Atividade avaliativa SINAN - G Lupe e M E Barbiéri

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Atividade avaliativa – sinan
esquistossomose
Gabriel Lupe Rodrigues dos Santos
Maria Eduarda Barbiéri Machado Soares
Epidemiologia e Saúde Pública – AARE 2
Introdução
Doença escolhida: Esquistossomose
Região: Minas Gerais
Período de análise: 2007 – 2017
Análise: Faixa etária x Sexo/Escolaridade/Local/Óbitos/Raça/Ano
Esquistossomose
A esquistossomose é uma verminose relacionada à falta de saneamento básico. A doença é causada pelo parasita Schistosoma mansoni, que necessita de caramujos como hospedeiros intermediários para desenvolver o seu ciclo, e então, chegar ao homem que será seu hospedeiro definitivo. A transmissão ocorre pela liberação de seus ovos nas fezes humanas.
Nos casos mais leves, pode apresentar alguns sintomas como coceiras e dermatites, febre, inapetência, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento. Já em casos mais graves pode ocorrer hepatomegalia, cirrose, esplenomegalia, rompimento de veias do esôfago e ascite.
Análises
Faixa etária x Sexo (2007 – 2017)
Faixa etária x Ano (2007 – 2017)
Ano x Sexo (2007 – 2017)
Justificativa
Quando falamos em uma análise da faixa etária pelo sexo, de contaminados por esquistossomose no período de 2007 a 2017, a tabela nos mostra que há um maior número de homens contaminados (44.690) do que mulheres (26.950), sendo que a faixa com mais número em ambos os casos é a de 20 a 39 anos, a qual caracterizamos como faixa de trabalhadores jovens. Isso ocorre, pois como sabemos, a esquistossomose é uma doença presente em locais precários, tanto casas como locais de trabalho (braçal ou não). Por isso os números de contaminados é bem maior entre homens do que mulheres, já que nestas áreas é comum que o homem esteja mais exposto aos ambientes peridomiciliar ao sair de casa para o trabalho ou atividades recreativas. Sendo muitas vezes em locais onde acaba entrando em contato com a forma do parasita que infecta o homem, a cercária, enquanto as mulheres estão mais acostumas a ficarem em casa cuidando da mesma e crianças. Tal conclusão também justifica a faixa etária mais atingida, já que de 20 a 39 anos é quando tem um alto tempo de prestação de serviço.
Além disso, em alguns artigos é colocado o fato da higiene masculina ser mais defasada em relação à feminina, e como existe uma dificuldade dos homens procurarem atendimento médico quando apresenta sinais clínicos. No caso da contaminação das mulheres, isso ocorre muitas vezes por conta do contato com água contendo o verme, sendo essa água utilizada para lavar roupa, alimentos ou para banho.
Nas demais tabelas que relacionam a quantidade de casos por ano, podemos notar que ocorreu um surto em Minas Gerais no ano de 2010, algumas leituras refletem sobre a urbanização dos processos migratórios por conta da evolução das cidades, e junto a isso vem a precariedade da qualidade de vida nos ambientes urbanos periféricos.
Referência
DOS SANTOS, Gustavo Mendes; SANTOS, Micaelle Souza. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ESQUISTOSSOMOSE EM MONTES CLAROS, MG NO PERÍODO DE 2010 A 2015, DADOS PRELIMINARES. Seminário de Iniciação Científica, Montes Claros - MG, 2016. Disponível em: https://www.ifnmg.edu.br/arquivos/2016/proppi/sic/resumos/974d294d-a63d-4b55-8b93-f01fb7dfc22d.pdf. Acesso em: 17 dez. 2020.
NORONHA, Ceci Vilar; BARBOSA, Andréa Gouveia; SOUZA, Yvete Maria; LAGO, Renata Silva. Parte III - Perspectiva de gênero e o estudo das doenças endêmicas: Estudo da esquistossomose Mansoni na perspectiva de gênero e. In: R.B, BARATA. Editora FioCruz. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2000. cap. 10, p. 183-197. Disponível em: http://books.scielo.org/id/45vyc/pdf/barata-9788575413944-11.pdf. Acesso em: 17 dez. 2020.
NORONHA, C. V.; BARRETO, M. L; SILVA, T. M. & SOUZA, I. M. A Popular Concept of Schistosomiasis Mansoni: Modes of Transmission and Prevention in the Perspective of Gender Differences. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 11 (1): 106-117, Jan/Mar, 1995. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1995000100017. Acesso em: 18 dez. 2020
BRASIL. Ministério da Saúde. SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 2007. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/doencas-e-agravos-de-notificacao-de-2007-em-diante-sinan/. Acesso em: 17 dez. 2020.