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Ensaios RAIO X [Trabalho sobre END]

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Faculdade de Engenharia 
Departamento de Eng. Mecânica 
 
Materiais de Construção Mecânica I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais de Construção Mecânica I Turma: 2008.2 
Professora: Ana Lúcia Fampa Seabra D`Almeida 
 
Alunos: 
Alessandro Azevedo 
Eduardo da Cunha 
Jonathan Salles 
Vinicio Coelho da Silva 
 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 
O famoso exame médico – raio-X – que permite visualizar através dos tecidos 
humanos, permitindo examinar ossos e órgãos internos, imprimindo o resultado em 
uma chapa, semelhante ao negativo fotográfico, possibilitou grandes avanços para a 
humanidade. 
Assim como muitas das grandes descobertas do ser humano, a tecnologia dos 
raios X foi inventada por acidente. Em 1895, um físico alemão chamado Wilhelm 
Roentgen fez essa descoberta enquanto fazia uma experiência com feixes de elétrons 
em um tubo de descarga de gás. Roentgen percebeu que uma tela fluorescente em seu 
laboratório começava a brilhar quando o feixe de elétrons era ligado. Somente essa 
reação não era tão surpreendente: material fluorescente normalmente brilha ao reagir 
com radiação eletromagnética; mas o tubo de Roentgen estava rodeado com papelão 
grosso e preto. Roentgen supôs que isso bloquearia a maior parte da radiação. 
Roentgen colocou vários objetos entre o tubo e a tela, e ela ainda brilhava. 
Finalmente, ele colocou sua mão na frente do tubo e viu a silhueta de seus ossos 
projetada na tela fluorescente. Assim ele acabava de descobrir os raios X e uma de 
suas aplicações mais importantes. 
Menos conhecido pela população em geral, mas não menos importante, é o 
uso industrial da técnica de raio-X, utilizados no exame de fraturas de peças, soldas, 
além de outros empregos correlatos. 
Tubulações de combustíveis a alta pressão, caldeiras industriais ou hospitalares, 
são construídas com chapas metálicas, soldas. São produtos que não podem falhar. Daí 
a necessidade de testarmos estas peças, e o ensaio de raio-X, que é um ensaio não 
destrutivo, tem essa finalidade. 
 
Descrição do Método de Raio-X: 
 A radiografia é um método usado para inspeção não destrutiva que se baseia 
na absorção diferenciada da radiação penetrante pela peça que está sendo 
inspecionada. Devido às diferenças na densidade e variações na espessura do material, 
ou mesmo diferenças nas características de absorção causadas por variações na 
composição do material, diferentes regiões de uma peça absorverão quantidades 
diferentes da radiação penetrante. Essa absorção diferenciada da radiação poderá ser 
detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida 
por detectores eletrônicos de radiação. Essa variação na quantidade de radiação 
absorvida, detectada através de um meio, irá nos indicar, entre outras coisas, a 
existência de uma falha interna ou defeito no material. 
A radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região de 
um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade 
comparada com uma região vizinha, em outras palavras, a radiografia é um método 
capaz de detectar com boa sensibilidade defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a 
capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos 
perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. 
Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável 
em todas direções, serão facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos 
em relação à espessura da peça. 
O nome “Radiação Penetrante” se originou da propriedade de que certas 
formas de energia radiante possuem de atravessar materiais opacos à luz visível. 
Podemos distinguir dois tipos de radiação penetrante usados em radiografia industrial: 
os Raios X e os Raios Gama. Eles se distinguem da luz visível por possuírem um 
comprimento de onda extremamente curto, o que lhes dá a capacidade de 
atravessarem materiais que absorvem ou refletem a luz visível. 
Por serem de natureza semelhante à luz, os Raios X e os Raios Gama possuem 
uma série de propriedades em comum com a luz entre as quais podemos citar: 
possuem mesma velocidade de propagação (300.000 km/s), deslocam-se em linha 
reta, não são afetadas por campos elétricos ou magnéticos, possuem a propriedade de 
impressionar emulsões fotográficas. 
Poderíamos citar outras propriedades comuns entre as radiações penetrantes e a luz 
visível. Ocorre, no entanto, que vários fenômenos que observamos na luz, são muitos 
difíceis de serem detectados. O fenômeno de refração, por exemplo, ocorre nas 
radiações penetrantes, mas numa escala tão pequena que são necessários 
instrumentos muito sensíveis para detectá-lo. Isso explica porque a radiação 
penetrante não pode ser focalizada através de lentes, como acontece com a luz. 
No âmbito dos ensaios não destrutivos devemos salientar seis propriedades da 
radiação penetrante que são de particular importância: 
1) deslocam-se em linha reta; 
2) podem atravessar materiais opacos a luz, ao faze-lo, são parcialmente absorvidos 
por esses materiais; 
3) podem impressionar películas fotográficas, formando imagens; 
4) provocam o fenômeno da fluorescência ; 
5) provocam efeitos genéticos ; 
6) provocam ionizações nos gases. 
 
