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Economia Brasileira - resumo G!

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Cap1. e 14- Industrialização por substituição de importações: 1930-1990 (ISI ou PSI)
Crise de 1930:
Foi um momento de ruptura do modelo econômico.
A Industrialização passa a substituir o modelo agroexportador.
O processo de industrialização seguido no período (1930-1990) foi chamado de processo de substituição de importações (PSI).
Como se manifestou a crise de 1930 no país?
Forte queda na demanda de café no mercado mundial e, conseqüentemente, queda de preço.
Reversão dos fluxos de capitais externos.
Resultado: redução da entrada de moeda estrangeira cria problemas no Balanço de Pagamentos (BP).
I - Transações correntes
Balança comercial: + exportações e – importações
Balança de serviços: não fatores (viagens, seguros); fatores (lucros, juros)
Transferências unilaterais: não existe contrapartida (doações, remessa de imigrantes)
II - Movimento de capitais
Investimento estrangeiro direto
Investimento em carteira (ações, títulos de RF)
Empréstimos
Amortizações
SBP = I + II
Se SBP > 0 -> Acúmulo de reservas; se SBP < 0 -> perda de reservas.
Políticas do governo 		(livro começa aqui)
Manutenção da renda:
Reforço da política de defesa do café, devido a enorme dificuldade de vender as supersafras, o governo fez estocagem e queima de café. (financiada em parte com crédito e emissão de moeda, mesmo pagando o preço mínimo baixo para os cafeeiros, esse preço permitia a realização da colheita, sustenta a demanda agregada mantendo o emprego e a renda – efeitos multiplicadores)
Deslocamento da demanda:
Problema do Balanço de Pagamentos (exportações de café) é enfrentado via controle das divisas (moeda estrangeira) que entrava no país era regulada pelo governo e ou/desvalorização da moeda nacional.
O que provocou uma alteração dos preços relativos: desvalorização torna bens importados mais caros (e difíceis de serem adquiridos por causa do contingenciamento) e reduz o preço dos bens nacionais (tornam-se atraentes) aumenta a competitividade da produção nacional.
A queda de rentabilidade do setor cafeeiro faz com que o capital flua para outros setores (muitos produtos industriais)
Deslocamento do centro dinâmico
A determinação do nível de renda deixa de estar exclusivamente ligada à demanda externa e passa a depender de elementos do mercado interno, mais precisamente o consumo e investimento doméstico. Desta forma, a indústria ganha espaço para crescer.
Sobre esse processo, Furtado (1989) afirmou que “a economia havia encontrado estímulo dentro dela mesma para anular os efeitos depressivos vindos de fora e continuar crescendo, mas também havia conseguido fabricar parte dos materiais necessários à manutenção da expansão de sua capacidade produtiva”. 
Características do PSI:
Industrialização fechada: é voltada para dentro, o objetivo é atender demanda do mercado interno.
Depende de medidas que protejam a indústria nacional
Desvalorização cambial: Ajuda a exportação, mas prejudica a importação de máquinas e insumos.
Controles cambiais: estabelece-se um sistema de licenças para importar - Ajuda na importação de máquinas e insumos, mas prejudica exportações; favorece corrupção.
Taxas múltiplas de cambio: estabelecem-se vários mercados cambiais (cambio livre, flutuante, comercial) - Ajuda a importação de máquinas e insumos.
Tarifas aduaneiras: elevam-se as tarifas de importação – Ajuda nas Importações de bens de capital.
Hoje em dia muitas dessas práticas seriam condenadas pela OMC.
Realizada por etapas: problemas no Balanço de Pagamentos estimulava a produção interna. O estopim de uma nova etapa sempre seria o estrangulamento externo (teoria dos choques adversos). 
O motor do PSI é a restrição externa.
Sequência lógica do PSI:
Problemas no BP gera escassez de divisas -> governo tenta controlar a crise dificultando as importações -> problemas para importar bens industriais estimula produção interna -> o próprio crescimento da demanda provocaria outros estrangulamento externo (ciclo).
Problemas deste modelo 
Tendência ao desequilíbrio externo em função de: 
Política cambial: favorecia transferência de renda da agricultura para a indústria (confisco cambial), desestimulando as exportações agrícolas.
Indústria sem competitividade: devido ao protecionismo, visava atender apenas ao mercado interno.
Elevada demanda por importações: investimento industrial e aumento da renda. 
Resultado: Menor geração de divisas acentuava o desequilíbrio externo. O PSI precisaria do capital externo (dívida externa e/ou investimento direto). 
