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Distopia Genital

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CLIMATÉRIO 
OSTEOPOROSE 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Distopia Genital 
Introdução 
Definições 
Distopias Genitais 
Corresponde ao deslocamento de um órgão de 
seu posicionamento e/ou localização habitual. 
Um dos tipos de de distopia é o prolapso genital. 
Prolapso Genital 
É definido como todo deslocamento caudal dos 
órgãos pélvicos (uretra, bexiga, alças intestinais e 
reto) através da vagina, podendo ocorrer em diferen-
tes graus. 
Colo normal e com prolapso de fundo de saco 
Colo Hipertrófico 
Colo longo sem prolapso de fundo de saco 
Cistocele 
Corresponde ao deslocamento inferior da bexiga. 
Uretrocistocele 
Há prolapso da bexiga incluindo a uretra. 
Prolapso Uterino (Uterocele) 
Descida do útero em direção ou através do introito 
vaginal. 
Retocele 
Profusão do reto pela parede vaginal posterior. 
Há lesão da fáscia retovaginal. 
Enterocele 
Herniação do intestino delgado para a cavidade 
vaginal. 
Elitrocele 
Eversão da cúpula vaginal após histerectomia pré-
via. 
Inversão Uterina 
É a invaginação do fundo uterino, em forma de 
dedo de luva, que pode alcançar o segmento inferior, 
ultrapassá-lo, chegar à vagina (inversão parcial) e 
surgir fora da vulva (inversão total). 
É uma complicação rara e que se deve à má as-
sistência ao secundamento, com tração exagerada 
do cordão umbilical ligado à placenta ainda implanta-
da ao fundo uterino. 
Prolapso 
Introdução 
Entendendo o normal… 
Aparelho de Suspensão 
É compostos por ligamentos (lembrar de suspen-
sório). 
Ligamentos 
- Anteriores → Pubovesicuterinos 
- Laterais → Cardinais ou Paramétricos 
- Posteriores → Uterossacros 
*Ligamento redondo não faz parte aqui!!! 
Aparelho de Sustentação 
Estamos falando de componente muscular. 
Diafragma pélvico 
- Elevador do ânus (puborretal, ileococcígea e 
pubococcígea) + 
- Coccígeo 
*O primeiro é mais de 90% do trato pélvico. 
Diafragma urogenital 
- Transverso superficial e profundo do períneo 
- Esfíncter uretral/anal e isquió/bulbocavernoso 
Diagrama endopélvica 
Obs: Ao fazer uma episiotomia médio-lateral, 
quais músculos são seccionados: bulbocavernoso e 
transverso superficial do períneo. Se a episiotomia 
expandir: puborretal. 
1
CLIMATÉRIO 
OSTEOPOROSE 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Obs: A episiotomia mediana (perineotomia) so-
mente deve ser feita para aquelas com corpo perineal 
longo (distância da vagina - ânus grande). 
Prolapso Apical 
Uterino 
Sempre vai ter descida da vaginal também. 
Tratamento 
Assintomáticos 
- Não precisam operar 
Sintomáticos com alto risco cirúrgico: 
- Prolapso ↓ ou ↑ risco cirúrgico 
- Conduta: Pessários e fisioterapia (Kegel) 
Cirurgia (sintomática) 
- Histerectomia vaginal OU 
- Cirurgia de Manchester (se desejo reprodutivo / 
↑ risco cirúrgico) → Manter o útero; amputação 
parcial do colo. 
Cúpula 
Pós-histerectomia. 
Exame especular: Visualização que a tumoração é 
advinda do fundo. 
Tratamento 
Se condições cirúrgicas 
- Fixar cúpula vaginal ao promontório ou sacro-
espinhoso OU 
Alto risco cirúrgico 
- Colprocleise (Le Fort - obliterativo) 
- Obs: Impede atividade sexual!! 
Enterocele 
Herniação do intestino delgado para a cavidade 
vaginal 
Tipos 
Congênita 
- Ocorre na ausência de fusão do septo retrova-
ginal, deixando o saco aberto. 
Por tração 
- Mais comum, ocorrendo conjuntamente com 
prolapso uterino, cistocele e retocele. 
Por pulsão 
- Secundária a condições que levam ao aumento 
da pressão intra-abdominal (tosse, constipação). 
Iatrogênica 
- Ocorre após procedimentos cirúrgicos que alte-
rem o eixo vaginal para anterior. 
Sinais e Sintomas 
Peso na pelve 
Bola na vaginal 
Dor hipogástrica 
Dispareunia (inespecífico) 
Diagnóstico 
Manobra 
- Introdução de um tampão vaginal que reposici-
one a cúpula vaginal e realização do toque retal. A 
seguir, a paciente executa a manobra de valsava. 