Lembrando que a energia das radiações emitidas tem importância fundamental 
nos ensaios radiográficos, pois a capacidade de penetração nos materiais está 
associada a esta propriedade. 
 
 
 
 
 
 
 
Acessórios do Aparelho de Raio-X: 
 
Cabos de energia: 
O aparelho de Raio-X é composto pela mesa de comando e unidade geradora, 
ligadas entre si através do cabo de energia. A distância entre a unidade geradora e a 
mesa de comando deve ser tal que o operador esteja protegido no momento da 
operação dos controles, segundo as normas básicas de segurança. Para tanto os 
fabricantes de aparelhos de Raio-X fornecem cabos de ligação com comprimento de 20 
a 30 metros dependendo da potência máxima do tubo gerador. 
Blindagem de Proteção : 
O início da operação do aparelho deve ser feito com aquecimento lento do 
tubo de Raios X, conforme as recomendações do fabricante. Neste processo o 
operador deve utilizar as cintas ou blindagens especiais que são colocadas na região de 
saída da radiação, sobre a carcaça da unidade geradora. Este acessório fornecido pelo 
fabricante permite 
maior segurança durante o procedimento de aquecimento do aparelho. 
 
Aceleradores Lineares: 
O aceleradores lineares são aparelhos similares aos aparelhos de Raio-X 
convencionais com a diferença que os elétrons são acelerados por meio de uma onda 
elétrica de alta freqüência, adquirindo altas velocidades ao longo de um tubo retilíneo. 
Os elétrons ao se chocarem com o alvo, transformam a energia cinética adquirida em 
calor e Raios X com altas energias cujo valor dependerá da aplicação. Para uso 
industrial em geral são usados aparelhos capazes de gerar Raios X com energia máxima 
de 4 Mev. 
Os Betatrons são considerados como transformadores de alta voltagem o que 
consiste na aceleração dos elétrons de forma circular por mudança do campo 
magnético primário, adquirindo assim altas velocidades e consequentemente a 
transformação da 
energia cinética em Raios X, após o impacto destes com o alvo. Este processo podem 
gerar energias de 10 a 30 Mev. 
Os aceleradores lineares e os betatrons são aparelhos destinados a inspeção de 
componentes com espessuras acima de 100 mm de aço. 
As vantagens do uso desses equipamentos de grande porte, são: 
· foco de dimensões reduzidas (menor que 2 mm) 
· tempo de exposição reduzido 
· maior rendimento na conversão em Raios X 
Estes equipamentos não são portáteis e necessitam de instalação adequada, 
tanto do ponto de vista de movimentação do aparelho como das espessuras das 
paredes de concreto requeridas, que podem alcançar cerca de 1,2 metros. 
APLICAÇÕES: 
 
A radiografia industrial, seja por raios X ou Gama é largamente empregada na 
indústria,pois este tipo de ensaio não destrutivo assegura a integridade de vasos de 
contenção, caldeiras, tubulações e soldas em dutos onde serão aplicadas altas 
pressões para o transporte de produtos como gases, óleos, entre outros. Esta técnica é 
considerada de importância vital na segurança e qualidade, tanto de produtos quanto 
do meio ambiente, para trabalhadores e público em geral. Conhecida por gamagrafia, 
visto que são usadas fontes que emitem radiação gama, a gamagrafia industrial foi 
utilizada, por exemplo, em praticamente toda a extensão do gasoduto Bolívia-Brasil. 
Esta tecnologia atualmente se estendeu para além das técnicas meramente 
estáticas (filme radiográfico), passando a ser realizada também em processos 
dinâmicos em tempo real, passando-se a chamar de ensaio por radioscopia. 
Na radioscopia utiliza-se de um Intensificador de Imagem para converter o Raio 
X que atravessou uma peça em uma imagem mostrada em um monitor de TV. O 
conjunto ampola de Raio X, Manipulador da peça e Intensificador de Imagem, devem 
estar situados dentro uma cabine a prova de radiação. A peça em ensaio colocada ou 
fixada por sobre o manipulador, movimenta-se dentro de feixe de Raio X e a imagem 
formada é observada de modo dinâmico no monitor; isto proporciona uma 
visualização tridimensional das descontinuidades dentro das peças. 
 
Outras aplicações especiais são observar o movimento de um projétil ainda 
dentro do canhão, o fluxo metálico durante o vazamento na fundição, a queima dos 
combustíveis dentro dos mísseis, operações de soldagem, etc. 
 