Aumenta a participação do Estado - funções:
Adequação da estrutura institucional á indústria: legais, institucionais, burocráticos.
Geração de Infraestrutura básica (transporte e energia). No início, em caráter emergencial, para eliminar pontos de estrangulamento. No pós-guerra, visão de longo prazo. 
Fornecimento de insumos básicos. Estado entrava em áreas de alto riscos/capital: CSN, CVRD, Petrobrás, Hidrelétricas.
Captação e distribuição de poupança
Aumento da participação do Estado na economia gerava tendência ao déficit público com impacto sobre inflação.
Aumento do grau de Concentração de renda: o PSI era concentrador em função de:
Êxodo rural: Desestímulo à agricultura e estrutura fundaria; sem Lts.
Investimento industrial capital intensivo
Desequilíbrio no mercado de trabalho: excesso de oferta de mão-de obra pouco qualificada (baixos salários); o contrário ocorre no mercado de mão de obra qualificada. 
O protecionismo (ausência de concorrência) e a concentração industrial permitiam preços elevados e altas margens de lucro para as empresas.
Escassez de fontes de financiamento:
Quase inexistência de um sistema financeiro: em decorrência principalmente da Lei de usura que desestimulava poupança e inibia a formação de um mercado de capitais. 
Ausência de uma reforma tributária ampla: a arrecadação continuava centrada nos impostos de comércio exterior e era difícil ampliar a base tributária.
Papel da agricultura na indústria
5 funções da agricultura em um processo de industrialização:
Liberação de mão de obra: a força de trabalho antes concentrada no campo deve ser transmitida para a indústria a fim de reduzir custos. (aumento de produtividade por trabalhador)
Fornecimento de alimentos e matéria prima: com crescimento urbano, os setores necessitam cada vez mais de produtos fornecidos pela agricultura (aumento da produtividade).
Transferência de capital: capital agrícola transferido para a industrialização
Geração de divisas: manter as exportações a fim de viabilizar a importação de máquinas e equipamentos necessários ao processo de industrialização.
Mercado consumidor: a agricultura também se constitui em importante mercado consumidor dos produtos industriais (tratores, produtos químicos, eletrodomésticos).
Alguns autores apontaram para o relativo atraso do setor agrícola durante o PSI o que representava um entrave ao processo de crescimento do país.
A demanda por alimentos (urbanização e industrialização) crescia mais rápido do que a oferta: visão estruturalista da inflação
A ausência de reforma agrária -> concentração de renda -> mercado consumidor restrito, desfavorece a indústria.
PSI – GOVERNOS:
O processo de substituição de importações (PSI) e pós-guerra: 
a) Modernização autoritária (1930-1945) - Governo Vargas;
b) Pós-guerra: Superação da crise e Governo Provisório. Dutra e 2º Governo Vargas;
c) Plano de Metas (1956-1960) - Visão de longo prazo de JK.
1930 - 1945 – Mudanças econômicas e políticas:
Resquícios do modelo agroexportador e seus problemas (vulnerabilidade) e início da substituição de importações.
1930 – 1934: Economia se ajusta ao impacto da Grande Depressão, que trouxe desequilíbrio ao Balanço de Pagamentos (BP) e atritos com credores da dívida externa.
Revolução de 30 
Movimento político-militar que derrubou o presidente Washington Luis e impediu a posse do novo presidente eleito Júlio Prestes
O principal efeito da revolução foi a derrubada do grupo até então hegemônico no país, a oligarquia cafeeira paulista.
Assumem outras oligarquias, militarese jovens urbanas.
Populismo
Os compromissos básicos sobre os quais se assentava os governos da fase populista eram:
Não alterar a situação política e fundiária do campo
Trazer para a base de sustentação do governo as massas urbanas (CLT), evitando a radicalização.
Base para o desenvolvimento = industrialização
Como o estado se financiava?
Poucos recursos tributários e aduaneiros, mas também com
Poupança compulsórias, como recursos da recém criada previdência social (CLT)
O financiamento do desenvolvimento
Transformações do sistema produtivo nacional e do papel do estado
CMBEU (1950) – projetos na área de infraestrutura
Fundo de aparelhamento econômico (FAE) com aportes do banco mundial e do eximbank (EUA)
Criação do BNDES: gerir o FAE, analisar e financiar projetos específicos.
Cap. 2 - Dos anos dourados de JK à crise não resolvida (1955 - 1964)
Plano de Metas (1956 - 1960):
Considerado o mais completo e coerente conjunto de investimentos implementados em um ambiente político aberto e democrático.
