Buscar

Diagnóstico por Imagem - Ultrassom Diagnóstico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ultrassom diagnóstico
Definição
Ultrassom:
- Significa a emissão de ondas sonoras de alta frequência;
- Inaudíveis aos ouvidos humanos;
- É o princípio físico.
Ultrassonografia:
- Princípio médico;
- Exame em que se utiliza o ultrassom.
Bases históricas
Final do século XIX
- Descoberta das ondas de rádio, da radioatividade e a existência da energia acústica além dos limites percebidos pelo ouvido humano.
Lazzaro Spallanzani (1729-1799)
- Padre e fisiologista italiano, estudioso em ciências naturais;
- 1793: capacidade de orientação durante o voo dos morcegos ligada à audição;
- 1940: provada a existência de biossonar em morcegos e mamíferos marinhos (golfinhos, baleias etc).
Pierre Curie (1859-1906)
- Físico francês;
- Cristalografia, magnetismo, piezo-eletricidade e radioatividade;
- 1880: irmãos Curie (Pierre e Paul Jacques) – demonstraram a geração de um potencial elétrico quando se comprimiam cristais;
- 1881: Gabriel Lippmann demonstrou o efeito inverso – os cristais podiam ser deformados quando submetidos a um campo elétrico.
Paul Langevin (1872-1946)
- Magnetismo, sonar para submarinos;
- Desenvolveu sistemas de sonar para fins militares, utilizou na primeira guerra mundial (1914-1918) para orientação embaixo da água;
- Aparelho de emissão e recepção de ondas sonoras.
Karl Theodore Dussik (1908-1968)
- Médico neurologista e psiquiatra austríaco;
- 1942: introduziu a ultrassonografia no campo da medicina, em diagnósticos de doenças cerebrais;
- 1966 – Ivan L. Lindahl utilizou a ultrassonografia para diagnóstico da gestação em ovelhas.
Princípios básicos do ultrassom
Som
- É uma onda mecânica e sua propagação ocorre pela vibração das partículas do meio no qual se alastra.
Ultrassom
- Ondas sonoras com frequência superior ao máximo audível pelo ser humano;
- Aproximadamente acima de 20.000 ciclos/segundo (20kHz):
· 1 Hertz = 1 ciclo/segundo;
· 1 KHz = 1000 ciclos/segundo;
· 1 MHz = 1 milhão de ciclos/segundo.
- Nos exames diagnósticos, são utilizadas frequências sonoras compreendidas na faixa de 2 a 15 MHz.
Propriedades físicas da onda sonora
Comprimento de onda (lambda):
- É a distância que a onda percorre durante um ciclo;
- Corresponde a dois quadrantes positivos e dois negativos.
- Quando as ondas de US atravessam os tecidos, formam nas moléculas destes, ondas de compressão e rarefação;
- As áreas de compressão podem ser comparadas com a metade positiva da onda senoidal, e as de rarefação com a metade negativa;
- Importante na aplicação do ultrassom em tecidos sensíveis;
- Moléculas da composição sofrem a condição do afastamento;
- Ultrassom na fisioterapia é de frequência mais alta, mais intensa > gera aquecimento dos tecidos.
Frequência (f):
- É o número de vezes que uma onda é repetida em um espaço de tempo (segundo);
- Ou seja, o número de ciclos por segundo;
- Quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência > penetração menor e melhor qualidade da imagem;
- Quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência > atinge profundidades maiores, mas a qualidade da imagem diminui.
Amplitude (a):
- Corresponde À magnitude ou intensidade sonora.
Velocidade (c):
- É constante para cada material, dependendo das suas propriedades elásticas e densidade;
- Com exceção do ar, pulmão e ossos, os outros tecidos e órgãos possuem densidades muito próximas;
- A maioria de aparelhos de US é calibrada para a velocidade média de 1540 m/s;
- Em órgãos diferentes, cria artefato;
- Exame ultrassonográfico é basicamente interpretativo.
