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3 09 ET Definições das Instalações Industriais

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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 
Renato de Brito Sanchez 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
, 
 
 
2 
 
 
3 DEFINIÇÕES DAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS 
Apresentação 
Olá estudante, este bloco será responsável por nos apresentar os temas relativos ao 
planejamento estratégico em determinados fatores industriais. De início será 
abordado a logística que se refere à geografia industrial e os respectivos aspectos que 
influenciam na escolha do local. Em seguida veremos sobre a capacidade produtiva de 
uma fábrica, assim como seus métodos e modelos, através de um exemplo que 
evidencia o processo de determinação dessa capacidade. 
Para fechar apresentaremos os modelos de produtivos, tal como os sistemas e 
métodos que representam o tipo de processo produtivo que será abordado em virtude 
da necessidade e demanda exigente. 
3.1 Localização da fábrica 
Desde o início da Primeira Revolução Industrial no em meados dos séculos XVIII e XIX, 
aconteceram mudanças significativas nesse ramo, como a tecnologia, relações de 
trabalho, meios de produção, entre outros. Por isso, tudo que ocorre em uma indústria 
provém de um planejamento estratégico específico e bem elaborado, para que assim a 
organização não venha sofrer impactos que comprometam futuramente seu 
faturamento. 
Com a localização fabril não é diferente, as indústrias não se instalam em determinado 
espaço de maneira eventual, suas decisões e medidas são tomadas através de uma 
profunda análise que tem o intuito de colher o maior número de informações possíveis 
acerca da viabilidade financeira do local empregado. Para uma decisão assertiva, se faz 
necessária a análise de alguns fatores que influenciam nos processos empresariais, 
como mercado consumidor, fornecedores e mão de obra (SFREDO, 2011). 
Veja abaixo os fatores que devem ser levados em consideração dos quais são 
responsáveis por influenciar a escolha geográfica de determinada indústria: 
, 
 
 
3 
 
• Matéria-prima: Este fator é responsável por ditar seus custos em relação aos 
respectivos fornecedores. Quanto mais próximo a fábrica estiver dos locais de 
onde vem a matéria-prima, menores serão os custos com transporte entre a 
fonte fornecedora e a processadora. 
Um exemplo de prática de escolha geográfica de indústria devido a matéria-prima é o 
caso da usina de Hazelwood Power Station, uma usina termelétrica descomissionada, 
durante sua operação utilizava como matéria prima o Lenhite ou Lignite, um tipo de 
carvão com baixo poder calorífico, devido a isso era ineficiente para transporte, sendo 
queimado em usinas próximas às minas de extração, nesse caso uma mina de 
superfície. 
 
Fonte: www.abc.net.au, Hazelwood Power Station no Vale Latrobe, 2016. 
Figura 3.1 – Hazelwood Power Station, ao fundo pode ser visto a mina de superfície 
, 
 
 
4 
 
 
Fonte: Maksim Safaniuk VIA Shutterstock. 
Figura 3.2 – Caminhão carregado de matéria-prima 
• Mercado consumidor: A indústria deve se instalar o mais próximo possível dos 
consumidores em potencial. Por exemplo, se a indústria trabalhar com 
produtos agrícolas deve focar em sua geografia para a área rural. Dessa forma, 
as fábricas conseguem reduzir custos com transporte, além de fomentar o fluxo 
até os centros de distribuição. 
 
 
Fonte: FUN FUN PHOTO via Shutterstock. 
Figura 3.3 – Indústria em área rural 
• Acessibilidade: O sistema de transportes é de grande importância para a 
produção e distribuição industrial, por essa razão os locais precários em 
infraestrutura não costumam ser polos industriais. Com uma boa logística de 
, 
 
 
5 
 
transportes, é possível baratear o custo do frete e diminuir o tempo de 
deslocamento da mercadoria, aumentando assim a competitividade da 
empresa. É imprescindível uma localização que conte com o acesso por meios 
de transporte eficazes se tornando possível até eventuais interligações entre 
rodovias, portos, aeroportos e ferrovias. 
 
Fonte: Travel mania via Shutterstock. 
Figura 3.4 – Logística entre portos e aeroportos 
• Energia: O consumo de energia fabril está diretamente ligado à escolha do local 
para instalação da indústria. É necessário verificar se a área conta com recursos 
energéticos suficientes para suprir a demanda da instalação. Muitas indústrias 
se utilizam da energia derivada de petróleo e carvão mineral, fazendo com a 
geografia do local permita a utilização desses recursos. 
 