Vai além do processo de substituição de importações, já que não era apenas “uma resposta tópica a um estrangulamento externo, mas a busca de promover a montagem de uma estrutura industrial integrada”. 
Plano de Metas – objetivos:
Estabelecer bases de uma indústria madura, em especial no segmento de duráveis. 
Alguns para atacar pontos de estrangulamento ( áreas de demanda insatisfeita em função das características desequilibradas do desenvolvimento econômico) existentes e impedir o aparecimento de novos na oferta na infraestrutura e bens intermediários.
Outros setores seriam pontos de germinação (investimentos geravam demanda para outros investimentos) – Exemplo: Brasília.
Três pontos chaves no Plano de Metas
Investimentos estatais em Infraestrutura: transporte e energia
Estímulo ao aumento da produção de bens intermediários: aço, cimento, zinco
Incentivos à introdução dos setores de consumo duráveis e de capital: reserva de mercado, isenções fiscais.
O cumprimento das metas estabelecidas foi bastante satisfatório, com profundas mudanças estruturais.
Instrumentos - os principais instrumentos de ação do governo para alcançar as metas foram:
Investimento das empresas estatais
Crédito com juros baixos e carência longa por meio do BB e do BNDE
Política de reserva de mercado para o setor industrial privado (Lei SN e aumento de tarifas)
Avais para a obtenção de empréstimo esternos
Incentivos à entrada de capital estrangeiro – exemplo: montadoras
Problemas com o Plano de Metas 
Financiamento:
Ausência de uma reforma fiscal condizente com as metas e os gastos para o público – financiados em parte pela emissão monetária
Consequência: aceleração inflacionária no período.
Do ponto de vista externo: deterioração do saldo em transações correntes e o crescimento da dívida externa.
Conclusões
Deslocamento do centro dinâmico
Rápidas transformações na matriz industrial
Exposição da fragilidade do arcabouço institucional: dívida externa e inflação
Superação do MSI: vai além do estrangulamento esterno – economia brasileira mais madura e integrada
Persistência do problema social: baixos salários e concentração de renda.
Cap 15 – Da Crise ao Milagre
Início dos anos 60 
Forte reversão da situação econômica com:
Queda dos investimentos
Queda da taxa de crescimento da renda
Aceleração da inflação
Em parte estes problemas refletem os desequilíbrios do Plano de metas do governo JK.
Explicações para a Crise dos anos 60
Causas politicas:
Forte instabilidade política: sintetiza dificuldade de manter equilíbrio entre setores radicais. Quadros inaugura uma política externa independente – seguida por Goulart, que balançaram relações com os EU.
O presidente Jânio renuncia depois de 8 meses de mandato e o vice João enfrenta dificuldades para assumir
Jango assume em um período de grandes turbulências. O Brasil passa para o regime parlamentarista, que dura apenas 3 anos.
As trocas de presidentes e ministérios impedem a adoção de uma política consistente, dificultando o planejamento e diminuindo os investimento.
Crise do populismo: Expressa dificuldades de conciliar apoio das bases populares sem afetar interesses do setor empresarial.
Os governos populistas tentam incorporar as massas urbanas como base de apoio político sem concessões exageradas (ponto de vista patronal) e sem estendê-las para o campo mantendo a estrutura agrária do país.
Causas econômicas:
Política econômica restritiva: com intuito de controlar o processo inflacionário, procurou-se controlar os gastos públicos, diminuir a liberdade creditícia e combater os excessos da política monetária.
Destaque para dois planos de estabilização: trienal (JK) e Paeg (CB)
Tais planos adotam medidas como o controle dos gastos públicos, a diminuição do crédito e o combate aos excessos da política monetária.
Crise cíclica endógena de uma economia industrial
A redução nas taxas de crescimento do PIB se deve ao esgotamento do dinamismo do PSI
Pelo lado da demanda, os novos setores a serem substituídos possuem ganhos de escala cada vez maior.
Típica de uma economia industrial capitalista. Nos anos 60 ocorre uma desaceleração dos investimentos em bens de capital que repercute sobre o restante da economia
O PM efetivou um grande bloco de investimentos que acabou por gerar excesso de capacidade produtiva.
Inadequação institucional: ausência de mecanismos de financiamento adequados devido aos gastos realizados no Plano de Metas. Travava crescimento e possibilidades de crescimento.