Impedância acústica (z):
- É a habilidade dos tecidos de resistirem ou impedirem a transmissão do som;
- A interface entre tecidos com diferentes impedâncias acústicas torna-se uma superfície refletora para as ondas de som.
Urolitiase vesical.
Corpo estranho: coco bocalúva.
Interação do som com outros tecidos
Atenuação
- O feixe de US é atenuado conforme atravessa os tecidos;
- Os ecos refletidos de volta em direção ao transdutor são atenuados da mesma maneira;
- A quantidade de atenuação é diretamente proporcional à frequência do feixe > frequências mais altas são muito mais atenuadas que frequências baixas;
- Maior a frequência, maior a atenuação.
Absorção
- Refere-se à conversão da energia mecânica do pulso (energia acústica) em calor;
- Isso de deve, em princípio, às forças de fricção, conforme as moléculas do meio de transmissão se movem para trás e para frente, de forma longitudinal, em resposta à passagem da onda sonora.
Reflexão
- Porções da onda sonora que batem em superfícies refletoras são refletidas e retornam ao transdutor e para todas as direções;
- As que voltam para o transdutor é a base da formação da imagem;
- Os ecos refletidos das interfaces dos tecidos moles em direção ao transdutor formam a base da imagem do US;
- O som refletido para longe do transdutor não contribuem para a formação da imagem.
Dispersão (espalhamento)
- Ocorre quando o feixe de US encontra interfaces pequenas e irregulares (< 0,5mm) no parênquima dos órgãos.
Refração
- É a mudança de direção do feixe, quando ele atinge uma interface em um ângulo oblíquo, a velocidade muda proporcionando mudança no comprimento de onda do feixe;
- Isso pode produzir um artefato de localização imprópria de uma estrutura.
Produção do ultrassom
Efeito piezoelétrico
- Piezo = pressão;
- Transforma energia mecânica em energia elétrica e vice-versa.
Definição:
- É a capacidade que determinados materiais, como cristais e certas cerâmicas (quartzo, turmalina, titanato zirconato de chumbo, titanato de bário, tartarato de Na e K) tem de vibrarem em determinada frequência quando submetidos a uma determinada pressão mecânica, inclusive aquela provocada pelo som, transformando-a em impulsos elétricos;
- No efeito piezoelétrico reverso, quando se aplica uma corrente elétrica alternada, ocorre uma deformação no cristal, que vibra, emitindo ondas de ultrassom.
Efeito piezoelétrico:
- Pressão nas placas elétricas, comprimindo o cristal > gera um campo elétrico;
- Campo elétrico gerado pelo alinhamento das moléculas.
Efeito piezoelétrico reverso:
- Piezoeletricidade: a tensão alternada produz oscilações nas dimensões do cristal devido ao realinhamento das moléculas polarizadas.
Transdutores (sonda, probe)
- Footprint > é a parte sensível > há um conjunto de cristais dispostos em várias formar;
- Produz corrente elétrica conhecida e envia pelo transdutor;
- Corrente elétrica produz vibração no cristal > produção de ultrassom;
- Ultrassom penetra nos tecidos e, conforme vai se chocando com as superfícies refletoras, vai refletindo e voltando ao aparelho;
- Aparelho lê a diferença de intensidade do som que ele enviou e recebeu, interpretando o tempo que demorou para retornar > forma a imagem.
Deposição dos cristais:
Tipos de transdutores:
- Lineares > imagem ampla;
- Curvos (ou convexos) > janela menor;
- Setoriais > parede linear, mas parte de um ponto finíssimo.
Funcionamento:
- Quando o cristal pulsa, mais ou menos 2 ou 3 comprimentos de onda são emitidos em cada pulso antes que um bloqueio amorteça a vibração;
- O comprimento do pulso espacial é, normalmente, 2 ou 3 comprimentos curtos de onda;
- O comprimento do pulso geralmente varia de 0,1 a 1mm de comprimento > depende da frequência do transdutor.
