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APG 20 - GLÂNDULA SUPRARRENAL

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Apg 20: 
1. compreender a anatomia e histologia da glandula suprarrenal 
2. entender a fisiologia do cortisol 
 
EMBRIOLOGIA 
Células corticais: mesênquima mesodérmico 
Medula: células da crista neural 
ANATOMIA 
São órgãos pares localizados no espaço retroperitoneal 
da cavidade abdominal, estão inseridas na gordura 
perirrenal nos lobos superiores dos rins 
Gandula direita é achatada e triangular 
Glandula esquerda tem formato semilunar 
Irrigação: artérias suprarrenais superior, média e inferior, 
e é drenada pelas veias suprarrenais 
**veia suprarrenal direita drena direto para a veia cava 
inferior 
Ramificação dos vasos antes de entrar na capsula, 
formando um sistema: 
• Capilares capsulares, que suprem a cápsula 
• Capilares sinusoidais corticais fenestrados, que suprem 
o córtex e, em seguida, drenam nos capilares sinusoides 
fenestrados medulares 
• Arteríolas medulares, que atravessam o córtex, 
seguindo o seu percurso dentro das trabéculas e 
transportando sangue arterial para os sinusoides capilares 
medulares. 
Medula apresenta um duplo suprimento sanguíneo: o 
sangue arterial proveniente das arteríolas medulares e o 
 
 
 
sangue venoso, proveniente dos capilares sinusoidais 
corticais que já supriram o córtex. 
Vênulas, que se originam dos sinusoides corticais e 
medulares, formam a veia adrenomedular central, que 
drena diretamente como veia suprarrenal na veia cava 
inferior do lado direito e na veia renal esquerda do lado 
esquerdo 
Vasos linfáticos: distribuição da cromogranina A um 
produto de secreção das células cromafins. – Complexo 
proteico de armazenamento para a epinefrina e a 
norepinefrina, e também uma molécula precursora para 
vasostatina, pancreastatina, catestatina e parastatina. 
(modulam a função neuroendócrina das células cromafins 
(efeito autócrino) e de outras células em órgãos 
distantes) 
 
HISTOLOGIA 
São recobertas por uma capsula de tecido conjuntivo – 
trabéculas até parênquima (vasos sanguíneos e nervos) 
Tecido parenquimatoso secretor organizado em: 
• Córtex: porção secretora de esteroides, situado abaixo 
da capsula 
• Medula: porção secretora de catecolaminas, situada 
abaixo do córtex e forma o centro da glandula 
 