Eram necessárias reformas institucionais para a retomada dos investimentos
Sem as reformas não havia mecanismos de financiamento adequados, tanto para o setor público como para o setor privado.
Outros problemas: estrutura fundiária, acesso à educação, legislação incompatível com as taxas de inflação.
Plano Trienal:
Apesar de ser elaborado por Furtado, da escola da Cepal, tinha um diagnóstico bastante ortodoxo. Inflação seria causada por excesso de demanda via gasto público. 
Medidas: Correção preços defasados (eliminação subsídios), redução déficit publico e crédito. Renegociação de compromissos internacionais.
Agonia da 3ª República. Sinais de recessão revertem medidas anteriores: volta subsídios, aumento salários (mínimo e do funcionalismo público) Fracasso na política de estabilização. 
Início dos governos militares e o PAEG (1964 - 1967)
O golpe militar impõe de forma autoritária uma solução para a crise política
Objetivos do PAEG - Programa de Ação Econômica do Governo: 
“Conter” processo inflacionário; 
Atenuar desequilíbrios setoriais e regionais; 
Aumentar investimento e nível de emprego; 
Corrigir tendência ao desequilíbrio externo. 
Medidas de combate à inflação do PAEG
Redução do déficit público: novas formas de financiamento e aumento das tarifas públicas (inflação corretiva)
Restrição do crédito e aperto monetário: aumento das taxas de juros, melhora dos mecanismos de controle
Política salarial: arrocho, visando cortar a espiral salário-preço (p=ci+w+I)
Nova atitude frente à inflação:
Independentemente do diagnostico da inflação, ressalta-se a forma peculiar de lidar com o problema no sentido de:
Seria possível conviver com a inflação => Mal inevitável do acelerado desenvolvimento brasileiro; Surge a noção de correção monetária e indexação
Adota-se uma atitude gradualista no combate a inflação. Deixam-se de lado os tratamentos de choque.
Reformas institucionais do PAEG
Reforma tributária:
Correção monetária no sistema tributário (desestimula atrasos) garantia de arrecadação. 
Transformação dos impostos em cascata (que incidem a cada transação sobre o valor total) em impostos sobre valor adicionado (IVA) – exemplo: ICM e IPI – rompe o estímulo à integração vertical da produção e facilita a utilização dos impostos como instrumento de política de desenvolvimento.
Redefinição do espaço tributário entre as diversas esferas do governo
União: IPI, IR, impostos únicos, IE/II, ITR.
Estados: ICM
Municípios: ISS e IPTU
Criação de fundos de transferência intergovernamentais: os fundosde participação dos estados e o dos municípios
Ainda quanto a questão da arrecadação, devemos destacar:
Surgimento de vários fundos parafiscais, como FGTS e o PIS (fontes de poupança compulsória)
A chamada “inflação corretiva”, uma política de realismo tarifário que tornou as empresas estatais geradores de excedentes líquidos de recursos.
Consequências da Reforma Tributária
Aumento da arrecadação 
Centralização tanto da arrecadação como das decisões em termos de política tributária
Crítica a essa reforma: SISTEMA IMPOSTO/OBRIGATÓRIO
Reforma monetário-financeira
Objetivo: criar condições de condução independente da política monetária e direcionar os recursos nos montantes e condições adequados às atividades econômicas.
Medidas
Instituição da Correção monetária (ao permitir a prática de taxas de juros positiva, estimulava a poupança e ampliava a capacidade de financiamento da economia) e criação da ORNT (obrigações reajustáveis do tesouro nacional- objetivo de dar credibilidade e viabilizar o desenvolvimento de um mercado de títulos públicos que fornecesse instrumentos de financiamento não inflacionários do déficit público, bem como possibilitasse as operações de mercado aberto, visando ao controle monetário). 
Lei 4595 – Criação do CMN (conselho monetário nacional) e BACEN (Banco Central do Brasil): procurava-se criar condições para que a política monetária fosse conduzida de forma independente. Função do CMN passou a ser o órgão normativo da política monetária, com a função de definir as regras e as metas a serem atingidas. O BACEN foi criado para ser o órgão executor da política monetária e agente fiscalizador e controlador do sistema financeiro.
Problemas que ainda permaneciam
A subordinação do BACEN ao CMN, o que permitia a ingerência política na atuação do órgão.
Conta movimento, criada para transferir recursos do Banco do Brasil para o Bacen entrar em operação, fez com que o BB não perdesse a condição de Autoridade monetária.
