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Apg 15: 1. entender a morfofisilogia e embriologia da hiposfise 2. compreender a relacao fisiologica entre a hipofise e hipotalamo 3. revisar a fisiologia do feedback negativo e positivo hormonal Papel central em vários sistemas de retroalimentação reguladores = órgãos mestres do sistema endócrino Localizada na base do encéfalo, na fossa hipofisária, uma depressão na sela turca do osso esfenoide Se conecta ao hipotálamo pelo infundíbulo (que se conecta superiormente ao túber cinéreo, situado entre o quiasma óptico e os corpos mamilares) LOBO ANTERIOR/ADENO-HIpoFISE: Histologia: Tecido epitelial glandular. Células são organizadas em agregados e cordões intercalados por capilares sinusoidais fenestrados - respondem a sinais provenientes do hipotálamo, sintetizam e secretam diversos hormônios hipofisários. Fisiologia: • Hormônios trópicos: regulam a atividade de células em outras glândulas endócrinas distribuídas por todo o corpo. › Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): Mantém a estrutura e estimula a secreção de glicocorticoides e gonadocorticoides (androgênios suprarrenais) pela zona fasciculada e zona reticulada do córtex da suprarrenal › Hormônio tireoestimulante (tireotrópico) (TSH; tireotropina): Estimula o crescimento das células epiteliais da tireoide; estimula a produção e a liberação da tireoglobulina e dos hormônios tireoidianos › Hormônio foliculoestimulante (FSH): Estimula o desenvolvimento folicular no ovário e a espermatogênese nos testículos › Hormônio luteinizante (LH): Regula a maturação final do folículo ovariano, a ovulação e a formação do corpo lúteo; estimula a secreção de esteroides pelo folículo e pelo corpo lúteo; nos homens, é essencial para a manutenção da secreção de androgênios pelas células de Leydig (intersticiais) dos testículos • Hormonios não trópicos: atuam diretamente sobre órgãos-alvo que não são endócrinos › Hormônio do crescimento (GH): Estimula o fígado e outros órgãos a sintetizar e secretar o fator de crescimento semelhante à insulina I (IGF-I), que, por sua vez, estimula a divisão das células progenitoras localizadas nas placas de crescimento e nos músculos esqueléticos, resultando em crescimento do corpo. (1) aumento da síntese de proteínas, na maioria das células do corpo; (2) aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos, como fonte de energia; e (3) redução da utilização da glicose pelo organismo - aumenta a quantidade de proteína do corpo, utiliza as reservas de gorduras e conserva os carboidratos Crescimento de cartilagens e ossos: (1) aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas econdrocíticas, que causam o crescimento ósseo; (2) aumento da reprodução dessas células; e (3) efeito específico de conversão de condrócitos em célulasosteogênicas, ocasionando, assim, a deposição de osso novo. › Prolactina (PRL): Promove o desenvolvimento das glândulas mamárias; inicia a formação de leite; estimula e mantém a secreção de caseína, lactoalbumina, lipídios e carboidratos no leite Embriologia: deriva de uma evaginação do ectoderma da orofaringe em direção ao encéfalo (bolsa de Rathke), aparece na 3 semana. A hipófise, com 10 semanas de desenvolvimento, mostra o tecido ectodérmico da orofaringe em estreita proximidade com o tecido neural. A bolsa de Rathke está prestes a perder a sua conexão com a orofaringe.. As células da bolsa de Rathke dividem- se e diferenciam-se rapidamente na parte distal, envolvendo o infundíbulo que, juntamente com a parte nervosa, forma o lobo posterior de origem neuroectodérmica da hipófise. (fica em contato intimo com o infundibulo) Com o desenvolvimento, as células na parede anterior da bolsa de Rathke crescem rapidamente em número e formam o lobo anterior da hipófise/adeno-hipófise. Uma pequena extensão desse lobo, a porção tuberal, cresce ao redor do pedúnculo do infundíbulo e, por fim, o cerca. A parede posterior da bolsa de Rathke se desenvolve na porção intermediária, que, nos seres humanos, tem pouca importância. Anatomia/Citologia: • Parte distal: Compreende a maior parte do lobo anterior da hipófise e que se origina da parte espessada da parede anterior da bolsa Células dispostas em cordões e nichos interpostos por capilares. › Somatotropos (células de GH): 50%, produzem GH. A presenta vesículas eosinófilas acidófilas). Controlada por liberação hipotalâmicos de ação oposta: o hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH), que estimula a liberação de GH dos somatotropos; e a somatostatina, que a inibe. Greliina potente estimulador da secreção de GH, que aparentemente coordena a ingestão de alimentos por meio da secreção de GH › Lactotropos (células de PRL ou mamotropos): 15-20%, produzem prolactina, apresenta vesículas acidófilicas na fase de armazenamento, e na liberação é cromofóbica. Secreção inibida pela dopamina (hipotálamo) e estimulado pelo hormônio de liberação da