Escolha do transdutor:
- Cães pequenos (< 10 kg): transdução de 7,5 a 10 MHz;
- Cães de tamanho médio: transdutores de 5 MHz;
- Cães grandes: transdutores de 3 MHz ou menos.
 Zona focal
- É a área onde ocorre a melhor formação da imagem ao longo do comprimento do feixe, varia com a frequência do cristal;
- Os aparelhos possuem controles que deslocam a zona focal para mais perto ou mais longe da superfície do transdutor, com o objetivo de otimizar a imagem sobre a área de interesse;
- Assim, a profundidade da zona focal pode ser ajustada manualmente;
- Aparelhos antigos possuíam um ponto focal fixo a uma determinada profundidade.
Planos da imagem ecográfica (foco)
Resolução espacial
- É o termo que designa a menor distância entredois pontos;
- Depende, principalmente, da frequência do transdutor;
- Quanto maior a frequência, melhor a resolução espacial.
Y = resolução axial. X = resolução lateral. Z = resolução transversal.
Y = Resolução axial:
- É a resolução da imagem ao longo do feixe sonoro;
- Distingue dois pontos ao longo do feixe ecográfico;
- É determinada pela frequência da sonda: quanto mais alta a frequência, melhor a resolução axial, porém, a penetração máxima diminui.
X = resolução lateral:
- É a resolução perpendicular à direção do feixe de ultrassom;
- É a habilidade de definir pontos adjacentes perpendiculares ao eixo do feixe;
- Depende da largura (diâmetro) do feixe;
- Pode ser ajustada pela focagem da sonda;
- Mais pontos de focagem aumentam a resolução lateral, porém, diminui o número de atualizações da imagem por segundo.
Z = resolução transversal (ou de elevação):
- É a habilidade de definir pontos adjacentes perpendiculares ao eixo do feixe e ao plano de varredura;
- É determinada pela espessura das “fatias” no plano perpendicular ao eixo do feixe e ao plano de varredura ecográfica.
Modos de exibição dos ecos
Modo A (modo amplitude)
- Método unidimensional com visibilização da amplitude do eco em um osciloscópio;
- Sistema de coordenadas é utilizado medindo-se as distâncias percorridas pelo som.
Transdutor no globo ocular. Atravessa a córnea, entra no cristalino, depois na câmara posterior do olho e por fim, entrou e saiu da esclerótica.
Modo b (modo brilho)
- Método bidimensional;
- A intensidade do eco é visibilizada como um ponto luminoso em um monitor;
- Quanto maior a reflexão da onda sonora, mais intenso o brilho do ponto luminoso;
- As diferentes intensidades de brilho determinam, em uma escala de cinza, diversas ecogenicidades.
Feixe de onda sonora penetra o paciente > bate na estrutura esférica > gera picos no osciloscópio e “pontos” na imagem de modo B. 
Modo M (Modo movimento)
- É a representação gráfica de estruturas em movimento e é utilizado na avaliação de estruturas cardíacas (ecocardiografia);
- É útil para avaliação precisa das câmaras e paredes cardíacas, além da avaliação quantitativa da movimentação da válvula e da parede com o tempo.
Consegue medir a espessura do músculo cardíaco, o tamanho da cavidade do ventrículo, espessura do septo intraventricular na diástole e na sístole. Além de avaliar a FC.
Animal com dispneia, taquipneia. Gráfico oscilando.
Feto. Funcionamento do coração se mostra de forma contínua.
Método Doppler
- Identifica estruturas em movimento;
- Ex.: fluxo sanguíneo no interior de vasos.
Indicações:
- Identificar fluxo sanguíneo: direção, velocidade, volume e pressão exercida nas válvulas cardíacas;
- Identifica vascularização de órgãos e massas;
- Detectar shunts (canais vasculares que comunicam erroneamente alguns vasos) portossistêmicos, fístula arteriovenosa e formação de trombos;
- Procurar ureteres ectópicos.