“Orçamento monetário” ,deveria ser a peça para juntar as duas autoridades monetárias, mas passou a receber vários gastos de origem fiscal, com criação de vários fundos e programas que seriam administrados pelas autoridades monetárias – Proagro, Proex etc.
Obs: o Bacen que deveria ser o órgão de controle monetário, transformava-se também em banco de fomento, criando-se um entrelaçamento entre contas monetárias e fiscais, de tal modo que o orçamento fiscal poderia parecer equilibrado, enquanto todo o rombo se colocava no orçamento monetário.
Criação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) e BNH (Banco Nacional da Habitação): eliminar o déficit habitacional existente, que era atribuído à falta de financiamento para o setor através do agente específico BNH, com a função de regulamentar e fiscalizar a atuação dos agentes do sistema.
Lei 4.728 - Reforma do mercado de capitais: definia as regras de atuação dos demais agentes financeiros – baseado no modelo financeiro norte-americano caracterizado pela especialização e segmentação do mercado.
Bancos comerciais: operar no crédito de curto prazo, com base na captação de depósitos a vista.
Financeiras: agentes do crédito ao consumidor, por meio da venda de letras de câmbio.
Bancos de investimento: atender ao crédito de médio e longo prazo, mediante a captação de depósitos a prazo e do repasse de recursos externos, deveriam incentivar as operações do mercado de capitais.
Bancos de desenvolvimento: deveria financiar operações especiais de fomento pelo repasse de fundos fiscais e recursos externos.
Regulamentação de bolsa de valores, corretoras e distribuidoras: criaram-se vários tipos de incentivos fiscais para dinamizar esse segmento.
Sistema nacional de crédito rural (SNCR) – Operada pelo BB: a fonte de recursos para o sistema eram os fundos fiscais e a “conta movimento”, uma parcela dos depósitos a vista captados pelos bancos comerciais, que deveriam ser utilizados no fundo agrícola.
Reforma na política externa:
Objetivo: estimular o desenvolvimento econômico, evitando as pressões sobre o Balanço de Pagamentos, eliminando assim uma das principais distorções do PSI. Melhorar o comércio externo brasileiro e atrair capital estrangeiro.
Comércio exterior
Exportações: incentivos fiscais e modernização e dinamização dos órgãos públicos ligados ao comércio internacional
Importações: eliminar os limites quantitativos e utilizar somente a política tarifária.
Sistema cambial: medida de simplificação e unificação do sistema cambial, que objetivava eliminar as incertezas decorrentes da condução errática da política cambial.
Atração do capital estrangeiro
Reaproximação com a política norte-americana (aliança para o progresso)
Renegociação da dívida externa e acordo de garantias para o capital estrangeiro
Lei 4.131: dava acesso direto das empresas ao sistema financeiro internacional 
Resolução 63: possibilidade de captação de recursos pelos bancos comerciais e de investimentos para o repasse interno.
Integração do sistema financeiro nacional ao internacional -> início do processo de internacionalização financeira no Brasil.
Milagre Econômico - 1967-1973:
Período 1968-73: maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na história recente (taxa média acima de 10%), queda (moderada) da inflação, equilíbrio externo com melhora do PB.
Contrariando a “lógica” econômica:
Relação direta entre crescimento e inflação (C. de Philips – inversa entre desempego e inflação)
Relação inversa entre crescimento e saldo do BP
1 e 2 não aconteceram nesse período, por isso essa época ficou conhecida como milagre econômico
Desempenho devido a:
Reformas institucionais anteriores e recessão do período anterior: geraram uma capacidade ociosa no setor industrial
Crescimento da economia mundial
Mudança no diagnóstico da inflação: inflação vista como inflação de demanda passou a ser vista como inflação de custos, com isso afrouxaram-se as políticas de contenção da demanda (monetária, fiscal e creditícia).
Arrocho salarial
Controle de preços através do conselho interministerial de preços (CIP): os reajustes deveriam ter aprovação prévia do governo, com base nas variações de custos.
Aumento da produtividade agrícola
Principais fontes de crescimento:
Retomada do investimento público em infraestrutura: possibilitada pela recuperação financeira do setor público, devido a reforma fiscal.
Aumento do investimento das empresas estatais
Demanda por bens duráveis: devido a grande expansão do crédito ao consumidor pós reforma financeira.
Construção civil: cresceu por força do aumento dos investimentos públicos nessa área e a maior demanda por habitações provocadas pela expansão do crédito do SFH.