GERAÇÃO DOS RAIOS-X: 
 
O dispositivo que gera raios X é 
chamado de tubo de Coolidge. Este 
componente é um tubo oco e evacuado, que 
possui um catodo incandescente que gera um 
fluxo de elétrons de alta energia, e estes são 
acelerados por uma grande diferença de 
potencial e atingem ao ânodo ou placa. 
O anodo é confeccionado em tungstênio. A razão deste tipo de construção é a 
geração de calor pelo processo de criação dos raios X. O tungstênio suporta 
temperaturas que vão até 3340 °C. Além disso, possui um razoável valor de número 
atômico (74) o que é útil para o fornecimento de átomos para colisão com os elétrons 
vindos do catodo (filamento). Para não fundir, o dispositivo necessita de resfriamento 
através da inserção do tungstênio em um bloco de cobre que se estende até o exterior 
do tubo de raios-X que está imerso em óleo. Esta descrição refere-se ao tubo de anodo 
fixo. 
Ao serem acelerados, os elétrons ganham energia e são direcionados contra um 
alvo; ao atingi-lo, são bruscamente freados, perdendo uma parte da energia adquirida 
durante a aceleração. O resultado das colisões e da frenagem é a energia transferida 
dos elétrons para os átomos do elemento alvo. Este se aquece bruscamente, pois em 
torno de 99% da energia do feixe eletrônico é dissipada nele. 
A brusca desaceleração de uma carga eletrônica gera a emissão de um pulso de 
radiação eletromagnética. A este efeito dá-se o nome de Bretrahlunmssg, que significa 
radiação de freio. 
As formas de colisão do feixe eletrônico no alvo dão-se em diferentes níveis 
energéticos devido às variações das colisões ocorridas. Como existem várias formas 
possíveis de colisão devido à angulação de trajetória, o elétron não chega a perder a 
totalidade da energia adquirida num único choque, ocorrendo então a geração de um 
amplo espectro de radiação cuja gama de freqüências é bastante larga, ou com 
diversos comprimentos de onda. Estes dependem da energia inicial do feixe eletrônico 
incidente, e é por isso que existe a necessidade de milhares de volts de potencial de 
aceleração para a produção dos Raios X. 
O poder de penetração dos raios X é tanto maior quanto menor for seu 
comprimento de onda, que é função da tensão que acelera os elétrons do filamento 
para o alvo. 
Devido às altas temperaturas envolvidas, há necessidade de um sistema de 
refrigeração para evitar danos aos componentes. 
 Refrigeração por convecção: O calor irradiado pelo ânodo se transmite ao 
prolongamento de cobre, o qual está imerso em óleo ou gás, que se refrigera por 
convecção natural, ou por circulação. 
 Refrigeração por circulação forçada de água: A refrigeração descrita acima é limitada, 
principalmente se o aparelho for operado continuamente, exposto ao sol. Neste caso, 
a circulação de água por uma serpentina interna à unidade geradora, é eficaz, 
permitindo o uso do aparelho por longos períodos de uso. 
O revestimento, geralmente feito de chumbo, tem a finalidade de reduzir a 
intensidade da radiação espalhada. Apresenta apenas uma abertura para a saída do 
Raio-X, na direção desejada. 
Importantes variáveis na geração do Raio-X são a intensidade de corrente e a 
diferença de potência. Quanto maior a temperatura, maior a emissão de elétrons a 
partir do filamento catódico. Sendo este aquecido pela corrente, quanto maior a 
corrente e maior a intensidade da produção de elétrons. 
 
Ainda podemos relacionar a DDP entre o catodo e anodo, com a aceleração dos 
elétrons, fatores diretamente proporcionais. Quanto maior a DDP (logo a aceleração 
dos elétrons) mais energia é produzida no impacto com dos elétrons no anodo, assim, 
temos maior poder de penetração, conseqüentemente menores comprimentos de 
ondas. 
 
 
 
 
O FILME: 
 
A principal diferença entre o filme comum e o para radiografia é que este é 
recoberto dos dois lados por uma emulsão de sais de prata (brometo de prata - AgBr). 
Depois que o filme é exposto à radiação, os grãos dos sais de prata reagem 
quimicamente em contato com o revelador, transformando-se em prata metálica 
enegrecida. É essa prata escurecida que forma a imagem na chapa radiográfica. 
O filme deve conter informações importantes tais como: data do ensaio, 
identificação dos soldadores, no caso de juntas soldadas, identificação da peça e local 
examinado, número da radiografia, identificação do operador e da firma executante. 
O filme radiográfico é escolhido em função do ensaio a ser realizado. Suas 
características são: 
 Densidade radiográfica: é o grau de enegrecimento registrado no filme em 
função da exposição; 
 Contraste da imagem: é dado pela diferença de densidade entre as regiões do 
filme; 
 Velocidade do filme: é a taxa em que ocorre a sensibilização dos grãos de sais 
de prata. Filmes com grãos maiores necessitam de menor tempo de exposição; 
 Granulometria: é o tamanho dos grãos nos sais da emulsão. Quanto menores 
os grãos, maior a nitidez. 
De acordo com essas características, os filmes radiográficos são classificados 
em quatro tipos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
 
A qualidade da imagem radiográfica está associada a alguns parâmetros 
importantes ligados a características do filme radiográfico e da fonte de radiação 
utilizada , e é um fator para aceitação ou rejeição da radiografia. 
Para obtenção de imagens bem definidas ou próximas ao tamanho do objeto, 
devemos 
ter: 
· o diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível; 
· a fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do material a 
ensaiar; 
· o filme radiográfico deve estar mais próximo do material; 
· o feixe de radiação deve se aproximar o mais possível, da perpendicularidade em 
relação ao filme; 
· o plano do material e o plano do filme devem ser paralelos. 
 