Princípios:
Fluxo de sangue em direção ao transdutor > comprime ondas sonoras. Se afastando do transdutor > onda sonora menos compactada.
Vaso sanguíneo + aplicação do feixe sonoro. Janela de amostragem é colocada bem no meio do vaso, se colocado na borda, há turbulências e dá audição errônea.
- Ângulo tem que ter no máximo 60°.
Tipos:
- Contínuo;
- Pulsado;
- Colorido;
- De amplitude (power).
Espectral (contínuo e pulsado):
Altura do pico é a velocidade do fluxo. Distância entre um e outro é a duração dele.
Gráfico com grau importante de refluxo.
- Contínuo é utilizado em altas velocidades > avaliação de câmara cardíaca;
- Pulsado é utilizado em outros vasos.
Colorido:
- Vai colorir as estruturas do sangue.
Aparece vermelho se está em direção do transdutor. Azul quando se afasta do transdutor. Quanto mais claro estiver, mais veloz está o fluxo do sangue.
Amplitude:
- Utilizados para fluxos de baixa velocidade;
- Mede quantidade de estruturas em deslocamento.
- Fica vermelho se houver poucas hemácias;
- Fica laranja conforme vai aumentando o número de estruturas em movimento;
- Fica amarelo quando tem muitas estruturas em movimento.
Interpretação das cores:
- Vermelho, alaranjado e amarelo > para fluxos que se dirigem a favor do transdutor (aumento de velocidade);
- Do azul ao verde > para fluxos que se afastam do transdutor.
Corte transversal da veia cava caudal e aorta.
Vasos do fígado. Veia Porta e Veia Cava Caudal.
Caracterização da vascularização de massas.
Artefatos da US Doppler:
Aliasing (Doppler espectral):
- Gráfico “amputado”, aparecendo embaixo.
- Erro de velocidade.
Correção do artefato Aliasing:
- Aumentar a Frequência de Repetição de Pulso (PRF);
- Deslocar a linha de base;
- Reduzir a frequência do transdutor.
Aliasing (Doppler colorido):
- Estrutura desvia o sentido do fluxo > causa turbilhonamento e alteração de cor;
- Se PRF estiver desajustada, pode criar artefato.
Movimento:
- Janela de amostragem fica praticamente toda pintada;
- Causada por movimento/tremor do paciente.
Ganho:
- É a sensibilidade do transdutor.
- Se diminui muito a sensibilidade, não vai captar o fluxo;
- Se aumenta muito a sensibilidade, preenche toda a janela de amostragem.
- Necessário ajustar a sensibilidade para uma captação suficiente, regulagem média.
Terminologia ultrassonográfica
- Número;
- Topografia/posição anatômica;
- Contorno/superfície/margem/;
- Forma;
- Dimensões;
- Arquitetura;
- Ecogenicidade;
- Ecotextura.
Número
- Órgãos pares e órgãos ímpares;
Ausência de um órgão: 
- Agenesia, hipoplasia, alteração da textura/arquitetura a ponto de não ser reconhecido.
Topografia/posição anatômica
Localização normal: 
- Não pode ser descrita.
Estrutura desorganizada no lugar que um órgão: 
- Descrição da estrutura, seguida de (por exemplo) “em região anatômica de rim esquerdo”.
Posição de uma estrutura (massa, nódulo, cisto):
- Descrever a posição da estrutura em relação a um órgão: descrição da estrutura, seguida de (por exemplo): “ventralmente ao polo cranial renal esquerdo”.
Contorno/superfície/margem
Contorno: 
- Para órgãos:
· Regular/irregular;
· Serrilhado;
· Micronodular/macronodular.
Margem:
- Para lesões focais ou órgãos:
· Definidos, delimitados ou não;
· Regular, irregular;
· Arredondado, romba, afilada.
Forma
- Alvo;
- Ferradura;
- Olho de boi;
- Esférica;
- Tubular;
- Amorfa.
Exemplo:
- Estrutura nodular com arquitetura interna em alvo;
- Massa amorfa ecogênica no lúmen da bexiga urinária.