Fonte: Avigator Fortuner via Shutterstock. 
Figura 3.5 – Indústria de refinaria de petróleo 
https://www.shutterstock.com/pt/g/SiwabudVeerapaisarn
, 
 
 
6 
 
• Mão de obra: A indústria deve concentrar seus esforços para áreas que 
possuam fácil acesso a mão de obra. Seguindo a lei da oferta e demanda, 
quanto mais mão de obra estiver disponível, menor será o salário pago pela 
organização. 
 
Fonte: tsyhun via Shutterstock. 
Figura 3.6 – Trabalhadores em busca de emprego 
3.2 Capacidade produtiva 
De acordo com Moreira (1996), a capacidade produtiva se refere à quantidade máxima 
de produtos e serviços que podem ser produzidos em um local de produção num 
determinado período de tempo. 
A capacidade produtiva de uma indústria está atrelada à quantidade máxima de 
produtos que conseguem produzir, em condições normais e com todos os recursos 
disponíveis, em determinado período de tempo. Desta forma dividimos a capacidade 
produtiva em 4 grupos correlacionados com a logística em questão: 
• Capacidade instalada: projeta a produtividade máxima desconsiderando as 
perdas; 
• Capacidade disponível: como o próprio nome diz, atua em função dos recursos 
disponíveis no momento; 
, 
 
 
7 
 
• Capacidade efetiva: está relacionada à capacidade em função das perdas 
previsíveis e paradas planejadas; 
• Capacidade realizada: é aquela que pondera as perdas imprevisíveis que 
impactam diretamente na produção. 
Vale ressaltar que capacidade produtiva não é a mesma coisa que volume de 
produção. Enquanto a capacidade quantifica o máximo que pode ser produzido, o 
volume trabalha com aquilo que realmente produz. 
A forma de medir a capacidade produtiva de uma indústria em questão passa por 
várias etapas. De início é preciso definir como será feita a contagem dos produtos e/ou 
serviços (unitária, por lote, operação etc.), e a unidade de tempo aplicável ao produto 
em questão, seja por hora, dia, semana etc. 
Para exemplificar, faremos a seguir um caso fictício para demonstrar o cálculo da 
capacidade produtiva de uma empresa indústria, veja: 
Estudo de caso: A indústria UNISA Ltda, por meio de um processo de ferramentaria em 
uma prensa, fabrica chaveiros. A fim de determinar a capacidade produtiva desta 
indústria veja os números abaixo: 
1. O primeiro passo é quantificar a produção em função da quantidade de 
produtos por determinado período de tempo: São fabricados 100 chaveiros no 
período de 1 hora; 
2. Agora é hora de calcular o tempo de produção, multiplicando o número acima 
pelo tempo produzido em 1 dia de operação: Operam 2 turnos de 8 horas de 
trabalho, totalizando 16 horas por dia; dessa forma temos 1600 peças por dia. 
3. Esta etapa é bem específica e sua contabilidade deve ser minuciosa, pois 
devemos medir as perdas registrando o tempo ocioso das máquinas e 
operadores, como paradas para manutenção, falhas de produção, desfalque de 
funcionários, entre outros fatores que afetam a produtividade. Numa média 
diária calculada em uma semana de trabalho foram computadas as seguintes 
, 
 
 
8 
 
informações: 50 peças refugadas, num dia de 16 horas de serviço obteve uma 
média de 60 minutos de máquinas ociosas por questões relacionadas à 
manutenção e ausência de operadores. Totalizando 50 peças refugadas (falhas 
de material, operador ou máquina) + 100 peças não produzidas (1 hora de 
operação) = 150 peças perdidas ou deixadas de serem fabricadas por dia; 
4. Por fim, a eficiência de produção da indústria é calculada com a diferença entre 
a etapa 2 e 3: 1600 peças por dia- 150 peças perdidas = 1450 peças fabricadas 
por dia, ou num mês de 25 dias úteis totalizam uma média aproximada de 
36250 peças ao mês. 
Este valor representa a capacidade produtiva da indústria em questão, porém é 
preciso afirmar que se trata de um valor médio, pois não é possível prever paradas de 
manutenção, ausência de funcionários, disponibilidade de matéria-prima, problemas 
com estoque, e até mesmo variações sazonais podem diminuir ou aumentar a 
capacidade de produção. Por este motivo é preciso realizar um planejamento 
estratégico que preveja futuros problemas, criando assim alternativas para resolução 
dos mesmos. 
3.3 Definição de sistemas e utilidades 
Para definição dos sistemas de produção de determinada indústria, é preciso 
primeiramente saber o que compõem estes sistemas. O sistema de produção é 
denominado pelo conjunto de fatores, operadores, maquinários e processos 
empregados no intuito de fabricar um produto ou serviço. Tais elementos se 
relacionam de forma que todos os processos e meios de produção busquem o mesmo 
objetivo. 
Para tal definição, conhecer os tipos de sistema é fundamental para seu emprego se 
tornar mais eficaz, produtivo e consequentemente mais lucrativo, veja alguns dos 
principais sistemas: 
• Sistema de produção contínua - É o sistema mais comum e utilizado nas 
indústrias, com sua principal característica sendo a linha produção num fluxo 
, 
 