Contraste: 
Para que se forme uma imagem no filme é necessário que ocorram variações na 
densidade ao longo do mesmo. Em outras palavras, uma imagem é formada a partir de 
áreas claras e escuras. A diferença de densidades entre duas regiões adjacentes no 
filme é denominada Contraste. Por exemplo, se medirmos a densidade de duas áreas 
adjacentes no filme e encontrarmos os valores D1 = 2,2 e D2 = 1,8 , o contraste será 
dado pela diferença entre D2 e D1, e portanto de 0,4. 
O contraste pode também ser entendido como sendo a capacidade do filme 
detectar intensidades e energias diferentes de radiação. Imagens com alto contrastepermitem em geral melhor qualidade e segurança na interpretação da radiografia. 
 
Gradiente: 
Para avaliar o efeito da forma da curva característica do filme radiográfico, 
podemos empregar outra grandeza denominada “Gradiente”. O gradiente de um filme 
é numericamente igual à tangente em um certo ponto de sua curva. Quando regiões 
da curva apresenta um gradiente maior que 1,0 , o contraste é amplificado, da mesma 
forma, nas regiões em que o gradiente é menor que 1,0 o contraste transmitido pela 
peça é diminuído. 
 
 
Definição: 
Observando com detalhe a imagem formada no filme radiográfico, veremos 
que a mudança de densidades de uma área a outra não se faz de maneira brusca. Por 
exemplo, a imagem de um objeto apresenta um pequeno halo que acompanha as 
bordas da mesma, com uma densidade intermediária entre a densidade da imagem e a 
de fundo. Quanto mais estreita for esta faixa de transição a definição será melhor. 
 
 
PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO 
 
Preparação Inicial: 
A preparação do filme e dos banhos para o processamento radiográfico deve 
seguir algumas considerações gerais, necessárias ao bom desempenho desta tarefa. 
 
 Limpeza: no manuseio do filme, a limpeza é essencial. A câmara escura, bem como 
os acessórios e equipamentos, devem ser mantidos rigorosamente limpos, e usados 
somente para o propósito aos quais eles se destinam. Qualquer líquido de fácil 
volatilização deve estar acondicionado em recipientes fechados, para não 
contaminar o ambiente. O termômetro e outros acessórios que manuseados devem 
ser lavados em água limpa imediatamente após o uso, para evitar a contaminação 
das soluções. Os tanques devem estar limpos e preenchidos com soluções frescas. 
 Preparação dos banhos: a preparação dos banhos deve seguir a recomendação dos 
fabricantes, e preparados dentro dos tanques que devem ser de aço inoxidável ou 
da matéria sintética, sendo preferível o primeiro material. É importante 
providenciar agitação dos banhos, utilizando pás de borracha dura ou aço 
inoxidável ou ainda de material que não absorva e nem reaja com as soluções do 
processamento. As pás devem ser separadas, uma para cada banho, para evitar a 
contaminação das soluções. 
 Manuseio: após a exposição do filme, o mesmo ainda se encontra dentro do 
portafilmes plástico, e portanto deverá ser retirado na câmara escura, somente com 
a luz de segurança acionada. Nesta etapa os filmes deverão ser fixados nas presilhas 
das colgaduras de aço inoxidável para não pressionar o filme com o dedo, que 
poderá manchá-lo permanentemente. 
 Controle da temperatura e do tempo: os banhos de processamento e a revelação 
devem ser controlados, quanto a temperatura. Normalmente devem estar de 
acordo com a recomendação do fabricante. 
 
Processamento Manual: 
A partir do momento que temos um filme exposto à radiação e passamos então 
ao processamento, o mesmo passará por uma série de banhos nos tanques de 
revelação, de acordo com as seguintes etapas: 
 
1 - Preparação dos banhos: a preparação dos banhos devem seguir a recomendação 
dos fabricantes, e preparados dentro dos tanques que devem ser de aço inoxidável ou 
da matéria sintética, sendo preferível o primeiro material. É importante providenciar 
agitação dos banhos, utilizando pás de borracha dura ou aço inoxidável ou ainda de 
material que não absorva e nem reaja com as soluções do processamento. As pás 
devem ser separadas, uma para cada banho, para evitar a contaminação das soluções. 
 