Observações:
- Alterações de forma de um órgão pode ser extrínseca ou intrínseca;
- Às vezes se confunde com contorno/superfície/margem.
Dimensões
- Variam com relação ao tamanho e peso do animal;
- Comparação com outras estruturas e relações anatômicas.
Rins:
- Cães: R/Ao (5,5 a 9,1 cm);
- Gatos: de 3,0 a 4,3 cm.
Fígado: 
- Bordas costais.
Baço:
- Relações anatômicas.
Arquitetura
- Refere-se ao aspecto anatômico de um órgão em sua totalidade, ou seja, às particularidades parenquimais do órgão representadas por córtex, medula, padrão vascular etc.;
- Mantida ou preservada;
- Desestruturada, anárquica.
Padrões ecográficos básicos
- Cístico > “bolinha”, cápsula com conteúdo líquido;
- Sólido > textura uniforme;
- Cálcico > superfície brilhante, fazendo sombra em campos profundos;
- Tubular;
- Líquido;
- Laminar > padrão fino, estreito;
- Estratificado (multilaminar) > ex.: estratificação do intestino;
- Gasoso > brilho onde está a bolha de gás, grau de sombra acústica ao redor;
- Misto > várias estruturas em uma;
- Complexo > se tiver muitas alterações em uma só.
Ecogenicidade
Ecogênico ou ecoico:
- A maioria do som é refletida de volta para o transdutor;
- Áreas ecogênicas aparecem brancas na tela.
Sonolucente:
- A maioria do som é transmitida para tecidos mais profundos;
- Poucos ecos refletidos de volta ao transdutor;
- Aparecem escuras na tela.
Anecoico:
- O tecido transmite todo o som para tecidos mais profundos, não refletindo nenhum dos sons de volta à sonda;
- Áreas anecoicas aparecem pretas na tela e geralmente são estruturas cheias defluidos.
Terminologia de descrição comparativa
Hiperecoico:
- Descreve áreas que refletem mais som de volta à sonda do que os tecidos circundantes;
- Áreas hiperecoicas aparecem mais brilhantes que os tecidos circundantes.
Hipoecoico:
- Tecidos que refletem menos som de volta ao transdutor do que os tecidos circundantes;
- Áreas hipoecoicas aparecem mais escuras do que os tecidos circundantes.
Isoecoico:
- Tecidos que apresentam ter a mesma ecogenicidade na tela em comparação com os tecidos circundantes.
Interpretação da imagem
Ecogenicidade dos tecidos 
- Por sequência;
1. Bile, urina;
2. Medula renal;
3. Músculo;
4. Córtex renal;
5. Fígado;
6. Gordura de reserva;
7. Baço;
8. Próstata;
9. Seio renal;
10. Gordura estrutural, paredes de vasos;
11. Ossos, gás, limites dos órgãos.
Conhecimento anatômico tridimensional das estruturas
Ecos especulares e dispersos
Setas maiores = ecos especulares. Setas menores: ecos dispersos.
Textura da imagem
- O tamanho, o espaço e a regularidade dos pontos.
O tamanho e o espaçamento dos pontos podem ser:
- Uniformes (regulares, homogêneos);
- Não uniformes (irregulares, heterogêneos).
Textura fina (delicada) ou grosseira:
- Refere-se ao tamanho pequeno ou grande do ponto, respectivamente.
Homogênea ou heterogênea:
- Pode se referir tanto à ecogenicidade, quanto à textura;
- Quando possível, devem ser especificadas separadamente;
- Ex.: ecogenicidade heterogênea do parênquima;
- Ex.: textura heterogênea do parênquima.
- É subjetivo!
- Os termos utilizados são difíceis de padronizar por causa da natureza subjetiva da interpretação.
Instrumentação
- Brilho e contraste;
- Profundidade;
- Frequência do transdutor (imagem melhor, profundidade menor) > se escolhe de acordo com o tipo de exame.
Frequência do transdutor.