 
9 
 
contínuo, buscando a produção do maior número de peças em um menor 
tempo possível, objetivando a produção evitando assim pausas e interrupções. 
Muito usado em produtos padronizados que não alteram seu modo de 
fabricação, como por exemplo linhas de produção automotiva. Veja na imagem 
abaixo uma linha de produção automotiva: 
 
Fonte: Jenson via Shutterstock. 
Figura 3.7 – Linha de produção automotiva 
• Sistema de produção em lote - Neste sistema seu processo funciona de forma 
intermitente onde a fábrica realiza sua produção em lotes, orientado segundo a 
demanda da previsão da venda ou por encomendas realizadas pontualmente. 
Neste modelo seu emprego pode ser utilizado para produtos personalizados, 
feitos sob encomenda normalmente alocada em lotes, para produtos 
diferenciados. Como exemplo, podemos citar uma indústria de confecção de 
roupas. 
 
Fonte: BY-_-BY via Shutterstock. 
Figura 3.8 – Indústria de confecção de tecidos 
https://www.shutterstock.com/pt/g/aksakalko
, 
 
 
10 
 
• Sistema de produção para grandes projetos - Este sistema de produção tende a 
ser mais custoso, pois dedica um longo período de tempo para fabricação de 
um item em questão. Tal modelo dificilmente opera de forma padronizada e 
sim totalmente personalizada. Como exemplo, temos a fabricação de uma 
aeronave, maquinários agrícolas, de construção civil. 
 
Fonte: Stoyan Yotov via Shutterstock. 
Figura 3.9 – Fabricação de aeronave 
Uma vez que conhecemos os sistemas de produção que podemos implantar, é preciso 
determinar o sistema produtivo mapeando as etapas de produção de forma que sua 
preparação seja voltada para o sistema desejado. Veja abaixo algumas dicas que 
auxiliam nesta etapa de implantação e monitoramento: 
• Montagem dos processos de forma que atendam os prazos determinados; 
• Definição metas e acompanhamento dos resultados de produção de cada ciclo; 
• Definição dos indicadores de desempenho voltado para setores e maquinários; 
• Treinamento da equipe para adequação do sistema implantado; 
• Integração das diferentes áreas da indústria em um sistema de gestão 
integrada; 
• E por fim a máxima automatização possível dos processos para elevar a 
eficiência, segurança, qualidade, além da geração dados para controle da 
produção. 
https://www.shutterstock.com/pt/g/stoyanyotov
, 
 
 
11 
 
Conclusão 
Este bloco representou o planejamento estratégico alinhado a métodos que o tornam 
cada vez mais eficaz e as escolhas pertinentes ao gerenciamento de uma indústria. Na 
primeira abordagem tratamos de aspectos que auxiliam na escolha do local para 
instalação de uma indústria, tais como acessibilidade para transportes, mão de obra e 
matéria-prima. Na sequência abordamos o tema relativo à capacidade produtiva, 
apresentando um exemplo fictício do qual permitiu entender melhor como definir esta 
capacidade por meio do acompanhamento produtivo. 
Finalizamos o bloco com as definições de sistemas produtivos abordando os sistemas 
contínuos, em lotes e o de grandes projetos, onde cada um desses sistemas se 
encaixam de acordo com a demanda produtiva da indústria. 
REFERÊNCIAS 
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da Produção e Operações. São Paulo: 
Pioneira, 1996. 
SFREDO, Janine Mattana et al. Análise de fatores relevantes quanto à localização de 
empresas: comparativo entre uma indústria e uma prestadora de serviços com base 
nos pressupostos teóricos. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 
24., 2006, Fortaleza. Anais... Fortaleza: ABEPRO, 2006. p. 1-9. Disponível em: 
https://abepro.org.br/biblioteca/enegep2006_tr530355_8296.pdf. Acesso em: 18 jul. 
2022.