tireotropina (TRH) e o peptídio inibidor vasoativo (VIP). Células sofrem hipertrofia e hiperplasia durante a gravidez › Corticotropos (células de ACTH): 15-20%, produzem uma molécula precursora do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), conhecida como pró- opiomelanocortina (POMC). A POMC é ainda clivada por enzimas proteolíticas dentro do corticotropo em vários fragmentos, que incluem ACTH, hormônio β-lipotrópico β-endorfina e encefalina. Liberação regulada pelo hormônio de liberação da corticotropina (hipotálamo) › Gonadotropos (células de FSH e LH): 10%, produzem tanto o hormônio luteinizante (LH) quanto o hormônio foliculoestimulante (FSH), são basófilas. A liberação é regulada pelo hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH) – hipotálamo. › Tireotropos (células de TSH): 5%, produzem o hormônio tireotrópico denominado hormônio tireoestimulante (TSH), que sobre as células foliculares da glândula tireoide atua para estimular a síntese de tireoglobulina e dos hormônios tireoidianos, são basófilos. A liberação está sob o controle hipotalâmico do hormônio de liberação da tireotropina (TRH) que também estimula a secreção de PRL. A somatostatina tem efeito inibidor sobre os tireotropos e diminui a secreção de TSH. **células foliculoestreladas: prolongamentos citoplasmáticos envolvem as células produtoras de hormônios, são células não secretoras de hormônios que têm a capacidade de formar agrupamentos ou pequenos folículos, apresenta junções comunicantes – transmite sinais da parte tuberal para a parte distal. Esses sinais coordenam e modulam a liberação de hormônios pela adeno-hipófise (função reguladora além do sistema porta-hipofisário) • Parte intermédia: Delgada parte remanescente da parede posterior da bolsa, que está em contato com a parte distal Circunda uma série de pequenas cavidades císticas que representam o lúmen residual da bolsa de Rathke. Células circundam os folículos repletos de coloide • Parte tuberal: Se desenvolve a partir das paredes laterais espessadas da bolsa e que forma um colar ou bainha em torno do infundíbulo. É uma extensão da adeno-hipófise ao longo do infundíbulo semelhante a um pedículo. Região altamente vascularizada que contém veias do sistema hipotálamo-hipofisário Células dispostas em pequenos agrupamentos ou cordões em associação com os vasos sanguíneos - exibem imunorreatividade para ACTH, FSH e LH. LOBO POSTERIOR/NEURO-HIpoFISE É uma extensão do sistema nervoso central (SNC) que armazena e libera produtos secretores do hipotálamo. Histologia: tecido secretor neural. ** pituícito é a única célula específica da neuro-hipófise (são células gliais especializadas – associadas a capilares fenestrados – sustentação/semelhante a astrócito) Embriologia: invaginação (o futuro infundíbulo)do neuroectoderma do assoalho do terceiro ventrículo (o diencéfalo) do cérebro em desenvolvimento O infundíbulo dá origem ao pedúnculo e à parte nervosa, ou lobo posterior da hipófise (neuro-hipófise) Fisiologia: Os axônios formam o trato hipotálamo-hipofisário Não terminam em outros neurônios ou em células-alvo, e sim em estreita proximidade com a rede de capilares fenestrados da parte nervosa Contêm vesículas secretoras em todas as regiões das célula Neurônios apresentam corpúsculos de Nissl bem desenvolvidos (atividade secretora) Não é uma glândula endócrina, é um local de armazenamento de neurossecreções dos neurônios dos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo. - Os axônios não mielinizados transportam os produtos neurossecretores para a parte nervosa. Outros neurônios dos núcleos hipotalâmicos liberam seus produtos secretores na rede de capilares fenestrados do infundíbulo, o primeiro leito capilar do sistema porta- hipotálamo-hipofisário Anatomia: • Parte nervosa: Contém os axônios não mielinizados neurossecretores (corpos celulares nos nucleos supraópticos e paraventriculares) e suas terminações Vesículas neurossecretoras: 10-30nm, acumulam-se nas terminações axônicas e formam acúmulos que dilatam porções do axônio situadas próximo das terminações (corpúsculos de Herring) Vesículas de acetilcolina: 30nm, papel específico na liberação das vesículas neurossecretoras **As vesículas neurossecretoras envolvidas por membrana, que se agregam para formar os corpúsculos de Herring, contêm ocitocina ou hormônio antidiurético (ADH) - secretados por diferentes células nos núcleos hipotalâmicos › ADH/Vasopressina: é o principal hormônio envolvido na regulação da homeostasia hídrica e osmolaridade dos líquidos corporais. Produzido pelos corpos celulares dos neurônios localizados nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo. Diminui o volume de urina ao aumentar a reabsorção de água pelos ductos coletores do rim; diminui a taxa de sudorese em resposta à desidratação; aumenta a pressão arterial ao estimular a contração das células musculares lisas na parede das arteríolas › Ocitocina: promove