Crescimento das exportações: graças ao crescimento no comércio mundial e à melhora nos termos de troca, bem como às alterações promovidas na política externa do país e aos incentivos fiscais – benefício para a balança comercial.
Principais fontes de crescimento nos outros setores:
Bens de consumo (não duráveis) e agricultura: apresentaram desempenhos mais modestos, o crescimento que apresentaram foi devido ao aumento da massa salarial (aumento do emprego e ao crescimento das exportações de manufaturas)
Bens de capital – duas fases
Até 1970 – menor crescimento, dado que o crescimento observado baseou-se na ocupação de capacidade ociosa e não na ampliação da capacidade instalada.
1971/73 – a formação bruta de capital fixo superou 20% do PIB
Bens intermediários: apresentou uma taxa média de crescimento de 13,5% a.a no período.
Aumento do endividamento externo
Forte onde de endividamento externo: cresceu em trono de U$$ 9 bilhões nesse período.
Estímulos ao endividamento externo brasileiro: elevada demanda por crédito, taxas de juros internas elevadas (reforma 94/95), grande liquidez no sistema financeiro internacional e ausência de mecanismos de financiamento de longo prazo na economia brasileira, exceto as linhas oficiais.
Principais tomadores de recursos externos: empresas multinacionais e os bancos de investimento estrangeiro.
Participação do setor público na economiaControle dos principais preços da economia: câmbio, salários, juros, tarifas e uma política de preços administrados via CIP.
Responsabilidade pela maior parte das decisões de investimento: por meio dos investimentos da administração pública, empresas estatais, captação de recursos financeiros – fundos de poupança compulsória, títulos públicos.
Concentração da renda -> principal crítica ao milagre
Explicação do regime
A concentração da renda era uma tendência de um país que se desenvolvia e que demandava de mão –de-obra qualificada escassa.
A concentração era uma estratégia necessária para aumentar a capacidade da poupança da economia, financiar os investimentos e com isso o crescimento econômico, para que depois todos pudessem usufruir (teoria do bolo – segundo a qual o bolo deveria crescer primeiro para depois ser dividido)
Modernização agrícola
Forte processo de modernização agrícola do país, com o crescimento da produtividade do setor.
Podemos destacar:
Sistema nacional de crédito rural: propiciar aos agricultores linhas de crédito acessíveis e baratas, a fim de viabilizar o investimento e a modernização agrícola.
Políticas de garantias de preços mínimos: visava garantir um preço mínimo aos produtores, especialmente nos períodos de afra quando os preços agrícolas tendem a cair muito. Desenvolvida com base em dois mecanismos:
AGF (aquisição do governo federal): compras feitas pelo governo de produtos com preços fixados – visa estocar e vender em momentos de escassez do produto no mercado
EGF (empréstimo do governo federal): financiava a estocagem do produto pelo agricultor.
Características da modernização agrícola
Aumento do grau de mecanização e quimificação das fazendas
Aumento na produção, no início, de bens exportáveis (soja), e depois também de produtos destinados ao mercado doméstico (cana-de-açúcar)
Expansão da fronteira agrícola na direção da região centro-oeste
Crescimento da agroindústria: maior interligação entre setor agrícola com seus fornecedores e consumidores.
Aumento da concentração fundiária e da utilização de mão-de-obra temporária (boia fria): piora na distribuição de renda no setor.
Herança ado “milagre” ao governo Geisel
Misto de vantagens:
Inflação mais baixa
Reorganização da estrutura fiscal e financeira
Recuperação do BO
Alto ritmo de crescimento econômico
Problemas:
Correção monetária e seus efeitos sobre a dinâmica dos preços; aumento da dependência externa do país (industrial: petróleo, derivados e bens de capital; financeiro: endividamento externo alto); mudanças estruturais: crescimento liderado pelo setor industrial e, este, pelos bens de consumo duráveis – necessidade de importar bens de capital; forte crescimento com rápida expansão das importações e da dívida externa.
Contexto externo pós 73: adversidades -> período conturbado do ponto de vista econômico.
Dois choques do petróleo e elevação dos juros internacionais.
Maior parte do mundo reagiu de maneira recessiva a este quadro, a reação brasileira foi diferente.
Significativa dependência do Brasil à importação de petróleo e bens de capital e elevado endividamento externo.
Como enfrentar o primeiro choque do petróleo
Ajustamento: desvalorizar o câmbio e conter a demanda interna para evitar o choque externo.
Financiamento: manter o crescimento e fazer um ajuste gradual dos preços relativos, enquanto houvesse financiamento externo abundante.

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