2 - Medição da Temperatura: O grau de revelação é afetado pela temperatura da 
solução: Quando a temperatura aumenta o grau de revelação também aumenta. Desta 
forma, 
quando a temperatura do revelador é baixa, a reação é vagarosa e o tempo de 
revelação que fora recomendado para a temperatura normal (200C), será insuficiente 
resultando em uma “sub-revelação”. Quando a temperatura é alta, a “sobre-
revelação”. Dentro de certos limites, estas mudanças no grau de revelação podem ser 
compensadas aumentando-se ou diminuindo-se o tempo de revelação. São fornecidas, 
inclusive, tabelas tempo-temperatura, através das quais pode-se a correção de 
comparação. 
 
3 - Manuseio: após a exposição do filme, o mesmo ainda se encontra dentro do 
portafilmes plástico, e portanto deverá ser retirado na câmara escura, somente com a 
luz de segurança acionada. Nesta etapa os filmes deverão ser fixados nas presilhas das 
colgaduras de aço inoxidável para não pressionar o filme com o dedo, que poderá 
manchá-lo permanentemente. 
 
4 - O dispositivo para medição do tempo necessário para cada passo do 
processamento, deve ser acionado (cronômetro) 
 
5 – Revelação: 
Quando imergimos um filme exposto no tanque contendo o revelador, esta 
solução age sobre os cristais de brometo de prata metálica, por ação do revelador. 
Esta seletividade está na capacidade de discriminar os grãos expostos dos não 
expostos. Devido a fatores eletroquímicos as moléculas dos agentes reveladores 
atingem os cristais, que ficam como que revestidos. Os cristais, que são constituídos de 
íons, ganham elétrons do agente revelador, que se combinam com o íon “Ag+”, 
neutralizando-o, tornando “Ag metálica”. 
Essa reação química provoca uma degradação progressiva do revelador que é 
lentamente oxidado pelo uso e pelo meio ambiente. 
A visibilidade da imagem e conseqüentemente o contraste, a densidade de 
fundo e a definição, dependem do tipo de revelador usado, do tempo de revelação e 
da temperatura do revelador. Desta forma, o controle tempo-temperatura é de 
fundamental importância para se obter uma radiografia de boa qualidade. 
A revelação deve ser feita com agitação permanente do filme no revelador, 
afim de que se obtenha uma distribuição homogênea do líquido em ambos os lados da 
emulsão, evitando-se a sedimentação do brometo e outros sais que podem provocar 
manchas susceptíveis de mascarar possíveis descontinuidades. 
Em princípio, o revelador deveria somente reduzir os cristais de haletos de prata que 
sofrem exposição durante a formação da imagem latente. Na realidade, os outros 
cristais, embora lentamente, também sofrem redução. 
Chama-se “Véu de fundo” o enegrecimento geral resultante, que deve ser 
sempre 
mínimo para otimizar a qualidade da imagem radiográfica. 
 
 
6 - Os filmes devem ser agitados na solução reveladora para que não haja formação de 
bolhas grudadas no filme que possam causar falta de ação do revelador nestes pontos, 
formando assim um ponto claro. 
7 - Deixar escorrer por alguns segundos o filmes. 
8 - Banho Interruptor ou Banho de Parada. 
Quando o filme é removido da solução de revelação, uma parte revelador fica 
em contato com ambas as faces do filme, fazendo dessa forma que a reação de 
revelação continue. 
O banho interruptor tem então, a função de interromper esta reação a partir da 
remoção do revelador residual, evitando assim uma revelação desigual e prevenindo 
ainda a ocorrência de manchas no filme. 
Portanto, antes de se transferir o filme do tanque de revelação para o de 
fixação, deve-se usar o tanque do banho interruptor, agitando-o durante mais ou 
menos 40 segundos. 
O banho interruptor pode ser composto, na sua mistura, de água com ácido 
acético ou ácido glacial. Neste último caso, deve-se ter cuidado especial, prevendo-se 
uma ventilação adequada e evitando-se tocá-lo com as mãos. Quando se fizer a 
mistura com 
água e não ao contrário, pois poderá respingar sobre as mãos e face causando 
queimaduras. 
O banho interruptor perde o seu efeito com o uso e deve ser sempre 
substituído. Uma solução nova do banho interruptor é de cor amarela e quando vista 
sob a luz de segurança é quase incolor. Quando a cor se modifica para azul púrpura 
que aparece escuro sob a iluminação de segurança, a solução deve ser trocada. 
Geralmente 20 litros, 
de banho de parada são suficientes para se revelar 400 filmes de 3 ½ x 17 pol. 
 