- Ganho total > sensibilidade do transdutor > aumenta = imagem fica clara, diminui = imagem fica escura.
Ganho total.
- Compensação de ganho com o tempo (CGT).
CGT.
- Potência acústica > único controle que altera a intensidade do som > modifica a voltagem aplicada para vibrar os cristais.
- Faixa dinâmica > ajusta a resolução de contraste da imagem no modo B > comprime ou amplia o intervalo dinâmico de cinza:
· Faixa dinâmica mais estreita: 0 a 45 dB = maior contraste > mais preto e branco;
· Faixa dinâmica mais larga: 0 a 60 dB = mais tons de cinza;
· São pré-ajustados, mas podem ser ajustados manualmente. 
- Processamento de imagem (IP): é uma combinação de parâmetros pré-estabelecidos:
· Faixa dinâmica;
· iClear > aumenta o perfil da imagem, aprimora o detalhe das bordas;
· Persistência (med quads);
· Rejeição de ruídos;
· Cada aparelho tem um número de opções de IP, por exemplo, de 1 a 8.
- Mapa de cinza: as máquinas possuem mapas pré-estabelecidos de diferentes segmentos na escala de cinza.
Mapa de cinza.
- TSI – Imagens Específicas do Tecido: ajusta a velocidade do som para cada tipo de tecido: geral, músculo, fluido e gordura;
- THI – Imagens Harmônicas do Tecido: aumenta a penetração no campo, a resolução ao redor do campo e melhora as imagens de partes pequenas:
· Produz menos lóbulo lateral, artefato de espessura de corte, menos reverberação, melhora a resolução espacial;
· Melhor para estruturas mais profundas do que aquelas superficiais. 
Leitura da tela em modo b
- Indicador do foco: onde a imagem está melhor.
- Alguns tecidos são mais sensíveis que os outros > ex.: feto, vasos ao redor do coração > cuidado!
- Grau de interferência no tecido > muda conforme o tipo de tecido;
- Se o índice ultrapassa de 1 > não se deve ficar com a aplicação do transdutor em uma mesma região por muito tempo > pode criar microbolhas e causar algum dano.
Artefatos de técnica
Dicionário:
- Observação ilusória durante uma medição ou experiência científica e que se deve imperfeições no método ou na aparelhagem;
- Limitações do aparelho ou técnica que oferece alguns erros.
Definição:
- Refere-se à exibição de informações que não transmitem exatamente a verdadeira imagem da área examinada;
- A informação gerada pode ser errônea, superficial ou deslocada.
Reverberação
- Ocorre quando o som é refletido de uma interface altamente refletora, de volta para a sonda e novamente para a sonda e novamente para o tecido, sucessivamente até que a energia tenha sido totalmente atenuada.
Reverberação externa:
- Falha na interface sonda/pele;
- Gel umedece a pele e tira partículas de gás.
Reverberação interna:
- Interface tecidos mole/ar, osso ou metal (ar contido em pulmão e intestino, corpo estranho metálico).
Cauda de cometa:
Reverberação interna: gás em alça intestinal, líquido livre abdominal.
Imagem em espelho (imagem invertida)
- É um tipo de refração;
- Ocorre quando o som é refletido a partir de uma interface curva altamente refletora, como a existente entre o diafragma e o pulmão;
- O som é refletido no diafragma e transmitido para dentro do fígado, de volta ao diafragma e então para o transdutor;
- Como os ecos demoraram a voltar, o aparelho entende que determinada estrutura está localizada mais distante.
Artefato de lobo lateral
- São produzidos por feixes secundários que viajam ao lado e em direções diferentes do feixe primário;
- O aparelho interpreta como se tivessem sido gerados a partir de um feixe primário central;
- Resulta em exibições errôneas de ecos enfraquecidos;
- Ocorrem em interfaces altamente refletoras e superfícies curvas, como: bexiga, vesícula biliar, diafragma;
- Estes podem desaparecer quando o ponto focal é posicionado mais profundamente ou uma sonda diferente é utilizada.
