, choque cardiogênico e parada cardíaca. 
Como efeitos adversos podemos ter palpitações nos asmáticos. 
Estimuladores seletivos receptores B2
Ação específica nos receptores beta 2: metaproterenol, terbutalina, salbutamol, fenoterol (berotec).
Principal indicação para o alívio do broncoespasmo, contra o parto prematuro e no tratamento do aborto inevitável. Como reações adversas temos tremores, ansiedade, palpitações, taquicardia, arritmias cardíacas. 
Dopamina
É um agonista dos receptores D1 e D2. É uma catecolamina endógena, atua em receptores específicos dopaminérgicos e também em receptores alfa e beta.
Quando administrada em altas doses, perde a seletividade e passa agir sobre os receptores beta 1 e alfa 1. 
É degradada pela MAO e COMT, não atravessa a BHE quando injetada. 
Dopamina doses não farmacológicas (cobra em prova) 
Até 3 kg/min (ação dopaminérgica): vasodilatação renal, mesentérica, coronária e cerebral. Ativa receptores D1 de vasos renais, mesentéricos e coronarianos, pode ser associada a nor e adr como um nefroprotetor (por dilatar a arteríola renal). 
Entre 3-10 kg/min (beta-adrenérgica) débito cardíaco, retorno venoso e diminuição da resistência vascular periférica. Doses moderadas,promove inotropismo. 
Dose superior a 10 kg/min (alfa-adrenérgico) vasoconstrição sistêmica, PA e perda da ação vasodilatadora renal e mesentérica. Aumento da resistência vascular periférica, risco de arritmias, além de reações adversas, como angina e necrose tecidual. 
Usos clínicos para hipotensão arterial, com resistência periférica baixa ou normal e oligúria, utilizada na insuficiência cardíaca congestiva, crônica refratária. Indicadas em choque circulatório, choque séptico, choque cardiogênico e choque anafilático. Na ausência de hipovolemia, retenção hidrossalina de etiologia variada. 
Sempre deve ser administrada por acesso central. 
No Brasil encontra-se em ampolas como DOPAMINA/DOPAMIN/REVIVAN. 
Desvantagens: arritmogênica e vasopressor fraco. 
Reações adversas: arritmias, angina e necrose tecidual. 
Dobutamina 
Agonista seletivo beta 1 adrenérgico- inotrópico de 1° escolha. 
Em doses elevadas acima de 20 kg/min agonista beta 2 e alfa- adrenérgicos. 
Apresentação: ampola 250mg/20ml- 12,5. Não infundir na mesma via do bicarbonato. Não é fotossensível. Diluição em solução de glicose 5%, salina 0,9%. Administração EV em bomba de infusão (tempo de meia vida 2 min). 
É uma catecolamina sintética muito utilizada, provoca estimulação nos receptores beta 1 e, em doses terapêuticas discretas ações nos receptores beta 2 e alfa 1. 
Em doses excessivas pode causar taquicardia, arritmia, cefaleias, ansiedade e tremores, angina, flebite em local da infusão. Tem ação rápida de 2 minutos, meia-vida plasmática é curtíssima de 2 a 3 minutos, sua metabolização é rápida no fígado através da COMT. 
É a droga de escolha inicial para aumentar o inotropismo cardíaco na descompressão secundária a depressão da contratilidade miocárdica, pode ser encontrada em ampolas com o nome de DOBUTAMINA/INOTAN/DOBUTREX. 
Indicado para choque cardiogênico, insuficiência cardíaca aguda ou descompensada. 
Agonistas alfa 1 
Fenilefrina (VO), nafazolina (nasal). 
Usos como descongestionante nasal, hipotensão grave. 
Efeitos colaterais de hipertensão e midríase. Não são catecolaminas, não são inativados pela COMT. 
Agonistas beta 1 
Dos agonistas beta 1, a principal é a dobutamina, é o ionotrópico de primeira escolha, não é fotorreativa, é utilizada em momentos em que não é possível manter a estimulação contínua sobre o coração, como no choque cardiogênico e na IC. Em altas doses perde a seletividade por beta 1 e pode ativar beta 2 e alfa, levando a vasoconstrição. 
A meia-vida é muito curta, sendo necessário o uso de uma bomba de infusão para administração. Como reações adversas, temos arritmias, angina, e flebite no local da infusão. 
Agonista beta 1 e 2 
O principal é o isoproterenol (também chamado de isoprenalina), era muito utilizado como brondilatador, porém causava sérios problemas cardíacos. 