a contração do musculo liso uterino durante o orgasmo, a menstruação e o parto. Contrai as células mioepiteliais dos alvéolos secretores e dos ductos alveolares da glândula mamária. – Ejeção de leite • Infundíbulo: É contínuo com a eminência mediana e contém os axônios neurossecretores que formam o trato hipotálamo-hipofisário SUPRIMENTO SANGuiNEO • Artérias hipofisárias superiores: suprem a parte tuberal, a eminência mediana e o infundíbulo. Esses vasos originam-se das artérias carótidas internas e artéria comunicante posterior do círculo arterial do cérebro (círculo de Willis) • Artérias hipofisárias inferiores: suprem principalmente a parte nervosa. Esses vasos originam-se exclusivamente das artérias carótidas internas. A maior parte da adeno- hipófise não tem suprimento arterial direto. • Veias porta-hipofisárias: vem do plexo capilar primário, segue pela parte tuberal e forma o plexo capilar secundário – transporta secreções neuroendócrinas dos hormônios hipotalâmicos de seus locais de liberação, na eminência mediana e no infundíbulo, diretamente para as células da parte distal. ** A maior parte do sangue proveniente da hipófise drena no seio cavernoso, na base do diencéfalo, e, em seguida, na circulação sistêmica. – Alguns podem passar pelas veias porta curtas até o hipotálamo (retroalimentação diretamente ao encéfalo, sem o circuito da circulação sistêmica) INERVacao Neuro-hipófise: provenientes dos nucleos hipotalâmicos Adeno-hipófise: fibras pós-sinápticas do sistema nervoso autônomo e desempenham função vasomotora Hipotálamo produz ADH e Ocitocina e secretam polipeptídios que promovem e inibem a secreção e a liberação dos hormônios da adeno-hipófise, que também se acumulam nas terminações nervosas localizadas próximo da eminência mediana e do infundíbulo, e são liberados no leito capilar do sistema porta-hipotálamo- hipofisário para transporte até a parte distal da hipófise. SISTEMA PORTA-HIPOFISÁRIO Os hormônios de liberação do hipotálamo sinalizam a secreção dos hormônios da adeno-hipófise. Os hormônios de liberação produzidos nos neurônios hipotalâmicos são secretados como neurotransmissores pelos terminais axônicos desses neurônios Os hormônios de liberação secretados entram no plexo capilar primário na eminência mediana do hipotálamo e depois seguem inferiormente pelo sistema de veias porta-hipofisárias até um plexo capilar secundário na adeno-hipófise Os hormonios e liberação saem da corrente sanguínea e conectam-se às células da adeno-hipófise, estimulando- as a secretar hormônios (GH, LH, TSH, PRL) Os hormônios secretados pelas células da adeno-hipófise entram no plexo secundário, de onde esses hormônios entram na circulação geral e seguem para seus órgãos- alvo por todo o corpo Os hormônios de inibição secretados pelo hipotálamo seguem a mesma rota, mas agem para inibir a secreção hormonal das células da adeno-hipófise **sistema porta é um m sistema de vasos sanguíneos no qual o sangue é coletado de um leito capilar (hormonios de liberação ou inibição) e segue pelas veias até um segundo leito capilar (adeno-hipófise) › Hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH): estimula a secreção e a excreção gênica do GH pelos somatotropos › Somatostatina: Inibe a secreção de GH pelos somatotropos e de TSH pelos tireotropos; inibe a secreção de insulina pelas células B das ilhotas pancreáticas › Dopamina: Inibe a secreção de PRL pelos lactotropos › Hormônio de liberação da corticotropina (CRH): Estimula a secreção de ACHT pelos corticotropos; estimula a expressão gênica para a POMC nos corticotropos › Hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH): Estimula a secreção de LH e de FSH pelos gonadotropos › Hormônio de liberação da tireotropina (TRH): Estimula a secreção e a expressão gênica do TSH pelos tireotropos; estimula a síntese e a secreção de PRL **alça de retroalimentação hipotálamo-hipofisária: fornece uma via reguladora pela qual a informação geral proveniente do SNC contribui para a regulação da adeno-hipófise e, consequentemente, para a regulação de todo o sistema endócrino Produção hormonal é frequentemente controlada por meio de mecanismos de retroalimentação do órgão-alvo Resposta a um estímulo (ação de um hormônio) exerce um efeito sobre o estímulo original (célula secretora do hormônio) Retroalimentação negativa: quando a resposta diminui o estímulo original Retroalimentação positiva: ocorre quando a resposta aumenta o estímulo original. ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, correlações com Biologia celular e molecular. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 GUYTON, A.C. e Hall J.E. – Tratado de Fisiologia Médica. Editora E lsevier. 13ª ed., 2017 SADLER, T.W. Langman Embriolog ia Médica. 13. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kooga n, 2016. SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017
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