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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A. C. SIMÕES BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA MAGNETISMO Amanda Constantino Monteiro MACEIÓ 2022 MAGNETISMO Amanda Constantino Monteiro 1- INTRODUÇÃO Magnetismo é definido como o fenômeno de atração e repulsão observado entre objetos que possuem propriedades magnéticas. Estas, por sua vez, são definidas pelo comportamento apresentado pelo material de estudo ao ser colocado na presença de um camapo magnético externo, e que podem ser classificadas em três tipos – diamagnéticas, paramagnéticas e ferromagnéticas. Por outro lado, o magnetismo pode ser explicado através das forças dipolo onde os materiais que dispõem de propriedades magnéticas, possuem dois diferentes polos e, assim, quando as partículas negativas movimentam-se, sendo atraídas ou repulsadas por outras partículas, há o magnetismo – gerado pela movimentação das partículas. Tal fenômeno ocorre no campo magnético, que é a região ao redor de um ímã, por exemplo, na qual a força magnética atua e, portanto, outros corpos colocados nessa região também irão sofrer um efeito de atração ou repulsão. Figura 1 – Esquema do campo magnético formado em torno de um imã. Dessa forma, ao decorrer dos experimentos realizados, estudos e observações; buscamos avaliar as propriedades magnéticas dos materiais presentes no experimento, assim como, validar a teoria acerca dos campos magnéticos e do fenômeno do magnetismo. 2- RESULTADOS 2. 1 MATERIAIS QUE SÃO ATRAÍDOS POR ÍMÃS No primeiro experimento, buscamos estudar se objetos de diferentes materiais são atraídos por um ímã e avaliamos também se os extremos de cores diferentes de um ímã atuam da mesma forma sobre os objetos estudados. Assim, dispomos de alguns materiais e aproximamos deles o imã reto, e observamos por qual dos lados o objeto era atraído. Os resultados se encontram na Tabela 1. Objeto O objeto sofre atração do: Extremo vermelho Extremo verde Sim Não Sim Não Placa de Policarbonato X X Haste de Plástico X X Haste de Vidro X X Haste de Grafite X X Haste de Ferro X X Haste de Alumínio X X Tabela 1 – Objetos para comprovação das propriedades magnéticas de materiais distintos. O único material que foi atraído pelo imã foi a haste de ferro, os outros materiais não apresentaram propriedades magnéticas. 2. 2 OS EXTREMOS DE UM ÍMÃ RETO SÃO MARCADOS DE FORMAS DIFERENTES Em seguida, ultilizamos um imã reto, um fio de algodão e uma bússola para identificar quais são os polos do imã. Assim, o imã foi amarrado ao fio de algodão e ao cessar o seu movimento de rotação, foi comparada a sua posição com a posição da agulha da bússola e foi observado qual extremidade do ímã estava apontando na direção norte e na direção sul – o lado norte da bússola apontava para o sul do imã, enquanto que o lado norte apontava para o sul do imã. Ou seja, ao aproximar-se o imã da bússola, sua agulha sofria deflexões alternadas. 2. 3 ESTUDO DA FORÇA MAGNÉTICA Em seguida, estudamos se os objetos são atraídos por um ímã mesmo quando não estão em contato com ele. Inicialmente colocamos uma moeda sobre a mesa e aproximamos dela o íma, e notamos que a determinadas distâncias a moeda não parecia ser afetada pelo imã, mas ao aproximar mais os dois objetos a moeda rapidamente se ligava ao imã. Logo após, foi disposto sobre a mesa o mesmo imã e do outro lado uma bússola; notamos que a uma determinada distância maior da bússola, a agulha começou a movimentar-se, apresentando estar sendo afetada pela presença do imã. Por fim, colocamos a moeda, e logo após alguns outros objetos que apresentavam propriedades magnéticas, sobre a placa de policarbonato e abaixo dela o imã: a atração continuou a mesma, não houve alteração no comportamento dos objetos com relação a presença do imã e da placa, pois esses continuaram a acompanhar o movimento do imã abaixo da placa. 