Isoproterenol ou isoprenalina, salbutamol, fenoterol (berotec), formoterol, terbutalina. Vão causar relaxamento da musculatura lisa, com broncodilatação e relaxamento da musculatura uterina. 
Agonista beta 2 
Os principais são salbutamol evita partos prematuros, porém provoca taquicardia nas gestantes, fenoterol, formoterol e terbutalina. 
Promovem relaxamento da musculatura lisa dos brônquios (broncodilatação) dos vasos e do útero. 
Agonista alfa 1 
Os mais utilizados são Fenilefrina (VO) e a Nafozolina (nasal), os quais não são catecolaminas e, portanto, não são inativados pela COMT. 
Por ativarem alfa 1, promovem vasoconstrição, sendo utilizados para descongestão nasal ou hipotensão grave (para essa última é utilizada Fenilefrina por via EV). 
Reações adversas temos hipertensão e midríase. Como esses fármacos ressecam a mucosa nasal, sua retirada promove hipercongestão rebote. O uso excessivo de Fenilefrina promove aumento da PA em adultos. 
Drogas de ação indireta 
Aumentam a noradrenalina na fenda, e podem ser inibidores da enzima MAO, inibidores da recaptação neuronal de catecolaminas, aumentam a liberação de catecolaminas. 
Não agem por meio de receptores mas sim pela permissão de que mais nor fique na fenda podem fazer isso de três formas: 
Antidepressivos inibidores da MAO (tranilcipromina), antiparkinsonianos inibidores da MAO (selegilina). 
Inibidores da recaptação neuronal, antidepressivos tricíclicos (nortriptilina), cocaína. 
Aumentam a liberação de catecolaminas, anfetaminas e tiramina (alimentos fermentados como queijos envelhecidos e vinho). 
Anfetaminas: estimulante do SNC, aumento o humor, aumenta o estado de alerta, diminui o apetite. Droga popular de abuso, anorexígeno, ação no centro da fome/saciedade hipotálamo, estimulante do SNA periférico, aumento da estimulação cardíaca e aumento da PA.
Inibidores da MAO 
Existem os antidepressivos (tranilcipromina) e os antiparkinsonianos. 
Existem os que inibem a MAO-A (degrada serotonina, nor e dopamina), os que inibem a MAO-B (degrada dopamina) e os que inibem ambas. 
Inibidores da recaptação neuronal
Inibem as bombas de recaptação de nor, os maiores representantes são os antidepressivos tricíclicos e a cocaína. 
Estimuladores da liberação de Nor 
Os mais comuns são as anfetaminas (estimulam o SNC, aumento do humor, aumento o estado de alerta e diminui o apetite e o parassimpático, aumenta FC e aumenta PA). Também temos as tiramina que está presente em alimentos fermentados como queijos envelhecidos e vinhos. 
Os pacientes que utilizam inibidores da MAO não devem consumir alimentos com tiramina. 
Aminas de ação indireta e mista 
São agonistas de receptores alfa e beta e aumentam a liberação da nor na fenda sináptica. 
A principal é a efedrina. 
Efedrina
Não é uma catecolamina e apresenta biodisponibilidade e grande tempo de ação. Agonista dos receptores alfa e beta, por ação direta. Indireta aumenta a liberação de noradrenalina. É uma não-catecolamina, aumenta a biodisponibilidade, tempo de ação (várias horas), uso em casos de hipotensão causada por anestésicos e outros quadros de hipotensão, descongestionante nasal, broncodilatador, estimulante. 
Performance atlética e perda de peso: efedrina 1 + cafeína. Pode ser associado à cafeína para melhorar performance atlética e ajudar na perda de peso. Em superdosagem pode causar efeitos sobre o SNC, como alucinações, tremores e tontura. Existe também a pseudoefedrina que por não atravessas a BHE é usada para descongestão nasal. 
Superdosagem, alucinações, tremores, alterações de humor, tontura, taquicardia, hipertensão, morte súbita. 
Pseudoefedrina: farmácias como descongestionantes nasais, não atravessa a BHE. 
Por ser alfa-metilada resiste a ação da MAO e pode ser administrada oralmente. Sua meia-vida é longa se comparada às catecolaminas, atua por liberação da noradrenalina e é um agonista direto de receptores alfa e beta. 
Seus efeitos cardiovasculares são semelhantes à adrenalina, aumento da frequência cardíaca, elevação da pressão média, sendo que a duração desses efeitos é dez vezes superior ao da adrenalina. 
Pela ativação dos receptores beta 2 provoca broncodilatação e sua aplicação tópica provoca midríase por estimulação alfa. 