9 - Fixação: 
Após o banho interruptor, o filme é colocado em um terceiro tanque, que 
contémuma solução chamada de “fixador”. A função da fixação é remover o brometo 
de prata das porções não expostas do filme, sem afetar os que foram expostos à 
radiação. O fixador tem também a função de endurecer a emulsão gelatinosa, 
permitindo a secagem ao ar aquecido. 
O intervalo do tempo entre o início da fixação até o desaparecimento da coloração 
amarelo-esbranquiçada que se forma sobre o filme, é chamada de tempo de ajuste ou 
tempo de definição (clearing time). Durante este tempo o fixador estará dissolvendo o 
haleto de prata não revelado. Este tempo, é em geral o dobro do tempo de 
clareamento. 
O tempo de fixação normalmente não deve exceder a 15 minutos. Os filmes devem ser 
agitados quando colocados no revelador durante pelo menos 2 minutos, a fim de que 
tenhamos uma ação uniforme dos químicos. 
O fixador deve ser mantido a uma temperatura igual ao do revelador, ou seja, 
cerca de 20 graus Celsius. Os fixadores são comercialmente fornecidos em forma de pó 
ou líquido e a solução é formada através da adição de água de acordo com as 
instruções dos fornecedores. 
 
10 - Lavagem dos Filmes: 
Após a fixação, os filmes seguem para o processo de lavagem para remover o 
fixador da emulsão. O filme é imergido em água corrente de modo que toda superfície 
fique em contato constante com a água corrente. O tanque de lavagem deve ser 
suficientemente grande para conter os filmes que passam pelo processo de revelação 
e fixação, sendo que devemos prever uma vazão de água de maneira que o volume do 
tanque seja de 4 a 8 vezes renovado a cada hora. Cada filme deve ser lavado por um 
período de aproximadamente 30 minutos. Quando se imergem as colgaduras 
carregadas no banho de lavagem, deve ser adotado um procedimento tal que se as 
mesmas sejam primeiramente colocadas próximas ao dreno de saída (água mais suja) 
e sua posição vá mudando o tempo de lavagem de maneira que se termine o banho o 
mais próximo possível da região de entrada da água, onde a mesma se encontra mais 
limpa. 
 
 
 
 
 
9- Fixação 10- Lavagem com água 11- Distensor 12- Secagem 
 
 A temperatura da água no tanque de lavagem é um fator muito importante. Os 
melhores resultados são obtidos com a temperatura por volta de 20 graus centígrados. 
Se tivermos altos valores para a mesma, poderemos causar efeitos danosos ao filme, 
assim como valores baixos poderão reduzir a eficiência. 
 
11 - Além das etapas acima relatadas, é aconselhável, após a lavagem passar os filmes 
durante mais ou menos 30 segundos, por um quinto banho que tem a finalidade de 
quebrar a tensão superficial da água, facilitando desta maneira, a secagem e evitando 
que pequenas gotas de água fiquem presas á emulsão, o que iria acarretar manchas 
nos filmes depois de secos. 
 
12 - Antes do filme ser colocado no secador, deve-se dependurar as colgaduras em um 
escorredor por cerca de 2 a 3 minutos. 
 
Processamento Automático: 
Este sistema de processamento químico e mecânico é utilizado quando há 
grande volume de trabalho, pois só assim torna-se econômico. O processamento é 
inteiramente automático sendo que o manuseio só é utilizada para carregamento e 
descarregamento de filmes. O ciclo de processamento é inferior a 15 minutos. Quando 
adequadamente mantido e operado, este equipamento produz radiografia de alta 
qualidade. 
A alta velocidade de processamento torna-se possível pelo uso de soluções 
químicas especiais, contínua agitação dos filmes, manutenção da temperatura das 
soluções e secagem por jatos de ar aquecido. 
 
Outras formas de detecção: 
Outras formas de detecção são pelo aquecimento de elementos a base de 
chumbo, que geram imagens termográficas, o aquecimento de lâminas de chumbo 
para medir sua intensidade, além de elementos que possuem gases em seu interior à 
exemplo da válvula Geiger-Müller utilizada para a detecção de radiação ionizante e 
radiação não ionizante. Podendo ainda ser difratado através de um cristal e dividido 
em diversos espectros de onda. Sensores (Foto transistores ou foto diodos) captam 
uma ou algumas faixas de espectro, e são amplificados e digitalizados, formando 
imagens. Esse último processo (difração de raios-x, por cristais) é comumente utilizado 
em equipamentos de inspeção de bagagens e cargas. 
 
 
 
 
 
ÉCRANS: 
Para dar maior nitidez às radiografias e diminuir o tempo de exposição, usam-
se as telas intensificadoras, conhecidas por écrans. 
Estas telas evitam que as radiações que ultrapassam o filme reflitam de volta 
para este, prejudicando a nitidez da radiografia, além de favorecer uma maior 
absorção de radiação pelo filme. 
Alguns écrans utilizados são cartões recobertos com película fina de chumbo, 
da ordem de centésimo de milímetro. 
 