2. 4 FABRICAÇÃO DE UM IMÃ No quarto experimento, experimentamos a criação de imãs com arame e limalha de ferro e a desmagnetização dos objetos. Primeiramente foi magnetizado um pedaço de arame de ferro a partir de um ímã, e tal fato foi comprovado ao aproximar o suposto arame magnetizado dos outros arames de ferro e o resultado foi que este primeiro atraia os demais. Ao apróximalo da bússola, foi notado movimentações em sua agulha onde o polo sul era atraido pelo arame magnetizado. Por fim, desmagnetizamos o ímã, aproximando dele o ímã e o afastando, conforme o apresentado na Figura 2. Figura 2 - Processo de desmagnetização 2. 5 EXISTEM ÍMÃS COM UM SÓ POLO? Nesta etapa, foi verificado a existência de monopolo magnético e para isso utilizamos o mesmo imã reto da etapa anterior, mais alguns arames de ferro e a bússola. De ínicio, foi magnetizado o arame como nos procedimentos anteriores, e verificado sua polaridade com a bússola. Em seguida, o arame foi dobrado em um ângulo de 40º e novamente foi observada a polaridade no vértice formado e observamos que não havia polaridade no vértice formado. Depois o mesmo arame foi rompido no vértice e novamente verificada a polaridade de cada pedaço do arame. E partimos ainda um pequeno pedaço de um dos pedaços já partidos e novamente, o verificamos. 2. 6 SÃO MAIS FORTES DOIS ÍMÃS JUNTOS DO QUE UM SÓ? Utilizando uma haste de ferro, dois ímãs e uma regua, buscamos por meio de algumas experimentações com esses materiais, observar o efeito da força magnética sobre corpos em função da união de dois ímãs. Assim dispomos em um extremo da régua a haste de ferro e do outro um dos ímas, que foi sendo aproximado da haste e observado a que distância esse ímã sozinho conseguiria atrair a haste. E o resultado foi que a uma distância de 2,5 cm o ímã conseguia atrair a haste. Em seguida, utilizamos dois ímas, com seus polos opostos unidos, e novamente os aproximamos da haste de ferro; e o resultado foi que para conseguir atrair a haste era necessário estar a uma distância menor do objeto, cerca de 0,5 cm. Por fim utilizamos dois ímãs juntos novamente mas agora com seus polos equivalentes unidos, e realizamos a aproximação novamente. O resultado desse último teste foi que a uma distância de 2 cm os dois ímas juntos conseguiam atrair a haste de ferro. 2. 7 A FORMA DO CAMPO MAGNÉTICO Nesta etapa, buscamos tornar visível a forma do campo magnético de um ímã reto usando limalhas de ferro, uma folha de papel, uma placa de policarbonato e um ímã. Assim, dispomos da folha de papel por cima do ímã e o policarbonato entre estes, e foi salpicado a limalha de ferro sobre a folha. O resultado pode-se conferir na Figura 3. Figura 3 – Campo magnético formado por dois ímãs. 2. 8 CAMPO MAGNÉTICO ENTRE DOIS POLOS DE MESMO SINAL Nesta etapa, estudamos o campo magnético entre dois ímãs cujos os polos de sinais iguais estavam alinhados. Assim, foi montado o sistema entre os dois ímãs de sinais iguais alinhados, sobre eles a placa de policarbonato e depois a folha. Foi salpicado a limalha de ferro sobre o sistema e o resultado da imagem formada pela limalha de ferro atraídas pelo ímã pode ser conferida na Figura 2. Figura 4 – Campo magnético formado por dois ímãs de polos iguais alinhados. 2. 9 CAMPO MAGNÉTICO ENTRE DOIS POLOS DE SINAIS DIFERENTES Novamente buscamos estudar o campo magnético formado na interação entre dois ímãs, mas agora com os sinais opostos alinhados. Assim, montamos o sistema conforme as duas etapas anteriores e salpicamos sobre a folha a limalha de ferro, cuja imagem formada podemos observar na Figura 5. Figura 5 – Campo magnético formado por dois ímãs de polos diferentes alinhados. 2. 10CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA No último experimento, buscamos determinar com a bússola os pontos cardeais, estudar como objetos grandes de ferro podem provocar uma indicação errônea dos pontos cardeais e averiguar a trajetória das linhas de campo sobre a superfície da esfera terrestre. Assim, foi sustentada a bússola na horizontal, distante de qualquer objeto de ferro e foi determinado, pela posição da bússola, os pontos cardeais. O imã cilíndrico é introduzido na esfera de madeira, estando sua parte verde indicando o polo norte. Foi deslocado o sensor de campo magnético sobre a superfície da esfera e determinar em quais pontos dessa há a ocorrência de polos magnéticos. Deslocou-se o sensor desde um polo da esfera terrestre até o outro polo, passando pelo equador (cujo o íma se apresentou neutro, sem inclinação a nenhum dos polos da esfera de madeira) e voltando ao ponto de partida. Foi observado a variância da posição do sensor. Este procedimento foi repetido várias vezes a distâncias maiores. 3. DISCURSSÃO Com base nos resultados obtidos, podemos fazer algumas interpretações acerca do experimento realizado. A partir primeiro experimento realizado, como foi dito, apenas a haste de ferro foi atraída pelo imã e tal fato se dá pois na presença de campo magnético o ferro se imanta fazendo com que seus imãs elementares se alinhem no sentido do campo que foi aplicado, se transformando, assim, em um imã. No segundo experimento, podemos explicar o comportamento do imã pelo fato de que o objeto se orientou baseado no campo magnético da terra. Sobre o estudo da força magnética, a atração dos objetos pelo imã ocorre pois todos são constituídos por materiais ferromagnéticos, sendo os mais leves atraídos a uma maior distância enquanto que os mais pesados precisavam de uma distância menor do imã. Por meio da bússola, foi observado que há atração em todas as direções pelo fato de que o campo é radial. Sobre a existência de um monopolo magnético através de um arrame de ferro, pode-se observar que no vértice não havia polo, mas nos pedaços rompidos, quando aproximado da bússola, esta movimentava a agulha; aparentando possuir um novo polo após realizada a quebra. Assim, podemos afirmar que não existe ímã com um só polo, pois não é possível partir um íma em duas partes para separar o polo Norte do polo Sul. Com relação ao estudo sobre a força dos ímãs juntos ou separados, podemos concluir que um ímã sozinho consegue ser mais eficiente que dois ímãs juntos quando estão com seus polos opostos juntos, mas dois ímãs só conseguem ser mais eficientes se seus polos equivalentes estiverem juntos ao invés de estarem unidos aos seu oposto. Sobre os experimentos 7, 8 e 9 podemos observar a partir das imagens que as linhas do campo do ímã estão mais próximas dos pólos comparada com as demais. Assim, podemos concluir que quanto mais próximas estiverem do campo magnético mais intensa será sua interação com o outro objeto magnetizado. E por fim o último experimento pode-se observar a partir das movimentações do sensor por entre os polos e também pelo equador, a localização dos pontos cardeais, considerando-se Movendo o sensor entre os polos e passando pelo equador, foi possível observar a localização dos pontos cardeais, considerando-se os polos do sensor que são atraídos. 3. CONCLUSÃO A partir dos experimentos realizados e dos conhecimentos referentes a teoria acerca dos circuitos elétricos e de seus tipos e configurações, podemos concluir através deste experimento que foi possível observar o comportamento dos campos magnéticos existentes através da interação entre ímãs, e também podemos validar a teoria acerca do tema e de seu funcionamento. Por fim, foi possível complementar nossos conhecimentos acerca do campo magnético, interações entre ímãs e seus polos, confirmando portanto, que os conceitos acerca de seu fucionamento é valido tanto na teoria quanto na prática. 4. REFERÊNCIAS WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de física volume 3: Eletromagnetismo. [S.l.]: Rio De Janeiro LTC, 2013.
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