MEDULA DA SUPRARRENAL 
É composta por um parênquima com células espitelioides 
– células cromafins/medulares, além de tecido conjuntivo, 
capilares sanguíneos sinusoidais e nervos 
Fibras nervosas simpáticas pré-sinápticas mielinizadas 
passam diretamente até as células cromafins – liberam 
seus produtos 
**células cromafins são neurônios modificados, atuam 
como neurônio pós-sináptico, mas não apresentam 
prolongamento axônico 
Células ganglionares da medula: seus axônios vão ate o 
cortex para modular sua atividade secretora e inervar os 
vasos sanguíneos, também se estendem fora da glândula 
até os nervos esplâncnicos que inervam os órgãos 
abdominais. 
Glicocorticoides produzidos no córtex da suprarrenal 
alcançam diretamente a medula por meio da 
continuidade dos capilares sinusoidais corticais e 
medulares - induzem a enzima que catalisa a metilação 
da norepinefrina a produzir epinefrina 
**As células que contêm epinefrina são mais numerosas 
em áreas da medula irrigadas por sangue que já passou 
pelos sinusoides corticais e que, portanto, contêm 
glicocorticoides secretados 
Síntese: vem da tirosina – hidroxilações sucessivas – 
dopamina – noraepinefrina – hidroxilação – epinefrina 
CÉLULAS CROMAFINS 
Organizadas em agrupamentos ovoides e em cordões 
interconectantes curtos, originam-se dos capilares 
corticais ou, na forma de ramos, das arteríolas corticais. 
Apresenta vesículas secretoras : catecolameinas 
(epinefrina e noraepinefrina), além de cromograninas 
(conferem densidade ao conteúdo) 
• Vesículas com uma região central densa: secreta 
noraepinefrina 
• Vesículas menores, mais homogêneas e menos densas: 
secreta epinefrina 
A exocitose das vesículas secretoras é desencadeada 
pela liberação de acetilcolina dos axônios simpáticos pré-
sinápticos que fazem sinapse com cada célula cromafim. 
Cromograninas + ATP + Calcio = ajudam a ligas as 
catecolaminas e baixo peso molecular e são liberados 
com os hormônios na exocitose 
As catecolaminas, sintetizadas no citosol, são 
transportadas dentro das vesículas por meio da ação de 
uma ATPase ativada por magnésio, na membrana da 
vesícula. 
Liberação: resposta direta à estimulação nervosa 
simpática da medula suprarrenal. A acetilcolina liberada 
das terminações nervosas simpáticas pré-ganglionares 
liga-se a receptores colinérgicos nicotínicos (canais 
iônicos regulados por ligantes) na membrana plasmática 
das células cromafins, levando ao rápido influxo de Na+ e 
à despolarização da membrana celular. A despolarização 
das células leva à ativação dos canais de Ca2+ regulados 
por voltagem, produzindo um influxo de Ca2+. As 
vesículas sinápticas que contêm as catecolaminas pré-
formadas ficam atracadas sob a membrana sináptica e se 
tornam estreitamente associadas aos canais de Ca2+ 
regulados por voltagem. O influxo de Ca2+ desencadeia 
o processo de exocitose dos grânulos secretores, que 
liberam as catecolaminas no espaço intersticial, a partir do 
qual são transportadas na circulação até os órgãos-alvo -
ligação a receptores adrenérgicos de membrana celular 
acoplados à proteína G 
 • Receptores afa-adrenergicos: maior afinidade pela 
epinefrina 
receptores α1-adrenérgicos: contratilidade do miocárdio, 
o efeito cronotrópico e o metabolismo hepático da 
glicose 
receptores α2-adrenérgicos: pré-sinápticos, atuando em 
uma alça de retroalimentação negativa para regular a 
liberação de norepinefrina. Todavia, também estão 
envolvidos em funções pós-sinápticas e desempenham 
um papel na homeostasia da pressão arterial. Atua no 
sistema cardiovascular e no sistema nervoso central 
• Receptores beta-adrenergicos: maior afinidade pelo 
isoproterenol do que pela epinefrina ou pela 
norepinefrina 
receptor β1-adrenérgico: contração e do relaxamento 
dos miócitos cardíacos 
receptor β2-adrenérgico: vasodilatação, relaxamento do 
músculo liso brônquico e lipólise 
 
NORAEPINEFRINA E EPINEFRINA 
Simpaticomiméticas (produzem efeitos semelhantes 
àqueles induzidos pela divisão simpática do sistema 
nervoso autônomo) – luta e fuga 
Estimulam a e a mobilização dos ácidos graxos livres do 
tecido adiposo. 
**aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, 
reduzem o fluxo sanguíneo para as vísceras e a pele; 
estimulam a conversão do glicogênio em glicose; 
aumentam a sudorese; induzem a dilatação dos 
bronquíolos; aumentam a frequência respiratória; 
diminuem a digestão e a produção de enzimas pelas 
glândulas do sistema digestório; diminuem a produção de 
urina 
 
CÓRTEX DA SUPRARRENAL 
Secreta hormônios corticoesteroides, que são 
sintetizados a partir do colesterol esteroide 
Dividido em três zonas, de acordo com o arranjo de suas 
células: 
•Zona glomerulosa: externa mais delgada que (15% do 
volume cortical) – mineralocorticoide (aldosterona) 
• Zona fasciculada: média espessa (80% do volume do 
córtex) – glicocorticoides (cortisol e corticoesterona) e 
androgênios 
• Zona reticulada: interna que, embora represente 
apenas 5 a 7% do volume do córtex, é mais espessa 
que a zona glomerulosa, em virtude de sua localização 
mais central. – gonadocorticoides (DHEA) 
SÍNTESE: 
Colesterol dos LDL – receptores específicos das células 
adrenocorticais - colesterol nas células (regulado por 
feedbacks ACTH, angiotensina II) - colesterol na célula - 
transportado para as mitocôndrias, onde é clivado pela 
enzima colesterol desmolase, formando pregnenolona 
(limitante) 
**ACTH faz a ativação da enzima proteina cinase A, que 
causa a conversão inicial do colesterol em pregnenolona 
O cortisol tem um oxigênio cetônico no carbono de 
número 3 e é hidrolisado noscarbonos de números 11 e 
21. 
O mineralocorticoide aldosterona tem um átomo 
deoxigênioligado ao carbono de número 18 
DEGRADAÇÃO: no fígado, conjugados, formando, ácido 
glicurônico e sulfatos – parte são excretados na bile e 
fezes e outros na circulação – rins e excretados na urina 
 