TELAS FLUORESCENTES: 
 Ecrans fluorescentes ou também chamadas telas intensificadoras fluorescentes 
são usadas para reduzir consideravelmente, o tempo de exposição em radiografias 
industriais. 
Constam, fundamentalmente, de fina folha de cartolina impregnada de 
minúsculos grãos de sais (usualmente o tungstato de cálcio) os quais, sob a ação da 
radiação incidente, emitem luz fluorescentes para a qual o filme radiográfico é 
sensível. 
 Estas telas fluorescentes causam um empobrecimento da definição radiográfica 
e, portanto, não devem ser usadas. 
Por essas razões acima expostas, as telas fluorescentes somente são utilizadas 
em sistemas de radioscopia ou como um sistema de identificação do filme 
radiográfico. 
 
INDICADORES DA QUALIDADE DA IMAGEM - IQI : 
Para que possamos julgar a qualidade da imagem de uma certa radiografia são 
empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI), e 
que são colocadas sobre o objeto radiografado. Também são chamados como 
“Penetrômetros”. 
Tem a forma de uma pequena peça construída com um material 
radiograficamente similar ao material da peça ensaiada, com uma forma 
geometricamente simples e que contem algumas variações de forma bem definidas 
tais como furos ou entalhes. 
O tipo ou norma de fabricação do IQI deve ser aquela que o projeto de 
construção do equipamento a ser radiografado requerer ou mesmo especificações 
contratuais. 
 
CHASSIS INDUSTRIAIS: 
 O chassi para armazenar o filme para a exposição é fabricado na forma de um 
envelope plástico duplo reforçado, flexível para acompanhar a curvatura ou 
irregularidades da peça a ser inspecionada. 
Os tamanhos padronizados são iguais aos dos filmes. 
Dentro dos chassis são inseridas as telas intensificadoras de imagem e no meio, 
o filme. O chassi é fechado com fita adesiva para evitar a entrada de luz. 
 
 
 
PREPARAÇÃO DO ENSAIO 
 
O esquema ao lado 
representa a montagem do 
equipamento para o ensaio de 
raio-X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No detalhe, a montagem da peça 
sobre a prateleira do Bunker, mostrando 
o posicionamento do chassi, peça e IQI. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE ENSAIO 
 
Várias e diferentes técnicas de ensaio são empregadas na radiografia. A escolha 
dependerá de vários fatores que incluem: tipo de material (madeira, aço, alumínio, 
plásticos, compostos, concreto, etc.) geometria e quantidade de peças, local, 
sensibilidade requerida e espessura em questão. 
Os aparelhos de Raio-X portáteis para média ou baixa energia são facilmente 
transportáveis ao passo que as de alta energia são estacionários e utilizados em 
instalações tipo cabines a prova de radiação ou “bunkers”. 
Vários parâmetros variam em função das condições de exposição, sendo os 
mais importantes: 
A energia da radiação da qual o poder de penetração é dependente; 
O tipo de filme, o qual afeta a qualidade da imagem; 
Telas intensificadoras em bom contato com o filme, as quais filtram a radiação 
difusa e intensificam a imagem do filme; 
As distâncias foco-filme e objeto-filme, as quais afetam a penumbra geométrica 
da imagem. 
A escolha correta desses parâmetros é de importância determinante na boaqualidade da radiografia e posterior análise dos resultados. 
 
 
 
TÉCNICAS DE EXPOSIÇÃO 
 
Conforme as dimensões e formato da peça, podemos adotar, diferentes técnicas de 
exposição radiográficas das mesmas. 
 
Técnica de Parede Simples 
É a técnica mais utilizada. O arranjo fonte, peça e 
filme determinado permite que apenas uma 
espessura da peça seja inspecionada. 
 
 
Peça 
 
 
 
Técnica de Parede Dupla 
Aqui, o feixe de radiação proveniente da 
fonte, atravessa duas espessuras da peça. 
 
 
 
 
RESULTADOS 
 
A radiografia é um poderoso método quando se deseja inspecionar peças com 
finalidade de investigar sobre defeitos internos, e pode detectar com alta sensibilidade 
descontinuidades com poucos milímetros de extensão. 
 
DESCONTINUIDADES 
Alterações na homogeneidade de uma peça ou material, tanto em sua 
estrutura como em sua forma. 
As descontinuidades podem ser atribuídas a diferentes causas. Elas podem 
ocorrer durante o próprio processo de fabricação do material (por exemplo: durante a 
fundição), durante o processamento (por exemplo: durante a laminação, forjamento, 
usinagem, etc.), ou durante o uso de equipamento, em serviço (por exemplo: durante 
a aplicação de esforços mecânicos ou corrosão). Rupturas, vários tipos de trincas, e 
escamas de hidrogênio. 
Em juntas soldadas, as principais descontinuidades encontradas são as 
Inclusões Gasosas (Poros), Inclusão de Escória, Falta de Penetração, Trincas e Falta de 
Fusão. 
Analisando a influência que a descontinuidade terá sobre a utilização do 
material, ou do equipamento, definimos a sua aceitabilidade. 
 