Caso desça, entre o dedo do examinador e o tam-
pão, um saco herniário contendo omento ou alça 
de intestino delgado, podemos concluir que se tra-
ta de uma enterocele. 
Tratamento 
Via vaginal 
- Culpoplastia de McCall 
- Fechamento do FSP por via vaginal 
2
CLIMATÉRIO 
OSTEOPOROSE 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Prolapso Anterior 
Cistocele 
80% é um defeito lateral da fáscia de suporte. 
Descida da parede vaginal anterior 
Junção uretrovesical ou qualquer ponto acima des-
ta está a menos de 3 cm das carúnculas himenais. 
Etiologia 
Defeito central ou de distensão 
- Lesão da fáscia vesicovaginal 
- Vagina perde a rugosidade, mas mantém sulcos 
anterolaterais. 
Defeito de deslocamento lateral ou paravaginal 
- Perda da fixação da fáscia vesicovaginal ao 
arco tendíneo. 
- Vagina mantém a rugosidade, mas há apaga-
mento dos sulcos anterolaterais. 
Quadro Clínico 
Peso na pelve 
Dor hipogástrica 
Bola na vagina 
Sintomas urinários: IU + ITU 
Dispareunia 
Disfunção sexual 
Diagnóstico 
Clínico 
- Inspeção estática 
- Inspeção dinâmica 
- Exame especular 
- USG-TV 
Obs: Recomendação Pré-tratamento → Estudo 
urodinâmico. 
- Recomendável sua realização, mesmo na au-
sência de sintomas urinários. 
- O prolapso pode encobrir a IU, que poderá sur-
gir no PO. 
Tratamento 
Defeito central ou de distensão 
- Conduta: Colporrafia anterior 
- *Abertura da parede vaginal anterior, seguida de 
descolamento e plicatura sítio específica da fáscia 
pubovesicouterina na linha média. 
Defeito do deslocamento lateral ou paravaginal 
- Reinserção da fáscia pubovesicouterina ao arco 
tendíneo da fáscia endopelvica. 
- Conduta: Colporrafia anterior/colpoperineo-
plastia (com correção da fáscia comprometida - 
fáscia pubovesicouterina). 
- Ex: Kelly-Kenedy 
Obs: Para saber se é anterior ou posterior é só 
comprimir uma das paredes vaginais, se persistência 
da protrusão é da parede que você não está con-
traindo. 
Prolapso Posterior 
Retocele 
Tratamento 
Pode-se usar tela, mas não é muito eficiente. 
Cirurgia 
- Colporrafia posterior corrigindo a fáscia reto-
vaginal. 
Obs: Um toque retal pode ajudar a diferenciar uma 
retocele de uma enterocele. 
Classificação POP-Q 
Hiato Genital 
Distância entre a linha média do meato uretral ex-
terno da uretra e a linha média posterior da carúncula 
hiemal (+/- 2 cm). 
Comprimento Vaginal Total 
Medida entre o introito vaginal e o ponto mais pro-
fundo da vagina, quando C e D estão nas posições 
habituais (+/- 10 cm). 
3
CLIMATÉRIO 
OSTEOPOROSE 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
GINECOLOGIA 3 Eduardo Siqueira
Corpo Perineal 
Distância entre a linha média posterior da carúncu-
la himenal e o ponto médio do orifício anal. 
Rotura Perineal 
1º Grau: pele e mucosa 
2º Grau: músculo 
3º Grau: ânus 
4º Grau: reto 
Classificação em relação ao 
Introito Vaginal 
É a mais empregada na prática clínica (classifica-
ção mais antiga). 
O prolapso é avaliado em graus 
1º Grau: o órgão não alcança o introito. 
2º Grau: o órgão atinge o introito ou o ultrapassa 
parcial. 
3º Grau: o órgão prolapsado se exterioriza total-
mente. 
Aa e Ba Parede Anterior
Ap e Bp Parede Posterior 
C Colo ou Cúpula
D Fundo de saco de Douglas
Observações!! 
1) Observar não a letra maiúscula, mas sim a minúscu-
la. 
2) Quando número negativo está dentro do vaginal. 
- Ponto 0 → Caruncúla 
3) Quando número positivo está além do hímen. 
4) Se não tem o ponto D, a paciente pode ser histerec-
tomizada, então ponto C será a cúpula vaginal. 
5) Negativo: Dentro da vagina (não operar) 
6) Positivo: Além do hímen 
Estágio I < -1
Estágio II Entre -1 e +1
Estágio III ≥ 2 mas não total
Estágio IV Total 
4
	Definições
	Entendendo o normal…
	Uterino
	Cúpula
	Enterocele
	Cistocele
	Retocele
	Hiato Genital
	Comprimento Vaginal Total
	Corpo Perineal

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