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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Graduação em Medicina Veterinária Unidade Betim Fernanda Lazzarini Fernandes Izabelle Gomes Pereira Julia Costa Pimentel Larissa Ferreira Santo Lorena Caroline Rocha Silva Ludmilla Alice Pereira de Carvalho ANÁLISE EM BANCO DE DADOS - PERFIL TUBERCULOSE BOVINA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS. BELO HORIZONTE 2020 Fernanda Lazzarini Fernandes Izabelle Gomes Pereira Julia Costa Pimentel Larissa Ferreira Santo Lorena Caroline Rocha Silva Ludmilla Alice Pereira de Carvalho ANÁLISE EM BANCO DE DADOS - PERFIL TUBERCULOSE BOVINA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS. Trabalho acadêmico apresentada no programa de Graduação em Medicina Veterinária com objetivo de aprovação na disciplina de epidemiologia -ANÁLISE EM BANCO DE DADOS - PERFIL TUBERCULOSE BOVINA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS.Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Orientador : Maria da Consolação Magalhães Cunha BELO HORIZONTE 2020 SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO....................................................................................................4 II. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................5 III. MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................6 IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................7 V. CONSIDERAÇÃO FINAL...............................................................................10 VI. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO..............................................................11 I. INTRODUÇÃO Considerando o número de relatos de Tuberculose Bovina no Brasil, vimos que a um grande número de seres acometidos, isso se deve a ela ser zoonose infecto-contagiosa de caráter crônico, ou seja, contamina tanto os animais quanto o homem de forma crônica. As manifestações podem ser na forma clássica de tuberculose intestinal ou escrofulose aonde a infecção ocorre por meio dos alimentos, mas principalmente na forma pulmonar onde a infecção ocorre por meio de aerossóis. Com as devidas maneiras de se contrair a doença vemos a ocorrência de perdas econômicas em indústrias produtoras de produtos cárneos, isso ocorre, pois se uma carcaça estiver realmente infectada com a tuberculose bovina, as normas sanitárias falam que essa carcaça deve ser descartada, com isso tudo o dinheiro que viria dela como lucro, se perde do mesmo modo que deveria pagar as contas do animal, não dinheiro fruto da carcaça vista que foi destruída. Vemos um grande número de animais infectados gerando grandes prejuízos para as indústrias de produtos cárneos, podemos falar que isso se deve ao grande número de animais portadores, que entram em contato com animais saudável e os infectam pelas vias orais, alimentar. Como isso vemos a importância de uma limpeza eficaz contra os agentes patogênicos, a importância de se separar os animais sadios dos animais infectados mesmo os que são assintomáticos e da realização de exames periódicos para se manter um controle da infecção na população. Expor alguns dados nesse trabalho como: orientar a forma como deve ser realizada a coleta de dados e os indicadores usados foram incidência, letalidade, mortalidade iremos aprofundar mais neles resultado e discussão; explicas as análises dos indicadores e discutir o que encontramos; relevância desse conhecimento para a nossa formação profissional. 4 II. REFERENCIAL TEÓRICO Podemos classificar a tuberculose bovina como uma doença infecciosa crônica, essa doença se disseminou com o crescente aumento da globalização e a intensificação da pecuária, e com a introdução de material genético de outros países que facilitou a introdução de diversos microrganismos patógenos de grande importância sanitária e econômica para a bovinocultura de leite. A infecção causada pelo Mycobacterium bovis afeta uma ampla variedade de hospedeiros principalmente bovinos e búfalos, causando prejuízos econômicos para a pecuária. Ela se torna crônica em animais e é transmissível para seres humanos com sistema imune comprometido, o grande risco dos seres humanos contraírem a doença é pelo consumo de carne contaminada ou leite e derivados in natura, principalmente em abates clandestinos onde normalmente os animais não têm cuidados corretos e a carne é transportada de forma irregular. Nos bovinos uma das principais características dessa doença é lesão em diversos órgãos e tecidos, como pulmões, fígado, baço e até na carcaça. A transmissão se dá nos rebanhos que têm animais com sintomas subclínicos, que apesar de não terem sinais aparentes da doença eliminam a bactéria pelas secreções do aparelho respiratório podendo disseminá-la pelo ar, e podendo contaminar água e alimento de todo o rebanho, contaminando outros bovinos. O controle da tuberculose é a eliminação de todos os animais positivos e até mesmo os inconclusivos acontecendo o'que chamamos de abate sanitário, após isso as pessoas que entraram em contato com os animais infectados recebem orientações de saúde pública. A tuberculose é um problema de saúde pública devido aos riscos a saúde humana e também pelos prejuízos econômicos que pode ocasionar pela sua ocorrência no país. 5 III. MATERIAIS E MÉTODOS Para a construção dos indicadores foi utilizado dados de Minas Gerais e Santa Catarina nos anos de 2015 a 2019. Foi utilizado o site do MAPA para a pesquisa de números de casos de tuberculose em bovinos. A utilização do site do IBGE foi feita para a pesquisa da população bovina, e logo em seguida foi utilizado o site Wahis Interface para a pesquisa de número de bovinos mortos por tuberculose nos estados e nos anos já descritos. Com estas informações foi possível elaborar os indicadores descritos abaixo, construindo um banco de dados: Incidência: Dividimos o número de casos novos pelo total da população e multiplicamos por 100.000 para fins de compreensão. Letalidade: dividimos os números de óbitos por número de casos da mesma causa e multiplicamos por 100. Taxa de mortalidade específica: dividimos o números de óbitos pela população total do mesmo ano e multiplicamos por 100.000. 