COMPARANDO OS ENSAIOS POR RAIOS X E RAIOS GAMA 
 
No equipamento para raios X é possível gerar ondas eletromagnéticas com 
diversos comprimentos de onda, ajustando-se a tensão aplicada ao equipamento. 
Já os isótopos emitem radiações gama características do elemento emissor, isto 
é, cada isótopo tem sua emissão específica quanto à quantidade de energia e ao 
comprimento de onda. 
Fonte 
A quantidade de energia emitida por um isótopo radioativo é medida em 
eletrovolt (eV). 
No caso dos raios X, a emissão de radiação cessa quando se desliga o 
equipamento. A fonte de raios gama, pelo contrário, emite radiações continuamente e 
por isso deve ser guardada numa blindagem. 
Não é necessário empregar energia elétrica para gerar raios gama. Portanto, 
eles podem ser usados em locais remotos, até mesmo onde não haja energia elétrica. 
Os equipamentos para gamagrafia são mais simples, têm menor custo inicial e 
requerem menor manutenção, comparados aos de raios X. 
Em geral, a gamagrafia pode ser empregada em qualquer atividade industrial 
em que se use os raios X. Além disso, a gamagrafia pode ser utilizada em locais e 
condições em que os raios X não sejam acessíveis. 
 
VANTAGENS E DESVANTAGENS 
 
Vantagens: 
 
 Registro permanente; 
 Revela defeitos internos; 
 Ótima sensibilidade em pequenas espessuras (abaixo de 12 mm); 
 Revela defeitos como porosidade, inclusões, trincas internas e falta de 
fusão; 
 Pode ser aplicado em metais, não metais e misturas (ligas); 
 
 
Desvantagens: 
 
 Custo relativamente alto do equipamento; 
 Maior custo em relação aos outros métodos de END; 
 A inspeção radiográfica não revela defeitos planares que estejam 
orientados paralelamente ao feixe, por exemplo, estrutura lamelar, 
assim como pode não revelar outros defeitos orientados segundo 
ângulos bem próximos de 00 com o feixe, por exemplo, falta de fusão 
Todavia, a confiabilidade da inspeção pode ser aumentada por meio de 
radiografias tiradas da solda de dois ou mais ângulos. 
 Cuidados adicionais devido a radiação; 
 Sensibilidade diminui com o aumento de espessura 
 
CUIDADOS DO USO DE RAIO-X 
 
O uso do Raio-X constitui o principal tipo de exposição da população a fontes 
artificiais de radiação ionizante. A utilização dessas radiações representa um grande 
avanço tecnológico, entretanto requer que as práticas sejam efetuadas em totais 
condições de segurança, devendo garantir proteção radiológica aos pacientes, 
profissionais e ao público em geral. 
No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se, portanto, 
minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes exposições potenciais, 
desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para reduzir a contribuição 
de erros humanos que levem à ocorrência de exposições acidentais. 
Os danos ao organismo humano causados pelo uso inadequado da técnica de 
Raio-X podem ser irreversíveis. Os efeitos da radiação dependem da dose recebida. 
Quando é localizada sobre determinado órgão, pode destruí-lo ou lesá-lo. 
 A absorção através da pele é a mais comum e quando atinge todo o corpo, o 
principal efeito é sobre o sangue e órgãos formadores de sangue. Está comprovado 
que a exposição prolongada à radiação ionizante pode provocar anemia, leucemia, 
câncer de pele, câncer ósseo, câncer de tireóide, entre outros. 
 
INSTALAÇÕES 
 
As instalações somente serão aprovadas para funcionamento após uma avaliação 
criteriosa. 
Dentre os itens obrigatórios para o funcionamento de um laboratório para ensaio por 
raios-X estão: 
 Monitoramento e classificação das áreas 
 Blindagem das paredes 
 Blindagem das portas 
 Sinalização luminosa 
 Interruptores no interior da sala onde ficará o aparelho (para interromper a 
irradiação em caso de emergência) 
 Interlock nas portas (interrompe a irradiação se a porta for aberta) 
 Medidores de radiação 
 Monitores de área (sonoro) 
 Sinalização 
 Plano de radioproteção 
 
 
PESSOAL 
 
O pessoal envolvido nas atividades com raios-X deve ser treinado e qualificado. 
Os operadores destas atividades possuem um regime de férias diferente e deve ser 
submetido a exames médicos periódicos. 
O operador e pessoal envolvido com radiografia deverá portar durante as 
atividades: 
 Dosímetro 
 Monitor/alarme individual 
 Caneta dosimétrica 
 Vestimentas de proteção individual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
 
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/fismod/mod06/m_s01.html 
 
http://www.fazano.pro.br/port147.html 
 
Radiologia Industrial (ABENDE - www.abende.org.br) 
 
http://www.qualidadeaeronautica.com.br/princ.RX.htm 
 
 
Mecânica - Ensaios de Materiasis (Telecurso 2000 - Editora Globo) 
 
 
X-ray (Wikipédia - en.wikipedia.org/wiki/X_ray e pt.wikipedia.org/wiki/Raios_X)

Outros materiais