Apresenta ações no SNC que se traduzem por: excitações, tremores e ansiedade. 
Metaraminol
É utilizado exclusivamente na hipotensão arterial, sendo esse efeito hipertensor perdura por aproximadamente 90 minutos. 
No Brasil é comercializado em ampolas de ARAMIN.
Fenilefrina
 Eficaz por via oral, usado como descongestionante das vias aéreas superiores, na grande maioria das preparações encontra-se associado a um anti-histamínico e ou analgésico. EFEDRIN/CORISTINA D/ RESPRIN/ COLDRIN. 
Anfetaminas 
Tem ação predominante no SNC, seu mecanismo de ação consiste em liberar a noradrenalina nos terminais adrenérgicos e tem ação direta nos receptores. Possui efeito no SNC e pode provocar no sistema cardiovascular e no sistema respiratório ações semelhantes à efedrina, é usada na obesidade. 
Aminas de ação indireta e mista: podem ser inibidores da MAO inibindo o metabolismo das catecolaminas ou antidepressivos tricíclicos que inibem a recaptação da noradrenalina do SNC. 
Bloqueadores adrenérgicosSão os simpatolíticos, fármacos que inibem as ações que seriam promovidas pelo SNA simpático. Podem ser diretos: anti-alfa e anti-beta, ou podem ser indiretos. 
Alfa bloqueadores 
São utilizados para o tratamento da hipertensão, feocromocitoma e hiperplasia benigna de próstata, são benéficos para esse último porque promovem relaxamento do esfíncter da bexiga (por inibição alfa 1) e contração prostática. 
Os principais são prazosina, terazosina e doxazosina que tem preferência pelos alfa 1, aumentam os efeitos sobre a PA, e a tamsulosina que tem uma subpreferência pelos alfa 1A causando efeito mais direcionado à próstata e à bexiga, principais para o tratamento de HBP. 
Prazozin: é um bloqueador alfa adrenérgico, utilizado na hipertensão arterial. 
O efeito nos receptores alfa 1 é provocar a queda da resistência periférica e do retorno venoso, sendo observada a vasodilatação. 
É utilizado na hipertensão arterial. 
Beta bloqueadores 
Os principais são propranolol, antagonista não seletivo beta 1 e 2, e o atenolol que é seletivo beta 2. Promovem diminuição da FC e inotropismo, devido ao bloqueio dos receptores B1. 
Ações farmacológicas, no coração reduz a frequência cardíaca e nos brônquios causa bronco constrição. No útero os beta bloqueadores podem induzir o parto prematuro, no TGI os estímulos dos beta adrenérgicos inibem a musculatura gastrointestinal. 
É utilizado na hipertensão arterial, podem também ser usados na infarto do miocárdio, hipertireoidismo, angina, arritmias cardíacas, miocardiopatias, enxaqueca, síndrome cardíaca funcional. 
Como reações adversas podemos ter: insuficiência cardíaca, bloqueio átrio-ventricular, vasoconstrição periférica, broncoespasmos, diarreia, bradicardia, hipoglicemia e hipotensão, depressão, sonolência e alucinações. 
Reserpina 
Causa depleção de catecolaminas das fibras simpáticas pós-ganglionares e da medula das adrenais, a reserpina impede que a noradrenalina que sofreu recaptação seja estocada nas vesículas sinápticas. 
Como reações adversas há casos de intensa depressão o que pode levar ao suicídio, aumenta a acidez gástrica, obstrução nasal, diarreia, impotência sexual, aumento do peso. 
Guanetidina 
É um falso neurotransmissor, além de causar a depleção da noradrenalina nos terminais. É usada em formas graves de hipertensão arterial geralmente é associada a um diurético. 
Inibidores de ação central 
Alfa- metildopa
É convertida em alfa-metilnorepinefrina atua nos receptores pré-sinápticos reduzindo a neurotransmissão adrenérgica. Usada em hipertensão arterial, sonolência, tontura, congestão nasal, redução da libido, sedação, é administrada em comprimidos. Atua nos receptores alfa 2 adrenérgicos centrais, diminuindo o fluxo simpático para a periferia. 
Clonidina 
Agonista alfa-adrenérgico com ação predominante nos receptores pré-sinápticos, além da sua eficácia anti-hipertensiva, tem sido usada em doses baixas na profilaxia da enxaqueca. No SNC diminuem o fluxo simpático para a periferia, e diminui a liberação de nor, agonista alfa 2 pré sináptico.

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