ZONA GLOMERULOSA 
Células colunares em agrupamentos ovoides 
acondicionados em colunas encurvadas, circundado por 
capilares sinusoidais fenestrados 
MINERALOCORTICOIES 
Afetam os eletrólitos/minerais dos líquidos extracelulares 
ALDOSTERONA: Funciona na regulação da homeostasia 
do sódio e do potássio, e no equilíbrio hídrico. Atua sobre 
as células principais dos túbulos distais do néfron no rim, 
na mucosa gástrica e nas glândulas salivares e 
sudoríparas, estimulando a reabsorção de sódio nesses 
locais, bem como a excreção de potássio pelos rins. 
Meia-vida de 20 min (só 605 se liga a proteínas) 
É produzida a partir do colesterol por várias reações 
enzimáticas controladas pela angiotensina II 
A etapa final na biossíntese de aldosterona é facilitada 
pela enzima aldosterona sintase, que é exclusivamente 
expressa nas células da zona glomerulosa. 
**As células da zona glomerulosa precisam da enzima 
17α-hidroxilase e, portanto, são incapazes de produzir 
outros hormônios esteroides suprarrenais, como cortisol 
ou androgênios suprarrenais. 
A secreção dessas células é controlada, principalmente, 
pelas concentrações no líquido extracelular de 
angiotensina II e de potássio, os quais estimulam a 
secreção de aldosterona 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona fornece o 
controle da zona glomerulosa por retroalimentação 
**As células justaglomerulares nos rins liberam renina, em 
resposta a uma diminuição da pressão arterial ou a um 
baixo nível sanguíneo de sódio. A renina circulante catalisa 
a conversão do angiotensinogênio circulante em 
angiotensina I, que, por sua vez, é convertida no pulmão 
pela enzima conversora de angiotensina (ECA) em 
angiotensina II. Em seguida, a angiotensina II estimula as 
células da zona glomerulosa a produzir e a secretar 
aldosterona 
 
ZONA FASCICULADA 
Células grandes e poliédricas, dispostas em longos 
cordões retilíneos, entremeados por capilares sinusoidais, 
citoplasma costuma ser acidofílico e contém numerosas 
gotículas lipídicas (precursores dos hormônios esteroides) 
Apresenta enzimas 17α-hidrolase e a 17,20-liase, para a 
produção de glicocorticoides e pequenas quantidades de 
gonadocorticoides (androgênios suprarrenais) 
GLICOCORTICOIDES: 
Regulam o metabolismo da glicose e dos ácidos graxos, 
regulação da gliconeogênese (síntese de glicose) e da 
glicogênese (polimerização do glicogênio) 
• Fígado: estimulam a conversão dos aminoácidos em 
glicose, estimulam a polimerização da glicose em 
glicogênio e promovem a captação de aminoácidos e 
ácidos graxos 
• Tecido adiposo: estimulam a degradação dos lipídios 
em glicerol e ácidos graxos livres 
• Outros tecidos: reduzem a taxa de utilização da glicose 
e promovem a oxidação dos ácidos graxos 
• Células: como os fibroblastos, inibem a síntese de 
proteína e até mesmo promovem o catabolismo desta, 
a fim de fornecer aminoácidos destinados à conversão 
em glicose no fígado. 
CORTISOL: atua sobre muitas células e tecidos diferentes 
a fim de aumentar a disponibilidade metabólica da glicose 
e dos ácidos graxos, ambos os quais constituem fontes 
imediatas de energia. Se liga a proteínas plasmática 
(globulina ligadora de cortisol ou transcortina e albumina), 
para reduzir a velocidade de eliminação do plasma (meia-
vida de 60-90 min) 
Regulação da produção e secreção pelo ACTH - O 
ACTH é necessário para o crescimento e a manutenção 
das células e também estimula a síntese de esteroides, 
além de aumentar o fluxo sanguíneo por intermédio da 
glândula suprarrenal. 
**os glicocorticoides circulantes podem atuar diretamente 
sobre a hipófise; no entanto, eles exercem mais 
comumente o seu controle por retroalimentação sobre 
os neurônios no núcleo arqueado do hipotálamo, 
causando a liberação de CRH na circulação porta-
hipotálamo-hipofisária. 
 