6 IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO Podemos perceber dentro dos anos verificados e os estados de Minas Gerais e Santa Catarina, podemos falar que no estado de Santa Catarina os bovinos são mais acometidos pela tuberculose tendo alto índice de incidência. Observamos também um surto epidêmico nos anos de 2018 e 2019 no estado de Santa Catarina. A tuberculose bovina em Minas Gerais permanece endêmica em todos os anos posteriores a 2015.No estado de SC a tuberculose bovina e mais acometida do que no estado de MG. Gráfico incidência de tuberculose bovina de MG e SC (2015-2019)- fonte do arquivo pessoal Embora MG possua um número maior de população bovina é observado que em SC ocorre um número maior de casos. Especulamos que isso deve-se em conta de regiões diferentes, pode estarrelacionada a diversos fatores como fonte de aquisição de animais, manejo, clima e ao serviço de diagnóstico da tuberculose em cada propriedade. Outra taxa que conseguimos medir com os dados encontrados é o índice de letalidade, onde dividimos os números de óbitos por número de casos da mesma causa e multiplicando por 100. 7 Gráfico número de casos de tuberculose bovina de MG e SC (20015-2019)- fonte do arquivo pessoal Esse índice é utilizado para verificar a gravidade da doença. No caso da tuberculose bovina, o índice de letalidade em Santa Catarina e maior comparado com Minas Gerais. Onde podemos observar que nos anos de 2016 e 2018 a letalidade foi bem maior em SC, Já em MG no ano de 2018 apresentou o maior índice de letalidade. Gráfico de letalidade de Gráfico número de casos de tuberculose bovina de MG e SC (20015-2019)- fonte do arquivo pessoal Não é possível medir a prevalência, pois a prevalência é uma taxa que mede os casos antigos e novos divididos pela população exposta e multiplicado por 100.000. Os casos antigos não irão existir, todos os infectados irão morrer rapidamente, não sendo possível fazer a estimativa da prevalência. Além disso, não há recomendação de tratamento para tuberculose em bovino. A maioria dos casos não responde ao tratamento e contribui para o surgimento de cepas resistentes, além da eliminação de medicamentos no leite. 8 Buscamos calcular também a taxa de mortalidade específica, para isso dividimos o número de óbitos pela população total do mesmo ano e multiplicamos por 100.000 e construímos um gráfico: Gráfico de mortalidade específica da tuberculose bovina em MG e SC (20015-2019)- fonte do arquivo pessoal Observamos que a taxa de mortalidade específica em Santa Catarina e bem maior comparada a Minas Gerais, onde podemos observar que no ano de 2015 teve a maior taxa de mortalidade em Santa Catarina, já em Minas Gerais as taxas ficaram próximas, porém no ano 2018 apresentou maior taxa de mortalidade por tuberculose bovina. 9 V. CONSIDERAÇÃO FINAL Estudar a tuberculose bovina, obter os conhecimentos sobre os dados epidemiológicos dessa doença é de extrema importância para a nossa formação de futuros veterinários, uma vez que estaremos nos preparando profissionalmente para lidar com ela no ambiente de trabalho futuro. Seja nas prescrições farmacológicas, como nas orientações de manejo sanitário e ambiental aos criadores, para os tratamentos dos animais infectados, prevenção dos animais saudáveis e até mesmo prevenção de seus funcionários que vivem na lida, já que além de trazer grandes prejuízos econômicos é classificada como uma zoonose infecto-contagiosa de caráter crônico e então mais uma vez entra a participação dos profissionais atuando em saúde pública. Sem dúvidas estar por dentro do diagnóstico situacional da nossa região poderia ter uma grande participação na nossa formação considerando uma hipótese que a incidência de tal doença fosse alta, indicaria a necessidade de criação de políticas públicas para controle e prevenção e como estudantes poderíamos engajar em projetos e estágios e trabalhar em prol da erradicação da doença e minimização de prejuízos econômicos. E assim obtendo uma grande experiência. 10 VI. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO OIE World Animal Health Information System. Oie.int. Disponível em: <https://www.oie.int/ wahis_2/public/wahid.php/Wahidhome/Home>. Ciência Animal Brasileira. Revistas.ufg.br. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/ vet/article/view/7819/5626>. ALBERTI, Taina S.; BRUHN, Fabio Raphael P.; ZAMBONI, Rosimeri; et al. Epidemiological analysis of bovine tuberculosis in the southern region of Rio Grande do Sul from 2000 to 2015. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 40, n. 2, p. 77–81, 2020. Disponível em: < h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o . p h p pid=S0100-736X2020000200077&script=sci_abstract&tlng=pt>. BAPTISTA, F.; MOREIRA, E.C.; SANTOS, W.L.M.; et al. Prevalência da tuberculose em bovinos abatidos em Minas Gerais. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 56, n. 5, p. 577–580, 2004. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php? pid=S0102-09352004000500002&script=sci_arttext>. Tábuas Completas de Mortalidade | IBGE. Ibge.gov.br. Disponível em: <https:// www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9126-tabuas-completas-de mortalidade.html?=&t=o-que-e>. MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agricultura.gov.br. Disponível em: <http://sistemasweb.agricultura.gov.br/>. 11
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