Artefato de espessura de corte
- São vistos dentro de estruturas preenchidas de líquido ou císticas (vesícula biliar, bexiga);
- Ocorre quando parte da largura do feixe do US está fora da estrutura cística;
- Os ecos originados dessa parte do feixe são exibidos incorretamente dentro da estrutura cística, dando a impressão de massa ou sedimento;
- Estes podem ser reduzidos com o uso de sondas de alta frequência e produzindo a imagem dentro da zona focal.
Artefato de refração
- Ocorre quando a onda sonora incidente atravessa tecidos de diferentes impedâncias;
- A onda sonora transmitida para o segundo meio muda de direção;
- Isso pode fazer com que um objeto apareça deslocado de sua posição verdadeira, em imagem dividida ou duplicada (duplicação de órgãos).
Sombreamento acústico
- Ocorre quando o som é refletido ou atenuado sobre uma interface acústica, que impede que o som seja transmitido para os tecidos mais profundos;
- Aparece como uma área de ecos de baixa amplitude (áreas hipoecoicas a anecoicas);
- Pode ser causada por osso, cálculo, gás, mineralização, corpos estranhos variados e, ocasionalmente, por gordura;
- Para ocorrer, a estrutura deve estar na zona focal da sonda e ser tão amplo quanto o feixe;
- Caso contrário, a área sombreada pode ser preenchida por ecos de tecidos circundantes, ou ser muito pequeno e não produzir sombra evidente.
Cálculo vesical.
Sombreamento de contorno
- É um tipo de refração que é ocasionalmente visualizada distal às margens laterais de estruturas císticas;
- Aparece em bexiga, vesícula biliar, rim, junção medula/divertículo renal etc.;
- Ocorre divergência e convergência dos feixes.
Reforço acústico posterior
- É um aumento localizado da amplitude do eco que ocorre distal a uma estrutura de baixa atenuação;
- Principalmente estruturas preenchidas por fluidos anecoicos, como cistos, vesículas biliar e urinária;
- Aparece como um aumento da ecogenicidade.
Artefatos de manipulação
- Estão relacionados à técnica de varredura e à preparação do paciente;
- Preparação inadequada do paciente > jejum inadequado, gases intestinais inadequados etc.;
- Uso inadequado da sonda;
- Definições impróprias do aparelho > saber ajustar o aparelho;
- Má aplicação de gel de junção > tira a camada de ar mínima entre o transdutor e a pele > melhora a condição de transmissão do som.
Complexidade da avaliação de estruturas superficiais:
Almofadasde silicone.
Técnicas de varredura abdominal
Preparação do paciente
Preparação prévia:
- Jejum, enema, medicamentos;
- Jejum sólido: 6 a 24 horas > horas determinadas conforme o paciente tolere e quanto realmente precisa;
- Ingestão hídrica: não é necessário fazer jejum > as vezes mantém contraste, facilitando a identificação de algo;
- Laxativo: Bisacodil (Dulcolax drágea 5mg):
· Cães: 5 a 20mg q8 ou 12h VO;
· Gatos: 5mg q8 ou 12h VO.
- Antifisético: Dimeticona (genérico: comprimido 40mg, cápsulas 125mg, emulsão oral 75mg/ml):
· 40 a 125mg/animal ou 1 a 2 gatos/kg PV, 3x/dia.
- Enema feito para pacientes com muito conteúdo intestinal > não se deve fazer exatamente antes do exame > para pacientes que não deu tempo de fazer o laxativo;
- Sedação ou anestesia quando necessário > animais muito agitados;
- Tricotomia ampla do abdome > fatores médicos acima dos fatores estéticos;
- Aplicação de gel de junção;
- Não utilizar contrastes radiológicos baritados previamente.