ZONA RETICULADA 
Células menores, dispostas em cordões anastomosados, 
separados por capilares fenestrados 
GONADOCORTICOIDES (androgênios suprarrenais) 
desidroepiandrosterona (DHEA), sulfato de 
desidroepiandrosterona (DHEAS) e androstenediona e 
pocos glicocorticoides (cortisol) 
DHEA e o DHEAS são menos potentes que os 
androgênios produzidos pelas gônadas, mas exercem 
efeito sobre o desenvolvimento das características 
sexuais secundárias. Nas mulheres, estimulam o 
crescimento dos pelos axilares e púbicos durante a 
puberdade e a adolescência. 
A DHEA pode ser convertida em androstenediona e, em 
seguida, em androgênios mais potentes, como a 
testosterona e estrogênios nos tecidos periféricos. A 
enzima fundamental que facilita a conversão da 
androstenediona em testosterona é a 17-cetosteroide 
redutase (17KSR), e essa reação representa uma 
importante via de produção de testosterona nas 
mulheres. 
Também é regulada pelo controle do sistema CRH-
ACTH por retroalimentação 
 
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS 
›Estimulo da gliconeogênese: formação de glicose a partir 
de proteínas/ácidos graxos pelo fígado, por meio de: 
• Aumenta as enzimas necessárias para a conversão 
deaminoácidos em glicose pelas células hepáticas 
• Provoca a mobilização de aminoácidos a partir dos 
tecidos extra-hepáticos, principalmente dos músculos 
• Antagoniza os efeitos da insulina para inibir a 
gliconeogênese no fígado. 
› Redução da utilização celular de glicose: diminuição da 
translocação dos transportadores de glicose GLUT 4 
para a membrana celular, em especial nas células do 
músculo esquelético, o que conduz à resistência à insulina. 
Também podem deprimir a expressão e a fosforilação 
de outras cascatas de sinalização que influenciam a 
utilização de glicose, direta ou indiretamente, ao afetar o 
metabolismo das proteínas e dos lipídios. 
› Elevação da Concentração Sanguínea de Glicose e 
“Diabetes Adrenal”: devido aumento da gliconeogênese e 
redução da utilização celular de glicose – aumenta glicose 
no sangue os glicocorticoides diminuem a afinidade das 
células aos estímulos da insulina – distúrbios, porque os 
tecidos estão resistentes a insulina 
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS 
› Redução das proteínas celulares: redução do deposito 
de proteínas, exceto no fígado, devido diminuição da 
síntese de proteínas como pelo aumento do catabolismo 
das proteínas já presentes nas células, levando a redução 
do transporte de aminoácidos para os tecidos extra-
hepáticos. Cortisol também reduz a formação de RNA e 
a subsequente síntese proteica em muitos tecidos extra-
hepáticos, especialmente nos músculos e tecidos 
linfoides. Excesso de cortisol deixa os músculos fracos 
› Aumenta as Concentrações Plasmáticas e Hepáticas de 
Proteínas: aumenta as proteinas hepáticas e as proteínas 
plasmáticas (produzidas pelo fígado e, então, liberadas 
para a circulação) 
› Aumento dos Aminoácidos Sanguíneos, Redução do 
Transporte de Aminoácidos para as Células Extra-
hepáticas e Elevação do Transporte para Células 
Hepáticas: O transporte reduzido de aminoácidos para as 
células extra-hepáticas diminui suas concentrações 
intracelulares e, consequentemente, a síntese proteica. 
Entretanto, o catabolismo proteico nas células continua a 
liberar aminoácidos que se difundem para fora das células, 
aumentando a concentração plasmática de aminoácidos 
- cortisol mobiliza aminoácidos nos tecidos não hepáticos 
e, dessa forma, reduz as reservas teciduais de proteínas 
Maior concentração plasmática de aminoácidos e seu 
transporte aumentado pro fígado leva a maior 
desaminação de aminoácidos pelo fígado, aumento da 
síntese proteica no fígado, formação maior de proteínas 
plasmáticas pelo fígado, aumento da conversão de 
aminoácidos emglicose (gliconeogênese) 
**muitos dos efeitos do cortisol nos sistemas metabólicos 
do organismo resultem, principalmente, de sua 
capacidade demobilizar aminoácidos dos tecidos 
periféricos, ao mesmo tempo em que aumenta as 
enzimas necessárias para os efeitos hepáticos. 
 
