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Imunoprofilaxia em Aves Introdução: para aves é mais complexo vacinas do que para outros animais, são muitos tipos de vacinas para aves. Órgão linfoide primários: Bursa de Fabricius e timo ↪Bursa de Fabricius: localizada no final do reto, um órgão linfoide primário responsável pela diferenciação, maturação e proliferação de linfócitos B, responsável pela imunidade humoral (é mediada por anticorpos, que reconhecem o antígeno e ativam mecanismos efetores para eliminá-los e são produzidos pelos linfócitos B). Somente em animais antes da fase adulta (no início da idade sexual, já é possível observar que ele já está bem atrofiado) ↪Timo: localizado na região lateral do pescoço, responsável pela imunidade celular (é mediada pelos linfócitos T, que destroem microrganismos presentes nos fagócitos ou matam as células infectadas que estão desempenhando função de reservatórios de infecções), responsável pela proliferação, maturação e diferenciação de linfócitos T. Somente em animais antes da fase adulta. Órgão linfoide secundário: tonsilas cecais, placas de Pyer e Glândula de Harder ↪Tonsilas cecais: localizada na entrada do ceco ↪Placas de Pyer: tecidos linfoides associados a ao intestino responsáveis pela imunidade local e sistêmica na mucosa intestinal ↪Glândula de Harder: é uma glândula lacrimal, que abriga uma grande quantidade de plasmócitos, mecanismo importante para a imunidade de mucosa, em função da produção de IgA, protegendo principalmente o trato respiratório superior. Vacinas vivas Vacinas vivas: trata-se de vacinas que são compostas por microrganismos vivos (viáveis) que, por sua vez, se multiplicam na ave. ↪Amostras apatogênica: vírus vivo que naturalmente tem baixa patogenicidade, é inoculado, se multiplica na ave, mas não causa doença, porém, promove imunidade na ave. ↪Amostras de baixa patogenicidade (natural): são vírus encontrados naturalmente na natureza, que são aplicados vivos, se multiplicam na ave, podem causar alguma lesão ou sinais clínicos leves, mas não causam doença grave. ↪Amostras patogênicas: se for aplicado em uma ave que está em uma fase de vida que não irá desenvolver a doença, não causa a doença. Mas se for na fase de vida propicia, irá causar a doença. São utilizados em situações restritas. Vacinas vivas atenuadas: o vírus causa a doença normalmente, no laboratório é isolado e naquele estado natural dele causa a doença, mas é sofrido um processo de atenuação (fazer com que ele fique menos patogênico por meio de modificação genética ou em passagens sucessivas em ovos embrionados ou em cultivo celular), fazendo com que ele cause uma doença mais branda no animal ↪Passagens sucessivas em ovos ou em cultivo celular: quando inocula o vírus no ovo, ele se multiplica, pega o conteúdo desse ovo e inocula em outro e assim sucessivamente. Quando ele fica nessa inoculação, ele tem que se adaptar a cada novo hospedeiro, então ele vai perdendo patogenicidade e fica menos propenso a conseguir se multiplicar cada vez menos em ave, uma vez que o vírus que sobrevive depois de tudo isso teve que ir se adaptando cada vez mais e outros morrendo enquanto isso. ↪Propagação: aumenta o número de vírus no ovo ou no cultivo celular ↪Atenuação: passagem do vírus de um cultivo ou ovo para outro por meio da adaptação do vírus ↪Adaptação: vírus se adapta ao ovo ou cultivo celular ↪Riscos/consequências do uso de vacinas vivas atenuadas: pode ocorrer uma reversão do processo, caso animais vacinados misturados com animais não vacinados, o vírus pode pular de uma ave vacinada para uma não, e nisso indo para outras que não estão vacinadas, então ele vai se tornando patogênico novamente e se tornando cada vez mais forte. Dessa forma, é necessário vacinar todas as aves de uma vez. ↪A maioria das vacinas virais de aves são vivas atenuadas. Características das vacinas vivas: ↪Resposta imunológica rápida ↪Estimula imunidade humoral local (IgA) ↪Imunidade humoral sistêmica (IgM e IgY) e imunidade celular ↪Aplicação via água, ocular, aerossol e subcutânea ↪Vacinação geralmente na cria e recria (fases iniciais da ave, antes d entrar na fase de reprodução) e, para algumas doenças, na fase de produção Vacinas inativadas Características gerais: ↪Vírus que não se multiplicam (não têm possibilidade de reversão de virulência) que são inativados por agentes químicos ou físicos. Eles são propagados em laboratório. ↪Utilização de adjuvantes: estimulam a resposta imune - Gel de hidróxido de alumínio (aquosa); Emulsão oleosa (oleosa) ↪Geralmente utilizadas como reforço após imunização prévia com uma ou várias doses de vacinas: não usa na cria e recria. ↪Aplicação vai subcutânea ou intramuscular ↪Imunidade humoral sistêmica (IgM e IgY): títulos mais altos e com maior duração ↪São usadas com o objetivo de imunizar cria e recria com vacinas vivas, e antes de entrar em produção aplica a vacina inativada para ter um reforço após a utilização de vacinas vivas (inativadas produz mais anticorpos) ↪Vacinação geralmente na fase intermediaria ou final da recria para proteção durante o período de reprodução Vacinas recombinantes: inserção de um gene que codifica uma proteína imunogênica de um vírus que causa a doença especifica no genoma de um outro vírus (vetor – vivo, mas ele não causa doença na ave). Não se tem o risco de reversão de virulência que nem na vacina atenuada. Custo alto de produção. Características gerais: ↪Imunidade humoral sistêmica (IgM e IgY) e imunidade celular ↪Aplicação via subcutânea (vetor: gênero Mardivirus da doença de Marek) ou intradérmica (vetor: gênero Avipoxvirus da bouba viária) ↪Imunidade contra ambas as doenças (vírus vetor e vírus do qual foi retirado o gene que foi inserido no genoma do vetor) ↪Não há reversão de virulência: pois você não aplica o vírus mesmo sem contar que os vetores aplicados não vão passar por esse processo pois ele não foi atenuado, e sim já tem um fator de virulência menor ↪Vacinação na cria ou recria Vias de vacinação Incubatório: ↪Vacinação injetável subcutânea: manipulação individual ↪Vacina via spray: automatizada ou manual ↪Vacina “in ovo”: ocorre antes do pintinho nascer, no final da incubação – automatizada Granja: ↪Via aerossol: não pode utilizar vírus inativados. Utilizando corante para saber se todos foram vacinados ↪Via ocular: gota na cavidade ocular. Sabe-se exatamente a quantidade de vírus administrada me cada ave. Forma manual. ↪Via intramuscular: vacina na musculatura do peito ↪Via água de bebida: coloração diferente na água para saber que a vacina está na água e o corante pega no bico da ave para saber que ela ingeriu ↪Via intradérmica: estilete molhado na vacina, perfura a pele na asa e o vírus é inoculado Vacinação para doença de Newcastle via alimentação (milho) Transportar vacina em isopor com gelo Diluir a vacina no diluente fornecido Despejar a vacina em um balde limpo e misturar bem com 1kg de milho de boa qualidade Fornecer às aves soltas Importante IgG: nas aves é denominada IgY Vírus vivo: não pode ter cloro, não pode ter sol
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