Posicionamento do ultrassonografista, paciente e equipamento
Orientação da imagem
- Padrão de imagem;
- Plano sagital e dorsal = parte cranial do paciente ou órgão = lado esquerdo do monitor;
- Plano transversal = lado direito do corpo = lado esquerdo do monitor;
- Decúbito ventral = porções ventrais do corpo = corpo proximal do monitor;
- Decúbito dorsal = porções dorsais do corpo = corpo distal do monitor.
Terminologia de localização da estrutura na tela
Planos de varredura de órgãos abdominais
Varredura FAST:
- Focused Assessment with Sonography for Trauma;
- Ultrassonografia direcionada ao trauma > exame rápido em pacientes traumatizados > nunca substitui um exame ultrassonográfico normal;
- Identifica ruptura de órgãos, hemorragias internas e derrames cavitários;
- Abdominal FAST (AFAST) > abdominal;
- Extended FAST (EFAST) > abdominal direcionado para o tórax;
- Thoracic FAST (TFAST) > tórax.
- Utiliza-se 4 pontos de avaliação para pesquisa de líquido livre abdominal, pleural ou em saco pericárdico;
- Detecção de líquido livre.
Finalidade do abdominal FAST:
- Detectar líquido libre abdominal e outras condições;
- Como um teste de triagem para orientar procedimentos, reanimação;
- Evidenciar lesões intra-abdominais e intratorácicas;
- Não substitui a US abdominal padrão.
4 pontos: DH (diafragmático-hepático), SR (espleno-renal), CC (cisto-cólico) e HR (hepático-renal).
Finalidade do Thoracic FAST:
- Verificar alterações na parede torácica, pulmões, espaço pleural e pericárdico;
- Como um teste de triagem para orientar procedimentos, reanimação;
- Não substitui a radiografia torácica e a ecocardiografia padrão.
3 pontos: DH (diafragmático-hepático), PCS (saco pericárdico) e CTS (chest tube site – região do tubo).
- DH (diafragmático-hepático):
· Pneumotórax;
· Fluido intersticial pulmonar (edema, hemorragia).
- PCS (saco pericárdico):
· Efusão pericárdica, pleural, ambas;
· Tamponamento cardíaco;
· Preenchimento ventrículo esquerdo (hipovolemia).
- DH (chest tube site – região do tubo):
· Efusão pericárdica, pleural, ambas.
Biossegurança em US diagnóstica
Preocupação com os efeitos biológicos
- A US diagnóstica é considerada segura;
- Nunca houve relato de lesões em pacientes causadas pela US diagnóstica;
- Não se pode afirmar categoricamente que a US seja totalmente segura;
- Pesquisas revelaram que muitas sessões de US causam danos aos tecidos;
- A tecnologia da US diagnóstica passou por grande avanço nos últimos anos;
- Preocupação com os riscos, em potencial, dos bioefeitos quando novos aplicativos e tecnologias se tornam disponíveis.
Efeitos biológicos
- Aquecimento dos tecidos;
- Cavitação acústica (formação de microbolhas);
- A US Doppler usa pulsos mais prolongados e com maior repetição (dos pulsos) que outros métodos de US.
- Segundo Mattoon e Nyland (2015), há evidências preliminares de aumento de temperatura em 1°C na interface tecido mole – osso se a zona focal é mantida na posição;
- Isso pode ser importante ao examinar fetos.
Aplicação do princípio ALARA 
- As Low As Reasonably Achievable;
- Os benefícios da US diagnóstica superam claramente os riscos potenciais;
- A potência de saída acústica deve ser acompanhada pelo ultrassonografista durante o exame;
- Deve-se utilizar técnicas que utilizem menor potência de saída acústica desde que não comprometam a qualidade do exame;
- As técnicas de exame utilizam maior potência de saída acústica devem ter sua duração reduzida.
Índice mecânico (mi) e índice térmico (ti)
- TIS: Índice Térmico dos Tecidos Moles;
- TIB: Índice Térmico Ósseo;
- TIC: Índice Térmico Ósseo-craniano.
- Quando ultrapassa de 1, evita-se usar em crânio e coração de fetos.

Outros materiais