METABOLISMO DOS LIPÍDEOS 
› Mobilização de Ácidos Graxos: eleva a concentração de 
ácidos graxos livres no plasma, o que também aumenta 
sua utilização para a geração de energia, efeito direto no 
aumento da oxidação de ácidos graxos nas células. Faz 
com que os sistemas metabólicos celulares deixem de 
utilizar glicose para a geração de energia e passem a 
utilizar ácidos graxos em momentos de jejum ou outros 
estresses. 
Excesso de cortisol causa obesidade: deposito excessivo 
de gordura no tórax e na cabeça “face em lua cheia”, 
devido estimulo excessivo a ingestão alimentar 
 
RESISTÊNCIA AO ESTRESSE E INFLAMAÇÃO 
Estresse físico ou neurogênico provoca aumento 
imediato e acentuado da secreção de ACTH pela hipófise 
anterior, seguido, minutos depois, por grande aumento 
da secreção adrenocortical de cortisol. 
Estresses: trauma, infecção, calor ou frio intenso, Injeção 
de norepinefrina e outros fármacos simpatomiméticos, 
cirurgia, Injeção de substâncias necrosantes sob a pele, 
Restrição dos movimentos, doenças debilitantes 
 
EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS 
Faz o bloqueio dos estágios iniciais do processo 
inflamatório, antes mesmo do início da inflamação 
considerável; ou, se a inflamação já se iniciou, faz a rápida 
resolução da inflamação e o aumento da velocidade da 
regeneração. 
› Impede o desenvolvimento da inflamação por meio de: 
• Estabiliza as membranas dos lisossomos, torna muito 
mais difícil a ruptura das membranas dos lisossomos 
intracelulares. Portanto, a maior parte das enzimas 
proteolíticas liberadas por células lesadas que provocam 
inflamação, principalmente armazenadas nos lisossomos, 
é liberada em quantidades muito reduzidas 
• Reduz a permeabilidade dos capilares, o que faz 
redução da liberação de enzimas proteolíticas. 
• Reduz a migração de leucócitos para a área inflamada 
e a fagocitose das células lesadas, por diminuir a 
formação de prostaglandinas e leucotrienos que 
aumentariam a vasodilatação, a permeabilidade capilar e 
a mobilidade dos leucócitos 
• Suprime o sistema imunológico, reduzindo 
acentuadamente a reprodução de linfócitos, menor 
quantidade de células T e anticorpos na área inflamada 
reduz as reações teciduais que promoveriam o processo 
inflamatório. 
• Atenua a febre, principalmente por reduzir a liberação 
de interleucina 1 a partir dos leucócitos, o que reduz o 
grau de vasodilatação 
› Provoca a resolução da inflamação: 
O efeito imediato é o bloqueio da maior parte dos fatores 
que favorecem a inflamação. Além disso, ocorre 
aumento da regeneração, devido: 
• Mobilização de aminoácidos e do uso destes ácidos 
para reparar os tecidos lesados 
• Estímulo da gliconeogênese que disponibiliza maior 
quantidade de glicose nos sistemas metabólicos 
essenciais 
• Maior disponibilidade de ácidos graxos para a produção 
de energia celular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, 
correlações com Biologia celular e molecular. 7.ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 
GUYTON, A.C. e Hall J.E. – Tratado de Fisiologia Médica. 
Editora E lsevier. 13ª ed., 2017 
MOLINA, Patricia E. Fisiologia Endócrina. 5. ed, AMGH, 
2021

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