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Forum semana 16

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Fórum semana 16 – TRATAMENTO DA INFECÇÃO POR HIV
COMANDO:  Como ocorre o tratamento do portador do vírus HIV? Qual o principal medicamento utilizado e seu mecanismo de ação?
Atualmente para o tratamento do HIV dispõe-se das seguintes classes de ARV: inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRNs), inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (ITRNNs), inibidores da protease (IPs), inibidores da integrase, antagonistas de CCR5 e inibidores de fusão (IsF) (HUGHES et al., 2008).
Inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRNs): são pró-drogas análogas de dideoxinucleosídeos (LAVRA, 2006), utilizadas pela transcriptase reversa como substrato para síntese de DNA (GARFORTH et al., 2008). Os inibidores da transcriptase reversa impedem a produção da cópia de DNA a partir do RNA, através da inibição competitiva do Desoxinucleotideo trifosfato fisiológico, impedindo, assim, a extensão da fita (STROHL et al., 2004; MANENTI, 2008).
Para que tenham atividade antiviral contra a enzima transcriptase reversa, necessitam ser fosforilados pelo organismo pelas enzimas celulares chamadas de quinases (SOUZA & ALMEIDA, 2003), onde o metabólito, trifosfato, interrompe, competitivamente, a replicação viral (LAVRA, 2006).
Inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos (ITRNNs): Ligam-se de modo não-competitivo e reversível a transcriptase reversa, alterando assim sua função. Suas principais vantagens são a ausência de efeitos sobre os elementos formadores do sangue do hospedeiro e a ausência de resistência cruzada com os inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (STROHL et al., 2004). Os ITRNNs são metabolizados principalmente pela via do CYP450 enzimática (BIANCO, 2007).
Inibidores da Protease (IPs): Os produtos dos genes gag e pol são traduzidos inicialmente em grandes poliproteínas precursoras, que devem ser clivadas pela protease viral para produzir as proteínas maduras. Os inibidores da protease interferem no processamento das poliproteínas no vírion em brotamento e resultam em partículas não-infecciosas. O maior problema encontrado para este fármaco, é que eles causam lipodistrofia (redistribuição de gordura, de modo que os membros tornam-se magros e a gordura é depositada ao longo do abdômen e do dorso superior) e hiperglicemia (STROHL et al., 2004).
Inibidores da Enzima Integrase: A enzima integrase é fundamental no processo de replicação viral, sendo responsável pela integração do DNA viral ao cromossomo hospedeiro, permitindo assim a continuação do ciclo da replicação viral (SOUZA & ALMEIDA, 2003).
Aparentemente estes compostos têm a capacidade de prevenir o processo de integração mesmo após a formação do chamado complexo pré-integrativo, formado pelo DNA viral, integrase e outras proteínas (PEÇANHA et al., 2002).
Inibidores de Fusão (IsF): representam uma nova abordagem na estratégia de combate à capacidade de replicação do HIV no organismo (SOUZA & ALMEIDA, 2003), e são utilizadas como terapia de resgate (LAVRA, 2006). Para que o HIV complete o seu ciclo reprodutivo, necessita se fundir com um linfócito T, onde deposita a sua informação genética, dando origem a novos vírus. Os IsF foram concebidos de forma a impedir que o vírus consiga penetrar nos linfócitos e nem sequer inicie a infecção. Os compostos concebidos são capazes de bloquear três tipos de interação: 1) bloquear a interação da gp 120 com o CD4; 2) bloquear a interação da gp 120 com os co-receptores; 3) inibir as interações com a gp 41 (SOUZA & ALMEIDA, 2003).

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