das escadas, onde deve classificar-se como Ip ou IIp 4.2 Sistema de vedações verticais internas e externas - SVVIE Trata-se de partes da edificação habitacional que limitam verticalmente a própria edificação e seus ambientes, como as fachadas e as paredes ou divisórias internas. 4.2.1 Critério - avaliação da reação ao fogo da face interna dos sistemas de vedações verticais e respectivos miolos isolantes térmicos e absorventes acústicos As superfícies internas das vedações verticais externas (fachadas) e ambas as superfícies das vedações verticais internas devem classificar-se como: a) I, II A ou III A, quando estiverem associadas a espaços de cozinha; b) I, II A, III A ou IV A, quando estiverem associadas a outros locais internos da habitação, exceto cozinhas; c) I ou II A, quando estiverem associadas a locais de uso comum da edificação; 76 d) I ou II A, quando estiverem associadas ao interior das escadas, porém com Dm inferior a 100. Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), externas ou internas, devem ser classificados como I, II A ou III A. 4.2.2 Critério - avaliação da reação ao fogo da face externa das vedações verticais que compõem a fachada As superfícies externas das paredes externas (fachadas) devem classificar-se como I ou II B. 4.3 Sistema de cobertura (SC) Trata-se de conjunto de elementos/componentes, dispostos no topo da construção, com a função de assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger os demais sistemas da edificação habitacional ou elementos/componentes da deterioração por agentes naturais, e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da edificação. 4.3.1 Critério - avaliação da reação ao fogo da face interna do sistema de cobertura das edificações A superfície inferior das coberturas e subcoberturas, ambas as superfícies de forros, ambas as superfícies de materiais isolantes térmicos e absorventes acústicos e outros incorporados ao sistema de cobertura do lado interno da edificação devem classificar-se como I, II A ou III A. Nota: Premissas de projeto devem ser consideradas como indicadores de reação ao fogo dos componentes do SC e as implicações na propagação de chamas e geração de fumaça. Para tal, consultar o item 8.2.1.2 da ABNT NBR 15575:2013 Parte 5. 4.3.2 Critério - avaliação da reação ao fogo da face externa do sistema de cobertura das edificações A face externa do sistema de cobertura deve classificar-se como I, II ou III. O critério de desenvolvimento de fumaça não é considerado para esse caso. Nota: Premissas de projeto devem ser consideradas como indicadores de reação ao fogo dos componentes do SC e as implicações na propagação de chamas e geração de fumaça. Para tal, consultar o item 8.2.1.2 da ABNT NBR 15575:2013 Parte 5. 77 4.4 Requisitos e critérios contemplados na Instrução Técnica nº 10/2019 do Corpo de Bombeiros de São Paulo A Instrução Técnica (IT) em questão aplica-se a todas as edificações do Estado de São Paulo onde são exigidos controles de materiais de acabamento e de revestimento conforme ocupações e usos constantes da Tabela B.1 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material, incluída no seu Anexo B. O Quadro 5 (a seguir) apresenta resumo executivo das Classe dos materiais considerando o grupo/divisão do tipo de ocupação/uso em função da finalidade do material. Para entendimento da classificação das edificações e áreas de risco quanto ao tipo de ocupação (a qual consiste de Grupo, Ocupação/Uso e Divisão), orienta-se consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual nº 63.911, de 10/12/2018 (nos outros Estados da Federação, verificar legislação específica). 78 Quadro 5 Classe de reação ao fogo dos materiais considerando o grupo/divisão do tipo de ocupação/uso em função da finalidade do material Fonte: IT-10/2019 Corpo de Bombeiros de São Paulo 79 Referências Bibliográficas AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Standard Test Method for Surface Flammability of Materials Using a Radiant Heat Energy Source - ASTM E 162. Philadelphia, 2016. _______. Standard Test Method for Specific Optical Density of Smoke Generated by Solid Materials - ASTM E 662. Philadelphia, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8660: Ensaio de reação ao fogo em pisos Determinação do comportamento com relação à queima utilizando uma fonte radiante de calor. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. _______. NBR 9442: Materiais de construção - ensaio de propagação superficial de chama - método do painel radiante. Rio de Janeiro: ABNT, 1988. _______. NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho, Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. _______. NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho, Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. _______. NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho, Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas SVVIE. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. _______. NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho, Parte 5: Requisitos para os sistemas de cobertura. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. _______. NBR 16626: Classificação da reação ao fogo de produtos de construção. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. BERTO, A. F. Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais a serem considerados no projeto arquitetônico dos edifícios. São Paulo, 1991. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 1991. BERTO, A. F. Reação ao fogo. (Apostila do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNIP/não publicado). São Paulo, 1997. BERTO, A. F. Segurança ao fogo. (texto para discussão). In: Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. Divisão de Engenharia Civil. Critérios mínimos de desempenho para habitações térreas de interesse social. São Paulo, 1998, p.19-24. EGAN, David M. Concepts in building firesafety. New York: A Wiley-Interscience Publication, 1976. EUROPEAN NORM. Reaction to fire tests for building products. Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item, EN 13823:2010-A1, European Committee for Standardisation CEN, 2014. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. Reaction to fire tests for products -- Non- combustibility test ISO 1182. Switzerland, 2010. _______. Reaction to fire tests Ignitability of products subjected to direct impingement of flame-- Part 2: Single-flame source test ISO 11925-2. Switzerland, 2010. MARTÍN, L. M. E.; PERIS, J. J. F. Comportamiento al fuego de materiales y estructuras. Madrid, Laboratorio de Experiencias e Investigaciones del Fuego, Instituto Nacional de Investigaciones Agrarias, 1982. 80 MITIDIERI, Marcelo L. O Comportamento dos Materiais e Componentes Construtivos diante do Fogo Reação ao Fogo. In: Seito, A. I.; GILL, A. A.; PANNONI, F. D.; ONO, R.; SILVA, S. B.; CARLO, U.; SILVA, V. Pignatta. A segurança contra incêndios no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. MITIDIERI, Marcelo L. Proposta de classificação de materiais e componentes construtivos com relação ao comportamento frente ao fogo: reação ao fogo. São Paulo, 1998. Dissertação (Mestrado) Escola Politécnica Engenharia Civil, Universidade de São Paulo, 1998. SÃO PAULO (Estado). 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